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Força Nacional mantem vigilância na Terra Pirititi, onde indígenas vivem isolados em Roraima, por mais 90 dias

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Terra Indígena tem cerca de 40 mil hectares e fica em Rorainópolis, no Sul do Estado, onde também há presença de garimpeiros.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) prorrogou por mais 90 dias a atuação de agentes da Força Nacional de Segurança Pública na Terra Indígena Pirititi, localizada no município de Rorainópolis, ao Sul de Roraima, onde há indígenas isolados e presença de madeireiros. A informação foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 6 de maio.

O documento, assinado pelo ministro Ricardo Lewandowski, autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) “nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”.

A Força Nacional atua no território de Pirititi desde novembro de 2022, a decisão é válida até o dia 4 de agosto. Esta é a segunda vez que a decisão é prorrogada pelo ministério, a primeira vez foi em dezembro de 2023. Com presença de indígenas isolados, a Terra Indígena Pirititi tem cerca de 40 mil hectares e perímetro aproximado de 192 km.

Foto: Divulgação/Ibama

A área fica imediatamente acima da Reserva Indígena Waimiri Atroari, uma das maiores de Roraima, e é apontada como uma das mais vulneráveis ao desmatamento, com forte presença de madeireiros.

A operação terá o apoio logístico do órgão demandante, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública. A Força Nacional foi enviada para o território pela primeira vez em 2022. Desde então, o governo federal tem prorrogado a atuação dos agentes na terra indígena.

Terra Indígena Pirititi e isolados

A Terra Indígena Pirititi está localizada no município de Rorainópolis, na região Sul de Roraima. Conforme a Fundação Nacional do Índio (Funai), o grupo é chamado de Piruichichi (Pirititi) ou Tiquiriá, parentes dos Waimiri-Atroari, na divisa com o Amazonas.

Durante a demarcação da TI Waimiri-Atroari, entre Roraima e o Amazonas, acreditava-se que esses indígenas estariam protegidos dentro da área demarcada. No entanto, estudos posteriores confirmaram sua presença fora da reserva.

Em 2011, foram avistadas maloca e roçado do grupo, durante sobrevoo da equipe da Funai. Não há informações sobre quantidade de indígenas que vivem na área.

Em maio de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) entrou na Justiça com um pedido de tutela provisória de urgência para garantir a proteção da reserva. A ação foi movida porque a região sofre graves ameaças de invasão e degradação por grileiros, colonos e madeireiros que vivem nos limites da área.

Cerca de 20 dias depois, a Funai prorrogou a portaria que restringe a entrada de pessoas não autorizadas na Terra Indígena Pirititi. Com a medida, apenas os funcionários do quadro da Funai podem ingressar, locomover-se e permanecer na região.

Defesa Civil de Porto Velho informa que nível do Rio Madeira é de 9,12 metros e a tendência é diminuir ainda mais

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O nível do rio Madeira chegou a 9,12 metros na terça-feira (7), conforme foi informado pela Defesa Civil Municipal. O órgão, inclusive, já tinha alertado que em virtude da redução das chuvas na cabeceira, a tendência seria de recuo das águas, também devido ao início do período conhecido como ‘verão amazônico’.

Conforme a Defesa Civil, a bacia do rio Madeira, no município de Porto Velho, sofre influência em 74% das chuvas que caem na Bolívia, 12% pelas chuvas do Peru e apenas 14% das águas pluviais que chegam ao solo brasileiro.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, Elias Ribeiro, disse que a tendência para os próximos dias é de que o nível do rio diminua ainda mais, caso seja mantida a previsão dos institutos meteorológicos e da Agência Nacional de Águas (ANA).

“A Defesa Civil segue realizando monitoramento constante. Inclusive, instituímos um gabinete para agirmos de forma antecipada, buscando apoio e estrutura para enfrentamento de escassez hídrica, caso se consolide o que está previsto”,

comentou Ribeiro.

Disse ainda que a Prefeitura de Porto Velho, através da Defesa Civil Municipal, aguarda o agendamento de uma nova reunião com as instituições que tratam das questões climáticas, o que deve acontecer até o final de maio, para mais informações e orientações.

