Um novo recorde foi estabelecido durante o São João no Parque Anauá! Todos os anos, o Governo de Roraima oferece a maior quantidade de pamonha do Norte do País para os visitantes do arraial e este ano o “pamonhaço” mostrou que veio para ficar somando uma tonelada e trezentos quilos do alimento.
O peso foi aferido por uma balança da Polícia Rodoviária Federal e certificado pelo Inmetro e Instituto de Pesos e Medidas de Roraima (Ipem-RR). No total, 5 mil pamonhas foram distribuídas.
Arraial do Anauá 2025
O projeto Arraial do Anauá 2025, realizado pela Rede Amazônica Roraima, com apoio do Governo do Estado de Roraima, tem como objetivo promover a cultura e tradição junina da região com diversas ações pensadas em todos os públicos.
Amapá registrou a maior redução proporcional de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no país. Foto: Divulgação/GEA
Foi divulgado nesta quinta-feira, 24, no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que o Amapá registrou a maior redução proporcional de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no país, com queda de 30,6% na taxa de homicídios em 2024.
Dados do Governo do Estado apontam que, somente em 2024, foram aplicados mais de R$ 1 bilhão em recursos estaduais e federais. Foto: Divulgação/GEA
Em 2023, a taxa estadual era de 64,9 mortes por 100 mil habitantes, e em 2024, esse dado caiu para 45,1. O impacto das ações nos primeiros meses do ano passado já eram visíveis, pois, em janeiro, a queda de CVLI superou 60%, e no primeiro semestre do ano, o índice apresentou redução de 32% em relação ao mesmo período de 2023, indo de 175 vítimas para 119.
“A expressiva diminuição da violência no Amapá reflete o esforço conjunto entre as forças de segurança pública, aquisições em inteligência policial, reforço no policiamento ostensivo e ações integradas de prevenção à criminalidade”, destacou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Daniel Marsili.
Em 2023, a taxa estadual era de 64,9 mortes por 100 mil habitantes, e em 2024, esse dado caiu para 45,1. Foto: Divulgação/GEA
A evolução na redução dos números está diretamente vinculada a robustos investimentos em segurança pública. Dados oficiais do Governo do Amapá apontam que, somente em 2024, foram aplicados mais de R$ 1 bilhão em recursos estaduais e federais, distribuídos entre equipamentos, obras e valorização dos servidores da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Entre os anos de 2023 e 2024, aproximadamente 1,3 mil novos agentes foram nomeados, o que representou um reforço de quase 30% no efetivo da segurança estadual.
Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e a utilização de drones e câmeras de alta definição no Amapá. Foto: Divulgação/GEA
Destacam-se também iniciativas que impulsionaram o combate eficaz ao crime, como a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e a utilização de drones, câmeras de alta definição, operações de inteligência integradas e ações preventivas em áreas estratégicas
“No período do estudo em questão, o Amapá chamou novos agentes e desde então, temos trabalhado com integração total entre as agências, e isso resgatou a sensação de tranquilidade para a população. A verdade é que o Amapá está mais seguro”, completou Marsili.
Município de Santana
Um dos exemplos mais significativos desse avanço foi registrado no município de Santana. Em 2023, a cidade liderava o ranking das mais violentas do Brasil entre os municípios com mais de 100 mil habitantes. Este ano, caiu para a 18ª posição, com uma queda na taxa de MVI de 92,9 para 54,1 por 100 mil habitantes — uma redução de mais de 40%. Destaque para a atuação das forças policiais no município com a constante Operação Protetor, que satura áreas de forte influência do crime organizado.
O município com maior índice registrado em 2024 é Maranguape, no Ceará, com 79,9 mortes por 100 mil habitantes.
Anuário Brasileiro de Segurança Pública
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública. A publicação é uma ferramenta importante para a promoção da transparência e da prestação de contas na área, contribuindo para a melhoria da qualidade dos dados. Além disso, produz conhecimento, incentiva a avaliação de políticas públicas e promove o debate de novos temas na agenda do setor. Trata-se do mais amplo retrato da Segurança Pública brasileira.
Veja o Anuário Brasileiro de Segurança Pública abaixo:
O São João no Parque Anauá 2025 encerrou neste domingo (27) depois de seis dias de muita festa, shows, jogos, comidas e o concurso de quadrilhas. O evento, realizado pelo Governo de Roraima, contou com mais de 70 atrações musicais e vários estandes de alimentação e comércio criativo local.
