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Médica alerta que fumaça das queimadas agrava riscos à saúde de fumantes

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Foto: Reprodução/Semusa Porto Velho

Com o aumento da fumaça das queimadas na região de Porto Velho (RO), a qualidade do ar tem se tornado um desafio à saúde pública, levando a um crescimento nos atendimentos médicos por problemas respiratórios.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), apenas em agosto de 2024, as quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade registraram 1.076 casos de falta de ar, um aumento significativo em comparação ao mesmo período do ano anterior, que somou 706 atendimentos.

O número é reflexo direto da intensificação das queimadas, que além de impactar toda a população, causa graves problemas àqueles que já têm o hábito de fumar.

Enquanto a poluição decorrente das queimadas atinge todos os moradores da capital, o impacto é ainda mais severo para os fumantes. A médica Camila Freire, especialista em saúde da família da Unidade de Saúde Agenor de Carvalho, explica que os danos provocados pelo cigarro no trato respiratório tornam os fumantes mais vulneráveis aos efeitos da fumaça.

“O cigarro provoca uma inflamação crônica nas vias respiratórias. Quando o fumante é exposto à fumaça das queimadas, essa inflamação se intensifica, piorando os sintomas de tosse, falta de ar e irritação”, alerta a médica.

Segundo ela, a fumaça das queimadas tem uma ação mais imediata, enquanto o tabagismo gera danos cumulativos e de longo prazo.

A fumaça das queimadas contém partículas que, ao serem inaladas, irritam o trato respiratório superior e os pulmões. Camila Freire descreve os sintomas mais comuns: “A fuligem e o ar quente provocam inflamação, gerando congestão nasal, tosse seca, irritação na garganta e, em casos graves, pneumonia”.

A médica também destaca que a situação é especialmente crítica para pessoas que já sofrem de doenças respiratórias, como asma e bronquite, que tendem a ter crises mais frequentes e intensas neste período. “Os portadores de doenças respiratórias pré-existentes já têm inflamação crônica nos pulmões. A exposição à fumaça agrava essa condição, aumentando as crises e a gravidade dos sintomas”, afirma.

Além dos problemas respiratórios, a exposição contínua à fumaça pode desencadear problemas cardiovasculares. “O calor excessivo e as partículas tóxicas da fumaça podem elevar a pressão arterial e aumentar os batimentos cardíacos, colocando em risco aqueles que já possuem doenças cardíacas, como hipertensão e histórico de AVC”, explica Camila.

Programa de Controle do Tabagismo

A combinação entre o tabagismo e a fumaça das queimadas pode ser devastadora para a saúde pulmonar, mas quem deseja parar de fumar pode contar com o apoio do “Programa de Controle do Tabagismo”, oferecido nas unidades de saúde de Porto Velho pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Coordenado por Cleide Davy, o programa oferece tratamentos baseados em terapias cognitivo-comportamentais e, quando necessário, medicamentos que auxiliam no abandono do vício.

O programa atende fumantes de diversos perfis, oferecendo planos de tratamento personalizados e um suporte contínuo para evitar recaídas.

Na Unidade de Saúde da Família (USF) Pedacinho de Chão, um grupo de sete pessoas se reúne semanalmente. Liderado pela enfermeira Alrisangela Silva Prado, o grupo é um exemplo do esforço coletivo para ajudar os pacientes a abandonarem o cigarro. “Montar um grupo de apoio nem sempre é fácil, mas é essencial. Cada pessoa tem um perfil diferente de dependência, e nosso trabalho é fornecer um atendimento personalizado, respeitando as particularidades de cada um”, explica Alrisangela.

Ela descreve como o grupo compartilha experiências e apoia uns aos outros, discutindo gatilhos como o consumo de café ou o estresse que levam ao hábito de fumar. “Acreditamos que, mesmo em grupo, cada paciente precisa de um plano de tratamento individualizado, pois a relação com o cigarro varia muito de pessoa para pessoa”, acrescenta.

Entre os participantes está Eliene Rolins, de 51 anos, que relata sua experiência com o programa: “Parar de fumar é uma das coisas mais difíceis que já enfrentei, mas o apoio do grupo tem sido essencial para eu continuar tentando”.

O tabagismo é uma das principais causas de doenças graves, como infarto, derrame e câncer, e em meio à poluição causada pelas queimadas, os riscos aumentam ainda mais.

