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Falta de chuvas e queimadas já afetam qualidade do ar em Rio Branco

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O Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) vem intensificando as ações de monitoramento no Acre, que vivencia um sério período de seca. E em Rio Branco, a falta de chuvas e as queimadas têm afetado diretamente a saúde da população, segundo o órgão, que é responsável por classificar a qualidade do ar.

São diversas as causas das queimadas e elas são classificadas em dois tipos: humanas e naturais. Na capital acreana, mesmo que a quilômetros de distância da parte alta da cidade, o cenário é de muita fumaça. E isso acontece tanto no Primeiro quanto no Segundo Distrito.

A chefe da sala de situação do Cigma, Ylza Lima, destaca que para a fumaça não há obstáculos. “Para a fumaça não existe nem fronteira, nem barreira e nem muro. Então a fumaça, dependendo da direção do vento, vai se espalhar por toda a região”.

De acordo com o Centro, os poluentes dos incêndios florestais podem permanecer no ar por semanas.

Além de intensificar as ações de monitoramento em todo o estado, o Cigma também faz trabalhos nos municípios com campanhas de sensibilização através de educação ambiental, reuniões e palestras.

A poluição do ar traz prejuízos à qualidade do solo e das águas, além de afetar a visibilidade e diretamente prejudicar a saúde das pessoas.

A cabelereira Vilaci Aguiar teve que chegar cedo na Unidade de Pronto Atendimento (Upa) do bairro Sobral, em Rio Branco, para buscar atendimento para a filha, que está há dias está com sintomas gripais. Ela suspeita que a situação se agravou por conta da fumaça que estampa o céu da capital.

“Está acontecendo muito isso por conta dessa sequidão, desse calor. Ela [a filha] faz faculdade e sempre está pegando sol, pegando o ar, esse calor intenso faz com que inflame a garganta. Por conta disso, estou aqui na Upa com a minha filha e está com a garganta muito inflamada e precisa do remédio para poder voltar a estudar”, comenta Vilaci.

Pequenas atitudes do dia a dia podem fazer toda a diferença. A chefe da sala de situação faz um apelo à população para que a situação não se agrave ainda mais. “Tem que ficar de olho também no vizinho, na própria comunidade, fazer esse trabalho em conjunto, conscientizar seu vizinho de que seu filho, seu parente às vezes tem um problema respiratório, para não realizar essa queima e se conscientizar de uma forma coletiva”, pede Ylza.

*Por Melícia Moura, da Rede Amazônica AC

Metade dos municípios brasileiros não possuem planos de ação relacionados às mudanças climáticas

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Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra que metade das cidades brasileiras não possuem planos de ação relacionados às mudanças climáticas, embora 60,4% delas já tenham sofrido com episódios de eventos climáticos extremos, como inundações e enchentes.

Em 2023, segundo dados do Boletim do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Brasil registrou o maior número de desastres naturais da série histórica. Foram 1.161 tragédias, sendo 716 associadas a eventos hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra.

Dentre os municípios com maior ocorrência estão Manaus (AM), São Paulo (SP) e Petrópolis (RJ). Foram registradas ainda 132 mortes associadas a chuvas, com 9.263 pessoas feridas ou enfermas, e 74 mil desabrigados. No total, 524 mil pessoas ficaram desalojadas. Os prejuízos econômicos informados pelo sistema se aproximam de R$25 bilhões, somadas as áreas pública e privada.

O caso mais recente e exemplar da importância de planos de ações relacionados às mudanças climáticas é a tragédia do Rio Grande do Sul. “Se as cidades tivessem planos para mudanças climáticas, as respostas à tragédia teriam sido mais rápidas e eficazes”, defende Carolina Marchiori, assessora de advocacy em assuntos de economia verde no Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS).

O rio Negro registrou este mês o nível mais baixo da história. Foto: Alex Pazuello/Secom AM

O enfrentamento às mudanças climáticas esbarra, no entanto, no orçamento dos municípios. Segundo o CNM, 71,3% das cidades brasileiras afirmam que não possuem recursos próprios e que necessitam de mais dinheiro para a execução das suas ações ambientais.

