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Grupo de trabalho busca padrão de classificação da castanha-do-brasil

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Foto: Divulgação/Observatório castanha da Amazônia

O Grupo de Trabalho de Qualidade da Cadeia da Castanha-da-Amazônia (GT-SAQ) organizado pelo Observatório Castanha-da-Amazônia (OCA), está promovendo uma consulta para coletar insumos com o objetivo de revisar e atualizar a Portaria MAPA nº 846/1976, que define o padrão de classificação da castanha-do-brasil. 

Leia também: Qual o termo certo: castanha do Pará, do Brasil ou da Amazônia?

Essa consulta é parte dos Diálogos Pró-Castanha-da-Amazônia, iniciativa que tem como objetivo promover o engajamento de produtores, indústrias de beneficiamento, especialistas e representantes das comunidades extrativistas e indígenas em um diálogo aberto neste processo participativo de composição e revisão da anteproposta de atualização da portaria.

Em abril deste ano, o GT-SAQ propôs a realização de reuniões on-line para discussões e contribuições sobre capítulos específicos da minuta de anteprojeto, visando o aprofundamento temático e técnico sobre as práticas conceitos empregados pelo setor. Além desses encontros, especialistas da EMBRAPA e auditores do MAPA, representando o GT-SAQ, visitaram indústrias em Rondônia para observar a aplicação das normas vigentes.

Foto: Divulgação/Observatório castanha da Amazônia

A atualização da portaria, discutida nos Diálogos Pró-Castanha-da-Amazônia, visa otimizar o reconhecimento, os conceitos e os parâmetros praticados pelo setor. A proposta é alinhar os padrões de classificação às demandas atuais do mercado, que exige produtos diferenciados, sustentáveis e de alta qualidade. 

Para isso, o GT-SAQ aprimorou a estratégia dos trabalhos e está realizando consultas bilaterais com os atores da cadeia. A primeira consulta é direcionada aos representantes das indústrias de beneficiamento da castanha-do-brasil, focando em processos e parâmetros de comercialização. O formulário de consulta será enviado nominalmente a um representante por indústria. 

Interessados em participar também podem enviar um e-mail para: observatoriocastanhadaamazonia@gmail.com, com o assunto: “Consulta a indústrias de beneficiamento da castanha (nome da sua organização)”.

O GT SAQ planeja retomar os encontros on-line e, em breve, realizará as próximas consultas voltadas aos demais atores da cadeia, visando construir uma proposta que seja mais adequada às práticas das indústrias de beneficiamento da castanha.

Esta atividade é realizada pela rede do Observatório da Castanha-da-Amazônia (OCA), em uma mobilização conjunta com instituições como o Instituto Internacional do Brasil (IEB), o projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor, da Cooperação Brasil-Alemanha junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDAF),a NewCast – Novas soluções tecnológicas e ferramentas para agregação de valor à cadeia produtiva da castanha-da-amazônia, financiado pela FINEP e coordenado pela Embrapa, a Universidade Federal de Rondônia (UNIR), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de empresas, cooperativas e outras organizações da sociedade civil.

*Com informações do Observatório Castanha-da-Amazônia

Jovens acreanos lutam por legado de Chico Mendes em meio à crise climática

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Foto: Hannah Lydia/Comitê Chico Mendes e Movimento Jovens do Futuro

Desde o início de setembro, as fumaças têm aumentado os risco à saúde do povo brasileiro, especialmente na Amazônia. No Acre, terra do ativista Chico Mendes, todas as cidades estão em alerta, variando entre níveis “muito insalubres” e “perigosos” de qualidade do ar. Neste momento, Rio Branco é a capital do país com o pior índice de poluição.

“Mesmo sofrendo até para respirar, tem gente que não entende que o problema é um sistema que impacta a nossa vida em busca de lucro. Já existem soluções e alternativas, o que falta são investimentos”.