Com base no que for informado, estratégias serão adotadas pelo município, visando enfrentar a estiagem e uma possível escassez de água, se for necessário.

*Com informações da Prefeitura de Porto Velho

Emergências climáticas, chuvas e secas de Norte ao Sul

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Sobrevoo em Canoas (RS). Foto: Ricardo Stuckert/PR

Por Walace SO*

Queridas e queridos das beiras e beiradas dos nossos rios, do açaí com mandi, do dominó de fim de tarde e do tacacá ao anoitecer. Vamos a uma pequena mudança de rumo em nossa canoa da reflexão. Semana passada, alertei sobre o significado do desmatamento em nossa região, suas consequências no clima e repercussões. Infelizmente, a natureza respondeu ferozmente e nosso país entrou no mapa das tragédias climáticas. A tragédia do Rio Grande do Sul é uma tragédia anunciada e não demos a devida atenção aos avisos. Dessa forma, vamos refletir esse efeito e suas causas em todos nós.

Maio será um mês de alertas amarelos e vermelhos com chuvas intensas em toda região e em todo país. Chuvas, ventos e ressacas serão a realidade de nossos dias. Esse desequilíbrio tem várias causas, elas se acumulam e intensificam com uma rapidez jamais vista, afinal mudamos e aceleramos nosso domínio sobre a Mãe Terra. E a relação do bicho homem com ela não é a de um bom filho, pelo contrário. Assim, quando debatemos sobre o avanço desenfreado, desmedido e ganancioso sobre a natureza, ele tem o objetivo claro, o de cuidarmos melhor da nossa casa, onde todos vivemos. Pedirei que observem dois pontos para nossa reflexão e tomada de consciência que é se suma importância.

Em primeiro lugar devemos notar o movimento negacionista da ciência que tem início do século XXI e cresce espantosamente com a intensificação das redes sociais. Esse movimento é perigoso, está atrelado ao ressurgimento de movimentos extremistas políticos apoiados no crescimento do fundamentalismo religioso.

Negar a ciência e desconstruir tudo que ela tem de bom, endemonizar sua produção e diminuir sua relevância é uma estratégia grotesca e perigosa. O divino extremado não ajuda ninguém “copo ungido” não cura doenças e líderes religiosos também não fazem milagres. Criar uma guerra entre a ciência e o divino é uma maneira que as instituições religiosas usam para legitimar suas narrativas contra a evolução tecnológica.

A ciência não quer tomar o lugar de Deus, porém, os movimentos fundamentalistas parecem querer tomar o lugar da ciência. Esse é uma corrente simplista, uma maneira de fazer as pessoas acreditarem num embate entre “bem x mal”. Tivemos um exemplo disso na pandemia com o movimento contra as vacinas. Que se repete quando os estudos apontam para a necessidade de mudarmos nossa relação produtiva que aquece o planeta ano após ano pelo desmatamento das florestas que ainda existem. E que o papel delas é justamente o de regular e evitar que o aquecimento global seja irreversível.

O segundo ponto é o ideológico/político, que encontra apoio no fundamentalismo religioso, que os tornam parceiros contra a democracia e levanta a bandeira dos bons costumes impondo uma moral baseada no fundamentalismo religioso e autoritário, impondo um discurso de ódio e intolerância.
Esse movimento visa desestabilizar a democracia e o Estado de Direito, construindo o caminho para o autoritarismo. Também usa um movimento maniqueísta, apoiado na ideia de bem X mal como justificativa. Resgatando a ideia da guerra fria do século passado entre capitalismo e comunismo. Que nem compõe mais as relações globais de outrora, mas criasse a ideia de um fantasma que jamais existiu de fato no Brasil. E junto com esse projeto todo o descaso com as contas públicas, que deveriam se preparar par prevenir essas tragédias.

E a gestão federal passada em sua busca de poder se reeleger, acabou com orçamento de 2023. Aliás, ele foi votado somente em 2024. E especificamente no ano passado ela entregou para a atual gestão orçamento contra tragédias somente R$ 500,00 nas contas públicas por cidade brasileira em caixa. Podemos relembrar isso numa matéria do Globo sobre o tema.