Entre as possíveis soluções estão a criação de órgãos fiscalizadores nos municípios, que pode melhorar a arrecadação própria e ampliar os investimentos em ações climáticas, e o aproveitamento de políticas públicas existentes a nível federal e estadual.

É o caso do ICMS Ecológico, que hoje está presente em 18 estados brasileiros e é um bom exemplo de política pública que tem tanto uma função compensatória quanto incentivadora de proteção ambiental. Com a aprovação da reforma tributária no Congresso, ele será expandido com a substituição do ICMS pelo IBS, de tal modo que a política passará a valer para todos os estados a partir da sua implantação.

Startups da Amazônia avaliam salvaguardas em cadeias produtivas da bioeconomia

O Idesam é parceiro, desde 2022, do Projeto Floresta+ Amazônia, iniciativa que incentiva quem conserva e recupera a floresta, além de contribuir para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Entre um conjunto de ações dessa parceria, está o Programa de Aceleração, no âmbito da Modalidade Inovação que tem como foco a valorização e o apoio a empreendimentos de impacto socioambiental na Amazônia. Entre esses negócios estão a Moma Natural e a Cacauaré – Cacau Nativo da Amazônia, empresas de bioeconomia que carregam o compromisso com a sociobiodiversidade amazônica.

Em 2024, as empresas passam por um novo processo dentro do Programa, a criação de uma matriz de salvaguardas que, entre outros elementos, identifica possíveis impactos socioambientais negativos e positivos dos negócios, assim como ameaças ao desenvolvimento desses empreendimentos, mensurando o potencial de risco que elas trazem. Para essa identificação, estão sendo realizadas entrevistas com os líderes dos negócios e oficinas de campo com os fornecedores de insumos da sociobiodiversidade amazônica para essas empresas.

Para esses pequenos negócios apoiados pelo Projeto Floresta+, por meio do Programa de Aceleração, as matrizes de salvaguardas são importantes ferramentas para demonstrar a potenciais financiadores e consumidores a importância e preocupação dessas iniciativas com questões socioambientais, principalmente em se tratando de iniciativas que estão na Amazônia. Elas definem medidas, a serem adotadas de forma proativa, para mitigar ou prevenir potenciais danos e maximizar benefícios sociais e ambientais ao longo de toda cadeia produtiva dos negócios acelerados’’, explicou a assessora técnica e especialista em Salvaguardas do Projeto Floresta+, Luiza Barcellos.

Segundo mapeamento do Idesam, atualmente existem cerca de 200 startups de bioeconomia na Amazônia Legal. De acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), a Região Norte reúne 5% das startups brasileiras dos vários setores de negócios, com investimento médio de R$ 850,5 mil.

Na visão do Idesam, a região vive um desafio em gerar valor econômico para as cadeias e com liquidez, fazendo com que os atores tenham receitas que atendam suas necessidades, tanto em volume quanto em frequência. Ao mesmo tempo, ações de curto e médio prazo de comando, controle e gestão territorial devem ser desenvolvidas.

No que se refere exclusivamente ao enfoque de riscos, ao se descobrir o nível de risco, é feito o mapa com todos eles apontando qual é a probabilidade de ocorrerem e em quanto tempo. Assim, é possível definir uma estrutura de ações de mitigação, adaptação ou reversão desses riscos e qual seria a ferramenta de gestão a ser incorporada pela empresa.

Exemplo disso está na Cacauaré, criada por uma família de produtoras de cacau há quatro gerações, mulheres que decidiram empreender em 2020, mas sem saber como iriam construir o negócio. Localizada em Mocajuba, no Pará, a empresa surgiu em um momento de transformação da cidade, do ponto de vista urbano e do desenvolvimento econômico. A cidade saiu de uma economia baseada na pesca e no agroextrativismo, para um modelo de fazenda de monocultura de açaí. Com este desafio, as empreendedoras tinham a preocupação em trabalhar com produtos da Amazônia, como o cacau, sustentando o negócio a longo prazo. 

