G20, o clima e a Amazônia: preservar para viver

O mundo debateu na Cidade Maravilhosa os conflitos como Ucrânia e Rússia, Israel e Palestina, a fome global, o imposto para os ricos, porém a grande pauta final e que nos toca diretamente como amazônidas é a questão climática.

Foto: Reprodução/TV Globo

Por Walace SO*

Queridas e queridos das beiras e beiradas dos nossos rios, do açaí com mandi, do dominó de fim de tarde e do tacacá ao anoitecer. Esperei o final do encontro do G20 realizado no Rio de Janeiro e suas repercussões para continuar as reflexões de nossa coluna. E essa reflexão, por mais que muitos não queiram aceitar, concordar e compreender está ligada diretamente a região amazônica e a questão climática. Então, vamos aos fatos e buscar essa reflexão.

O mundo debateu na Cidade Maravilhosa os conflitos como Ucrânia e Rússia, Israel e Palestina, a fome global, o imposto para os ricos, porém a grande pauta final e que nos toca diretamente como amazônidas é a questão climática. E temos aqui algumas preocupações para contextualizarmos e ligarmos à nossa realidade e consciência.

As eleições americanas também tiveram um capítulo especial, pois a orientação política do governo Trump destoará da realidade, continuará com o alinhamento de uma realidade paralela e negacionista. E lembrando nossa última coluna, essa ideia se alinha ideologicamente com a última eleição municipal da região norte. E isso é perigoso para nossa região e para o planeta. Tivemos uma matéria no G1, mostrando o final do encontro e a importância da questão climática para não permitirmos um ponto de não retorno dessa questão, principalmente na Amazônia.

Trump já deixou claro que não vai diminuir o controle ambiental e pelo contrário, terá uma política agressiva a tudo relacionado as questões ambientais climáticas. Aliás, podemos analisar isso já numa matéria do G1 no seu fatídico mandato, que já mostrava ser contra essa pauta.

Suas ameaças de sair de acordos já firmados corroboram nossa reflexão e como elas impactam e atrapalham um debate tão importante e a efetivação de ações em conjunto. Aliás, principalmente por ser juto com China os maiores emissores de gases do efeito estufa global. Dessa forma, o cumprimento da Carta de Paris deve ser cobrado, principalmente pelos países mais ricos e desenvolvidos. Além de sua colaboração com as nações em desenvolvimento, que são as mais impactadas e sacrificadas na atualidade, com catástrofes climáticas sendo mais fortes e sem condições de se proteger e prevenir.

Não podemos nos dar o luxo de esperar mais tempo. Preservar a Amazônia, bem como empreender novos meios produtivos sustentáveis, alinhados com mais lucratividade e incentivar pesquisas para a manutenção do meio ambiente. Temos, várias pesquisas e opções para nossa região que substituem a monocultura e expansão de criação bovina extensiva, aliás que não se adaptam ao nosso tipo de clima e solo.

E cito novamente as relevantes pesquisas do Professor Carlos Nobre da USP, com vasto material e opções sustentáveis e lucrativas que podem ser adotadas. E seu trabalho tem alertado a muito tempo sobre o caminho sem volta que estamos percorrendo. Tendo respaldo da comunidade científica internacional, que também já foi matéria do nosso G1.

Espero que minha proposta de reflexão e fontes possam servir para a construção de debate e cobrança de nossos políticos sobre políticas públicas e atuação eficaz sobre o tema. Não quero ter um tom alarmista, mas convidar nossos leitores a uma reflexão e uma alternativa para mudança real visando a preservação de nossa cultura, terra maio riqueza, a Amazônia. E termino com nosso lema: “bora refletir” para agir.

Sobre o autor

Walace Soares de Oliveira é cientista social pela UEL/PR, mestre em educação pela UEL/PR e doutor em ciência da informação pela USP/SP, professor de sociologia do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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