Assim, o descaso e negligência aliados ao desrespeito aos alertas da ciência impediram ações efetivas nas tragédias de 2023 e atualmente. Precisamos relembrar e refletir para não permitir que isso aconteça. E ressaltar a importância da preservação da Amazônia contra o aquecimento global e as tragédias decorrentes dele. Bora Refletir meu Povo! 

Sobre o autor

Walace Soares de Oliveira é cientista social pela UEL/PR, mestre em educação pela UEL/PR e doutor em ciência da informação pela USP/SP, professor de sociologia do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Agenda de debates internacionais é definida em fórum online entre países amazônicos

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Bolívia, Peru e Belém (PA) marcaram presença e debateram sobre interesses comuns no contexto da pré-COP 30.

O Fórum de Cidades Amazônicas, que reúne os gestores das cidades da Pan-Amazônia, definiu novos encontros internacionais para debater estratégias de desenvolvimento urbano sustentável.

Na reunião da presidência do fórum, realizada na última terça-feira, 30, em formato online, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, que preside a entidade, destacou a importância dos debates sobre interesses comuns no contexto da pré-COP 30. O financiamento de projetos é outra preocupação dos gestores.

A reunião ocorreu em formato on line e contou também com a participação do coordenador de Assuntos Internacionais (Corint), da Prefeitura de Belém, Luiz Arnaldo Campos, e dos prefeitos de Maynas, no Peru, Vladimir Chong; e de Cobija na Bolívia, Ana Lúcia Reis, que são vices-presidentes do fórum, com a participação da coordenadora da Rede de Cidades, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maria Camila Uribe. 

Foto: Reprodução/Agência Belém

Desenvolvimento urbano sustentável

Os participantes aprovaram a realização de três encontros, este ano: O primeiro será de 7 a 9 de agosto, em Iquitos, no Peru, que vai debater os recursos hídricos, as condições de saneamento e as mudanças climáticas nas cidades amazônicas; o segundo, de 9 a 11 de setembro, em Cobija, Bolívia, vai debater o desenvolvimento urbano sustentável e integração de cadeias em zonas transfronteiriças; e o terceiro, que ainda está por ser confirmado, será um simpósio sobre biodiversidade e as cidades para a vida da Amazônia, previsto para o período de 1 a 4 de outubro, em Letícia, na Colômbia.

A reunião em Letícia terá uma abordagem acadêmica, com a participação de universidades, institutos de pesquisa e governos municipais. Foi aprovado nesta terça-feira, que o fórum convidará as instituições de financiamento do desenvolvimento: o BID, a CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe), Banco Mundial, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brics (Banco de Desenvolvimento dos países de mercado emergente) para conhecer os projetos, as experiências e, eventualmente, apresentar fontes de desenvolvimento urbano das cidades amazônicas.

Propostas

Segundo o coordenador Luiz Arnaldo, “ficou decidido que o Fórum das Cidades Amazônicas vai participar ativamente de espaços internacionais, inclusive, levando proposições, como na na COP-16 da Biodiversidade, que acontecerá em Cali, na Colômbia, em outubro e novembro deste ano; no Fórum Mundial Urbano, no Cairo, Egito, em novembro – inclusive, onde a Prefeitura de Belém junto com a ONU Habitat vai apresentar seus projetos de rios urbanos; e na COP-29, em Baku, no Azerbaijão, de 11 a 24 novembro.

“A COP-30 terá um papel fundamental, não apenas porque acontecerá em Belém e, pela primeira vez, na Amazônia, mas porque, para a Organização das Nações Unidas (ONU), será a conferência decisiva para definir as novas metas, a estratégica fundamental com objetivos concretos para a mitigação da crise climática. A responsabilidade é global para evitar que cheguemos a um ponto de irreversibilidade desses danos”, ressaltou o prefeito Edmilson Rodrigues.

Ministério das Comunicações passa pela Amazônia para conectar infraestrutura de internet até o Pacífico

Objetivo é planeja dar mais segurança à rede brasileira. Primeiro passo foi dado com o acordo assinado para levar uma infovia nacional até a cidade colombiana de Leticia, na fronteira amazônica.

