Monte Roraima, o mundo perdido!

Terra de lendas e histórias, morada permanente do Macunaíma, seu protetor.

Formadas há milhões de anos, as montanhas localizadas na fronteira entre o Brasil, Venezuela e a Guiana são únicas no Planeta. Os imensos platôs com quase 3 mil metros de altitude são chamados pelos índios como “tepuys”. Lá o tempo não existe.

Caminho entre os montes Kukenan e Roraima. Foto: Reprodução/Bora de Trip

O que existem são lendas e mistérios encobertos pela neblina que envolve os tepuys, assustando e fascinando homens há tempos. Tanto que inspirou o escritor inglês Conan Doyte, o criador de Sherlock Holmes, a escrever a ficção “O Mundo Perdido”.

Segundo as lendas dos índios Caribés, o Monte Roraima, que é um dos pontos culminantes do Brasil com 2.875m, é a morada do Deus Macunaíma, sendo indistinta por sua formação e a diversidade de ecossistemas das savanas amazônicas.

Igreja de Pedra. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Para protegê-lo foi criado em 1989 o Parque Nacional do Monte Roraima abrigando 116.000 hectares.

Amanhecer no acampamento do rio Tek. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Um pouco mais sobre o monte

Intransponível é exagero. Quase 300 anos depois, em 1886, o botânico inglês sir Everard im Thurn descobriu um caminho para subir ao topo, pela Venezuela. O primeiro brasileiro a chegar lá em cima foi o marechal Cândido Rondon.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Em 1927, ele fincou ali a pedra que demarca a tríplice fronteira entre Brasil, Guiana e Venezuela. Mas a imponência da montanha permaneceu um desafio para os escaladores por mais um século. Só nos anos 1970, uma equipe inglesa conseguiu chegar ao topo pela parede.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Palco de diversas filmagens e fotos, o Monte Roraima foi a inspiração para a animação Up-Altas Aventuras, que fascinou milhares de pessoas mundo afora. O filme retrata algumas peculiaridades da montanha e, o melhor de tudo, a expôs, transformando-a num dos melhores roteiros de turismo da atualidade.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

O monte foi escalado pela equipe de Eliseu Frechou, que o conquistou escalando suas paredes, levando 12 dias para alcançar o topo. A escalada foi feita pelo lado da Guiana Inglesa.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Conhecer o Monte Roraima é uma experiência diferente, mesmo para quem já experimentou outros trekkings. É muito mais do que apenas caminhar e acampar; é uma visita a um dos lugares mais antigos do planeta, datado da Era Pré-Cambriana, muito distante da existência do homem sobre a Terra.

Vale dos Cristais. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Quanto mais se caminha em direção ao topo do Monte Roraima, mais aumenta o desejo de ficar um tempo maior por lá. As reflexões chegam naturalmente até ao mais cético dos viajantes, principalmente àqueles que permanecem mais dias lá em cima, visitando lugares onde pouca gente se aventurou a conhecer.

Um breve, mas muito breve resumo! 

Gildo Júnior. Foto: Reprodução/Bora de Trip

1. O Monte Roraima é muito fácil de se completar, são 14km de caminhada no primeiro dia, quase sem elevação (mas com a pior de todas LA PRUEBA saindo do Paraitepuy), 11km no segundo dia, com muita inclinação e 6km no último dia, que já será a subida ao Monte;

2. Prepare-se para temperaturas baixas: na trilha até a base em torno de 20ºC, no topo durante o dia 10ºC, podendo chegar a 3ºC à noite. Além de muita umidade, na casa de 80%.

Carregadores/Porteadores. Foto: Reprodução/Bora de Trip

3. Dependendo do pacote que você feche, pode sair de Boa Vista, ou encontrar com a equipe contratada em Pacaraima, de lá irá seguir até San Francisco (última área com asfalto) e de San Francisco até o Paraitepuy, entrada do Parque do Monte Roraima, onde será pesada a mochila, irá pagar a entrada de acesso ao Parque e pesar a mochila, caso queira contratar o carregador (porteador);

4. No PRIMEIRO DIA caminha-se até chegar ao acampamento do Rio Tek e ao chegar ali, a equipe contratada já arrumou as barracas e estará finalizando a janta, caso você tenha contratado carregador, sua mochila já estará dentro da barraca que irá dormir;