No início do ano, o Acre registrou a maior enchente da história, com inundações de rios e igarapés que deixou 19 dos 22 municípios em situação de emergência. Agora, o estado inteiro enfrenta uma seca severa e queimadas persistentes, alimentadas pelo avanço da agropecuária, responsável por 74% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa, principalmente pelo desmatamento.

Para enfrentar essa emergência climática e promover soluções, surge o Movimento Jovens do Futuro, com apoio do Comitê Chico Mendes, que promove a formação socioambiental de jovens acreanos nas cidades e nas florestas, fortalecendo sua atuação política e valorizando a cultura amazônica.

O Movimento e o Festival Jovens do Futuro

O Movimento Jovens do Futuro nasceu de uma carta para juventude escrita por Chico Mendes, assassinado há 35 anos, e que virou seu testamento, deixando a sua luta de herança para os mais jovens. Todo ano, em setembro, o Festival Jovens do Futuro celebra esse legado, com atrações culturais que perpetuam sua memória.

Este ano, o lema “Futuro é Agora” chamou atenção para urgência da crise no clima. O Greenpeace Brasil foi convidado a fazer parte da programação, exibindo o filme ‘Antes do Prato’ no histórico Cine Teatro Recreio, em Rio Branco. Devido à fumaça, as atividades ao ar livre foram canceladas, com exceção do “Empate pela Amazônia”, no Dia da Amazônia (5/9), para denunciar a gravidade em curso.

Foto: Hannah Lydia/Comitê Chico Mendes e Movimento Jovens do Futuro

Há poucos dias, quando as escolas ainda estavam abertas e ela ia trabalhar de bicicleta, relata que sentia dificuldade para pedalar e respirar; atividades comuns se tornaram cansativas. “Temos que acabar com esse modelo que visa o lucro e priorizar o senso de comunidade, a consciência das nossas ações e escolhas.”

Foto: Hannah Lydia/Comitê Chico Mendes e Movimento Jovens do Futuro

Emergência Climática na Amazônia

O agronegócio que avança sobre a maior floresta tropical do mundo agrava as mudanças climáticas, reduz a produção dos alimentos e aumenta os preços. Carne, feijão, laranja, por exemplo, estão mais caros devido à seca, a pior em 44 anos.

Os povos da floresta estão entre os prejudicados. “Não temos assistência do poder público. O desmatamento cresceu e os extrativistas estão muito vulneráveis, vendendo as terras, porque não tem como ficar por lá”, relata Marta Jane, 20 anos, filha e neta de seringueiros da Reserva Extrativista Chico Mendes. “Pessoas de fora que têm dinheiro, compram e fazem fazenda, desmatam e criam gado.” No Acre, tem 5 vezes mais gado do que pessoas.

Graças às desigualdades sociais, as tragédias climáticas causam mais impactos às populações do campo, indígenas, quilombolas e periféricas. Transformar essa realidade, portanto, requer assegurar qualidade de vida a essas pessoas, estimulando uma agricultura e uma economia mais sustentável, que gera saúde, renda e conservação ambiental.

Outro desafio é a falta de escolas nas áreas rurais, mesmo sendo direito de toda criança e adolescente, forçando a juventude a sair de seus territórios para estudar.

Foto: Hannah Lydia/Comitê Chico Mendes e Movimento Jovens do Futuro

Chico vive e as soluções também

Imagina o Brasil se os bilhões de verba pública que vão para o agronegócio fossem para a agroecologia. Como viveríamos se o Plano Safra, principal política agrícola do país, priorizasse a agricultura familiar e ecológica? E se a sociobioeconomia fosse fortalecida e a educação ambiental fosse estimulada em todas as regiões?

A juventude da Resex Chico Mendes conta que suas famílias, assim como muitas outras espalhadas Brasil afora, não têm incentivos públicos ou privados para sobreviver e se sustentar da floresta, através da seringa, castanha, açaí e demais cultivos – ao contrário da soja, que recebe subsídio do governo para sua produção.