Da esquerda para a direita: Neilanny Maia, Noanny Maia e Naianny Maia. Foto: Ariane Artioli

Hoje, a empresa colabora com seis comunidades agroextrativistas da região, impactando mais de 60 famílias ribeirinhas com o aproveitamento integral da produção de cacau. Com a realização de oficinas presenciais, empreendedores de outras cadeias e realidades também ficam em alerta para ações que podem incorporar em suas atividades.

Colheita do Cacau. Foto: Ariane Artioli

“Além da Cacauaré, o Programa de Aceleração apoia outros negócios amazônicos como Deveras Amazônia, Atlas Florestal, Amazônia Bee, Moma e Passiflora. Estamos constatando diversas realidades e estruturas de empreendimentos. Existem outros negócios Amazônia afora que também precisavam acelerar sua maturação, outros que mudaram a sua origem territorial, até mesmo aqueles com dificuldade em fazer fluxo de caixa. É importante cada vez mais apoiarmos a sustentabilidade e perenidade desses empreendimentos’’, completou o assessor técnico da Modalidade Inovação, Giuliano Guimarães. 

Com sua iniciativa, o Idesam pretende criar um histórico com literatura e jurisprudência para que outros negócios possam adotar a mesma medida e se tornar algo perene. Com isso, as empresas podem refletir para tomadas de decisões mais assertivas, como o alcance do preço justo, o pagamento pelo conhecimento tradicional, a repartição de benefícios, uma logística inteligente – fundamental na Amazônia -, entre outros pontos.

Implementado com recursos do Fundo Verde para o Clima (GCF), o Programa de Aceleração é uma iniciativa Projeto Floresta+ Amazônia, em sua Modalidade Inovação, é resultado da parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A iniciativa fomenta o sistema de impacto para a sociobiodiversidade da Amazônia, com apoio do Idesam e Sense-Lab. Até 2026, serão investidos 96 milhões de dólares em ações e projetos com foco na conservação da Amazônia.

*Com informações do Idesam

Verão na Rede: Simone Mendes encerra agenda de shows nacionais em Macapá

A cantora sertaneja Simone Mendes encerrou a agenda de shows nacionais do Macapá Verão 2024 neste domingo (28). Apresentação que ocorreu na praça Jacy Barata Jucá, na área central da capital, reuniu uma multidão de fãs. Durante o mês de julho passaram pela Arena Beiradão nomes como Joelma, Ferrugem, Angra, Charlie Brown Jr., Mundo Bita, Diante do Trono, Pedro Sampaio e Thiaguinho.

Thainá veio de Laranjal do Jari — Foto: Mariana Ferreira/g1

O show da cantora iniciou por volta das 22h30, mas desde as 14h já tinham fãs guardando o famoso “lugar na grade”, afinal essa é a 1ª apresentação solo de Simone no Estado. Thainá Sadala, de 28 anos, é uma das pessoas que “acampou” á espera da sertaneja. A jovem veio de Laranjal do Jari, no sul do Amapá, para assistir ao show. Thainá tinha um cartaz e um sonho: cantar uma música com Simone.

“Eu sou cantora e ela está no meu repertório diariamente, eu a amo, por isso viajei mais de 200 quilômetros até aqui. Se eu fosse definir o que sinto por ela em uma palavra, seria: exemplo de mulher”, descreveu a jovem.

Ao Grupo Rede Amazônica no Amapá, Simone falou sobre esse amor que os amapaenses tem por ela. “Essa noite vai ser muito especial, pois eu amo essa cidade. Eu estava com saudades e é sempre ótimo poder voltar e sentir todo esse carinho novamente, principalmente com um trabalho tão lindo que está na boca do povo” disse a artista.

Durante a apresentação, novos e antigos sucessos ganharam voz diante de um coral gigante as margens do rio Amazonas.

Verão na Rede

O projeto Verão na Rede é uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica (FRAM) que visa promover a cultura, a arte, o entretenimento e o turismo em Macapá (AP).