Rio Ték. Foto: Pedro Nascimento

5. Os carregadores cobravam R$ 50,00 por dia para levar até 15kg num só volume (numa só mochila), ou seja, caso queira dividir o valor com um amigo, namorada(o), famíliar, terão que colocar tudo numa mochila só. (O valor era o praticado antes da pandemia e eles estão verificando os novos preços. Em breve faremos a atualização);

Lua cheia por trás do monte Roraima. Foto: Reprodução/Bora de Trip

6. No SEGUNDO DIA de caminhada, sai-se logo após o café da manhã e já irá atravessar o rio Tek, caso não queira molhar as botas, tirar antes, segue-se até o rio Kukenan, onde a turma para para tomar banho nas águas geladas do rio, depois segue caminho até parar no acampamento militar (isso é só o nome mesmo, uma área coberta de árvores e com um riacho abaixo) para almoçar e depois de lá, segue-se até chegar ao acampamento base do Monte Roraima, e novamente sua barraca já estará arrumado, agora é só tomar um banho extremamente gelado, e seguir para jantar;

Maveric, ponto mais alto do monte Roraima. Foto: Reprodução/Bora de Trip

7. Já no TERCEIRO DIA, você já acorda de frente para o Monte, toma aquele café e faz aquele alongamento para começar a subir o Monte, nada muito difícil, para mim uma das piores partes é LAS LÁGRIMAS, por que deslisa um pouco, mas nada que um bom sapato/bota/croocs/meia não resolva. Chegando ao topo estará num local chamado Vale dos Guardiões, e começará a ver formas nas pedras, caminharã pela paisagem da região até chegar ao “HOTEL” que sua equipe separou para vocês!

Foto: Reprodução/Bora de Trip

8. Do QUARTO ao SEXTO DIA, o roteiro é definido pela equipe, podendo visitar alguns pontos, sendo que no SEXTO DIA inicia-se a descida do Monte até chegar no acampamento do rio Tek;

9. No SÉTIMO DIA, é hora de arrumar as coisas, se despedir do MUNDO PERDIDO, e voltar para o asfalto. Geralmente ao retornar, as empresas param na comunidade indígena San Francisco, onde será o almoço e os turistas aproveitam para comprar as lembranças daquele local. De lá, segue-se até a fronteira, seja para quem fica em Pacaraima ou quem regressa até Boa Vista.

La Catedral. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Quem pode ir?

Pessoas que curtem fazer trekking/trilhas, e que tenham uma boa saúde ou uma saúde controlada (por medicamentos e autorizado pelo médico) e que consiga fazer caminhadas de longas distâncias.

Gustavo Noleto, 9 anos. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Sobre o quesito menor de idade, isso depende muito dos pais ou responsáveis que irão levar seus filhos, e no que se refere a maior idade, há casos de pessoas com mais de 80 anos que subiram o monte e deram um baile de garra pra cima de muitos jovens.

Olga (70 anos) e Simão (80 anos). Foto: Reprodução/Bora de Trip

Roteiro de 7 dias e 6 noites – Clube Native

Foto: Reprodução/Bora de Trip

1º DIA

Traslado Boa Vista / Santa Elena do Uairén 

Partida – 5h 

RUMO À FRONTEIRA DA VENEZUELA

Santa Elena do Uairén é uma pequena cidade da Venezuela localizada no sudeste do estado de Bolívar, a cerca de 12km da fronteira com o Brasil e é a capital do conselho da Gran Sabana. Está à cerca de 900 metros de altitude, em uma savana rodeada por planaltos, conhecidos como Tepuys, e tem uma temperatura média de 21,8 ° C. Sua moeda é o Bolivar.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

RUMO AO PARAITEPUY E 1º ACAMPAMENTO 

Embarque nas Toyotas tracionadas. Traslado Santa Elena/Paraitepuy (cerca de 1h30) Trekking para o acampamento Rio Tek. (cerca de 12 km, +- cinco horas de caminhada, dependendo do desempenho do grupo. Recomenda-se andar com calças compridas e mangas compridas para evitar picadas dos puri-puri (mosquitos).

