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Ações na Amazônia e Pantanal tem mais de R$ 938 milhões liberado pelo Governo Federal 

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula editou Medida Provisória que abre crédito extraordinário no valor de R$ 938.458.061 para ações de enfrentamento aos efeitos da seca e dos incêndios florestais no Pantanal e na Região Amazônica. Dentre os valores liberados, estão R$ 418 milhões para o pagamento de auxílio extraordinário a pescadores contemplados pelo seguro defeso na Região Norte e que foram prejudicados pela grave estiagem, conforme previsto em outra MP publicada este mês pelo Governo Federal.

O valor de R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, será pago em parcela única para 148.046 pescadores e pecadoras artesanais de 115 municípios que tiveram o reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de calamidade ou emergência por conta dos efeitos da seca na região.

A Medida Provisória também autoriza a aplicação de R$ 238 milhões pelo Fundo Nacional de Saúde para ações de vigilância em saúde, atenção ambulatorial e hospitalar, disponibilização de suprimentos e medicamentos básicos, além de proteção e reparação da saúde indígena.

O Fundo Nacional de Segurança Pública poderá destinar R$ 25,8 milhões em políticas de segurança pública, prevenção e enfrentamento à criminalidade, bem como na atuação da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP). Para fortalecer as operações integradas da FNSP, os valores serão utilizados na atuação de 120 profissionais, pelo período de 100 dias.

Para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), foram destinados R$ 143 milhões a ações de proteção e defesa civil que objetivam proporcionar o atendimento com ações de resposta e de recuperação aos municípios afetados pela seca, estiagem e incêndios florestais.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) receberá R$ 36,7 milhões para diversas atividades como locação de aeronaves, capacitação e estruturação das equipes de fiscalização, contratação de profissionais especializados, dentre outros. Ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), será mobilizado R$ 1,4 milhão em recursos para proteger áreas de assentamento, além de garantir a segurança das famílias e a preservação do meio ambiente.

Já o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) terá R$ 74,9 milhões para implementar tecnologias de acesso à água para consumo humano e de produção de alimentos por meio do Programa Cisternas.

*Com informações da Casa Civil do Governo Federal

Os desafios da expedição em busca de novas espécies de carrapato pela Amazônia

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Foto: Reprodução/Youtube Ticksman

Por Flávio Terassini – ticksman@gmail.com

Nessa expedição em busca de espécies novas de carrapato pela Amazônia, nós estivemos no estado do Acre, com a suspeita de realmente ter uma espécie nova de carrapato não catalogada para ciência. Então, pesquisadores da USP, com pesquisadores aqui do estado de Rondônia, se juntaram e passaram 10 dias no estado do Acre se aventurando no meio da selva em busca de algumas espécies de animais para, claro, procurar carrapatos. Foram muitos os desafios, principalmente com a chuva, embora era uma época ainda de interseção seca, mas já estavam começando as chuvas, então o translado até o local foi bem difícil e sem falar no calor e outros problemas que a gente acaba enfrentando numa expedição como essa.

A expedição foi muito produtiva, conseguimos encontrar muitos animais, muitas espécies diferentes de carrapato. Mais de dez espécies diferentes de carrapato nesse período e a gente ainda não sabe se encontramos ou não essa espécie nova. Porque agora vem a segunda etapa, que é processar por biologia molecular ou processar em laboratório cada um desses carrapatos através do seu DNA para confirmar se realmente encontramos uma espécie nova. A Amazônia existem muitos segredos que ainda não foram revelados e expedições como essa buscam revelar essas informações para a ciência.

Ficou curioso sobre os detalhes dessa expedição? Confira os bastidores:

Sobre o autor

Ticksman é o Flávio Aparecido Terassini, biólogo, professor universitário desde 2006, mestre em Ciências pela USP e doutorando pelo Bionorte.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Tratar adultos como adultos

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

O CEO de uma boa empresa, que pode ser considerada de referência em seu setor de atuação, se manifesta em tom de desabafo: “Estamos fazendo as coisas por fazer, sem nos preocupar com os resultados. Quero colocar de lado um pouco a questão da felicidade e focar na expansão da empresa. Quero que os líderes sejam mais cobradores”.

Pessoalmente, tenho como propósito promover a felicidade de pessoas e de empresas. No entanto, sou obrigado a reconhecer que ele tem razão, parcialmente. Isto porque boa parte dos líderes não age potencializando as duas coisas: pessoas e resultados. Alguns focam nas entregas a qualquer custo, sacrificando a si mesmo e a equipe. Outros adotam uma atitude paternalista, tratando os colaboradores como se fossem frágeis e dependentes, como se não tivessem que entregar resultados. Eles estão sendo pagos por isto e precisam ser tratados como pessoas adultas.