Foto: Pablo Leroy/MCom

O Ministério das Comunicações está desenvolvendo um plano para que a infraestrutura de internet brasileira não dependa apenas dos cabos de fibra ótica submarinos instalados no Oceano Atlântico e que atualmente são responsáveis por 99% do tráfego de dados nacionais.

A ideia é que a rede nacional também tenha uma conexão com os cabos submarinos instalados do outro lado do continente, com a conexão que também é feita por meio do Oceano Pacífico, e dar mais segurança e estabilidade para o seu funcionamento.

“Isso permitirá que a infraestrutura da internet brasileira tenha mais possibilidades de se conectar com o restante do mundo, tenha ainda mais redundância, no termo técnico. Se uma conexão está sobrecarregada ou teve algum problema, o tráfego de dados é feito por uma alternativa”, 

diz o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

O primeiro passo foi dado quando Juscelino assinou um acordo com o ministro de Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia, Mauricio Lizcano, durante a missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Bogotá.

A parceria prevê a extensão da infraestrutura brasileira de internet por fibra ótica até a cidade colombiana de Leticia, na tríplice fronteira amazônica, que também inclui o Peru. Ali será o ponto inicial dessa continuidade da rede brasileira.

Assim como a instalação dessa infraestrutura está sendo feita do lado brasileiro, por meio de uma plataforma fluvial que lança esses cabos para ficarem submersos nos rios amazônicos, a Colômbia também pretende fazer o mesmo a partir de Leticia.

Do lado brasileiro, será feita uma infovia – ou “estrada digital” – de 1,1 mil km até 2025, conectando 13 municípios do Norte brasileiro, entre eles Tabatinga (AM), que faz fronteira com o país vizinho. Ela faz parte de oito infovias que estão em implantação no Norte para conectar localidades remotas com internet de fibra ótica, com investimento de R$ 1,3 bilhão.

Esse tema será debatido no grupo de trabalho que foi criado entre o Ministério das Comunicações do Brasil, por meio da Secretaria de Telecomunicações, e o Ministério de Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia, por meio do Vice Ministério de Conectividade.

Revisão do Plano Diretor Municipal tem participação dos ribeirinhos das ilhas do sul de Belém

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No encontro os moradores listaram suas necessidades entre eles melhorias nas escolas e postos de saúde.

Foto: Agência Belém.

Representantes das comunidades Igarapé do Combu, Beira-Rio, Piriquitacoara, Costa da Ilha e Paciência, localizadas na ilha do Combu, além de ribeirinhos das ilhas Grande, Murutucum e Navegantes, da região sul de Belém (PA), participaram da oficina da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), uma das ações da Prefeitura, visando preparar a cidade para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30).

O encontro ocorreu nesta no dia 29 de abril, nas dependências da Escola Municipal de Educação do Campo “São José”, às margens do Furo Bijogó, na ilha Grande. No primeiro momento da oficina, os participantes puderam conhecer o PDM no planejamento e gestão do município, por ser a lei que dispõe sobre o ordenamento do território com o objetivo de propiciar o desenvolvimento econômico e social em bases sustentáveis, além de indicar a melhor forma de crescimento da cidade. 

 Planejamento e ordenamento urbanos

“O Plano Diretor regulamenta o planejamento e o ordenamento do território do município visando o atendimento às necessidades dos cidadãos e cidadãs, as melhores condições de vida e a justiça social. Também deve garantir que a propriedade urbana cumpra sua função social e seu uso correto contribua para o desenvolvimento da cidade”,

destacou a arquiteta e urbanista Alice Rodrigues, coordenadora da Comissão Municipal de Revisão do PDM.

Por ser determinante para o crescimento e o futuro da cidade, a população deve participar do processo de revisão do atual Plano Diretor de Belém, que é de 2008. Ele deveria ter sido revisado 10 anos depois, em 2018, como determina o Estatuto da Cidade, mas a gestão municipal da época não concluiu o processo.