O evento se consolidou como um espaço para a família roraimense e todos os visitantes aproveitarem a tradição junina e se divertirem em um só lugar. Confira como foram os últimos dias do festejo:
Foto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Mega FiilmesFoto: Mega FiilmesFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RRFoto: Secom-RR
Arraial do Anauá 2025
O projeto Arraial do Anauá 2025, realizado pela Rede Amazônica Roraima, com apoio do Governo do Estado de Roraima, tem como objetivo promover a cultura e tradição junina da região com diversas ações pensadas em todos os públicos.
Conforme os dados do Anuário, os crimes de homicídios dolosos no Amazonas apresentaram queda de 15,1%. E os de latrocínio reduziram 38,9%. Foto: Alex Pazuello/Secom
O Amazonas alcançou uma redução de 17,4% nas mortes violentas intencionais em 2024. O dado do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 mostra que o resultado é três vezes maior que a média nacional, que ficou em 5,4%. Para a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).
O Amazonas alcançou uma redução de 17,4% nas mortes violentas intencionais em 2024. Foto: Victor Levy/SSP-AM
“O Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que o Amazonas reduziu sua taxa de homicídios de 33,2 para 27,4 por 100 mil habitantes, entre 2023 e 2024, isso representa uma redução de 17,4%. Essa taxa é praticamente a mesma registrada em 2013, que foi de 26,4. Esse resultado é fruto de uma política integrada, inteligência estratégica e presença firme das nossas polícias Civil e Militar nas ruas”, destacou o secretário da SSP-AM, Vinícius Almeida.
Estão inseridos nas mortes violentas intencionais, os crimes de homicídios dolosos, latrocínios, homicídios de mulheres, incluindo feminicídios e lesão corporal seguida de morte.
O dado do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 mostra que o resultado do Amazonas é três vezes maior que a média nacional. Erlon Rodriguês/PC
Conforme os dados do Anuário, os crimes de homicídios dolosos apresentaram queda de 15,1%. E os de latrocínio reduziram 38,9%, registrando um resultado dez vezes maior que a média nacional. Os homicídios de mulheres, incluindo os feminicídios, tiveram queda de 25,2%, sendo este número quatro vezes a redução do Brasil.
Outras reduções
Além da redução nas mortes violentas, o Amazonas, conforme o Anuário, também registrou reduções expressivas em relação aos crimes contra o patrimônio. Um exemplo são os crimes de roubo de celular, onde ano passado, a capital Manaus esteve sendo a maior nesse tipo de delito para cada 100 mil habitantes e este ano, a cidade não foi relacionada entre as 20 com os maiores índices.
Estão inseridos nas mortes violentas intencionais, os crimes de homicídios dolosos, latrocínios, homicídios de mulheres, incluindo feminicídios e lesão corporal seguida de morte. Antônio Faustino/PMAM
Com combates eficientes, outros crimes contra o patrimônio que apresentaram queda foi o roubo e furto de veículos e roubos a estabelecimentos comerciais. Essas reduções foram superiores à média nacional em comparação 2024 com 2023, apresentou reduções expressivas: roubos de veículos caíram 34%; a transeunte 11%; residência 12%; a comércio 31,2%; roubo de carga 28%; e a instituição financeira está há cinco anos sem registros.
Anuário Brasileiro de Segurança Pública
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública. A publicação é uma ferramenta importante para a promoção da transparência e da prestação de contas na área, contribuindo para a melhoria da qualidade dos dados. Além disso, produz conhecimento, incentiva a avaliação de políticas públicas e promove o debate de novos temas na agenda do setor. Trata-se do mais amplo retrato da segurança pública brasileira.
Veja o Anuário Brasileiro de Segurança Pública abaixo:
Eita Junino é a campeã do grupo Especial no Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas no São João no Parque Anauá 2025. Foto: Divulgação/Secom-RR
As agremiações que concorreram ao Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas no 32° São João no Parque Anauá mostraram que a tradição junina se mantém viva no Norte do país. Dividida em três grupos, a competição animou o público e o tão esperado resultado saiu na manhã deste domingo (27). No Grupo Especial a Eita Junino empatou com a Garranxê, tendo as duas tirado nota 10 em todos os quesitos, empatando também nos critérios de desempate.