Logicamente, uma empresa que não se desenvolve continuamente é um péssimo lugar para se trabalhar, em todos os sentidos. Para começar, ela perde qualidade e competitividade. Depois, deixa de gerar oportunidades, que somente ocorrem quando há expansão, e de oferecer boas condições, tanto de trabalho quanto de remuneração. Com o tempo, a empresa passa a ter dificuldades de honrar os seus compromissos e corre o risco de desaparecer. Ao invés de um bem, torna-se um mal social. Famílias podem ser fortemente atingidas.

Não fosse tudo isto mais do que suficiente, trabalhar em empresas não exigentes faz com que os profissionais fiquem defasados em relação ao mercado, desqualificando-os para futuras atribuições. Ou seja, não há vantagens para ninguém tratar adultos como seres frágeis. Pais que não assumem o papel de educadores, seja porque dá muito trabalho, seja porque querem agradar, estragam os filhos. O mesmo ocorre com gestores paternalistas.

O outro extremo também não é desejável, o de desconsiderar a importância da felicidade das pessoas que, quando atingida, favorece as empresas. É na frequência da felicidade (que não pode ser confundida apenas com alegria) que as pessoas são mais produtivas e exploram o seu maior potencial. Aqui, todos ganham.

Não cabe às empresas tornarem as pessoas felizes, que é responsabilidade de cada um. Às empresas, cabe criar as condições de trabalho para isto, cuidar do terreno. Isto envolve criar uma cultura que valorize pessoas e resultados, sem precisar fazer a opção entre um e outro. Envolve também desenvolver lideranças que trabalhem sobre estes dois eixos.

Aos líderes, cabe a responsabilidade de favorecer o desenvolvimento da equipe e da entrega dos melhores resultados. Como recomenda a liderança situacional, há momentos de direcionar e cobrar; de treinar e orientar; de compartilhar; e momentos de delegar. O que determina a adequação de uma ou de outra ação, não deve ser o “jeitão do gestor”, mas a situação em si e a maturidade da equipe ou do liderado.

O que é combinado nunca é caro e tratar adultos como adultos é um dos acordos que precisam ser estabelecidos desde o início da relação entre empresas e profissionais. Isto favorece os resultados e a felicidade, que se retroalimentam. Certamente é o que deseja o CEO citado acima e é o que todos queremos.

E você? Também acredita que adultos devem ser tratados como adultos? E que é possível focar em resultados e em felicidade?

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Projeto escolar busca soluções para cultivo de hortaliças durante salinização da água no Bailique

Projeto conta com a participação de estudantes da Escola Bosque. Foto: Divulgação

No período de estiagem as comunidades ribeirinhas no Arquipélago do Bailique, no litoral do Amapá, sofrem com o processo de salinização da água, que fica imprópria para consumo e plantio. Buscando ajudar no processo de criação de hortaliças, professores e estudantes da Escola Bosque do Amapá se uniram para construir um mecanismo que pudesse separar o sal da água.

O projeto “Horta Show” iniciou em 2023 e é realizado na escola pelos professores de ciências da natureza, juntando as áreas de biologia, física e química. Segundo a professora de química, Marcela Gomes, essa ação é essencial para que as hortaliças possam ser plantadas nas comunidades atingidas pela salinização da água.

Cultivo de hortaliças foi implantado há um ano. Foto: Divulgação

O projeto foi um dos destaques da Feira de Ciência e Engenharia do Estado do Amapá, sendo selecionado para a Expo Nacional Milset Brasil.

Os primeiros protótipos foram realizados com garrafas pets para armazenar a terra, no entanto, houve um excesso de calor, causando desidratação e danos nas folhas. Então a equipe trocou o local para e começou a utilizar o Bambu, porém ele não é encontrado com facilidade na região. Na terceira tentativa a equipe utilizou o tronco de árvore oca, e o resultado foi o esperado.

O professor coordenador da área de Ciências da Natureza, Samuel Quaresma, explicou a escolha pelo tronco da árvore oca.

“Esse tipo de tronco é muito encontrado aqui na região, e ele não absorve tanto o calor. Mas, não descartamos a garrafa Pet, nem o bambu. O experimento com garrafa Pet irá ficar na sombra, inclusive com o uso da garrafa, vamos eliminar um pouco o lixo que a população produz”, disse o coordenador de Ciências da Natureza da escola.