Paraitepuy. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Recomenda-se o uso de filtro solar e chapéu neste trajeto, pois existem poucos lugares com sombra para descanso. De tempos em tempos paramos em riachos para tomar água e encher seus cantis. Após a chegada no acampamento, você pode tomar um banho no rio Tek. Jantar e pernoite.

Acampamento rio Tek. Foto: Reprodução/Bora de Trip

2º DIA

RUMO À BASE: Nosso destino agora é a base do Monte Roraima. São cerca de 11 Km, aproximadamente cinco horas de trekking, iremos caminhar em direção ao Tepuy, passando por rochas que se soltaram de seu paredão, por um caminho um pouco mais agressivo que o primeiro dia, passando por algumas variações de solo.

3º DIA

Hora de subir a rampa. Da base até o topo são 4 km de subida, de quatro a cinco horas de caminhada. A rampa é apenas uma fenda natural que forma uma trilha que dá o único acesso ao topo do Monte Roraima. Este terreno tem um elevado grau de inclinação e recomendamos o uso de calças compridas, camisa de manga curta e botas de caminhada.

Arepa, comida típica venezuelana. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Em certos pontos devemos ter as mãos livres para usá-las segurando galhos e raízes para ganhar impulso e tomar cuidado com pedras soltas ao longo desse caminho. Aconselhamos o uso de tensores para os joelhos e tornozelos, pois são muito sobrecarregados. Tomando sempre cuidado com os trechos escorregadios como pedras molhadas e raízes. A flora e a fauna são bastantes exuberantes, onde pode-se observar várias espécies de plantas e animais endêmicos (só existem no Monte Roraima).

Foto: Reprodução/Bora de Trip

O clima é muito agradável (floresta) e ao longo do caminho você terá a oportunidade de observar de alguns pontos a Gran Sabana. Chegando ao topo ainda devemos caminhar um pouco mais para chegar aos abrigos; cavernas que são popularmente chamadas de “hotéis”. Estes estão localizados a uma altitude de 2800metros.

Nosso hotel bilhões de estrelas. Foto: Pedro Nascimento

4º DIA

Café da manhã e saída para os pontos de visitação que serão definidos de acordo com as condições climáticas e do grupo, as visitas podem durar um dia inteiro.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

As caminhadas terão intervalos para refeições e descanso; No fim do tour os turistas retornam ao acampamento de origem. Para este dia não se leva todo o equipamento, apenas o essencial para usar durante o dia. (Segunda noite no topo). Jantar e pernoite em acampamento.

Jantar no topo do monte. Foto: Reprodução/Bora de Trip

5º DIA

Depois de assistir um belo nascer do sol tomando café da manhã, teremos um dia inteiro para explorar a superfície do Roraima. Alguns dos atrativos ´podem ser as jacuzzis, o abismo, o museu, la ventana, vale dos cristais, pedra Maverick, entre outros, lembrando que a quantidade de atrativos e quais serão visitados vai depender do ritmo do grupo e das condições climáticas.

Jacuzzi. Foto: Reprodução/Bora de Trip

6º DIA

Logo após o café da manhã e fazer as últimas fotos, iniciaremos a descida rumo ao acampamento Rio Ték. No acampamento da base temos uma parada para almoço e descanso da descida, e seguimos em direção ao primeiro acampamento de pernoite, após a travessia dos rios, temos nosso acampamento, onde podemos tomar um banho refrescante, descansar e jantar. Pernoite no acampamento.

7º DIA

Logo após o café da manhã nos preparamos para o trekking até o Paraitepuy, são cerca de quatro horas de caminhada. Lá chegando, nos acomodamos na Toyota 4×4 e seguimos rumo à comunidade de São Francisco de Yuruani, onde é feito o almoço, visitas a algumas lojas de artesanato e retorno para Santa Elena de Uairén. Transferência de veículos, traslado Santa Elena/Boa Vista.

Atrações do Monte

Jacuzzi

Piscinas naturais de águas cristalinas, com pedrinhas no fundo, sua coloração meio esverdeada e meio dourada, mas o que me fazia pensar duas vezes em entrar é que suas águas são muito geladas, mas valeu muito a pena!