Mesmo com pouco apoio, a agricultura familiar é a maior responsável pela diversidade alimentar no Brasil e já ajudou a tirar o país do Mapa da Fome em 2014. “Hoje, basicamente, não tem essa valorização, essa visibilidade para o setor”, diz Marta Jane. “De alguma forma, o benefício tem que chegar para o produtor da floresta, porque não chega”.

O Comitê Chico Mendes defende que sonhos coletivos viram realidade e que, com investimento e educação, a transformação ecológica é possível na Amazônia e no mundo.

*O conteúdo foi originalmente publicado pelo Greenpeace, escrito por Andressa Santa Cruz

Estudo sobre resiliência climática em serviços de saúde na Amazônia peruana ganha destaque em revista científica

Foto: Divulgação/Agência Andina

A revista científica internacional BMJ Global Health, do Reino Unido, publicou o estudo intitulado “Caminhos para fortalecer a resiliência climática dos sistemas de saúde na Amazônia Peruana trabalhando com líderes, comunidades indígenas e autoridades de saúde”, desenvolvido pelo Ministério da Saúde (Minsa) e a Universidade Peruana Cayetano Heredia (UPCH).

“Este estudo segue as diretrizes de gestão estabelecidas pelo Ministro da Saúde, César Vásquez, um passo fundamental para fortalecer a colaboração entre os sistemas de saúde oficial e indígena”, afirmou o diretor-geral de Gestão de Risco de Desastres e Defesa Nacional em Saúde (Digerd), Miguel Aponte Jurado.

Ele acrescenta que as conclusões e recomendações “proporcionam uma base sólida para a integração de abordagens tradicionais e modernas na resiliência climática, garantindo que as nossas comunidades indígenas estejam melhor preparadas para enfrentar os desafios apresentados pelas alterações climáticas”. 

A investigação é fruto dos compromissos nacionais determinados em saúde face às alterações climáticas, estabelecidos na Resolução Ministerial n.º 599-2022/MINSA, e no Acordo n.º 003-2023-MINSA de cooperação interinstitucional entre ambas as instituições.

Para o desenvolvimento da pesquisa foram realizadas entrevistas, questionários e revisão de literatura a fim de compreender a adaptação e resiliência às mudanças climáticas dos sistemas de saúde na Amazônia peruana, atuando na Rede Alto Amazonas em Loreto e na Rede Satipo em Junín, especificamente nas comunidades indígenas pertencentes a Satipo e Balsapuerto (Loreto).

O estudo foi realizado em 2023 e fornece evidências das respostas implementadas nos sistemas de saúde oficiais, indígenas, agentes comunitários de saúde e membros da comunidade diante dos perigos climáticos, e presta assessoria para a articulação dos dois sistemas (oficial e indígena), em benefício da saúde da população das comunidades indígenas.

Uma equipe da Faculdade de Saúde Pública e Administração da UPCH participou em colaboração com o Minsa, através da Direção de Promoção da Saúde, Direção de Saúde Mental e da Direção dos Povos Indígenas e Nativos, da Direção Geral de Intervenções Estratégicas em Saúde Pública, além da Direção Geral de Gestão do Risco de Desastres e Defesa Nacional em Saúde.

Também participaram a Direção Regional de Saúde de Junín e sua Rede de Saúde Satipo, a Gerência Regional de Saúde de Loreto e sua Rede de Saúde do Alto Amazonas, a Organização de Mulheres Indígenas Amazônicas Asháninka da Selva Central e o Governo Territorial Autônomo Shawi de Loreto, com financiamento da Aliança para Pesquisa em Políticas e Sistemas de Saúde da Organização Mundial da Saúde.

*Com informações da Agência Andina

Protocolo de conduta é elaborado para militares que atuarão próximos às terras indígenas

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Foto: Divulgação/Funai

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) vai analisar o protocolo de conduta para militares que atuarão junto às terras indígenas elaborado pelo Exército Brasileiro. O documento foi apresentado na segunda-feira (16), em reunião na sede da Funai, em Brasília. No texto, a autarquia indigenista pretende reforçar que os povos indígenas são cidadãos brasileiros e que devem ter suas diferenças culturais, sociais e linguísticas respeitadas pelo Estado brasileiro. 