Para a estudante, Amylee Gabrielly da Costa Santana, de 16 anos, o projeto é muito importante, tanto para a comunidade, quantos para os alunos da escola.

Comunidade no Arquipélago do Bailique, na foz do Rio Amazonas. Foto: Divulgação/MIDR

De acordo com os professores do projeto, eles ainda pretendem alcançar o desenvolvimento das hortas, com maiores plantações, diversidade de hortaliças e plantas medicinais através do projeto.

*Por Luan Coutinho, da Rede Amazônica AP

Levantamento aponta que todos os municípios do Amapá possuem assentamentos agrícolas familiares

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Foto: Reprodução/Acervo Rede Amazônica AP

Em todo o país, a política de reforma agrária traz o objetivo de promover a distribuição de terras entre trabalhadores rurais. De acordo com levantamento feito pela Diretoria Nacional de Desenvolvimento Agrário, a reforma agrária, enquanto política pública, promove a cidadania, favorece uma estrutura fundiária mais democrática e gera renda no campo.

Em um contexto nacional, o Amapá possui uma particularidade: todos os municípios possuem assentamentos, que são formados por conjuntos de unidades agrícolas.

Cada uma dessas unidades é destinada a uma família de agricultores ou trabalhadores rurais que não possuem condições de comprar um imóvel na zona rural.

As terras que se tornam assentamentos para famílias são espaços que, de acordo com a Constituição, não fazem o manejo correto e geram consequências para o solo.

Programa nacional

Os beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária têm à disposição recursos que permitem a instalação de um assentamento e o desenvolvimento de atividades produtivas. O chamado crédito instalação é a primeira etapa de financiamento garantida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) às famílias. No total, são 10 modalidades oferecidas.

No estado do Amapá todas as modalidades de crédito são ofertadas. O Fomento Mulher, condição de crédito voltado apenas para mulheres, permite que mulheres chefes de famílias possam ter mais espaço nos assentamentos. Além disso, hoje todos os contratos de concessão de uso das terras para famílias traz as mulheres como titulares.

*Por Mayra Carvalho, da Rede Amazônica AP

Erradicação do moko da bananeira em área de terra firme exige vazio sanitário de dois anos

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Foto:

Com base em resultados de pesquisa da Embrapa Amazônia Ocidental (AM) em parceria com Embrapa Roraima, cientistas recomendam o período de 24 meses para o vazio sanitário de bananeiras para a recomposição de áreas de terra firme afetadas pela murcha-bacteriana ou moko da bananeira. A doença é causada pela bactéria Ralstonia solanacearum raça 2, uma praga quarentenária presente sob controle oficial, que se encontra disseminada nos estados do Amapá, Amazonas, Roraima, Pará, Pernambuco, Rondônia e Sergipe.

O moko é uma das doenças mais destrutivas das bananeiras cultivadas em áreas de várzea da Região Amazônica, onde as inundações anuais são o ponto crucial para disseminação da bactéria, pois as águas das enchentes disseminam o patógeno ao longo dos rios, contaminando todos os plantios à jusante do bananal afetado.

Nos municípios de Tabatinga e Manicoré, no Amazonas, por exemplo, os plantios são afetados pela doença, pois estão estabelecidos nas áreas de várzea da calha do Alto Solimões e do Rio Madeira, respectivamente. Nesse caso, a erradicação do mal é praticamente impossível, pois, todos os anos, as áreas são inundadas e as águas das enchentes disseminam a bactéria.

Nas áreas de terra firme, a bactéria se comporta como um patógeno transeunte do solo, pois sobrevive nesse ambiente por tempo limitado. Ela não resiste na ausência de resíduos da planta hospedeira e tampouco produz endósporos, que são estruturas de resistência que garantem a sua sobrevivência sob condições de estresse ambiental. Após o vazio sanitário de dois anos, pode-se plantar novamente bananeiras de mudas sadias no local.

Foto: Reprodução/Luadir Gasparotto

Não há cultivares resistentes, e o controle químico também não funciona, porque a doença é vascular, informa os pesquisadores da Embrapa Luadir GasparottoMirza Carla Normando e Daniel Schurt, no Comunicado Técnico 168 “Sobrevivência da bactéria Ralstonia solanacearum raça 2,” lançado este ano.