Foto: Reprodução/Bora de Trip

O sapinho preto (Oreophrynella quelchi) 

Oreophrynella quelchii é uma espécie de anfíbio pertencente às família Bufonidae, endêmica da região do Monte Roraima. É um sapinho muito primitivo, que não pula, e para fugir de seus inimigos apenas fica teso e cai rolando entre as frestas das pedras.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Maverick Stone

 O culminante é a Maverick Stone, chegando a 2.880m, nome dado em virtude de sua semelhança com o veículo de mesmo nome, fabricado pela Ford.

Maveric, ponto mais alto do monte Roraima. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Vale dos cristais

É um vale cheio de cristais pequenos no solo, e algumas pedras maiores. Sim, é muito bonito, e não, você não pode levar um cristal de souvenir para casa. O que é da montanha deve ficar na montanha.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

La Ventana 

É o mirante mais conhecido – e mais incrível – do tepuy. Dele, você avista o Kukenan, montanha vizinha ao Roraima. Como tudo lá em cima é loteria, você tem que dar a sorte de o tempo estar aberto para ter uma visão legal da paisagem. Suas chances aumentam se for bem cedinho, em torno das 7h-8h.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Se for tarde – ou der azar mesmo – é possível que as nuvens estejam cobrindo o topo, de modo que não se consegue ver nadica de nada. Já haver nuvens na parte baixa, entre as duas montanhas, me pareceu uma vantagem, pois criou aquela sensação de estar no céu (no paraíso, num sonho). (Informações obtidas pelo 7 Cantos do Mundo)

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Catedral

Formação rochosa em um paredão, que dizem lembrar uma catedral (que eu não consegui visualizar muito bem). O legal deste lugar é uma cachoeira fechada em uma espécie de gruta, com pedras amareladas no solo e musgos verdinhos e fofinhos nas paredes – parece um cenário de contos de fadas.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

A água é muuuuito gelada e cai com muita força na cachola, proporcionando um banho extremamente energizante. Não hesite; respire fundo e vá, te garanto que você não vai se arrepender. (Informações obtidas pelo 7 Cantos do Mundo)

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Mirante Guacharo 

A 5 minutos de distância do acampamento Guácharo tem um baita de um mirante para apreciar não apenas a paisagem do caminho de onde viemos (comunidade indígena Paraitepuy), mas principalmente para (pensar na morte da bezerra e) admirar um belíssimo pôr do sol.

Rio Ték e Rio Kukenan 

Dois rios que cortam o caminho para chegar ao monte Roraima, ótimos para banhos e vale lembrar que suas águas são bemmmm geladas. Outra coisa a ressaltar é que nunca esqueça seu repelente, pois, ao sair da água enfrentará uma nuvem de borrachudos (puri-puri).

Pedras antropomórficas

Em todo o percurso no topo do monte Roraima, e até mesmo antes de chegar lá, é possível ver animais, robôs (do filme star wars) e até mesmo pessoas esculpidas nas pedras.

Logo ao chegar no topo do monte você já entra no Vale dos Guardiões, que é repleto de pedras com formatos de bichos, que rementem às lendas da região e há também o Vale dos Presidentes, com bustos de pedra com formato das cabeças de alguns presidentes, o mais conhecido é o Fidel Castro.

Plantas endêmicas

Muitas das plantas do Monte Roraima, só existem nos tepuis. A acidez orgânica contribuiu para que algumas plantas encontrassem alternativas para conseguir nutrientes, tornando-se carnívoras.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Também há densas florestas pré-históricas de samambaias, bromélias carnívoras, pelo menos 30 espécies de orquídeas belissímas e outras espécies que são a materalização da beleza e uma atração a parte para quem visita o monte.

Recomendações 

  • Alertar à empresa que você contratar referente algum tipo de restrição alimentar;
  • Cartão internacional de vacinação de febre amarela com 10 dias de antecedência;
  • Produtos de higiene pessoal biodegradáveis: sabonete, shampoo, etc;
  • Levar os seus medicamentos pessoais e notificar o guia da situação, inclusive sobre tipos de alergias;
  • Durante esse passeio não se captura, maltrata ou fere qualquer espécie animal e vegetal;
  • Existem animais perigosos na região, a sugestão é prudência ao se aproximar de qualquer um. 

O que levar? Checklist para 7 dias

Calçados

– Tênis ou botas para trekking em bom estado de conservação e amaciados; (Lembre-se: calçado novo = bolhas!)
– Papetes ou crocs; (Não indicamos o uso de Havaianas!)
– Meias para trekking: 1 para cada 2 dias.