O protocolo foi elaborado com base em orientações fornecidas pela Funai sobre indigenismo, considerando a diversidade e especificidade de cada povo indígena. A ideia é preparar os militares que chegam para prestar apoio às comunidades  ou em áreas próximas a territórios tradicionalmente ocupados de modo a qualificar as operações, com o devido respeito às culturas, tradições e organização social dos povos indígenas. 

A presidenta substituta da Funai, Mislene Metchacuna, destacou a importância do diálogo entre as instituições de Estado para promover e proteger os direitos indígenas e corrigir erros que prejudicam as comunidades, como o preconceito e o racismo institucional.

Mislene, que também é diretora de Administração e Gestão, lembrou que uma das atribuições da Funai é realizar a articulação da política indigenista junto a outras instituições públicas de modo a qualificar a atuação do Estado brasileiro. Para ela, o protocolo de conduta é algo extremamente necessário para reparar os equívocos que, muitas vezes, resultaram em violações dos direitos indígenas.

A diretora de Proteção Territorial, Janete Carvalho, enfatizou a importância de o Estado brasileiro considerar e respeitar os protocolos de consulta aos povos indígenas sobre quaisquer decisões que digam respeito a eles e/ou aos territórios que tradicionalmente ocupam.

O protocolo proposto pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) atende ainda a uma das demandas apresentadas pelos indígenas Yanomami sobre a atuação de quaisquer instituições em seu território, conforme a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) .

Pela Funai, participaram da reunião a presidenta substituta, Mislene Metchacuna; a diretora de Proteção Territorial, Janete Carvalho; a coordenadora de Prevenção de Ilícitos, Isolde Lando; e a chefe de gabinete da Presidência, Marinete Cadete. Representaram o Exército o coronel Peixoto dos Santos; o major Felipe Cavalcante e o assessor Fernando Magno. As discussões para a criação do protocolo começaram em julho de 2024. 

*Com informações da Funai

Candidaturas indígenas aumentam 14,13% nas Eleições de 2024

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Em 6 de outubro, mais de 461,7 mil candidatas e candidatos disputarão cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em 5.569 municípios, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A partir de dados extraídos da corte eleitoral, neste ano, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) publicou o estudo Perfil do Poder – Eleições 2024, em parceria com o coletivo Common Data, com a análise das candidaturas registradas.

O levantamento aponta que, se consideradas as candidaturas para todos os três cargos por cor e raça, este ano, 207.467 (45,64%) candidatos se declararam brancos; 187.903 (41,34%) se autodeclararam pessoas pardas; 51.782 (11,39%) se declararam pretos; 2.479 (0,55%) são pessoas indígenas; 1.756 (0,39%) são pessoas amarelas; e 3.141 (0,69%) não informaram sua cor/raça.

Com base nesses números, o Inesc constatou que os candidatos declarados indígena são os únicos que tiveram a participação ampliada nas eleições deste ano. Os indígenas passaram de 2.172 registros, em 2020, para 2.479 registros, em 2024, o que representa uma alta de 14,13%. O crescimento foi notado em todas as regiões do Brasil. Antes da resolução do TSE, a declaração de cor ou raça no registro de candidatas e candidatos era opcional.

Pela primeira vez, neste ano, os candidatos puderam também declarar, de forma opcional, o pertencimento étnico. Das 2.479 candidaturas indígenas registradas, 1.966 divulgaram sua etnia, o que somou 176 etnias, de acordo com o TSE. As três maiores são 168 candidaturas do povo Kaingang; 150, Tikúna, e 107 candidatos da etnia Makuxí.

Candidaturas indígenas

O maior número proporcional de candidaturas de indígenas está no estado de Roraima, onde 7,10% do total de candidatos se declararam indígenas. Em 2020, Roraima já era o estado com a maior concentração de indígenas (7,95%). O Inesc considera que o aumento geral reflete um maior engajamento político dessas comunidades em todo o país.