Crianças e idosos: grupos mais vulneráveis

Entre os mais afetados pela poluição estão as crianças e os idosos. Esses grupos têm o sistema imunológico mais frágil, o que os torna mais suscetíveis aos danos provocados pela fumaça e pela exposição prolongada ao ar poluído.

Camila Freire reforça a necessidade de proteger essas populações, evitando atividades ao ar livre e usando máscaras em ambientes mais expostos. “Esses dois grupos sofrem mais com a poluição. É essencial limitar a exposição e adotar medidas preventivas, como aumentar a hidratação e o uso de máscaras”, orienta.

A exposição prolongada à fumaça pode desencadear uma série de sintomas que indicam a necessidade de cuidados médicos urgentes. Tosse persistente por mais de uma semana, falta de ar que não melhora com repouso e febre são sinais de que é hora de buscar ajuda nas unidades de saúde. “Se a tosse muda de padrão, tornando-se produtiva com secreção, ou se a pessoa apresenta febre e dificuldade para respirar, é preciso procurar atendimento médico imediatamente”, alerta Camila Freire.

Prevenção

Em tempos de fumaça intensa, o autocuidado é essencial para prevenir doenças e agravar condições de saúde pré-existentes. Para quem vive em áreas com alta concentração de poluentes, como Porto Velho, algumas medidas simples podem fazer toda a diferença:

  • Evite sair ao ar livre em dias de forte poluição.
  • Use máscaras de proteção ao se expor à fumaça.
  • Aumente a ingestão de líquidos, principalmente água.
  • Prefira ambientes climatizados e, se possível, com umidificadores.
  • Mantenha as janelas fechadas e use toalhas úmidas para melhorar a qualidade do ar em casa.

Camila Freire ressalta a importância dessas ações, especialmente para grupos de risco como fumantes, crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias. “O fator ambiental está presente, mas cabe a cada um cuidar de sua saúde, adotando medidas de proteção e evitando a exposição desnecessária à poluição”, conclui.

*Com informações da Semusa Porto Velho

Unidade Básica de Saúde Indígena no território Yanomami é entregue pelo MS

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Foto: Fabio Miranda/MS

O Ministério da Saúde (MS) entregou, no dia 25 de setembro, a Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) Olomai, localizada na Terra Indígena Yanomami. A UBSI Olomai foi projetada para atender diretamente 739 indígenas residentes em oito aldeias do território Yanomami, oferecendo serviços de saúde que estavam comprometidos devido à precariedade das instalações anteriores.

De acordo com o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, essa conquista é fruto de antigas reivindicações do povo Sanomã, que necessitavam urgentemente de melhores condições de atendimento na região.

A nova unidade será operada por uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiro, técnico de enfermagem, nutricionista, agente de combate às endemias (ACE) e técnico especializado no combate à oncocercose, uma doença parasitária que afeta determinadas comunidades indígenas.

Além de consultas e atendimentos clínicos, a UBSI Olomai vai oferecer serviços voltados para a prevenção e o controle de doenças endêmicas, ações nutricionais e vigilância em saúde, com o objetivo de reduzir ainda mais os índices de mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos indígenas.

A entrega da UBSI Olomai faz parte do projeto iniciado no ano passado, que visa a construção de 22 unidades emergenciais de saúde em áreas indígenas. Até o momento, nove dessas unidades já foram entregues.

Segundo Weibe Tapeba, “essa é mais uma etapa de um projeto maior que visa levar dignidade, qualidade de vida e atendimento médico de excelência aos povos indígenas de todo o Brasil”.

*Com informações do Ministério da Saúde

Saiba qual o passo a passo para o reconhecimento e proteção das comunidades quilombolas

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Foto: Incra/RO

A titulação dos territórios quilombolas é um procedimento fundamental para assegurar os direitos das comunidades remanescentes no Brasil. Este tema recebe atenção do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), sendo implementado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), autarquia federal vinculada ao MDA.

A titulação não apenas garante a autonomia das comunidades, como promove a preservação de suas tradições culturais. Veja abaixo o passo a passo para a Titulação de Território Quilombola:

Autodefinição Quilombola

O primeiro passo para a regularização do território quilombola é a autodefinição da comunidade. Assim como qualquer grupo social os quilombolas possuem o direito de se autodefinir. Para iniciar o processo de formalização é imprescindível apresentar a Certidão de Autorreconhecimento, emitida pela Fundação Cultural Palmares (FCP). Este documento é fundamental para que a comunidade busque o reconhecimento oficial de seus direitos territoriais.