A disputa só foi decidida com a verificação das notas descartadas que consolidaram a Eita Junino vencedora do evento realizado pelo Governo de Roraima.
1° lugar do Grupo Especial: Eita Junino. Fotos: Fernando Oliveira/Secom RR
Larissa Thuany, diretora da Eita Junino, falou da emoção da vitória da agremiação que acumula a tríplice coroa, por conquistar o título municipal do Boa Vista Junina, o Concurso Nacional de Quadrilhas realizado em Canaã dos Carajás (PA) no início de julho, e agora o Estadual de Quadrilhas Juninas. “É todo o trabalho de vários anos de um grupo que é premiado agora”, frisou.
2° lugar do Grupo de Especial: Garranxê. Fotos: William Roth/Secom RR
E em terceiro Amor Caipira:
3° lugar do Grupo Especial: Amor Caipira. Fotos:Fernando Oliveira/Secom RR
Com o resultado, descem para o Grupo de Acesso a Escola Forrozão e a Xamego na Roça.
Grupo de Acesso
No Grupo de Acesso, a tradicional Coração Caipira se sagrou campeã e retorna ao Grupo Especial em 2026:
1° lugar do Grupo de Acesso: Coração Caipira. Fotos: Fernando Oliveira/Secom RR
Em segundo lugar ficou a Namoro Caipira, que também sobe:
2° lugar do Grupo de Acesso: Namoro Caipira. Fotos:Fernando Oliveira/Secom RR
E em terceiro lugar a Evolução Junina:
3° lugar do Grupo de Acesso: Evolução Junina. Fotos: Fernando Oliveira/Secom RR
Descem para o Grupo Emergente a Arrasta Pé e a Guerreiros de Jorge.
O presidente e animador da Coração Caipira, Sheull Chaves, se disse satisfeito com o resultado do concurso, fruto da união de todos os brincantes, diretoria e coordenadores. “Nós mostramos que nosso lugar é no Especial, pois sabemos da qualidade do trabalho que desenvolvemos”, afirmou.
Grupo Emergente
No Grupo Emergente, a disputa foi acirrada entre as quadrilhas, com a Coração Alegre se sagrando campeã e ganhando direito de subir ao Grupo de Acesso.
1° lugar do Grupo Emergente: Coração Alegre. Fotos: Jader Souza/Secom RR
Quem também sobe é a Coração do Sertão, que ficou em segundo lugar.
2° lugar do Grupo Emergente: Coração do Sertão. Fotos: Fernando Oliveira/Secom RR
A Beija Flor ficou em terceiro lugar e a quadrilha São Vicente ficou na quarta colocação.
3° lugar do Grupo Emergente: Beija Flor. Fotos: Jader Souza/Secom RR
A partir das 19h30, a Arena Junina do São João no Parque Anauá recebe a apresentação das campeãs do Concurso de Quadrilhas.
Critérios de avaliação
Nove quesitos foram avaliados durante as apresentações nos cinco dias do concurso. Cada quadrilha tinha um tempo mínimo de apresentação de 20 e de no máximo 35 minutos, para todos os grupos. Os critérios de julgamento foram definidos pelos grupos, em concordância com a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).
No início da apuração, os presidentes das associações que representam os grupos concorrentes, a Federação Roraimense de Quadrilhas Juninas e a Associação Cangaceiros do Thianguá fizeram a escolha dos itens que seriam usados para o critério de desempate do concurso.
as duas últimas Quadrilhas colocadas do grupo Especial caem para o grupo de Acesso;
as duas primeiras colocadas do grupo de Acesso sobem para o grupo Especial;
as duas últimas, do grupo de Acesso, caem para o grupo Emergente;
e as duas primeiras colocadas do grupo Emergente sobem para o grupo de Acesso.
Segurança e diversão
Com um plano inédito de segurança integrada, o São João no Parque Anauá 2025, as forças de segurança estaduais, municipais e federais apresentaram resultados positivos desde o primeiro dia de evento.
Até a penúltima noite do evento, o resultado foi de uma festa segura, praticamente sem ocorrências, como observado pelo servidor público Joel Cunha: “A gente vê que realmente estão trabalhando e nos sentimos seguros no evento. Cada ano vem melhorando mais a segurança”.