“Em áreas de terra firme, a doença só ocorre quando os produtores utilizam, no plantio, mudas contaminadas oriundas das várzeas. A bactéria é disseminada por contato das raízes entre as plantas e, em poucos meses, causa a morte de todo o plantio”, explica Gasparotto.

Como a disseminação de R. solanacearum raça 2 para as áreas de terra firme é antrópica (causada por ação humana), ela pode ser evitada com medidas de exclusão, ou seja, plantio de mudas sadias, desinfestação de máquinas e implementos utilizados no bananal doente e proibição do trânsito desordenado de veículos, de pessoas e de caixas usadas para transporte das bananas entre os plantios.

Segundo a pesquisa, as medidas de erradicação apresentam bons resultados em plantios de banana em terra firme, mas, para recomendar a erradicação, foi importante definir o período de sobrevivência da bactéria no solo. Por isso, foi realizado um experimento por dois anos, na Embrapa, quando foi avaliada a sobrevivência de mudas de bananeira das cultivares Prata Anã e PV03-44, em solos infestados com a bactéria.

Foto: Reprodução/Luadir Gasparotto

Como foi feito o experimento

Em trincheiras infestadas, no dia da infestação e aos 2, 4, 6, 10, 12, 18 e 24 meses, após a infestação foram plantadas dez mudas tipo chifre de cada cultivar. As avaliações consistiram na contagem mensal, durante 24 meses, de plantas mortas ou apresentando sintomas típicos do moko, como murcha das folhas e escurecimento de tecidos observados por meio de secções transversais do rizoma e do pseudocaule. “Os resultados obtidos indicam que a bactéria R. solanacearum raça 2 sobrevive em rizomas de bananeiras infectadas por até dez meses em solos do tipo Latossolo Amarelo e por até oito meses em solo do tipo Argissolo”, informa o pesquisador.

Para a erradicação da doença, é importante que todas as bananeiras sejam mortas. Os pesquisadores recomendam que não se deixe nenhuma planta viva. Após a morte de todas as bananeiras, é recomendável que a área seja cultivada com outras culturas, como macaxeira, mandioca, abacaxi, mamão e milho, durante pelo menos 24 meses. Nesse período, todos os resíduos orgânicos do bananal serão decompostos. Após o vazio sanitário, sem bananeiras, durante 24 meses, a mesma área poderá ser estabelecida com novo plantio dessa planta, mas com mudas de procedência conhecida livre de moko.

Como evitar a doença


Plantio de mudas comprovadamente sadias (certificadas).
Desinfestar ferramentas usadas nas operações de desbaste, corte do pseudocaule e colheita; imergindo o material nas soluções de formaldeído (1:3) ou água sanitária (1:2) após seu uso em cada planta.
Eliminação do coração da bananeira, assim que as pencas emergirem em variedades com brácteas caducas, visando impedir a transmissão pelos insetos, utilizando as mãos para quebrar a ráquis.
Deve-se realizar o controle das plantas daninhas com aplicação de herbicidas em substituição às capinas manuais ou mecânicas.
Recomenda-se em áreas de ocorrência do moko, realizar inspeção periódica do bananal, por pessoas bem treinadas, para a detecção precoce das plantas doentes


As ações implementadas nesta pesquisa possuem alinhamento com os seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030: 2 (Fome zero e agricultura sustentável), 9 (Indústria, inovação e insfraestrutura), 11 (Cidades e comunidades sustentáveis), 12 (Consumo e produção sustentáveis), 15 (Vida terrestre) e 17 (Parcerias e meios de implementação)

8 comerciais que marcaram a TV no Amazonas; você lembra?

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Existem comerciais e propagandas de TV que quebram a barreira do tempo e são capazes de nos transportar para a época em que eram vinculados.

Aos saudosistas e também aos curiosos, essa lista de comerciais publicitários foi criada para mostrar alguns que marcaram época e conquistaram o público de Manaus. Confira:

Tio Acram

Quem nunca sonhou em ir para a Disney, após assistir ao comercial da agência de turismo ‘Tio Acram’? A música chiclate fica na cabeça de qualquer um que assiste ao vídeo:

Vitória Fernandes

Muitas noivinhas de Manaus casaram usando roupas da Vitória Fernandes. Os noivos e convidados podiam encomendar suas roupas para o casamento também. Mas além da loja de roupas, o empreendimento contava com um salão que ficava responsável pelos cabelos e a maquiagem. A música ficou na memórias de muitos:

Obrigado, Senhor

A Rede Amazônica sempre foi uma referência na comunicação da região Norte. Existiu uma época em que a emissora encerrava a programação com uma música de agradecimento. Alguém lembra?

