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XTERRA Amazônia 2024: conheça o percurso do Short Track, prova para convidados

O XTERRA Brasil, maior festival off-road do mundo, desembarca em sua quarta edição de 2024 e realiza nos dias 19 e 20 de Julho, a etapa XTERRA Amazônia, em Novo Airão (AM). Localizada às margens do Rio Negro, a cidade amazonense é um dos principais destinos culturais e turísticos do Norte do Brasil.

O XTERRA Amazônia conta com as provas: Endurance 50k, Triathon e Trail Run de 5, 10k e 21k. “Trazer novamente o XTERRA para o Norte do Brasil é algo que toda equipe queria há muito tempo. Esse espirito de aventura está presente em todos os competidores. O estado do Amazonas, sem dúvidas, é um dos principais chamarizes do nosso país, sempre rico em cultura, esporte e preservação da natureza. Tenho certeza que os competidores vão aproveitar muito este ecossistema, os rios, selva amazônica e colocar todo espirito competitivo no momento das provas”, comentou o gerente de projetos do XTERRA Brasil, André Jubão.

Vai competir? Confira o percurso preparado para a prova exclusiva para convidados, a Short Track:

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

XTERRA Amazônia 2024: conheça o percurso Endurance 50 km

O XTERRA Brasil, maior festival off-road do mundo, desembarca em sua quarta edição de 2024 e realiza nos dias 19 e 20 de Julho, a etapa XTERRA Amazônia, em Novo Airão (AM). Localizada às margens do Rio Negro, a cidade amazonense é um dos principais destinos culturais e turísticos do Norte do Brasil.

O XTERRA Amazônia conta com as provas: Endurance 50k, Triathon e Trail Run de 5, 10k e 21k. “Trazer novamente o XTERRA para o Norte do Brasil é algo que toda equipe queria há muito tempo. Esse espirito de aventura está presente em todos os competidores. O estado do Amazonas, sem dúvidas, é um dos principais chamarizes do nosso país, sempre rico em cultura, esporte e preservação da natureza. Tenho certeza que os competidores vão aproveitar muito este ecossistema, os rios, selva amazônica e colocar todo espirito competitivo no momento das provas”, comentou o gerente de projetos do XTERRA Brasil, André Jubão.

Vai competir? Confira o percurso preparado para a Endurance 50k:

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

XTERRA Amazônia 2024: conheça o percurso de 21 km

O XTERRA Brasil, maior festival off-road do mundo, desembarca em sua quarta edição de 2024 e realiza nos dias 19 e 20 de Julho, a etapa XTERRA Amazônia, em Novo Airão (AM). Localizada às margens do Rio Negro, a cidade amazonense é um dos principais destinos culturais e turísticos do Norte do Brasil.

O XTERRA Amazônia conta com as provas: Endurance 50k, Triathon e Trail Run de 5, 10k e 21k. “Trazer novamente o XTERRA para o Norte do Brasil é algo que toda equipe queria há muito tempo. Esse espirito de aventura está presente em todos os competidores. O estado do Amazonas, sem dúvidas, é um dos principais chamarizes do nosso país, sempre rico em cultura, esporte e preservação da natureza. Tenho certeza que os competidores vão aproveitar muito este ecossistema, os rios, selva amazônica e colocar todo espirito competitivo no momento das provas”, comentou o gerente de projetos do XTERRA Brasil, André Jubão.

Vai competir? Confira o percurso preparado para a Trail Run 21k:

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

XTERRA Amazônia 2024: conheça o percurso de 10 km

O XTERRA Brasil, maior festival off-road do mundo, desembarca em sua quarta edição de 2024 e realiza nos dias 19 e 20 de Julho, a etapa XTERRA Amazônia, em Novo Airão (AM). Localizada às margens do Rio Negro, a cidade amazonense é um dos principais destinos culturais e turísticos do Norte do Brasil.

O XTERRA Amazônia conta com as provas: Endurance 50k, Triathon e Trail Run de 5, 10k e 21k. “Trazer novamente o XTERRA para o Norte do Brasil é algo que toda equipe queria há muito tempo. Esse espirito de aventura está presente em todos os competidores. O estado do Amazonas, sem dúvidas, é um dos principais chamarizes do nosso país, sempre rico em cultura, esporte e preservação da natureza. Tenho certeza que os competidores vão aproveitar muito este ecossistema, os rios, selva amazônica e colocar todo espirito competitivo no momento das provas”, comentou o gerente de projetos do XTERRA Brasil, André Jubão.