Mais de 200 efetivos de forças de segurança estaduais e municipais atuaram tanto dentro quanto no entorno do parque, o que agiliza na identificação ágil e na contenção de ocorrências. “Estamos atuando com um efetivo robusto e um plano inédito de segurança integrada para o São João. A cada noite, 120 policiais militares reforçam o policiamento ostensivo em todo o parque, garantindo a proteção do público e rápida resposta às ocorrências. A presença das unidades especializadas tem sido fundamental para a fluidez e tranquilidade do evento”, ressaltou o tenente-coronel Everton Oliveira, chefe do Departamento de Planejamento Operacional da PMRR.
Como explicou a delegada Simone Arruda, que coordena as ações da PCRR no evento em conjunto com o delegado-geral adjunto da instituição, Luciano Silvestre, as atividades foram planejadas de forma integrada e preventiva entre os órgãos de segurança para garantir que o São João no Parque Anauá se tornasse um evento seguro e tranquilo para todo o público.
O Corpo de Bombeiros Militares de Roraima também elaborou um plano operacional para garantir a segurança durante o evento, com foco na prevenção de riscos, atendimento pré-hospitalar, combate a incêndios e salvamento. Diariamente, 12 bombeiros atuam exclusivamente no local, com apoio de 64 militares em prontidão.
Para o secretário adjunto da a Sesp (Secretaria de Segurança Pública), Ellan Wagner, o São João no Parque Anauá destaca o uso da tecnologia como aliada nas ações preventivas e no monitoramento em tempo real do evento. “Contamos com o sistema de videomonitoramento transmitindo imagens e informações em tempo real para o nosso CICC [Centro Integrado de Comando e Controle]. Isso amplia a atuação das equipes de segurança e contribui para a realização de um evento muito mais seguro para toda a população”, reforçou.
Além da Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros e Sesp, participam da operação integrada o Detran-RR (com 22 agentes e 7 viaturas), a Guarda Civil Municipal (com 66 agentes por noite), o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), o Conselho Tutelar, a Vara da Infância e Juventude, a Polícia Federal e o Exército Brasileiro.
Segundo o agente de fiscalização de trânsito do Detran-RR, Roberto Cezário, a atuação do órgão durante o São João no Parque Anauá tem priorizado a segurança e a fluidez viária.
“Pedimos aos participantes que venham ao parque e escolham o motorista da vez. Se for consumir bebida alcoólica, entregue a direção a alguém que não tenha bebido. E, se estiver embriagado, chame um motorista de aplicativo, um amigo ou alguém de confiança. Mesmo após a saída do parque, a fiscalização continua, e, caso alguém seja flagrado dirigindo sob efeito de álcool, os procedimentos legais serão aplicados”, finalizou Cezário.
Arraial do Anauá 2025
O projeto Arraial do Anauá 2025, realizado pela Rede Amazônica Roraima, com apoio do Governo do Estado de Roraima, tem como objetivo promover a cultura e tradição junina da região com diversas ações pensadas em todos os públicos.
Em Mazagão Velho, tradição, fé e teatralidade se misturam em um dos momentos mais aguardados da Festa de São Tiago. A passagem do “Bobo Velho” marcada por gritos, risos e arremesso de bagaços de laranja, encena a fuga de um soldado mouro expulso pelos cristãos, um rito simbólico que, há gerações, diverte e emociona o público.
Com vestes coloridas, usando máscaras e montados em cavalos, os personagens do “Bobo Velho” percorrem as ruas da vila sendo “apedrejado” pela população. Em vez de pedras, o ataque é feito com restos de laranja, o que transforma a cena em uma brincadeira coletiva e bem-humorada, sem perder o teor simbólico da expulsão do invasor.
A atividade que conta com a participação de pessoas de todas as idades, faz parte do ciclo de apresentações que compõem a Festa de São Tiago, uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas do Amapá, celebrada há 248 anos. A festividade, que ocorre sempre no mês de julho, revive a luta entre mouros e cristãos por meio de cortejos, encenações, missas, danças tradicionais, novenas e rituais que fortalecem a fé e a identidade cultural do povo mazaganense.