Elaboração do RTID

A próxima etapa consiste na elaboração do RTID (Relatório Técnico de Identificação e Delimitação). Este relatório apresenta informações cartográficas, fundiárias, agronômicas, socioeconômicas, históricas, etnográficas e antropológicas. A coleta de dados deve ser realizada em campo e em colaboração com instituições públicas e privadas, visando identificar com precisão os limites das terras ocupadas pelas comunidades quilombolas.

Componentes do RTID:

Relatório antropológico
Levantamento fundiário
Planta e memorial descritivo
Cadastro de quilombolas
Levantamento de sobreposições
Pareceres conclusivos (técnicos e jurídicos)
Publicação do RTID

Após a elaboração do RTID o próximo passo é a sua publicação oficial. A partir desse momento os interessados terão um prazo de 90 dias para contestar o documento junto à Superintendência Regional do INCRA, apresentando as evidências que considerarem relevantes. Em caso de contestações será possível recorrer ao Conselho Diretor do INCRA em um prazo de 30 dias após a notificação.

Portaria de Reconhecimento

Com a análise das contestações, a fase seguinte é a publicação da portaria pelo Presidente do INCRA. Esse ato formal reconhece oficialmente os limites do território quilombola, assegurando a visibilidade e a proteção das terras da comunidade no Diário Oficial da União e nos diários oficiais dos estados.

Decreto de Desapropriação

Nos casos em que há imóveis privados localizados dentro do território torna-se necessário um Decreto Presidencial de Desapropriação por Interesse Social. Esta etapa é crucial para garantir a utilização das terras pela comunidade. Os imóveis desapropriados passarão por uma vistoria e avaliação de preços, com o pagamento prévio em dinheiro pela terra nua, respeitando os direitos dos proprietários.

Titulação

Chega-se à etapa de titulação. O Presidente do INCRA realiza a concessão do título coletivo, que é imprescritível e pró-indiviso, à comunidade, sendo este emitido em nome da associação legalmente constituída, sem custos financeiros. É importante ressaltar que a venda e a penhora do território são proibidas, garantindo a proteção e a integridade das terras quilombolas.

*Com informações do MDA

Climatologista diz que La Niña deve ter intensidade fraca este ano

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Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O fenômeno La Niña, se as tendências dos modelos de previsão estiverem corretas, provavelmente será fraco e talvez não se sinta os efeitos costumeiros, segundo a climatologista Francis Lacerda, do Instituto Agronômico de Pernambuco, em entrevista ao programa Natureza Viva, da Rádio Nacional da Amazônia. O La Niña é marcado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico.

De acordo com Francis, o La Niña provoca chuva no Nordeste do Brasil, e gera seca na Região Sul, em boa parte do Centro-Oeste e no Sudeste.

A climatologista explica que o fenômeno iniciou há dois meses o processo de resfriamento, porém em velocidade mais lenta que o habitual.

“O que a gente tem observado e os modelos de previsão do mundo inteiro indicam é que o La Niña este ano está atrasado, já era para estar um pouco mais avançado no tempo e a previsão é que seja uma La Niña fraca”, disse.

De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a probabilidade do La Niña nos meses de outubro-novembro-dezembro aumenta para 60%.

Para o mês de outubro, a previsão do Inmet é quantidade de chuvas acima da média em grande parte da Região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e deve haver volta gradual das chuvas para a parte central do país na segunda quinzena.

Mudanças climáticas

A climatologista destacou a questão das mudanças climáticas, que foi abordada na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na última semana, principalmente no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu o multilateralismo como caminho para superação da urgência climática.

Para Francis Lacerda, as ações para minimizar os impactos do descontrole climático, como a redução das emissões, ainda enfrentam resistência de setores econômicos para serem colocadas em prática, como o agronegócio, ainda “pautado em cima da produção em larga escala e da produção de bovinos e carne que é exportada”. “A energia e a água são convertidas nessas commodities e a gente aqui padecendo de ações para que esse setor de commodities e do agronegócio cresça em detrimento do nosso bioma e do descontrole total do clima”, ressalta.

Outro ponto citado pela climatologista é a possibilidade de a Amazônia chegar ao ponto de não retorno (estágio em que determinado processo se torna irreversível, por exemplo, o desmatamento) o que trará, conforme Francis Lacerda, graves consequências ao país. Ela defende que é preciso parar de considerar o bioma “um pasto gigante” para criação de gado e plantação de soja.