Embora as candidaturas indígenas estejam em ascensão, a representatividade em cargos executivos ainda é limitada, registra o Inesc. A assessora política do Inesc Carmela Zigoni avalia que a correlação de forças nesses espaços de poder eletivos, seja no poder Executivo ou nas casas legislativas, é ruim para os indígenas eleitos.

Isto porque a participação dos povos originários em espaços de poder ainda é baixa e os indígenas enfrentam desafios para tentar propor políticas públicas e legislações de proteção a seus povos e territórios, em tempos de avanço de sistemas agropecuários predatórios e da mineração.

Em relação ao gênero dos candidatos indígenas, 1.568 (63,25%) são homens e 911 (36,75%) são mulheres.

Partidos

Em relação ao alinhamento político, 41,87% dos candidatos indígenas estão afiliados a partidos de direita. Os partidos de esquerda têm 40,42% das candidaturas desse público e, o restante (17,71%), é de centro.

O Inesc interpreta que essa distribuição reflete a diversidade de perspectivas políticas dentro das comunidades indígenas. A assessora política explica que, entre os motivos para esse fenômeno, está a falta de diretrizes programáticas dos partidos políticos, o que impede a divulgação de agenda clara nos municípios sobre o que o partido defende.

Ela avalia ainda que os partidos mais à esquerda defendem os direitos ambientais, mas, na prática, a agenda é a do desenvolvimentismo, o que pode representar políticas negativas aos direitos indígenas.

“Observamos um forte apego a políticas para apressar licenciamentos ambientais, grandes incentivos fiscais para empresas mineradoras e investimentos em infraestrutura para o agronegócio de exportação. Então, gera uma contradição para candidaturas e votos dessas populações”, disse

Cargos

Se considerados todos municípios, o número de indígenas que pleiteiam o poder Executivo nas prefeituras chega a 46, sendo seis mulheres e 40 homens. Os postulantes ao cargo de vice-prefeito somam 63, sendo 26 mulheres e 37 homens.

Consideradas apenas as 26 capitais onde haverá eleições no próximo mês, o Instituto de Estudos Socioeconômicos identificou que há apenas um candidato indígena concorrendo ao cargo de prefeito. Trata-se de Lucínio Castelo de Assumção, da etnia Guarani, que disputa a Prefeitura de Vitória, pelo Partido Liberal (PL).

E para ocupar a vice-prefeitura de uma capital, somente uma indígena concorre ao posto: Amanda Brandão Paes Armelau, disputa a vaga no Rio de Janeiro, também filiada ao PL, e de etnia não informada.

Brasil

O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que quase 1,7 milhão de indígenas vivem no Brasil, correspondendo a 0,83% da população total do país, que corresponde a 266 povos indígenas.

A maior parte dos indígenas (867,9 mil ou 51,2%) vive na Amazônia Legal, região formada pelos estados do Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão. O Censo 2022 revelou também que muitos dos indígenas são jovens, com mais da metade tendo menos de 30 anos de idade (56,10%).

Eleições municipais

Este ano, estão em disputa 69.602 cargos nos municípios, divididos em 5.569 para prefeitos e vice-prefeitos e 58.464 para vereadores. De acordo com o TSE, dos 461.703 pedidos de registro de candidatas e candidatos nas eleições de outubro, são 15.478 candidatos ao cargo de prefeito; 15.703 candidatos a vice-prefeitos e 430.522 postulantes a vereador.

A justiça eleitoral informa que a eleição municipal deste ano é a maior de todos os tempos porque há mais de 155,91 milhões de eleitores e eleitoras, sendo que 140,03 milhões de eleitores não têm a informação de cor e raça no cadastro eleitoral. Entre o eleitorado que tem esse dado, 8,5 milhões (5,45%) são pessoas pardas; 5,29 milhões (3,39%) são brancas; 1,8 milhão (1,16%) são pessoas pretas; 155,6 mil (0,10%) são indígenas; 114,38 (0,07%) são pessoas amarelas.