A programação deste ano, que segue até dia 28, conta com shows, feiras de artesanato, apresentações folclóricas e momentos de devoção popular, como o Círio e o “Dia da Batalha”, quando cristãos e mouros se enfrentam em uma grande encenação histórica. É um espetáculo que mistura o sagrado e o profano, encantando moradores, visitantes e turistas que chegam à vila para vivenciar uma das festas mais autênticas da região.
Recorde de quantidade de pamonha entregue no São João no Parque Anauá. Foto: William Roth/Secom RR
A tradição está estabelecida. Todos os anos, o Governo de Roraima oferece a maior quantidade de pamonhas do Norte do País para os visitantes do São João no Parque Anauá. O “pamonhaço” veio para ficar.
A ação é feita com a participação direta de várias secretarias e autarquias do Governo do Estado, coordenadas pela Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima). Neste ano, a entrega das pamonhas ocorreu neste sábado, 27, na penúltima noite da edição de 2025 do arraial, quando a população pôde degustar a iguaria típica das festas juninas.
A feitura do quitute começou pela manhã, quando os milhos foram selecionados, e as palhas foram reservadas para embalar as pamonhas; depois as espigas foram raladas, processadas, peneiradas e finalmente cozidas para, em seguida, serem preenchidas nas folhas. Nesse momento, o governador Antonio Denarium foi à empresa que produziu o alimento e conheceu toda a cadeia de produção.
Recorde de quantidade de pamonha entregue no São João no Parque Anauá. Foto: William Roth/Secom RR
Logo, a partir das 19h, as filas foram organizadas no São João no Parque Anauá para o início da distribuição, e se estenderam por muitos metros ao lado da Tenda do Agro. As filas foram caminhando de modo ordenado e rapidamente todos receberam as pamonhas.
Foram distribuídas 5 mil unidades, somando 1.300 quilos do alimento, superando a marca de 960 quilos do ano passado. O peso foi aferido por uma balança da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e certificada pelo Inmetro e Ipem-RR (Instituto de Pesos e Medidas de Roraima).
Para essa quantidade foram utilizadas 100 sacas de milho compradas de produtores indígenas e da agricultura familiar.
Recorde de quantidade de pamonha entregue no São João no Parque Anauá. Foto: William Roth/Secom RR
“Uma tonelada e trezentos quilos, um recorde que foi conferido pela balança da PRF e pelo Instituto de Pesos e Medidas de Roraima. O Ipem me entregou o certificado conferindo o peso. É muita pamonha para toda a população. Lembrando também que o milho foi comprado da agricultura familiar, valorizando os pequenos produtores de Roraima”, declarou o governador durante a pamonhada. Ele participou da ação, entregando pessoalmente as pamonhas para as pessoas nas filas.
Também colaboraram a presidente da Codesaima, Maria Dantas, vários secretários de Estado e a equipe de colaboradores da companhia.
O evento
Recorde de quantidade de pamonha entregue no São João no Parque Anauá. Foto: William Roth/Secom RR
Realizado desde 1991, o São João no Parque Anauá é considerado o maior festejo junino do Norte do Brasil. Em 2025, o evento conta pela primeira vez com recursos federais, repassados pelo Ministério do Turismo.
Outro destaque é o Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas, que reúne 28 agremiações dos grupos Especial, Acesso e Emergente. O Governo de Roraima destinou R$ 1,5 milhão em apoio direto às quadrilhas, com R$ 159 mil em premiações – um aumento de 59% em relação a 2024.
1º Terminal Hidroviário do Amapá — Foto: Gea/Divulgação
O Terminal Hidroviário Hercílio da Luz Mescouto, o primeiro do estado, inaugurado no dia 24 de julho na orla de Macapá. Segundo o governo do Amapá, a reforma busca atender os critérios de segurança aquaviários, já que o local é um dos principais pontos de embarque e desembarque de pessoas vindas de regiões próximas à capital.
A obra custou mais de R$ 2,6 milhões. Localizado no Píer 2 e conhecido anteriormente como “Rampa do Santa Inês”, com a reforma o espaço ganhou:
Pista com acessibilidade;
Quatro bilheterias;
Banheiros adaptados
Lanchonete;
Iluminação em LED;
Passarela coberta;
Paisagismo e áreas de convivência.