Roupas

– Roupas intimas a critério pessoal;
– Biquíni/Sunga;
– 2 calças para caminhada;
– 1 ou 2 bermudas; (calças que viram bermudas são boas substitutas para bermudas)
– Camisetas de tecido dryfit: 1 unidade/2 dias; (Dê preferência para camisetas com proteção UV)
– Jaqueta impermeável e corta vento;
– Gorro e luvas;
– Roupa para dormir: 1 conjunto de roupa segunda pele + 1 conjunto de moletom. (Estas roupas serão usadas em todos os dias. É de extrema importância mantê-la limpa e seca)

Cuidados pessoais

– Toalha de microfibra;
– Sabonete/shampoo/condicionador biodegradáveis; (Qualquer produto de base vegetal, exemplos: sabonete phebo, gramado…)
– Escova, creme e fio dental;
– Desodorante;
– Protetor solar corporal e facial;
– Papel higiênico;
– Lenço umedecido;
– Repelente contra insetos;
– Travesseiro inflável;
– Manta microfibra tamanho solteiro.

Acampamento e utilidades

– Mochila;
– Capa de chuva modelo poncho;
– Boné ou chapéu estilo legionário;
– Óculos de sol;
– Squeeze ou garrafa plástica para água; (Uso pessoal)
– Pastilha purificadoras de água; (Clor-in)
– Corda para varal;
– Saco plástico para proteger coisas externas da mochila e para lixo pessoal;
– Saco estanque ou plástico reforçado para proteger coisas dentro da mochila;
– Lanterna de cabeça;
– Pilhas extras;
– Bateria portátil para carregar celular e eletrônicos.

Farmacinha

– Remédios para dor de cabeça, dor muscular, dor no estômago, anti-gases, enjôo, antialérgico, e etc;
– Imosec; (Uso em caso de emergência)
– Anti-inflamatório em creme ou spray para dor muscular;
– Band-aid/micropore/esparadrapo;
– Antisséptico;
– Gaze/Faixa/Tensores elásticos;
– Pomada para assaduras;
– Vaselina para evitar bolhas.

Banho e banheiro

Duas das grandes dúvidas de todos os mochileiros que vão ao Monte Roraima são: como farei para tomar banho e onde irei poder fazer minhas necessidades, já que são de 6 a 9 dias de viagem? (a quantidade de dias depende do roteiro escolhido)

Banheiro com uma vista fantástica. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Banheiro

O banheiro da foto acima foi da minha primeira vez ao Monte Roraima, em 2015, hoje todos usam de uma forma diferente, um banheiro todo fechado, dando mais privacidade ao turista, mas seguem o mesmo padrão até o acampamento base do Monte, onde fazem um buraco no chão, colocam uma cadeirinha dessa com um buraco no meio, e ali todos fazem suas necessidades sólidas, quando o buraco enche, tapam ele e fazem outro em outro lugar.

Já no topo do Monte Roraima a situação é um pouco diferente, pois não fazem buracos no topo do monte e não deixam dejetos lá no topo. Geralmente preparam sacolas com cal, a pessoa coloca a sacola naquele buraco da cadeira, senta por cima e faz a necessidade dentro da sacola, ao término das necessidades, fecha a sacola e coloca num local específico, que pode ser dentro do banheiro ou próximo a ele. Na descida, os carregadores colocam dentro de tubos de PVC e descem com eles para depositá-los em local específico.

Para se limpar, papel higiênico, lenço umedecido e/ou banho nos poços gelados próximos ao hotel.

Hora do banho

Para alguns, a hora do banho pode ser uma das horas mais tensas da viagem, por que a água do topo do monte é extremamente gelada e vem aquela dúvida, como se lavar e não congelar.

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Para alguns, o problema não é entrar na água, se lavar, mas sim, sair dela e pegar todo aquele vento, já para outros, entrar numa água extremamente gelada pode ser um sacrifício enorme, mas acabam entrando, e há outros que preferem tomar o “banho de gato” apenas usando o lenço umedecido (conheço muitos que fazem isso).