Vai competir? Confira o percurso preparado para a Trail Run 10k:

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

XTERRA Amazônia 2024: conheça o percurso de 5 km

O XTERRA Brasil, maior festival off-road do mundo, desembarca em sua quarta edição de 2024 e realiza nos dias 19 e 20 de Julho, a etapa XTERRA Amazônia, em Novo Airão (AM). Localizada às margens do Rio Negro, a cidade amazonense é um dos principais destinos culturais e turísticos do Norte do Brasil.

O XTERRA Amazônia conta com as provas: Endurance 50k, Triathon e Trail Run de 5, 10k e 21k. “Trazer novamente o XTERRA para o Norte do Brasil é algo que toda equipe queria há muito tempo. Esse espirito de aventura está presente em todos os competidores. O estado do Amazonas, sem dúvidas, é um dos principais chamarizes do nosso país, sempre rico em cultura, esporte e preservação da natureza. Tenho certeza que os competidores vão aproveitar muito este ecossistema, os rios, selva amazônica e colocar todo espirito competitivo no momento das provas”, comentou o gerente de projetos do XTERRA Brasil, André Jubão.

Vai competir? Confira o percurso preparado para a Trail Run 5k:

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

XTERRA Amazônia 2024: conheça o percurso do Triathon

O XTERRA Brasil, maior festival off-road do mundo, desembarca em sua quarta edição de 2024 e realiza nos dias 19 e 20 de Julho, a etapa XTERRA Amazônia, em Novo Airão (AM). Localizada às margens do Rio Negro, a cidade amazonense é um dos principais destinos culturais e turísticos do Norte do Brasil.

O XTERRA Amazônia conta com as provas: Endurance 50k, Triathon e Trail Run de 5, 10k e 21k. “Trazer novamente o XTERRA para o Norte do Brasil é algo que toda equipe queria há muito tempo. Esse espirito de aventura está presente em todos os competidores. O estado do Amazonas, sem dúvidas, é um dos principais chamarizes do nosso país, sempre rico em cultura, esporte e preservação da natureza. Tenho certeza que os competidores vão aproveitar muito este ecossistema, os rios, selva amazônica e colocar todo espirito competitivo no momento das provas”, comentou o gerente de projetos do XTERRA Brasil, André Jubão.

Vai competir? Confira o percurso preparado para o Triathon:

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

Greenpeace afirma que, mesmo com fiscalização, garimpo ilegal avança em novas áreas da Terra Yanomami 

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A área devastada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami teve um aumento de mais de 6% nos seis primeiros meses de 2024, segundo um levantamento do Greenpeace Brasil. Entre janeiro e junho, o território teve 169,6 hectares destruídos pelo garimpo, o equivalente a 170 campos de futebol.

O estudo revelou ainda um cenário inédito: a presença de invasores nas imediações do Parque Nacional do Pico da Neblina, localizado nas cidades de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, interior do Amazonas.

O levantamento foi feito com base nos dados do sistema de alertas de monitoramento Papa Alpha, plataforma desenvolvida pela ONG. Em 2022, quando o território enfrentou o avanço desenfreado do garimpo ilegal, foram devastados 3.650 hectares. No ano passado foram 238,9 hectares, uma redução de 93%.

Em nota ao Grupo Rede Amazônico, o governo federal informou estar “comprometido em combater atividades ilegais, incluindo o garimpo, em todo o território nacional.” Disse ainda que monitora alertas de garimpos na Terra Indígena Yanomami por meio do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), sistema diferente do usado pelo Greenpeace.

No sistema federal, segundo a Casa Civil da presidência, houve uma queda de 73% no número de alertas de garimpo de 2022 para 2023.

Para o Greenpeace, o registro de garimpeiros na região do Pico da Neblina, chamado pelos indígenas de Yaripo, mostra que há uma migração da atividade ilegal no território. É nesta área que parte do povo Yanomami desenvolve o ecoturismo como fonte de renda.

Parte da região afetada está na bacia do rio Camburi, em Santa Isabel do Rio Negro, considerada uma nova frente de garimpo pelos pesquisadores. Além da nova região explorada, há um garimpo antigo que foi reativado a 5 km da comunidade Ariabu Yanomami.