Espaço passou pela inspeção da Antaq — Foto: Mariana Ferreira/g1
O governador Clécio Luís destaca que a gestão estadual busca manter uma relação amigável com as ilhas do Pará. A obra é tida como um avanço no setor econômico e turístico do Estado.
“Parte do nosso PIB se deve por essa relação que temos, então temos que valorizar isso. Nossa relação econômica é muito forte, então essa relação tem uma importância afetiva, cultural e econômica. Junto a isso, tem o fato de estarmos à margem de um rio, e a gente não tinha nenhum Terminal Hidroviário ainda. Anteriormente tinha o embarque e desembarque, mas sem segurança e salubridade”, afirmou.
De acordo com o governo, por ano passam pelo terminal cerca de 90 mil pessoas.
Sala de espera para passageiros do Terminal Hidroviário do Amapá — Foto: Gea/Divulgação
Em alguns casos, quem precisava embarcar usava uma espécie de ponte de madeira para ter acesso aos barcos. Além disso, a passarela de desembarque de carga era a mesma que os passageiros utilizavam para transitar ao desembarcar.
“Em Macapá existe uma trafegabilidade muito grande de pessoas e cargas. Por isso, agora o terminal garante segurança e comodidade para transportar carga e passageiros, aconteça aqui. Nessa área, teremos a segregação do embarque e desembarque das cargas e dos passageiros, temos também um estacionamento exclusivo para as cargas e para os passageiros, tudo isso dentro dos padrões”, destacou David Covre, secretário de infraestrutura.
A obra iniciou a partir de um acordo judicial, o qual a gestão estadual se comprometeu a realizar as mudanças para se encaixar nos padrões de segurança.
Cerca de 50 profissionais estiveram envolvidos nas obras e o recurso foi destinado do tesouro estadual. A fiscalização do trânsito na área será realizada pela Secretaria de Estado de Transporte (Setrap).
1º Terminal Hidroviário do Amapá — Foto: Gea/Divulgação
Engenheiro natural da cidade Bragança no Pará, Mescouto chegou ao Amapá em 13 de maio de 1971. O profissional foi responsável pela construção do Quartel “Plácido de Castro” da Polícia Militar (PM), do Hospital de Emergências de Macapá e do 3º Pavimento do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (HCAL), do prédio da Seguridade Social (INSS), de 12 casas do Banco do Brasil, além de outros projetos.
Marcelo Ramon e estudantes do Ifac durante desenvolvimento do curativo de bambu — Foto: Arquivo/Marcelo Ramon
Um curativo que protege feridas, é absorvido pela pele e ainda ajuda a preservar o meio ambiente. Essa é a proposta do Curativo Biodegradável Nanotecnológico, feito de bambu, desenvolvido por estudantes do Instituto Federal do Acre (Ifac), campus Sena Madureira, no interior do estado, sob orientação do professor de química Marcelo Ramon.
O projeto será apresentado na prévia da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece este ano em Belém (PA), em novembro. O produto, que tem formato arredondado e transparente, foi feito a partir da taboca, uma espécie de bambu nativa da Amazônia.
Professor Marcelo Ramon, orientador do projeto Curativo Biodegradável Nanotecnológico, feito de bambu — Foto: Arquivo/Marcelo Ramon
Segundo o professor Marcelo, apesar de, frequentemente, ser considerada uma praga por produtores rurais devido aos espinhos, o bambu taboca foi escolhido por apresentar vantagens ecológicas.
“A taboca cresce muito rápido, até 20 centímetros por dia. Em cinco anos, você já tem uma floresta recomposta. Isso quer dizer que se uma área for desmatada hoje, em cinco anos a taboca estará de pé novamente”, explica ele.
Sobre a taboca, ela é:
uma planta do gênero Guadua, nativa da América do Sul;
pode atingir de 8 a 20 metros de altura;
cresce em média até 20 cm por dia;
se regenera rapidamente, sendo considerada uma planta de baixo impacto ambiental;
apesar de espinhosa, é rica em celulose e compostos úteis para biotecnologia.
Além disso, Marcelo também destaca que o Acre detém a maior concentração de tabocal nativo do mundo.