“O Plano precisa ser revisado para adequar o processo de crescimento do município e as alterações no uso e ocupação do solo à nova realidade urbana proporcionada pela implantação de projetos de estruturação viária e macrodrenagem”, concluiu Alice Rodrigues. 

Novo olhar

Na segunda parte da oficina, cinco grupos temáticos foram formados, onde os participantes puderam analisar e contribuir para questões como economia, desenvolvimento urbano, inclusão social, regularização fundiária, preservação do patrimônio histórico e cultural, habitação social, meio ambiente e mudanças climáticas, ordenamento territorial e usos do solo, assim como transporte e mobilidade urbana.

Para Lucas Miranda, morador da ilha Murutucum, a discussão sobre o plano diretor é importante para as comunidades das ilhas, porque pode trazer soluções para vários problemas atuais. 

“Queremos o desenvolvimento para a região. Nós desejamos a reforma fundiária, que é muito importante pro benefício de nossa comunidade; precisamos também de mais escolas, postos de saúde e de uma creche que não tem”, 

listou Miranda.

A falta de acesso ao saneamento básico foi outro problema apontado pelo morador. “Água potável é uma coisa que nós não temos, moramos na frente do rio, moramos em cima da água, mas não temos água potável em nossas casas, a gente tem que pegar nossa embarcação para buscar água em outro município, no Acará”.

O professor Cecílio Ferreira, que mora na ilha Grande, considera que a oficina do Plano Diretor de Belém “é a oportunidade para que possamos colocar as nossas angústias, as nossas riquezas também, não só as lamúrias, mas também o nosso potencial, para que seja reconhecido nos planos futuros de orçamento da Prefeitura, para que possamos ter uma vida de qualidade”. 

“Queremos ter esse olhar [do Poder Público] para a melhoria da gente, principalmente, na área de educação, saneamento básico, esporte e lazer. A partir daqui, eu creio, em nome de Deus, que a gente vai ter um olhar diferenciado para tudo isso que nós precisamos”, 

disse Diana dos Santos Amaral, moradora da comunidade de Nossa Senhora da Ilha dos Navegantes.

Além da Comissão Municipal da Revisão do Plano Diretor, a oficina das ilhas do sul de Belém contou com a participação dos técnicos e do diretor-geral da Secretaria de Planejamento e Gestão (Segep), Edilson Rodrigues, e de conselheiros do Fórum de Participação Cidadã Tá Selado.

A segunda etapa do processo participativo de revisão prossegue no próximo sábado, 4 de maio, com a oficina do Distrito Administrativo de Outeiro, nas dependências da Escola Bosque, na ilha de Caratateua. 

Projeto de Turismo de Base Comunitária no Lago do Cuniã avança para 5ª etapa

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Projeto é parte fundamental para o desenvolvimento do turismo na capital rondoniense.

Foto: Tatiana Sadeck/SMC RO

Com o objetivo de avançar no plano de ação de desenvolvimento do Turismo Comunitário no baixo Madeira, a primeira comitiva de 2024 para a Reserva Extrativista Lago do Cuniã aconteceu no início de abril de 2024. O projeto é parte fundamental para o desenvolvimento do turismo em Porto Velho, capitaneado pela Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir).

A Semdestur possui a campanha turística “O Melhor de PVH – Terra de Bravos Pioneiros”, que conta com quatro rotas e 17 circuitos turísticos, e a Reserva Extrativista do Lago do Cuniã será mais um atrativo turístico de Porto Velho, pela preservação de sua rica fauna e flora, além de tradições, gastronomia e receptividade da comunidade do baixo Madeira.

Na missão de abril, docentes e alunos da Unir deram continuidade ao estudo de capacidade de carga, que avalia o fluxo adequado de turistas nos núcleos comunitários na Resex Lago do Cuniã. O Sebrae Rondônia esteve nessa etapa como peça importante para catalisar informações e necessidades para impulsionar o empreendedorismo local.

Foto: Tatiana Sadeck/SMC RO

O ICMBio, ator fundamental nesse movimento, se fez mais uma vez presente dando todo suporte logístico e técnico para a ação, que contou com uma reunião com moradores e integrantes do Projeto Juventude Extrativista Lago do Cuniã, na Escola Municipal Francisco Braga. A troca com os moradores possibilita a atualização dos cronogramas das ações realizadas e levantamento de demandas das comunidades.