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Uma dica muito importante é, entrar rápido no poço (geralmente é água corrente) onde irá banhar, sair rápido, ensaboe geral (com sabonete ou shampoo biodegradável para não agredir tanto o meio ambiente), corpo todo, entrar de novo, se esfregar rápido e sair correndo ou pulando para se secar e aquecer o corpo. 

Foto: Reprodução/Bora de Trip

Bom, não importa a forma que use para se limpar, a dica é ficar limpo para evitar assaduras (principalmente para quem é gordinho como eu). Ah, outra forma também de se lavar é aproveitar as idas a lugares como Catedral, Jacuzzi, El Fozo…, para já curtir a caminhada e refrescar nestes lugares.

O que é servido de comida no Monte?

Café da manhã ou almoço de trilha. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Para muita gente, a alimentação é um dos pontos sensíveis para uma trilha de muito tempo, e já imaginam que irão comer só enlatados durante todos os dias, ou aquelas abençoadas barrinhas de cereais e só. E, se eu te disser que se você não tomar cuidado, você acaba é ENGORDANDO lá no Monte!

Já no café da manhã, a comida varia e muito, tendo panquecas, arepas, domplin, frutas e até mingau, e as misturam também são muitas, indo de ovo mexido ou estrelado, a queijo ralado, molho de carne moída e geleia.

Lentilha, carne moída, banana frita e arroz. Foto: Reprodução/Bora de Trip

O almoço e a janta são beeem caprichados para que os turistas reponham todas as energias gastas durante as trilas.

Carne em tiras, arroz e salada de repolho. Foto: Reprodução/Bora de Trip

Vale sempre lembrar que há vários tipos de alimentação para almoço e jantar, tanto para carnívoros, quanto para vegetarianos e veganos, bastando sempre avisar à equipe que você contratou. O melhor é que não ficam restritos a enlatatos, há ovos, carne, calabresa, refogado de legumes, sopas, arroz, lentilha, feijão e já comi até pizza lá em cima, então, sempre haverá variedade na alimentação.

Com quem ir?

Clube Native

Um dos nossos grandes parceiros é a Clube Native, o pessoal manda muito bem e tem mutias ideias boas, sempre inovando no turismo de aventura em nosso Estado. O instagram da turma é: https://www.instagram.com/clubenative/.

Caburaí Adventure

Outro grande parceiro é a Caburaí Adventure, que vive desbravando o estado de Roraima, sempre apresentando novos lugares a se visitar. O insta da turma é: https://www.instagram.com/caburai.adventure/.

Fui Trilhar

Outra grande equipe que desenvolve o turismo em Roraima é a Fui Trilhar, sempre desbravando pelo Brasil e mundo, levando a turma de Roraima para conhecer as belezas que existem, onde quer que elas estejam. O instagram deles é o: https://www.instagram.com/fuitrilharr/.

Makunaima Expedições

Esta turma já está há um bom tempo fazendo um excelente trabalho em apresentar nosso Estado e suas belezas, além de ter uma pegada voltada também ao público empresarial. O instagram é: https://www.instagram.com/makunaimaturismo/.

Viaje à Bessa Expedições

Outra empresa de um grande parceiro nosso é a Viaje à Bessa, que também está com roteiros irresistíveis para o Monte Roraima, aproveite e já conversa com ele através do link facebook.com/viaje.abessa/.

Roraima Adventure

E não poderíamos deixar de falar da Roraima Adventure, uma das precursoras do turismo em Roraima que há anos desenvolve um excelente trabalho aqui e por onde passa. O instagram é o: https://www.instagram.com/roraimaadventures/.

Agradecimentos

Agradecer à equipe fantástica da Clube Native por todo apoio prestado. A Pedro Nascimento por disponibilizar algumas de suas fotografias para compor nosso material.

Sobre o autor 

Gildo Júnior é fotógrafo, videomaker, aventureiro, colunista, articulista e colecionador de roteiros. Para o servidor público federal, o mundo é imenso, repleto de lugares para conhecer, de coisas para fazer, de culturas para admirar, comidas para provar e pessoas para conhecer, por isso afirma que “por mais que o mundo gire, a única coisa que não posso fazer é ficar parado”. 

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pesquisa de professora paraense recebe Prêmio ‘Ciência pela Primeira Infância’

O estudo teve o propósito de pautar discussões acerca da garantia dos direitos à população infantil quilombola na Amazônia.

Leia também

Publicidade