Comercial de supermercado nostálgico

O DB é um hipermercado que já é conhecido pelos manauras. Mas assistindo a esse comercial de 2005 será que somos surpreendidos?

Guaraná Tuchaua

Você lembra da garrafa de vidro verde do guaraná Tuchaua? Esse comercial dos anos 2000 do refrigerante que foi criado no Amazonas é nostalgia pura. Confira:

Supermercado C.O

Outra lenda do “atacarejo” de Manaus é o Supermercado C.O. Os preços dos anos 2000 assustam, não é?

Amazonas Shopping

O Natal é uma época mágica. Em 1992, o Amazonas Shopping fez um comercial emocionante sobre esse, que é um dos momentos mais esperados do ano para o comércio. Confira:

Carnaval

Quem gosta de folia? A Rede Amazônica sempre esteve presente no Carnaval de Manaus. Confira:

Você sabe por que Manaus comemora aniversário em 24 de outubro?

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Foto: Chico Batata

Manaus completa 355 anos em 2024, no dia 24 de outubro. Fundada no século XVII, a capital amazonense tem uma rica história e um papel importante na formação do Brasil. Mas você sabe por que o aniversário é comemorado no dia 24 de outubro?

A cidade foi criada para afirmar a presença portuguesa e estabelecer o domínio lusitano na região amazônica, que já era considerada uma posição estratégica no território brasileiro.

O núcleo urbano começou a se desenvolver às margens do Rio Negro com a construção do Forte da Barra de São José, idealizado pelo capitão de artilharia Francisco da Mota Falcão, em 24 de outubro de 1669. Essa data foi escolhida como o marco do nascimento da cidade.

Em 1848, a Vila da Barra foi elevada à categoria de cidade, recebendo o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Em 1856, passou a se chamar Manáos, em homenagem à nação indígena dos Manáos (Mãe dos Deuses), um dos grupos étnicos mais importantes da região, reconhecido historicamente por sua coragem e valentia.

Período da borracha e crescimento da cidade

A cidade cresceu impulsionada pela demanda mundial pela borracha, e a riqueza gerada pela extração e exportação do látex deixou marcas arquitetônicas, como os palacetes e o icônico Teatro Amazonas.

No entanto, com a introdução da borracha sintética, Manaus enfrentou um período de decadência econômica. Apesar disso, durante a ditadura militar, a cidade voltou a atrair a atenção do governo devido à política de segurança nacional.

Obras como a Transamazônica, iniciada em 1972, e a regulamentação da Zona Franca de Manaus, em 1967, foram realizadas com o objetivo de atrair investimentos e promover o povoamento da região. Embora o objetivo tenha sido alcançado, a ocupação dos bairros periféricos ocorreu de maneira desordenada, resultando em um aumento populacional que dobrou em apenas duas décadas.

Atualmente, segundo levantamento do IBGE, Manaus é a sétima cidade mais populosa do Brasil, com 2.279.686 habitantes, e a mais populosa da Região Norte. Além disso, é um dos principais destinos turísticos do país e um ponto de referência em sustentabilidade e conservação ambiental.

*Com informações do g1 Amazonas, da Rede Amazônica AM

O que fazer em Manaus em um dia?

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Porto de Manaus. Foto: Reprodução/Semcom Manaus

Manaus, a maior da Região Norte do país, está incrustada no meio da Floresta Amazônica e é banhada pelo Rio Negro, um dos principais afluentes do famoso Rio Amazonas. Com mais de 2 milhões de habitantes, oferece diversas opções turísticas.

Em 2024, a capital amazonense completa 355 em 24 de outubro. Para celebrar, confira um guia simples e prático para quem ama a cidade e deseja fazer um tour no aniversário da “Paris dos Trópicos”.

Teatro Amazonas

O tour inicia pelo Teatro Amazonas, um dos principais símbolos da cidade e vestígio do período áureo da borracha na Amazônia. Considerado um ícone arquitetônico, o espaço funcionará nesta quinta-feira (24), das 9h às 13h.

Entrada:

R$ 20 (inteira)
R$ 10 (meia-entrada)
Manauaras têm acesso gratuito mediante comprovação de naturalidade.

Foto: Marcio James/SEC-AM

Largo de São Sebastião

Depois de visitar e se encantar com o teatro centenário, a próxima opção é explorar o Largo de São Sebastião, que circunda o monumento.