Além de valorizar artistas regionais, também enfatiza a importância da preservação ambiental e da sustentabilidade, promovendo conscientização e educação ambiental entre os participantes e a comunidade local.

O projeto conta com apoio da GEAP Saúde e da Prefeitura de Macapá, que realiza paralelamente o ‘Macapá Verão’, que consiste em uma série de eventos culturais e atividades ao ar livre, proporcionando momentos de lazer e integração comunitária.

Sob avaliação do Vaticano, padre do Acre pode se tornar 1° santo da Amazônia

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Padre Paolino Baldassari pode se tornar primeiro santo da Amazônia. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O Vaticano enviou um representante ao Acre para analisar o processo de beatificação do padre Paolino Baldassari, pároco italiano que viveu mais de 60 anos no interior do estado e a quem é atribuído ao menos um milagre após sua morte.

Figura emblemática na cidade de Sena Madureira, a 144 km da capital acreana, Baldassari morreu no dia 8 de abril de 2016 aos 90 anos. Três semanas depois, um homem de 47 anos teria sido curado, após rezar para o padre, da Síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica autoimune que provoca fraqueza motora e para a qual não existe cura apenas tratamento.

É esse caso que o Vaticano analisa e que pode dar ao padre o título de primeiro santo da Amazônia.

Padre Paolino Baldassari era conhecido por trabalhar com comunidades tradicionais no interior do Acre. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Ainda segundo o frei Azzali, todo o material colhido será levado para Roma. Ele disse ainda que se encontrou com os médicos que analisaram o caso do homem supostamente curado para colher o depoimento deles. O caso clínico deve ser ainda discutido com uma banca de sete médicos especialistas do Vaticano. “Temos que compreender se foi somente a ciência ou a luz”, comentou.

Processo de beatificação

O aval do Vaticano para a abertura do processo foi dado em 2019. O inquérito, porém, só começou oficialmente no final de maio de 2022. O ato foi considerado o primeiro passo oficial para a beatificação e deu ao padre o título de ‘servo de deus’.

De acordo com a igreja católica, atualmente o processo está fase diocesana. Após a conclusão da análise pela banca de especialistas, começa a fase romana.

A última etapa do processo, já após a beatificação, é a comprovação de outro milagre atribuído a Baldassari. Depois disso, ele pode ganhar o título de santo.

Quem foi padre Paolino?

Nascido na cidade italiana de Bologna, o padre Paolino Baldassari foi o pároco da cidade de Sena Madureira durante aproximadamente 46 anos. Ele é considerado um símbolo no município, que tem em torno de 41 mil habitantes, por causa de seu trabalho com comunidades tradicionais.

Durante anos, o religioso viajou para aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas no interior do estado para celebrar batismos, casamentos e outros tipos de cerimônias religiosas.

Baldassari morreu após 11 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). O pároco teve uma parada cardíaca e em seguida sofreu falência de outros órgãos, por volta das 14h do dia 8 de abril de 2016.

O padre chegou a completar 90 anos enquanto estava internado no hospital. Segundo a coordenação paroquial de Sena Madureira, durante todo o tempo de internação a comunidade manteve correntes de oração pela saúde do padre e fez vigílias no hospital.

*Por Yuri Marcel, da Rede Amazônica AC

Cafeicultor de Cacoal melhora qualidade do café canéfora Robusta Amazônia com reflorestamento de APP

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Em 2022, o agricultor familiar Arildo Ferreira firmou uma parceria com a Ação Ecológica Guaporé (Ecoporé) a fim de recuperar a beira do córrego que corre em sua propriedade. Com 40% de mata nativa preservada, ele conta que foi chamado de louco pelos vizinhos na época. Hoje, ao ver a mata ciliar se restabelecendo, ele e a família celebram mais um passo importante na melhoria da qualidade do café que produzem: a inauguração da própria torrefação instalada no sítio, a AF Café.

Para Arildo, o reflorestamento transformou a água do córrego numa água de qualidade própria para a irrigação do café que cultivam.

Segundo ele, mesmo que o projeto tenha finalizado, ele continuará cuidando e melhorando a área plantada. “Vocês já fizeram a principal mudança, a da minha mentalidade”, diz ele,  apontando para a cabeça.