Dupla de alunos no laboratório do Ifac durante o desenvolvimento do curativo feito a base de bambu — Foto: Arquivo/Marcelo Ramon
“Tem taboca na África e Ásia, mas nada se compara ao que temos na Amazônia. E dentro da Amazônia, o Acre é o estado que mais concentra essa espécie.”
A produção do curativo é dividida em cinco etapas e começou quase por acaso, a partir de uma descoberta feita durante o doutorado do professor.
“Eu trabalhava com a taboca para outra finalidade, e percebi que o pó que a gente extraía, a carboximetilcelulose (CMC), formava um gel muito viscoso em contato com a água. Quando a gente desidratou esse gel, surgiu uma película parecida com plástico. No começo pensamos em usar isso como embalagem de alimentos. Mas como ele se dissolve com água, deixamos de lado. Mais tarde percebemos que isso poderia ser ótimo para feridas, que também têm água, sangue, pus… e aí surgiu o curativo”, detalhou o pesquisador.
Veja abaixo o passo a passo de produção do material:
Coleta da taboca na floresta amazônica;
Transformação da fibra vegetal em carboximetilcelulose (CMC), um pó fino que forma um gel em contato com a água;
Adição de nanopartículas de prata (com ação bactericida) e nanoemulsões de óleos essenciais de copaíba e andiroba, que têm propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes;
Desidratação do gel em estufas, formando uma película sólida e transparente;
Aplicação na pele, onde o curativo se transforma novamente em gel e é absorvido.
Testes e planos
Segundo Marcelo, o curativo já foi testado com sucesso em ratos. Os testes em humanos ainda não foram iniciados por falta de patrocínio.
Rato utilizado nos testes do curativo de bambu — Foto: Arquivo/Marcelo Ramon
“Tem todo um protocolo mais simples para animais. Para humanos, é mais complexo e não quisemos investir energia nisso sem saber se teríamos apoio. Estamos aguardando oportunidades maiores, como a própria COP30 […] o nosso é 100% biodegradável, 100% natural e ainda tem ação medicinal ativa”, diz.
No momento, o produto é feito apenas em escala laboratorial, mas a equipe já pensa no futuro. “O maior desafio hoje é estrutural. Já sabemos fazer. O que falta é maquinário industrial e patrocínio para produção em larga escala. Nossa meta é encontrar investidores e montar uma fábrica no Acre”, completou.
COP30
Neste ano, o curativo biodegradável feito a partir de bambu será apresentado na prévia da COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). O professor ressaltou que a participação no evento será estratégica.
“Queremos mostrar nosso projeto, encontrar investidores e, quem sabe, fechar uma parceria. Não temos grandes expectativas, mas qualquer proposta já será um avanço”, frisou.
O projeto do Ifac é um dos destaques nacionais na área de biotecnologia e bioeconomia. Com aplicação direta na saúde e baixo impacto ambiental, o curativo biodegradável amazônico pode ser o pontapé inicial de uma nova indústria sustentável no Brasil.
Ele lembra ainda que a nanotecnologia tem sido uma aliada poderosa na medicina e outras áreas. Durante o doutorado, ele desenvolveu nanopartículas fluorescentes extraídas da taboca que ajudam a diagnosticar cânceres. “É um campo que ainda vai transformar muita coisa”, concluiu.
“Saudade: essa dor pode acabar” dá visibilidade ao drama vivenciado pelas famílias do Acre — Foto: Reprodução/MP-AC
O número de desaparecimentos registrados no Acre cresceu mais de 8% e ultrapassou a média de um caso por dia em 2024, segundo dados do Anuário da Segurança Pública. De acordo com o levantamento, 376 pessoas foram declaradas desaparecidas no estado.
O estudo também revisou o total de desaparecidos que havia sido relatado na edição do ano passado, reduzindo de 400 para 347 o número de registros no ano de 2023.
Com isso, considerando um ano de 365 dias, o estado teve média de 1,03 desaparecidos por dia. Enquanto isso, a estatística de localizados teve um crescimento brusco: foram apenas 320 pessoas localizadas no ano passado, contra 82 em 2023. Esse número também aparece revisado.
Ainda conforme o estudo, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a média de desaparecidos a cada 100 mil habitantes no estado, que foi de 42,7, continua acima do índice nacional, que caiu para 38,5.