No local, você encontrará:

  • Igreja de São Sebastião: uma das mais imponentes construções da capital do Amazonas, datada da época da borracha.
  • Galerias de arte: com entrada gratuita.
  • Lojinhas de souvenirs: para levar uma lembrança da cidade.

Se a fome bater, há:

Cafés e restaurantes: que servem o melhor da culinária amazonense, com preços a partir de R$ 20.

Foto: Andrezza Lifsitch/G1 Amazonas

Centro de Manaus

Descendo pela Avenida Eduardo Ribeiro, localizada atrás do Teatro Amazonas, o manauara tem acesso ao principal centro de compras da cidade. No local, há:

  • Lojas de roupas
  • Lojas de departamentos
  • Perfumarias
  • Lojas de produtos diversos em atacado e varejo
Foto: Patrick Marques/G1 Amazonas

Mercado Adolpho Lisboa

Para quem gosta de levar um souvenir para casa, o Mercado Adolpho Lisboa oferece boas opções. A dica é pechinchar: os preços podem variar, e negociar pode resultar em melhores ofertas.

Foto: Reprodução/Semcom Manaus

Se a fome bater, o mercado também possui ótimas opções para o almoço. Outra sugestão é experimentar os peixes da culinária local.

Para aqueles que têm medo das famosas “espinhas” dos peixes da região, as opções recomendadas são: costela de tambaqui ou filé de pirarucu à milanesa, acompanhados de vinagrete, baião de dois e farofa de “farinha do uarini”.

Para quem deseja experimentar um peixe mais exótico, o jaraqui é a escolha ideal. É importante ter atenção com as espinhas, mas uma dica valiosa é: “quem come jaraqui não sai mais daqui”. Essa é a famosa frase utilizada pelos amazonenses, referindo-se à tendência de os visitantes se apaixonarem pela cidade e decidirem ficar.

Foto: Matheus Castro/Rede Amazônica AM

Museu da Amazônia

À tarde, a sugestão é visitar o Museu da Amazônia (Musa), localizado na Zona Norte da capital amazonense. É uma oportunidade imperdível para conhecer a biodiversidade amazônica! No local, os visitantes podem explorar:

  • Exposições
  • Viveiros: de orquídeas, bromélias, aráceas e palmeiras
  • Fauna: serpentes, aranhas, escorpiões e borboletas
  • Jardim sensorial
  • Lago das vitórias-amazônicas
  • Aquários
  • Torre de Observação: com 42 metros de altura, proporcionando uma vista única da floresta.

Além disso, sete trilhas na floresta oferecem aos visitantes passeios agradáveis e descobertas surpreendentes. É importante lembrar que, para acessar o espaço, é necessário usar sapatos fechados.

Para chegar ao Musa, a recomendação é optar por carro de aplicativo ou táxi, pois cruzar a cidade de transporte coletivo pode demorar muito, fazendo com que o visitante perca tempo.

O Musa funcionará nesta quinta-feira, das 8h30 às 17h, com entrada permitida até às 16h30. Os valores para a visitação variam entre R$ 40 e R$ 120.

Foto: Divulgação

Orla da Ponta Negra

Para fechar a tour pela capital do Amazonas, o manauara pode fazer uma visita noturna à orla da Ponta Negra, localizada na Zona Oeste da cidade. A dica é ir de carro de aplicativo, pois o espaço fica distante da área central.

A orla oferece uma linda vista do Rio Negro, especialmente durante o pôr do sol, e é uma ótima opção para pedalar e caminhar. Os visitantes também encontrarão opções para jantar e lanchar em praças de alimentação próximas ao complexo turístico, além de artesanatos.

Foto: Marcely Gomes/Semcom Manaus

*Com informações do g1 Amazonas, da Rede Amazônica AM

COP16: entenda o que está em jogo na cúpula de biodiversidade da ONU

Foto: César Carrión/Presidência da Colômbia – PDM

A “COP do povo”, a “COP da implementação” ou a “COP da paz com a natureza” — a cúpula de biodiversidade das Nações Unidas, a COP16, já ganhou vários lemas. Mas, independentemente desses rótulos, governos, ambientalistas e empresas se reúnem na Colômbia este mês com o desafio de transformar essa retórica em ações concretas de proteção e restauração da natureza.

O que é a COP16?

A COP16 é a sigla para a 16ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) das Nações Unidas. A CDB é um tratado firmado em 1992 com o objetivo de coordenar os esforços globais para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade, além de promover o compartilhamento justo dos benefícios provenientes de recursos genéticos de animais e plantas. Ela conta com 193 países-membros, sendo que quatro membros da ONU ainda não aderiram: Andorra, Sudão do Sul, Estados Unidos e Vaticano.