Técnicas da Semdestur avaliaram novas ofertas turísticas para o processo de formatação ao receptivo turístico comunitário, levando em consideração que, no período de inverno amazônico, os rios estão cheios. Durante o inverno amazônico, o avistamento de animais é mais limitado, mas não compromete o encantamento proporcionado pela natureza rica e pela condução feita pelos experientes moradores locais. 

Todo o cuidado com a biodiversidade da reserva é levado em consideração na prática do turismo de base comunitária, que será implantada aos poucos, respeitando e valorizando, também, a comunidade beradeira.

Foto: Tatiana Sadeck/SMC RO

Novas experiências turísticas estão sendo estudadas, agregando valor ao local, que possui inúmeros encantos naturais. Num futuro próximo, turistas do Brasil e do mundo poderão conhecer uma Floresta Amazônica real, intocada, cheia de mistérios e de belezas exuberantes.

A missão que estuda o turismo de base comunitária encontra nos moradores, seus verdadeiros guias. Durante a missão, em passagem pelo Núcleo Araçá, o grupo técnico teve a experiência com os frutos da Amazônia, o açaí, com demonstração desde a extração dos cachos, o processo de debulhar com todos os presentes, até as fases de higienização, e fase final de processamento do produto para embalagem e venda. Os núcleos Silva Lopes e Neves também foram visitados, tendo como destaques as trilhas ecológicas que os conectam.

Para a secretária da Semdestur, Glayce Bezerra, o turismo de base comunitária é construído em conjunto entre instituições e comunidades, o que é fundamental para um processo assertivo de desenvolvimento econômico ao baixo Madeira.

Edifício de universidade em Rondônia é tombado como patrimônio histórico e cultural

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Prefeitura declarou prédio da reitoria da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), localizado na região central de Porto Velho, como patrimônio da capital.

Foto: Reprodução/Universidade Federal de Rondônia

O prédio da reitoria da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), localizado na região central de Porto Velho foi tombado como patrimônio histórico e cultural do município em abril deste ano. As leis foram sancionadas pela Câmara Municipal, com declaração publicada no Diário Oficial dos Municípios do Estado de Rondônia.

Na década de 80, o prédio abrigava os cursos então ofertados pela Fundação Centro de Ensino Superior de Rondônia (Fundacentro): Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas. Mais tarde, em 1982, a UNIR passou a ofertar cursos superiores e a realizar suas atividades acadêmicas no edifício. 

Foto: Reprodução/Universidade Federal de Rondônia

Com a expansão da Universidade, dos cursos e a chegada de novos campi no interior, a estrutura tornou-se sede da Reitoria e Pró-Reitorias da Universidade, onde hoje são realizadas atividades administrativas. 

Além de ações administrativas, o prédio da UNIR Centro é também palco de atividades acadêmicas como palestras, cursos e eventos promovidos pelos cursos de graduação, promovendo o fomento à cultura e conhecimento.

Para o professor do Programa de Pós-Graduação em História da Amazônia (PPGHAm) da UNIR, Dante Ribeiro da Fonseca, o tombamento é uma reafirmação da importância do edifício, que configura uma das primeiras obras públicas na área central de Porto Velho. 

“O patrimônio físico por meio de edifícios, tem uma importância simbólica, está ali como um vestígio, como um documento histórico que mostra o momento em que houve necessidade do investimento público para que se houvesse um hotel minimamente confortável para receber as pessoas que pra cá se deslocavam, além de mostrar uma certa tendência arquitetônica”,

declarou Fonseca.

Foto: Reprodução/Universidade Federal de Rondônia

História

O edifício foi inaugurado no ano de 1953 e nele funcionava o antigo Porto Velho Hotel, famoso por receber personalidades influentes na época. O hotel desativado em 1974, e em 1979 passou a abrigar o Palácio das Secretarias. 

Na década de 80 tornou-se sede da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Foi tombado como patrimônio histórico pelo Estado de Rondônia no ano de 1988.