Vista aérea da área de APP reflorestada, ao lado do cafezal, no Sítio N. S. Aparecida, Linha 6 km 45, Cacoal-RO. Foto: Divulgação/Ecoporé

A família foi uma das beneficiárias do projeto Águas do Pirara, realizado pela Ecoporé e patrocinado pelo Fundo de Restituição de Bens Lesados (FRBL) do Ministério Público de Rondônia e recebeu assistência técnica especializada, material de isolamento, sementes e mudas necessárias para fazer a recuperação da Área de Proteção Permanente, que somam 4,92 hectares na propriedade.

O impacto da ação vai além do ambiental. Segundo Arildo, o retorno também é financeiro, uma vez que o reflorestamento próximo ao rio é uma alternativa ao seguro contra a seca, fornecendo água para suas atividades produtivas. Assim, o cafeicultor quer fazer da propriedade um modelo, na esperança que se torne uma fonte de sustento para suas filhas, Sabrina e Milena, e para as novas gerações. 

Arildo atribui o sucesso do AF Café, que ficou em nono lugar na Concafé, em 2021, e em segundo na Coffee of the Year, em 2023, justamente pela preocupação com a sustentabilidade e o conhecimento. “Um café daqui sair para outro país, atravessar um continente, é porque tem conhecimento”, diz.

Café Robusta Amazônico. Foto: Armando Júnior

De acordo com Sheila Noele, presidente da Ecoporé, “o tijolinho” que a Ecoporé colocou no sonho do Seu Arildo é aquela área de restauração na beira do rio. Nós precisamos de água, de biodiversidade, e precisamos estar em harmonia com a natureza para continuar produzindo”. Ela e Paulo Bonavigo, coordenador do Programa Natureza e Comunidade da Ecoporé, estiveram presentes na inauguração da torrefação. 

O projeto

O projeto Águas do Pirarara da Ecoporé  (2022-2023)  beneficiou 32 agricultores em Cacoal, especialmente na micro-bacia do Rio Pirarara. Ao longo de sua execução, foram distribuídas 47.164 mudas e 22 pacotes com mix de sementes para os beneficiários, totalizando 33,62 hectares de áreas reflorestadas. O projeto tinha por objetivo evitar o comprometimento da captação e distribuição de água na região, garantindo a disponibilidade de recursos ecossistêmicos, sobretudo hídricos, os quais são fundamentais para a agricultura.

Com os resultados positivos, Arildo planeja outras parcerias com a Ecoporé, que comemorou 36 anos no último mês. Desta vez, envolvendo o reflorestamento em áreas de pastagem e o manejo sustentável do gado. 

Nível do rio Madeira continua baixando e Defesa Civil intensifica monitoramento e mapeamento de famílias ribeirinhas

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Por causa da estiagem severa que castiga a Região Norte, o nível do rio Madeira chegou a 2,91 metros na no dia 23 de julho. Conforme a Defesa Civil de Porto Velho, isso indica que o volume de água está bem abaixo do esperado para este período, em relação aos anos anteriores.

Em razão disso, a Prefeitura de Porto Velho, através da Defesa Civil Municipal, tem intensificado o monitoramento das famílias ribeirinhas, especialmente na região do médio Madeira.

As equipes estão verificando as condições dos poços amazônicos que abastecem as casas e também distribuindo hipoclorito de sódio com objetivo de purificar a água para o consumo humano.

Na terça-feira (23), por exemplo, foram monitoradas as comunidades de Silveira, São Miguel, Mutuns e Belmont. Nesta quarta (24), a Defesa Civil Municipal estará nas localidades de Boca do Jamari, Aliança e Calderita.

O gerente de Operação e Socorro da Defesa Civil do município, Anderson Luiz, informou que durante as visitas estão sendo mapeadas as famílias que certamente necessitarão receber água mineral no auge do período de estiagem, que acontece no mês de agosto, a exemplo do que ocorreu em 2023.