Onde e quando será realizada a COP16?

A cidade colombiana de Cali será a sede da COP16, realizada entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro. O anfitrião original, a Turquia, retirou sua oferta após os danos causados pelo terremoto que atingiu o país em fevereiro de 2023.

Quais são os objetivos da COP16?

A COP16 foca na implementação do acordo firmado na COP15, conferência realizada em dezembro de 2022. Os quatro objetivos de longo prazo e as 23 metas do Marco Global da Biodiversidade de Kunming-Montreal visam interromper e reverter a perda de biodiversidade global até 2030.

As principais metas incluem:

  • Proteger 30% das áreas terrestres e 30% dos oceanos até 2030;
  • Aumentar significativamente o financiamento para proteger e restaurar a natureza;
  • Reduzir o impacto de espécies invasoras;
  • Combater a poluição por agrotóxicos e plástico;
  • Promover o manejo sustentável da agricultura;
  • Incluir povos indígenas e comunidades tradicionais nas tomadas de decisões.

Os países participantes precisam enviar a atualização de suas Estratégias e Planos de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPANBs) antes do início da COP16. Elas devem estar alinhadas com as metas do Marco da Biodiversidade. Caso não consigam finalizá-las a tempo, poderão apresentar apenas suas metas nacionais.

Até o final de setembro, 24 países já haviam submetido suas estratégias e planos para a CDB. Outros 72 enviaram suas metas locais.

A reunião pretende identificar obstáculos e oportunidades dessas estratégias, além de discutir formas de monitorar e acompanhar seu progresso, estabelecendo indicadores específicos para medir seus resultados.

Espera-se que a COP16 conclua as negociações do Sequenciamento Genético Digital (DSI, na sigla em inglês) sobre o compartilhamento de benefícios provenientes dos recursos genéticos de plantas e animais. Está em discussão a criação de um fundo global voltado especificamente para isso.

Negociadores da COP16 realizaram uma primeira reunião em agosto para chegar a um acordo preliminar em relação ao fundo. Mas muitos detalhes ficaram em aberto, como quais países serão responsáveis por contribuir, como será sua gestão e quem será beneficiado com o financiamento.

A conferência ainda abordará outros assuntos relevantes: a criação de um órgão permanente da CDB para fortalecer a participação de povos indígenas e comunidades nas negociações; o desenvolvimento de um plano de ação global para integrar políticas voltadas para a saúde e a natureza; a formulação de orientações para o manejo de espécies invasoras, uma das principais causas da perda de biodiversidade; e a atualização da Estratégia Global para a Conservação de Plantas.

Quais são os principais nomes da COP16?

Susana Muhamad, ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, conduzirá as negociações como presidente da COP16. Ex-secretária de Meio Ambiente de Bogotá, ela ganhou reconhecimento por sua dedicação às causas socioambientais e pela defesa incansável do processo de paz no país, além de ter liderado programas de assistência técnica sobre mudanças climáticas e conservação.

A COP16 marcará ainda a primeira participação de Astrid Schomaker como secretária-executiva da CDB. Ex-diplomata da Comissão Europeia, a alemã assumiu o cargo no início do ano.

Que países têm papel importante nas negociações?

A Colômbia, anfitriã da COP16 e nação com a maior biodiversidade por quilômetro quadrado do mundo, escolheu “Paz com a natureza” como lema do evento. A frase não reflete apenas o desejo de transformar a relação do homem com o meio ambiente, adotando uma postura mais cooperativa, mas também alude às negociações de paz de um país que enfrenta conflitos armados há mais de 60 anos. Não à toa, a Colômbia liderou o ranking global de assassinatos de ativistas ambientais pelo segundo ano consecutivo, com 79 mortos só em 2023.

Junto à Alemanha, a Colômbia lançou uma iniciativa que garante apoio financeiro e técnico a países que estejam desenvolvendo seus planos de biodiversidade. Além disso, a Costa Rica, a França e o Reino Unido lançaram a Coalizão de Alta Ambição para as Pessoas e a Natureza, pressionando participantes por metas ambiciosas. Já um grupo de países em desenvolvimento, liderado pela Nigéria, formou a Aliança Ministerial para o Financiamento da Natureza, cobrando recursos à preservação.