Em fevereiro de 2023, um mês após o governo federal decretar emergência no território, organizações indígenas do Amazonas denunciaram a presença de pequenos garimpos manuais na região do Pico da Neblina. Em agosto do mesmo ano a Polícia Federal deflagrou operação contra o garimpo na região.

Devastação em 6 meses: Entre janeiro e junho deste ano, 169,6 hectares foram destruídos na Terra indígena Yanomami. No mesmo período de 2023, foram 159 hectares, o que corresponde a um aumento de 6,79% se comparado com 2024.

Alerta: Agora, o número de hectares devastados até junho deste ano já se aproxima dos alertas identificados durante todo o ano de 2023. A diferença é de 69,3 hectares.

Localizada em Roraima e no Amazonas, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise sanitária e humanitária causada pelas ações do garimpo ilegal. Em 2023, o governo federal iniciou ações para enfrentar a crise e combater a atividade, mas mesmo com o enfrentamento os problemas ainda permanecem na região.

O Parque Nacional do Pico da Neblina é uma Unidade de Conservação que fica sobreposta à Terra Indígena Yanomami na região do Amazonas. O Yaripo é o ponto mais alto do Brasil, com 2.995 metros de altitude, na fronteira com a Venezuela.

Mais de 400 campos de futebol

Garimpo na Terra Indígena Kayapó, no Pará.  — Foto: Reprodução/PF/Arquivo
Foto: Reprodução/PF

Entre janeiro e junho, 417 hectares de novas áreas de desmatamento foram identificadas nas terras indígenas Kayapó, Munduruku, ambas localizadas no Pará, e a Yanomami. O número equivale a 417 campos de futebol.

Só no primeiro trimestre, o sistema de alertas de monitoramento identificou uma área desmatada de 128 hectares associadas ao garimpo ilegal nas três terras indígenas. A TI Kayapó é a mais devastada pela atividade ilegal, foram 54,4% dos alertas em 2024. A Yanomami detém o segundo lugar, com 40,63%. Já a Munduruku teve 4,87% no primeiro semestre.

Em maio, uma nota técnica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipham) já havia indicado a devastação dos três territórios. O estudo apontou também que há mais de 80 mil pontos de garimpo na Amazônia, em uma área com mais de duas vezes o tamanho de Belém, capital do Pará.

As terras indígenas são protegidas por lei e, por isso, qualquer atividade exploratória nestas áreas é considerada ilegal.

Segundo o Greenpeace, de maneira geral, os alertas dentro dos territórios ‘diminuíram significativamente’ em comparação com os últimos anos. Apesar disso e mesmo com as ações do governo federal de combate ao garimpo ilegal, pequenas áreas tem sido abertas próximas a garimpos já estabelecidos, como uma tentativa de dificultar a detecção por imagens de satélite.

Para o porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace, Jorge Eduardo Dantas, os dados nas três terras indígenas analisadas mostram que há muito a ser feito no combate ao garimpo ilegal.

“Um dos grandes apelos dos povos originários é a desintrusão de seus territórios, que é a expulsão total dos garimpeiros de suas terras. Isso já foi feito na Terra Yanomami em 2023, mas os Kayapó e os Munduruku seguem aguardando quando isso vai acontecer. O garimpo destrói ecossistemas, desestabiliza populações tradicionais e ameaça nossa capacidade de combater a crise climática. Por isso, a expulsão dos garimpeiros ilegais e a defesa dos territórios indígenas precisam ser pautas defendidas por todos nós”, afirma.

Terra Yanomami

A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.

Mesmo com o enfrentamento, um ano após o governo decretar emergência, o garimpo ilegal e a crise humanitária permanecem na região.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) estima que cerca de sete mil garimpeiros ilegais continuam em atividade no território. O número de invasores diminuiu 65% em um ano, se comparado ao início das operações do governo federal, quando havia 20 mil invasores no território.

*Por Yara Ramalho, da Rede Amazônica RR

Destinação da terra onde viveu ‘Índio do Buraco’, em Rondônia, não tem consenso

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Uma audiência de conciliação foi realizada no dia 16 de julho, na subseção da Justiça Federal em Vilhena (RO), para discutir a destinação da área onde viveu o ‘Índio do Buraco’, último sobrevivente do seu povo. Segundo apurado pela Rede Amazônica, as partes do processo não entraram em consenso.