“Pelo que verificamos no ano passado e estamos constatando também agora, algumas famílias a mais serão inseridas no nosso Plano de Contingência. Comunidades como Mutuns, São Miguel, Silveira, Bom Jardim e Belmont, entre outras, precisarão receber água potável”, afirmou.

Defesa Civil alerta aos banhistas sobre os riscos das margens do rio Madeira. Foto: Defesa Civil Municipal

Alerta

Devido às altas temperaturas provocadas pelo chamado ‘inverno amazônico’, é comum as pessoas procurarem rios e balneários para se refrescar do calor. Entretanto, a Defesa Civil alerta aos banhistas sobre os riscos que essa atividade pode trazer, especialmente no rio Madeira.

Ele enfatiza que os pais não devem ir e muito menos levar seus filhos para esses lugares. “Não é seguro porque tem muita areia mole, barro e pode acontecer algum acidente ou até mesmo a morte”, disse.

Emergência

Em casos de ocorrências de ataques de animais peçonhentos e predadores tropicais, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado imediatamente pelo telefone 193.

A Defesa Civil Municipal também pode ser acionada se acontecer alguma emergência próximo ao rio, através do número 199 ou pelo WhatsApp (69) 98473-2112.

Dois geoglifos são encontrados na Reserva Chico Mendes, no Acre

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Mais geoglifos foram encontrados no Acre. Uma equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) encontrou dois novos geoglifos durante uma expedição dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex), em Epitaciolândia, interior do Estado. Os servidores faziam um estudo de viabilidade e ampliação da trilha Chico Mendes no Seringal Porongaba, no ramal de mesmo nome, quando acharam o primeiro sítio arqueológico.

Os geoglifos são estruturas geométricas escavadas na terra, em formato de quadrados, retângulos ou círculos, e que podem ser datados em até três mil anos. O Acre é pioneiro e referência quando o assunto é geoglifos. Em março deste ano, o primeiro geoglifo tombado no Acre pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) teve o reconhecimento homologado pelo Ministério da Cultura.

A descoberta ocorreu nesta quarta-feira (25). O analista ambiental Fernando Maia liderava a expedição quando o monumento foi encontrado. Os servidores estavam com o morador Chico Melo, que mora na região e chegou a relatar já ter ouvido histórias sobre a existência da estrutura no local.

Foto: Larissa Miranda/Arquivo pessoal

Após o achado histórico, Fernando Maia e o restante da equipe voltaram para a área urbana e ele foi buscar imagens de satélite para encontrar a localização exata do monumento. O que ele não sabia era que iria encontrar um novo sítio arqueológico ao analisar as imagens.

“Voltamos para a cidade muito alegres e tentei, pelo Google Maps, localizar pela linha do ramal e, por acidente, acabei vendo outra estrutura. Dei zoom e vi que era outro geoglifo, e não o que a gente tinha visto no local. Percebi que era um novo por conta da distância com a casa, a posição da floresta. Fizemos a coleta da coordenada geográfica e, hoje pela manhã, fomos até o local e fizemos o registro com o drone”, disse.

As duas estruturas estão a 8 quilômetros de distância um do outro. A área onde o primeiro geoglifo foi encontrado está desmatada após ter sido ocupada irregularmente anteriormente. Por isso, a equipe conseguiu visualizar logo a estrutura.

Já a segunda estrutura está em uma área densa de mata. “Tivemos dificuldades de andar ao redor do geoglifo e aparece cheio de mato na imagem. São dois achados que para a Reserva Chico Mendes são muitos valorosos porque, há uns quatro anos, tínhamos zero de registro”, confirmou.

Ainda segundo o servidor, já há registros da existência de quatro geoglifos no Ramal das Filipinas, uma região próxima. Segundo Maia, há possibilidade de existir mais sítios escondidos pela floresta. “É um local de densamento de geoglifos que precisa de muito estudos em meio a floresta para encontrá-los. Dos quatro encontrados anteriormente, três estão em meio à floresta, então, não eram evidentes”, destacou. .