O primeiro turno das eleições municipais está marcado para 6 de outubro. O segundo turno ocorrerá em 27 de outubro, em cidades com mais de 200 mil eleitores, se nenhum dos candidatos ao posto obtiver mais da metade dos votos válidos, excluídos os votos em branco e nulos, para ser eleito.

*Com informações da Agência Brasil

“Os que forem pegos ateando fogo serão punidos”, afirma ministra Marina Silva

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Diante da pior estiagem em 75 anos, com 58% do território nacional afetado pela seca, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reforçou a necessidade de coibir incêndios criminosos durante o “Bom Dia, Ministra” desta terça-feira, 17 de setembro. Ela afirmou que o Governo Federal atua para investigar e punir os responsáveis pelas queimadas, prática que configura crime contra o meio ambiente e a saúde pública.

Leia também: Estados afetados por queimadas recebem reforço da Força Nacional do SUS 

Marina lembrou que atualmente todos os estados e o Distrito Federal têm decretos que proíbem o uso controlado do fogo para manejo e limpeza de áreas.

Marina criticou as penas atuais para quem comete esse tipo de delito, e as considera inadequadas para combater efetivamente as ações. “A pena é de dois a quatro anos de prisão. Quando a pena é leve, às vezes é transformada em pena alternativa”, afirmou.

A ministra enfatizou a situação de risco em todo o território, por uma combinação de grande área com matéria orgânica seca em processo de combustão fácil em função da baixa umidade, alta temperatura e velocidade dos ventos.

“O certo é que não haja fogo. E os que forem pegos ateando fogo serão punidos. Isso de prender os culpados, os grandes, depende de investigação. E aí é uma combinação do trabalho de inteligência, da Polícia Federal, da Polícia Civil, de todos aqueles que estão à frente dessas investigações”. Na esfera federal, a PF já instaurou 52 inquéritos para apurar os incêndios.

Para denunciar desmatamento, incêndio florestal e todos os demais danos ao meio ambiente que não se enquadram como acidente ambiental, ligue no Linha Verde: 0800.618080.

Inteligência

Marina enfatizou a importância do trabalho de inteligência para identificar não apenas os autores diretos, mas os articuladores e mandantes. Além disso, destacou o uso de imagens de satélite pela Polícia Federal para monitorar e retroagir o ponto de ignição dos incêndios, o que auxilia na identificação dos responsáveis.

“Uma coisa a ciência está dizendo: os incêndios estão acontecendo em função de ação humana. Tem alguém colocando fogo. Uma coisa importante é o trabalho de inteligência. Com ele, a gente consegue pegar, inclusive, os articuladores, os mandantes. Em alguns lugares conseguimos fazer monitoramento. Temos imagens de satélite da Polícia Federal em que eles podem retroagir a determinadas circunstâncias, onde existem esses registros, para saber onde começou a ignição, a propagação e até chegar ao criminoso”.

A ministra apontou a necessidade de sinergia entre os Poderes para que as investigações possam acontecer com mais velocidade. “Para além do trabalho que vem sendo feito de enfrentamento do fogo pelo Ibama, pelo ICMBio, pelo Corpo de Bombeiro dos estados, o apoio de todas as forças que estão sendo mobilizadas, o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, nós temos um esforço que precisa ser feito na direção da investigação”, disse.

*Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Mais de 17 mil hectares de cobertura natural já foram perdidos devido a incêndios no Peru

Foto: Divulgação/Agência Andina

Mais de 17,6 mil hectares, em sua maioria de cobertura natural, foram perdidos na região amazônica peruana devido aos incêndios florestais ocorridos de agosto a setembro deste ano, informou o Escritório Regional de Defesa Nacional e Gestão de Riscos de Desastres (Denagerd), por meio do Serviço Regional de Emergência do Amazonas – Centro de Operações (COER).

Segundo o balanço apresentado pelo diretor do COER, Pablo Vega Tafur, existem atualmente 10 incêndios florestais ativos, sendo as províncias mais afetadas: Bongará (distritos de Recta e Chisquilla); Chachapoyas (San Isidro del Maino, Quinjalca e dois em Soloco); Luya (Lámud e Colcamar) e Rodríguez de Mendoza (Mariscal Benavides e Cochamal).