A área onde viveu o Índio do Buraco começou a ser alvo de especulação fundiária depois que ele foi encontrado morto dentro de sua palhoça, em agosto de 2022. Cinco famílias de fazendeiros alegam que possuem propriedade na terra e querem que elas sejam reconhecidas. Já o Ministério Público Federal (MPF), requer que a área seja delimitada e protegida.

O principal ponto de divergências entre o MPF e os fazendeiros é sobre a tradicionalidade da ocupação: o MPF defende que há provas suficientes de que a área foi ocupada por anos pelo indígena Tanaru; os fazendeiros não reconhecem essa legitimidade e defendem que o Índio do Buraco se utilizou da área como refúgio, mas que ele não é originalmente de lá.

Foi estabelecido na audiência um prazo para que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) apresente um relatório técnico sobre quais são as possibilidades de destinação para a área. Só então o assunto deve voltar a ser debatido.

O Grupo Rede Amazônica, entrou em contato com a Funai, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.

A audiência de conciliação é a primeira parte do processo movido pelo MPF contra a Funai e a União. O órgão pede que a área onde o indígena Tanaru seja demarcada.

A TI possui cerca de 8 mil hectares e se espalha por quatro municípios de Rondônia: Chupinguaia, Corumbiara, Parecis e Pimenteiras do Oeste. A Funai mantém a região protegida por portarias de restrição de uso que têm validade até 2025.

Ativistas indígenas, entidades de proteção ambiental e indigenistas pontuam a importância da preservação da área como um “memorial” ao indígena que viveu isolado depois que seu povo foi vítima de genocídio.

Terra Indígena Tanaru em Rondônia. Foto: Reprodução/ISA

Quem era o ‘Índio do Buraco’

Em junho de 1996, o ‘Índio do Buraco’, também conhecido como Tanaru, foi visto pela primeira vez por homens brancos em Rondônia. Vinte e seis anos depois daquele ‘contato’, o indígena foi encontrado morto em seu território, em agosto de 2022.

O homem, conhecido por viver sozinho e isolado na densa floresta Amazônica, morreu como o último homem de seu povo, sem que sua etnia e sua língua fossem descobertas. O indígena resistiu ao contato com o homem branco até sua morte.

O ‘Índio do Buraco’, apesar de ter vivido isolado por mais de 30 anos, nem sempre esteve só. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai) os últimos membros do seu povo foram mortos em 1995.

O indígena era conhecido como ‘Índio do Buraco’ porque fazia escavações em suas palhoças. Ninguém chegou a descobrir o motivo e real utilidade delas.

Entenda a disputa pela área

Buraco em Tapiri — Foto: Reprodução/Txai Surui
Foto: Reprodução/Txai Surui

Em novembro de 2022, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, de forma cautelar, a preservação da Terra Indígena (TI) Tanaru, a área onde vivia o único indígena. Na decisão monocrática, Fachin ordenou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) informasse qual destinação deveria ser dada ao território.

Em dezembro de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) orientou fazendeiros a não invadirem a área como forma de proteção, após identificarem pessoas transitando na TI. Na época, as notificações entregues aos fazendeiros alertaram que os invasores poderiam responder por crimes, como dano qualificado.

Quatro meses após a morte do indígena, o MPF voltou a recorrer à Justiça contra a União e a Funai, buscando obrigar os órgãos federais a transformar o território onde Tanaru viveu em uma área pública de proteção socioambiental.

Em janeiro de 2023, câmeras escondidas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) registraram fazendeiros invadindo a palhoça onde o ‘Índio do Buraco’ vivia, momentos após o sepultamento do indígena, que demorou cerca de três meses para acontecer.

*Por Iuri Lima, da Rede Amazônica RO

ONG divulga vídeo raro de comunidade indígena isolada na Amazônia; confira as imagens

Imagens inéditas divulgadas pela ONG Survival International no dia 16 de julho mostram dezenas de indígenas isolados do povo Mashco Piro, na Amazônia peruana, a poucos quilômetros de áreas destinadas à exploração de madeira.

Ativistas dizem que as imagens exibem a necessidade urgente de revogar todas as licenças de exploração de madeira na área e reconhecer que o território pertence aos Mashco Piro. A Survival estima que eles sejam o maior povo de indígenas isolados do mundo.