Coordenadas compartilhadas

Após o achado, o servidor disse que entrou em contato com a equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para compartilhar as coordenadas e avisar das novas estruturas. “Encaminhamos as coordenadas geográficas e a coordenadora pesquisou e atestou que, de fato, são registros novos”, disse.

O analista contou também que achou pedaços de, aparentemente, de cerâmicas dentro do geoglifo. “Não tenho certeza se são, é similiar à cerâmica, achei intrigante o formato e a estrutura”, ressaltou.

Antônia Barbosa, arqueóloga do Iphan, contou que a descoberta, feita na quinta (25), coincidiu com três importantes datas celebradas nesta sexta (26):

  • Dia da Proteção do Patrimônio Arqueológico;
  • lei federal n.º 3.924 de 1961, a qual estabelece que os monumentos arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza existentes em território nacional e de todos os elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteção do poder público;
  • Dia do Arqueólogo.
Foto: Arquivo pessoal/Larissa Miranda

Após o informe oficial, arqueóloga contou que será marcada uma expedição para fazer o registro. Segundo Antônia, há alguns itens que precisam ser preenchidos por um arqueólogo. “Me mandou as imagens e chequei que não estão registrados ainda, são inéditos os dois. Temos bastantes sítios identificados naquela área”, confirmou.

*Por Aline Nascimento, da Rede Amazônica AC

Crumble de banana pacovã: aprenda receita que leva castanha e camaru

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Um docinho gelado no verão é muito bom, não é? Ainda mais quando tem ingredientes típicos da Amazônia. Aprenda como preparar este prato preparado pelo chef Pedro Bagattoli: crumble de banana da terra, conhecida como banana pacovã, castanha e cumaru.

Ingredientes

400g farinha trigo
120g açúcar refinado
140g castanha
270g banana da terra
200g manteiga
Raspas semente de cumaru
Sorvete de creme a gosto
100g bacon em fatias

Modo de preparo

  1. Com a ponta dos dedos mistura a farinha, manteiga e açúcar até virar uma farofa;
  2. Adicione a castanha e as raspas do cumaru misturando ainda com a pontas dos dedos para não agir o glúten;
  3. Coloque em uma forma de fundo removível uma camada de farofa deixando compacta no fundo aproximando 5 centímetros;
  4. Coloque as fatias de banana em seguida mais uma camada de farofa;
  5. Coloque a castanha por cima e leve para assar em forno pré aquecido 180° por 30min;
  6. Retire do forno com crumble ainda quente, coloque bolas de sorvete de creme, crocante de bacon e folhas de o hortelã;
  7. Sirva na hora para que o crumble esteja quente e o sorvete ainda gelado.

Museu Sacaca recebe exposição sobre arte gráfica indígena, em Macapá

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O Museu Sacaca, espaço destinado à divulgação cultural e científica amapaense, realiza até este domingo (28) uma exposição sobre a arte gráfica dos povos indígenas Wayana e Aparai.

A exposição ‘Arte Gráfica Wayana e Aparai’ tem o objetivo de transformar o museu em um espaço de diálogo entre os povos indígenas e a população não indígena de Macapá, apresentando grafismos e conhecimentos dos povos Wayana e Aparai. A programação ainda conta com feira de artesanato indígena, palestras e exibição de filmes.

A iniciativa também permite aos indígenas se tornarem mediadores museológicos, promovendo a preservação cultural e a afirmação de suas identidades.

Para os povos indígenas, a arte é considerada tudo aquilo, a partir das matérias primas de seus territórios. A arte é manifestada além da criatividade, é uma relação de viver com a terra.

A arte gráfica dos povos Wayana e Aparai aprofunda conhecimentos sobre ritos, desenhos, esculturas, estruturas, cantos e danças. Além de abordar assuntos como a alimentação, agricultura, saúde.

A iniciativa é promovida pela Associação dos Povos Indígenas Wayana e Apalai (APIWA), em parceria com o Instituto Iepé, o Museu Sacaca, e o Instituto de Pesquisa e Científica e Tecnologia do Estado do Amapá (IEPA).

*Com informações da Rede Amazônica AP