Quanto aos incêndios florestais, ocorridos em diversas regiões do país, a climatologista disse que a maioria deve ter intenção criminosa com intuito de queimar áreas de proteção ambiental.

Um monitoramento, a partir de imagens de satélite e alertas de fogo, mostra que 99% das queimadas no Brasil têm ação humana, principalmente na Amazônia, Cerrado e Pantanal.

*Com informações da Agência Brasil

Projeto paraense desenvolve pesquisas relacionadas à biodiversidade da Amazônia Oriental

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O Projeto ‘Programa de Pesquisa em Biodiversidade da Amazônia Oriental‘ (PPBio-AmOr) foi criado com o propósito de ampliar e fortalecer uma rede de colaboração focada em estudos sobre a biodiversidade da Amazônia Oriental. A iniciativa busca preencher lacunas sobre o conhecimento ecológico de ecossistemas aquáticos e terrestres, informar práticas e políticas públicas voltadas à educação, à conservação e ao manejo sustentável e contribuir para a formação das futuras gerações de tomadores de decisão que atuam na região.

O PPBio-AmOr reúne cientistas de diversas áreas do conhecimento da UFPA e de outras instituições em uma investigação que aborda questões socioambientais voltadas à promoção de um impacto real na conservação do meio ambiente. O projeto também agrega cientistas em diferentes estágios da carreira e proporciona oportunidades de formação e consolidação na realização de estudos sobre a diversidade biológica na região amazônica.

Para o desenvolvimento dos estudos, os pesquisadores contam, ainda, com a parceria dos próprios moradores locais, que compartilham suas perspectivas e enriquecem o projeto com sugestões para a pesquisa.

“Esta colaboração permite que as soluções sejam mais eficazes e voltadas, de fato, para a realidade local. Além disso, fortalece o sentimento de pertencimento e responsabilidade das comunidades, dos pesquisadores, das pesquisadoras e das instituições, que se tornam parte ativa na conservação e gestão sustentável da Amazônia. Quando os amazônidas discutem sobre a Amazônia, estamos construindo soluções que respeitam e refletem a diversidade e a riqueza da região”, explica Juen.

Foto: Divulgação/UFPA

Projeto PPBio-AmOr

Com sede no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará , o Projeto PPBio-AmOr é coordenado pelos pesquisadores Leandro Juen, Filipe França e Grazielle Sales. Além deles, a rede de pesquisa já conta com aproximadamente 80 pesquisadores, colaboradores de 43 instituições, sendo cinco internacionais e 39 brasileiros, a maioria da região amazônica.

A iniciativa conta com o apoio de centros de ensino, agências ambientais, como o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), ONGs, como a Conservação Internacional (CI), e empresas privadas, como a Agropalma.

Atualmente, três projetos associados estruturam a Rede PPBio-AmOr:

  • O Síntese, coordenado pelos professores Leandro Juen (UFPA-Belém), Filipe França (UFPA/Bristol) e Fernando Geraldo de Carvalho (ITV), que tem como objetivo organizar as informações de biodiversidade já existentes em artigos, bancos de dados e repositórios on-line, além de realizar modelagens e sínteses de dados para informar a tomada de decisões;
  • o Lacunas, coordenado por Karina Dias da Silva (UFPA-Altamira), Rodrigo Fadini (Ufopa) e Luciano Fogaça de Assis Montag (UFPA-Belém), que está monitorando a fauna e a flora em três regiões, municípios de Altamira, Santarém e Tailândia, no estado do Pará, além de realizar expedições científicas em regiões de difícil acesso e/ou com carência de conhecimento sobre a biodiversidade;
  • e o Trocas, que busca o trabalho participativo com gestores, tomadores de decisões, formuladores de políticas públicas e comunidades tradicionais – incluindo povos originários e quilombolas – para promover a interculturalização do conhecimento da biodiversidade e co-produzir evidências científicas para fomentar políticas e práticas ambientais, sob a coordenação de Raimunda Pinheiro (Ufopa), James Ferreira Moura Júnior (Unilab) e Thaísa Michelan (UFPA-Belém).
Foto: Divulgação/UFPA

Resultados

Entre os resultados já alcançados para o desenvolvimento do projeto, estão: início do trabalho de reconhecimento e seleção das áreas para a instalação das parcelas permanentes com a metodologia PPBio-AmOr; visitas de campo nos sítios de Tailândia (área da Agropalma) e Santarém; identificação e catalogação das árvores, publicações científicas em revistas de alto impacto e realização da oficina sobre a integração de perspectivas acerca da sociobiodiversidade e das mudanças climáticas na Amazônia, em julho de 2024.