Número de desaparecidos no Acre. Fonte: Anuário da Segurança Pública/Fórum Brasileiro de Segurança PúblicaRegistros de desaparecimentos no Acre. Fonte: Anuário do Fórum de Segurança Pública
Pessoas localizadas
Por outro lado, o número de pessoas que tiveram o desaparecimento comunicado e que foram encontradas teve uma subida brusca em 2024 no Acre.
Conforme o anuário, o total saiu de 82 pessoas reencontradas em 2023 para 320 no ano passado.
Essa estatística não especifica se foram encontradas vivas ou morta, e pode ter distorções. “[…] não foi possível apurar como o registro é realizado: qual o documento de base; se diz respeito a pessoas localizadas vivas ou mortas; se o encontro está ou não vinculado a eventos de desaparecimento previamente reportados; a que ano se refere o desaparecimento eventualmente antes reportado, ou seja, em que ano essa pessoa foi dada como desaparecida. Assim, os registros de pessoas localizadas nos anos de 2023 e 2024 não correspondem, necessariamente, aos casos de pessoas desaparecidas registrados no referido período”, cita o documento.
Banco de dados e campanhas
Em 2023, o aumento no número de desaparecimentos no estado já havia sido detectado. O Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública mostra que os registros de desaparecidos no estado aumentaram em 57% entre 2021 e 2022.
As informações sobre pessoas localizadas foram fornecidas por cada estado. No entanto, não foi possível apurar como o registro é feito: qual o documento de base (por exemplo, boletim de ocorrência); se diz respeito a pessoas localizadas vivas ou mortas; se o encontro está ou não vinculado a eventos de desaparecimento previamente reportados; a que ano se refere o desaparecimento eventualmente antes reportado, ou seja, em que ano essa pessoa foi dada como desaparecida. Em 2022, 15 pessoas foram encontradas e em 2021 apenas nove foram achadas.
Assim, os registros de pessoas localizadas nos anos de 2021 e 2022 não correspondem, necessariamente, aos casos de pessoas desaparecidas registrados no referido período. A taxa de registros de desaparecimentos a cada 100 mil habitantes no estado é maior do que a nacional, que é de 32.
“Saudade: essa dor pode acabar” dá visibilidade ao drama vivenciado pelas famílias do Acre — Foto: Reprodução/MP-AC
Por conta disso, desde o começo daquele ano, o Ministério Público do Acre (MP-ACRE) começou a tomar algumas medidas como forma de acompanhar esses casos mais de perto. Em janeiro, o órgão lançou a campanha “Saudade: essa dor pode acabar”, para dar visibilidade ao drama vivenciado pelas famílias, sensibilizar a sociedade sobre o problema, além de divulgar informações sobre como proceder diante dessas situações.
Como uma forma de reforçar ainda mais essas buscas e chamar atenção para esses índices, o MP disponibiliza um canal para que o cidadão possa fazer o registro de pessoas desaparecidas. A novidade está disponível no endereço eletrônico.
Para fazer a comunicação, basta ter em mãos o boletim de ocorrência em que o desaparecimento tenha sido comunicado.
“O MP faz parte de um programa que é nacional, chamado Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), que criou um sistema, que é interligado entre os estados, que chama Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid). Em grande parte do país, os MPs que fazem a alimentação do sistema, então recebemos essas informações a partir de registro da ocorrência policial e fazemos a inserção dentro do sistema. Mas, aqui no estado customizamos esse sistema nacional para criar a possibilidade do cidadão comum fazer a inserção dessas informações dentro do sistema nacional sem precisar que os servidores do MP façam essa ponte. Estamos trabalhando para dar maior agilidade a essa informação”, explica a promotora Marcela.
Com isso, qualquer cidadão comum que tenha registrado um boletim de ocorrência de desaparecimento consegue inserir esses dados no sistema. Porém, é importante destacar que esse sistema não substitui a investigação da Polícia Civil, apenas cria um fluxo e um banco de dados para esses perfis, que podem ser acessados por órgãos de outros estados.
“Quando a pessoa registra o boletim na delegacia, ela está comunicando uma situação que pode ser criminosa ou não, aquele desaparecimento pode ser fruto de um crime e a polícia precisa iniciar os seus trabalhos. O que o MP vai fazer é tentar auxiliar esse trabalho de localização dessa pessoa”, diz.