Enquanto isso, o Reino Unido e o Malawi co-presidem as negociações sobre o compartilhamento de benefícios genéticos. E o Reino Unido, o Equador, o Gabão e as Maldivas pedem que os governos endossem um plano com dez pontos para o financiamento da biodiversidade, com o objetivo de impulsionar a proteção, a restauração e o uso sustentável da natureza.

Financiamento é ponto de atrito?

Na COP15, os países concluíram que seriam necessários no mínimo US$ 200 bilhões anuais para financiar a proteção e a restauração da biodiversidade. Esse valor deveria vir de diversas fontes, incluindo recursos públicos e privados, além de mecanismos inovadores de financiamento, como pagamentos por serviços ecossistêmicos, títulos verdes, compensações e créditos de biodiversidade.

Na ocasião, criou-se um fundo global para a biodiversidade com o objetivo de agilizar o repasse de recursos. Porém, apenas sete países contribuíram até o momento — somando US$ 243,8 milhões, segundo o Fundo Global para o Meio Ambiente da ONU, que administra o dinheiro doado.

Isso está muito aquém dos US$ 20 bilhões anuais que os países desenvolvidos prometeram às nações mais pobres até 2025, valor que deve aumentar para pelo menos US$ 30 bilhões por ano até 2030.

Especialistas argumentam que arrecadar os US$ 20 bilhões é fundamental para garantir a confiança na COP16. A maior parte das espécies remanescentes do mundo habita países em desenvolvimento, o que significa que eles arcam com uma parcela desproporcional de responsabilidade e custos para preservá-la.

Em junho, um grupo de organizações ambientais lançou uma campanha global para pressionar pelo cumprimento da meta até 2025. Representantes da CDB também pediram a governos de países ricos para aumentarem suas contribuições.

O Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) dedicará um dia exclusivo às finanças na COP16 a fim de incentivar ministros, executivos e outros líderes a colaborar com soluções de financiamento para a conservação.

A China deve lançar o primeiro edital para apoiar países em desenvolvimento por meio de seu fundo de biodiversidade, no valor de 1,5 bilhão de yuans (cerca de R$ 1,2 bilhão). Os recursos foram anunciados em outubro de 2021.

O fundo do DSI, que deve ser criado na COP16, pode ter um papel decisivo para resolver essa lacuna financeira. As estimativas da CDB, antes das negociações em agosto, sugerem que o fundo teria de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões ao ano.

Os países também haviam se comprometido a reduzir os subsídios que prejudicam a natureza, mas eles cresceram 55%, para US$ 1,7 trilhão, entre 2022 e 2023. Isso ocorreu em parte pelo aumento no consumo de combustíveis fósseis, segundo o último relatório do Pnuma. Astrid Schomaker já admitiu que a questão dos subsídios é “muito, muito complicada”.

Quem participará da COP16?

São esperados mais de 14 mil participantes na COP16, incluindo delegados de países signatários e não signatários da CDB (como os EUA e o Vaticano), pelo menos 12 chefes de Estado, incluindo do Brasil, México, Honduras e Guiné-Bissau, e cem ministros, representando as pastas de meio ambiente, finanças e agricultura.

Também marcarão presença líderes de povos indígenas e comunidades tradicionais, autoridades de governos locais, membros da sociedade civil, empresas, instituições acadêmicas e organizações de mulheres e jovens.

Como saber se a COP16 será bem-sucedida?

Nas declarações da ministra Susana Muhamad em setembro, o governo colombiano definiu três metas principais na COP16. Em primeiro lugar, busca garantir a participação de todos os setores da sociedade. Em segundo, a gestão do presidente Gustavo Petro espera que os demais países e atores considerem a proteção e a restauração da natureza com a mesma importância atribuída à descarbonização. Por fim, a Colômbia espera chegar a um acordo sobre o fundo de DSI.

Organizações ambientais, como o WWF, esperam que as EPANBs sejam concluídas e venham acompanhadas de mecanismos sólidos de monitoramento. Elas também cobram medidas concretas para lidar com as causas da perda de biodiversidade, maior integração com a política climática global e um acordo sobre o fundo de DSI.

Empresas da coalizão Business for Nature apelaram aos governos para que adotem e reforcem políticas e leis voltadas para a proteção da natureza. Elas defendem ainda o uso sustentável do solo para reduzir impacto ambiental e cobram que os fluxos de financiamento sejam direcionados a iniciativas com emissões neutras em carbono ou com impacto ambiental positivo.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Dialogue Earth, escrito por Catherine Early