Foto: Divulgação/Agência Andina

Também foram identificados 15 incêndios florestais controlados nas províncias de Bongará: nos distritos de Valera (2), Florida, Jumbilla, Corosha e Yambrasbamba; em Luya: Lónguita (2), Santo Tomás e Santa Catalina; Rodríguez de Mendoza: Santa Rosa e Totora; e Chachapoyas, no distrito de Chuquibamba (2).

Quanto aos incêndios extintos, são 64, disse o COER, apontando o trabalho multissetorial realizado para controlar e extinguir os incêndios. Também foi indicado que o COER Amazonas realiza monitoramento e acompanhamento permanente das emergências, 24 horas por dia.

Nesse sentido, foram enviadas ferramentas, alimentos e bebidas aos distritos de Jumbilla, Chisquilla e Recta para apoiar as brigadas que se deslocam para enfrentar os incêndios. O gerente geral do Governo Regional do Amazonas, Litman Ruiz Rodríguez, chegou a essas comunidades com ajuda das brigadas terrestres.

Rodríguez realizou reuniões com autoridades locais e residentes da área, e manifestou a disponibilidade do governador Gilmer Horna em prestar todo o apoio necessário para mitigar os impactos negativos dos incêndios.

Gravidade da situação

Foto: Divulgação/Agência Andina

A situação é grave no país amazônico, pois um total de 15 pessoas morreram e outras 98 ficaram feridas até agora este ano como resultado dos incêndios florestais que foram relatados em 22 regiões do Peru, segundo o coordenador do Centro Nacional de Operações de Emergência (COEN), Martín Del Castillo.

Ao fazer um balanço das emergências ambientais causadas pelos incidentes, Del Castillo indicou que até agora foram registados 233 incêndios florestais neste ano no Peru.

O responsável acrescentou que a região mais afetada pelos incêndios florestais ativos é o Amazonas, seguido de San Martín e Áncash.

Leia também: Saiba quantos Amazonas existem na Amazônia Internacional

Mais de 4.500 pessoas participaram da extinção dos incêndios florestais, entre militares, Defesa Civil, bombeiros, policiais, trabalhadores do Serfor e moradores treinados.

*Com informações da Agência Andina

Empresa anuncia descoberta de mineralização de ouro e cobre na região do Tapajós, no Pará

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Foto: Divulgação/Ministério de Minas e Energia

A GoldMining Inc. anunciou os resultados finais do ensaio do programa de perfuração de diamante e uma atualização do progresso do programa de perfuração de trado em andamento, no Projeto São Jorge, no distrito de ouro de Tapajós, estado do Pará.

As duas perfurações mais recentes identificaram com sucesso novas mineralizações de ouro e cobre aproximadamente um quilômetro a noroeste do depósito de ouro de São Jorge em áreas que não tiveram perfuração anterior.

O programa de perfuração a trado raso em andamento retornou indicações muito encorajadoras de novas zonas de mineralização primária de ouro no alvo William South, localizado aproximadamente 2 km ao norte do depósito São Jorge. Vários furos de perfuração de trado forneceram interceptações de alto teor dentro do topo do leito rochoso intemperizado, diretamente subjacentes a grandes anomalias de solo de superfície de alto teor.

Alastair Still, CEO da GoldMining, comentou:  “O programa de exploração em São Jorge concluído até o momento avançou significativamente nosso conhecimento geológico no distrito de São Jorge, incluindo uma melhor definição do núcleo de alto teor do depósito. O recente programa de perfuração de núcleo de avanço identificou mineralização a aproximadamente 1 km de distância do recurso mineral existente em uma área sem perfuração anterior. Além disso, nossa equipe reuniu evidências interessantes para potenciais corredores adicionais de mineralização na propriedade de escala regional, que foram diligentemente identificados por meio de amostragem de ouro no solo e agora foram confirmados por meio de perfuração de trado”.