Nos últimos dias, mais de 50 indígenas Mashco Piro apareceram perto da aldeia dos indígenas Yine de Monte Salvado, no sudeste do Peru. Em um outro avistamento, um grupo de 17 indígenas apareceu na aldeia de Puerto Nuevo. Os Yine, que não são isolados, falam uma língua parecida com a dos Mashco Piro. Eles já haviam relatado anteriormente que os Mashco Piro reclamaram da presença de madeireiros em suas terras.

Várias empresas madeireiras detêm concessões dentro do território que pertence aos Mashco Piro. A concessão mais próxima fica a poucos quilômetros de onde as recentes imagens dos Mashco Piro foram feitas.

A empresa Canales Tahuamanu, que opera no território dos Mashco Piro, construiu mais de 200 km de estradas para seus caminhões transportarem a madeira extraída. Ela é certificada pela Forest Stewardship Council (FSC), um selo de aprovação que pode ser encontrado em milhares de produtos feitos de papel, por suas operações supostamente sustentáveis ​​e éticas, apesar do governo peruano ter reconhecido, há oito anos atrás, que a empresa está extraindo madeira no território dos Mashco Piro.

A Survival International está pedindo à FSC para cancelar a certificação concedida à Canales Tahuamanu. Mais de 8.000 pessoas ao redor do mundo já enviaram emails pressionando a FSC.

Povo Mashco Piro, tribo de indígenas isolados, em registro raro. Foto: Reprodução/Survival International

Mudanças são necessárias

Alfredo Vargas Pio, presidente da organização indígena Federação Nativa do Rio de Madre de Dios e Afluentes (FENAMAD), que o vídeo é uma evidência irrefutável de que muitos Mashco Piro vivem nesta área que o governo, além de não conseguir proteger, vendeu para empresas madeireiras. “Os trabalhadores podem trazer novas doenças que seriam mortais aos Mashco Piro, e também há risco de violência de ambos os lados. Por isso é muito importante que os direitos territoriais dos Mashco Piro sejam reconhecidos e protegidos por lei”, destacou.

Já para a diretora da Survival International, Caroline Pearce, as imagens mostram que um grande número de indígenas isolados Mashco Piro vive a poucos quilômetros de áreas concedidas à exploração de madeira. “Inclusive, a empresa Canales Tahuamanu já está trabalhando dentro do território dos Mashco Piro”, contou.

*Com informações da Survival International

Cicatrizante criado a partir de projeto maranhense recebe pedido de patente em Portugal

Produto cicatrizante, criado a partir de projeto de pesquisa no Maranhão, está em fase de registro de patente em Portugal. A iniciativa partiu do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Ifma), campus Imperatriz, em parceria com o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC/ESTeSC).

O estudo, conduzido pela professora do Ifma, Ana Angélica Macêdo, contou com apoio de edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e é o primeiro a originar solicitação de registro de patente em outro país.

O presidente da Fapema, Nordman Wall, reconhece a conquista, que teve a contribuição da instituição, e a visibilidade que representa para a ciência e a pesquisa no estado. “Para nós, é sempre uma grande satisfação quando um pesquisador maranhense vai além das fronteiras do nosso estado, e neste caso, do país. Nossos parabéns à professora Ana Angélica, que tem uma série de estudos de forte impacto na população. Esperamos que ela possa levar esse conhecimento mais adiante e a Fapema será sempre parceira desta, e outras iniciativas”, pontuou.

Nomeado de ‘Hidrocolóide cicatrizante e antimicrobiano’, o produto combina propriedades cicatrizantes e antimicrobianas, utilizando sementes de Adenanthera pavonina L., popularmente conhecida como “olho de dragão”, “carolina”, dentre outros. A planta já tem aplicações medicinais.

O medicamento une função cicatrizante e antimicrobiana. Além disso, apresenta baixo custo, por ser à base de sementes. O pedido de registro patente está no Instituto Nacional de Propriedade Industrial de Portugal.

Os estudos sobre o produto tiveram início há oito anos, após ser selecionado no edital de Cooperação Internacional, da Fapema. A pesquisa teve a parceria internacional do professor do IPC/ESTeSC, Fernando Mendes.

Em relação aos próximos passos, a equipe aguarda a publicação da patente para a continuidade de outros testes.

Além da pesquisa realizada pelo seu grupo ter resultado na primeira carta patente do Ifma, concedida em dezembro de 2022, outros 19 pedidos de patente da pesquisadora estão em andamento.

*Com informações da Fapema