“Os próximos passos incluem a finalização da implementação das parcelas permanentes, a continuidade dos inventários de fauna e flora, o monitoramento ambiental detalhado, a análise integrada dos dados e o início das ações participativas e de pesquisa para troca de conhecimentos com as comunidades locais”, destaca Juen.

“Isso permitirá que avancemos na compreensão dos impactos ambientais e, simultaneamente, na formação de novas gerações de cientistas e tomadores de decisão na Amazônia Oriental”, justifica o pesquisador. Para obter mais informações sobre o PPBioAmOr, acompanhe as atividades que estão sendo desenvolvidas por meio da página @ppbio.amor ou entre em contato por meio do e-mail: ppbioamor@ufpa.br.

*Com informações da UFPA

Suspeita de vazamento de radiação: sindicato pede que Comissão Nacional fiscalize hospitais no Acre

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Hospital Geral de Feijó tem aparelho de raio-X apontado para a frente provisória da unidade, que está em reforma. Foto: Diego Gurgel/Secom AC

Após detectar suspeitas de vazamento de radiação por aparelhos de raio-X, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) vai pedir que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) fiscalize as unidades estaduais Hospital Geral de Feijó e o Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira. A CNEN é a autarquia federal responsável por regular, licenciar e fiscalizar a produção e a utilização da energia nuclear no país.

Conforme divulgado pelo órgão no dia 27 de setembro, as suspeitas chegaram ao sindicato por meio de denúncias de servidores e foram constatadas por visitas técnicas às unidades. Foi constatado pelos profissionais que há falta de barita, um mineral utilizado nas paredes para proteção radiológica e a ausência de portas adequadas, o que leva ao risco de “contaminação silenciosa”.

Em Feijó, segundo o sindicato, o aparelho de Raio-X está no almoxarifado, apontado para a frente provisória do hospital, e deixa pacientes, acompanhantes e servidores vulneráveis à radiação primária, além do acúmulo de radiação secundária no interior da sala.

Já em Sena Madureira, o equipamento está voltado a uma parede que dá para o lado da rua, o que pode expor o público desta região à radiação primária, além da disseminação de radiação secundária que, apesar de ser menos intensa, pode ser prejudicial à saúde se for frequente.

Com isso, a instituição encaminhou a denúncias ao Ministério Público do Acre (MP-AC), Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e também à CNEN.

Ainda segundo o sindicato, a contaminação pode afetar até mesmo a unidade do MP-AC em Sena Madureira, por ser localizada próxima ao hospital. De acordo com a instituição existem suspeitas semelhantes em outros municípios, como Manoel Urbano, e por isso o caso é considerado grave.

“O objetivo da denúncia é evitar algo semelhante à catástrofe ocorrida em 1987, em Goiânia, quando a exposição ao Césio-137 (137Cs) resultou na morte de pessoas. Na época, indivíduos acabaram violando uma máquina abandonada em uma unidade de saúde, levando o material radiológico para casa por acreditar que era um objeto de valor”, ressaltou o Sindmed.

Por meio de nota, a Sesacre afirmou que uma análise técnica demonstrou que não há indícios de risco à saúde pública nos municípios citados pelo Sindmed. Segundo a pasta, as unidades utilizam aparelhos portáteis, que não precisam de paredes baritadas para operar, e que estão em conformidade com os padrões de segurança radiológica.

“Informamos ainda que as unidades de Feijó e Sena Madureira estão passando por reformas, com a unidade de Manoel Urbano prestes a iniciar a manutenção para a instalação de um raio-X fixo, o que proporcionará ainda mais segurança e qualidade nos exames. As unidades de saúde estão sendo monitoradas por equipes técnicas especializadas, que seguem todas as normas e protocolos de segurança para garantir a integridade de pacientes e profissionais”, afirma o texto.

*Com informações da Rede Amazônica AC

Confira dicas de especialista para começar no mundo da sétima arte

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As oficinas do Pipoca em Cena são projetadas para serem acessíveis a todos, desde iniciantes até aqueles que já possuem alguma experiência na área. Por meio de videoaulas com exercícios práticos e materiais de apoio, um dos especialistas do audiovisual na Amazônia, Anderson Mendes, ensina o básico das produções. Com apoio de outros especialistas, reunimos dicas para quem quer começar a se aventurar no mundo da sétima arte:

Sobre o Pipoca em Cena

A décima edição do Projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), tem o apoio institucional da Globo Filmes; Policia Militar do Amazonas; Secretaria de Estado de Educação e Deporto Escolar (SEDUC); e o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC); Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Governo do Amazonas.

Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês, informa Inpe

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já colocam 2024 como um dos anos com maior quantidade de focos de queimada na última década. Setembro já contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica, registrada desde 1998 pelo Inpe. Mesmo que a quantidade de focos não extrapole as médias históricas nos últimos três meses do ano, 2024 terá o maior número de focos desde 2010, quando o Brasil teve 319.383 registros.

Os dados indicam que essa média pode ser superada, pois o mês de setembro teve aumento de 311%, passando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.

Centro-Oeste puxa altas

O levantamento do Inpe indica aumento consistente nos focos em todas as regiões do país, em relação a 2023, com destaque para o Centro-Oeste, que teve três unidades com mais aumentos neste ano: Mato Grosso do Sul, com 601% e 11.990 focos em 2024; o Distrito Federal, com 269%, ainda que com apenas 318 focos; e Mato Grosso, 217%, com 45 mil focos, tornando-se o estado com o maior número no país neste ano, ultrapassando o Pará.

Os números em Mato Grosso são mais fortes em setembro, quando foi responsável até agora por 23,8% dos focos do país ou 19.439 registros. O Pará também teve grande quantidade de queimadas no mês: 17.297 focos, ou 21,2% de todos os registros.

Completam o ranking dos maiores aumentos dois estados do Sudeste, com números totais de queimadas menos representativos, porém com grande aumento: São Paulo e o Rio de Janeiro. O aumento para os paulistas foi de 428% em setembro, com 7855 focos ativos. No Rio, foi de 184%, ou 1074 focos.

Em São Paulo, grande parte dos focos esteve concentrada em setembro, quando o estado registrou 2.445 focos ativos, 3% das ocorrências em todo o território nacional. Nas últimas 48 horas, o estado registrou 65 focos ativos, de acordo com o Inpe. A Defesa Civil estadual informou que quatro municípios registraram focos nesse domingo (29), entre eles Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto, onde o combate se concentra na Estação Ecológica do Jataí.

Somente lá atuam 133 agentes, entre defesa civil, bombeiros, brigadistas e voluntários. São 42 veículos, entre caminhões pipa, tratores e camionetes 4×4. Usinas da região uniram-se à força-tarefa enviando brigadistas e veículos de apoio. Seis aeronaves, sendo quatro aviões e dois helicópteros, também foram mobilizados nessa frente.

Desde o começo das medições, o país teve mais de 300 mil focos apenas em seis anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Neste ano de 2024 caminha para a volta dessa marca. Com seus 208 mil focos registrados, está atrás somente dos totais de 2020, com 222.797 focos, e 2015, com 216.778, considerando apenas os últimos dez anos.

*Com informações da Agência Brasil

Clássicos do cinema de curtas filmados na Amazônia

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Os curtas-metragens produzidos na região amazônica, por cineastas locais, capturam a riqueza das tradições, desafios socioambientais, belezas naturais e a vasta criatividade de quem vive na Amazônia. Além de serem uma forma de resistência, promovendo conscientização sobre a importância de preservar a Amazônia e seus povos, fomentando sua cultura. Confira alguns filmes que já se tornaram clássicos:

Assista os curtas:

Pistolino, o mala. De Jair Rangel

O Forasteiro Katiuscia de Sá

Açaí, de André Cantuária

Palasito, de Alex pizano

Sobre o Pipoca em Cena

A décima edição do Projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), tem o apoio institucional da Globo Filmes; Policia Militar do Amazonas; Secretaria de Estado de Educação e Deporto Escolar (SEDUC); e o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC); Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Governo do Amazonas.

Você sabia que o Pipoca em Cena já produziu mais de 50 curtas?

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Há quase 10 anos, o projeto ‘Pipoca em Cena’ tem a missão de difundir a sétima arte para o Amazonas. O projeto, que nasceu em 2015, já levou programação de qualidade para diversas comunidades do Estado, sempre pensando em como o audiovisual pode ajudar na educação e estimular os jovens. Conheça algumas curiosidades sobre o projeto:

Sobre o Pipoca em Cena

A décima edição do Projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), tem o apoio institucional da Globo Filmes; Policia Militar do Amazonas; Secretaria de Estado de Educação e Deporto Escolar (SEDUC); e o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC); Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Governo do Amazonas.