Suframa aprova novos projetos no valor de R$ 1,73 bilhões

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Reunião do Conselho de Administração da Suframa avaliou 26 projetos com previsão de 1.028 novos postos de trabalho.

Em sua 314ª Reunião Ordinária, por videoconferência no dia 30 de abril, o Conselho de Administração da Suframa (CAS) avaliou e aprovou uma pauta de 26 projetos industriais e de serviços cujos investimentos totalizam R$ 1,73 bilhão, com a previsão de 1.028 novos postos de trabalho em até três anos, prazo para a implementação dos projetos. O faturamento estimado é de R$ 8,35 bilhões.

A reunião foi presidida pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, e contou com a participação do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, dos conselheiros e de representantes das entidades de classe, entre outros.

Na pauta, estavam 13 projetos de implantação e 13 diversificação e atualização, abrangendo diferentes subsetores, como eletroeletrônico, metalúrgico e termoplástico.

O maior volume de investimentos projetados é proveniente do setor de eletroeletrônico, totalizando nove projetos que somam R$ 1,5 bilhão em investimentos totais e geração projetada de 552 novos empregos.

Durante a reunião do CAS, Márcio Elias afirmou que os investimentos no Amazonas e na região norte estão em sintonia com o que acontece no país hoje.

“Na linha do que foi falado aqui hoje, sobre a geração de emprego, o país está no menor patamar desde 2015. A taxa de desemprego terminou 2023 em 7,4%, abaixo de qualquer projeção que havia sido feita. E hoje nós estamos ainda mais otimistas. A economia brasileira cresceu no ano passado 2,9%, e já para este ano a perspectiva é de crescimento em torno de 2%, sendo que no início do ano a expectativa era de 1,4%”,

 comentou.

Foto: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

O secretário executivo do MDIC lembrou também que os índices de confiança do consumidor, dos setores de comércio e do próprio setor industrial vêm aumentando, segundo as estatísticas mais recentes. “E nós temos não só o crescimento da indústria, mas o de investimentos para a indústria, como há muito tempo não víamos. Somente no setor automotivo, já foram anunciados R$ 130 bi em investimentos, o Brasil voltou e está no rumo certo”, destacou Márcio Elias.

Já o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, apresentou a prévia dos números de geração de empregos no Polo Industrial de Manaus, entre janeiro e fevereiro.

“Passamos de 15.244, para 15.888. Isso indica efetivamente o acerto na política industrial do governo do presidente Lula, sob o comando nosso ministro Geraldo Alckmin”,

relatou o superintendente.

Resultados da reunião

Do total de projetos da pauta, 17 foram submetidos sob a forma de comunicação ao Conselho, com destaque para os projetos de diversificação/atualização da BYD Indústria de Baterias, com investimentos totais de R$ 169,01 milhões para fabricação de módulo acumulador de energia elétrica para ônibus elétrico, utilizando células eletroquímicas; e da Cal-Comp, para produção de telefone celular digital combinado ou não com outras tecnologias, no valor de R$ 438,25 milhões em investimentos totais e 102 novos postos de trabalho.

Na implantação, a Flextronics apresentou projeto para produção de placa de circuito impresso montada (de uso em informática), no valor de R$ 688,91 milhões em investimentos e com 83 novos empregos.

Entre os nove projetos da pauta a serem avaliados pelo Conselho, destacou-se a implantação da Ecosolys da Amazônia, para fabricação de condicionadores de ar de janela ou de parede com mais de um corpo, com investimentos totais de R$ 25,64 milhões e criação de 50 empregos.

Pajé (Festival Folclórico de Parintins)

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Fotos: Reprodução/Assessorias boi bumbá Caprichoso e boi bumbá Garantido

O personagem Pajé é considerado o líder espiritual da tribo, responsável por conduzir os rituais indígenas encenados, produzindo eventos ancestrais através de sua transcendência no bumbódromo durante o Festival Folclórico de Parintins. É ele quem faz o ritual de ressurreição do boi.

Expressão corporal, facial, movimentos harmônicos, domínio de espaço cênico, indumentária, muita originalidade e encenação coreografada são fundamentais na hora da apresentação desse item.