Imagem: Divulgação/GoldMining

Tim Smith, vice-presidente de exploração da GoldMining, comentou:  “Para complementar a mineralização de ouro encorajadora interceptada na perfuração de núcleo e trado, o furo de perfuração SJD-124-24 interceptou uma ampla zona de cobre fortemente anômalo, o que é encorajador, pois o distrito de Tapajós é conhecido por conter cobre do tipo pórfiro +/- mineralização de ouro. Além disso, a mineralização de ouro interceptada em SJD-123-24 é consistente com nossa tese de um extenso corredor de alta tensão que poderia hospedar mineralização de ouro adicional a noroeste e sudeste ao longo do ataque do depósito como um componente de um sistema mineral aurífero de escala regional”.

A companhia iniciou a perfuração em São Jorge em maio de 2024. Os objetivos do programa incluíam perfuração confirmatória dentro e perto das margens do depósito de ouro existente em São Jorge, bem como perfuração exploratória de alvos de ouro identificados dentro de 1-2 km de mineralização conhecida em áreas sem perfuração anterior.

A perfuração contínua com trado, focada em uma área localizada aproximadamente 2 km ao norte do depósito de São Jorge para dar continuidade à grande anomalia de ouro no solo de alto teor ‘ William South’ , retornou indicações muito encorajadoras de mineralização primária de ouro no leito rochoso, o que destaca que a grande propriedade em escala regional tem potencial para hospedar corredores adicionais de mineralização que podem ser testados posteriormente por perfuração de testemunho.

São Jorge fica dentro do ativo e em rápido desenvolvimento Distrito de Ouro de Tapajós, que estima-se ter produzido mais de 20 milhões de onças de ouro historicamente a partir da mineração artesanal de depósitos de superfície, de acordo com a Agência Nacional de Mineração do Brasil. O Tapajós abriga a Mina subterrânea de alto teor Palito da Serabi Gold Plc. e a novíssima Mina de Ouro Tocantinzinho da G Mining Ventures Corp., que recentemente declarou produção comercial.

São Jorge está localizado imediatamente adjacente à rodovia pavimentada BR-163 e a um novo corredor de linha de energia de 138 kV, que se conecta à rede elétrica distrital recentemente construída para a Mina de Ouro Tocantinzinho. As atividades de exploração em São Jorge são operadas a partir de um acampamento permanente próximo ao depósito existente e a apenas 3 km da rodovia.

Um programa de perfuração de trado mecânico compreendendo um programa inicial de 3.000 metros para aproximadamente 200 furos está em andamento no projeto. O programa de trado está inicialmente mirando a área de alta prioridade William South, localizada aproximadamente 2 km ao norte do depósito de São Jorge. William South compreende uma ampla zona de alto teor de ouro anômalo no solo, medindo aproximadamente 2 km x 2 km com ensaios de solo atingindo o pico de 2.163 ppb Au (2,163 g/t Au).

Até o momento, ensaios foram recebidos para 101 furos concluídos no alvo William South. Dos resultados iniciais da perfuração, aproximadamente 25% de todos os furos retornaram resultados de ensaio maiores que 100 ppb (0,1 g/t) Au, confirmando a presença de mineralização de ouro em leito rochoso intemperizado.

A perfuração de trado em William South até o momento retornou indicações muito encorajadoras de mineralização primária de ouro no leito rochoso, o que confirma uma fonte in situ da anomalia de ouro no solo e incentiva a aplicação mais ampla da perfuração de trado — um teste geoquímico subterrâneo barato e rápido — em outras anomalias de ouro no solo dentro do projeto. 

Além disso, a confirmação de uma fonte de ouro no leito rochoso abaixo da anomalia do solo William South sugere que o projeto de grande escala regional tem potencial para hospedar corredores adicionais de mineralização que podem ser testados ainda mais por métodos de perfuração de RC ou núcleo mais profundos para definir novas descobertas de ouro no leito rochoso.

*Com informações do Brasil 61

Brasileiros vão sentir no bolso consequência da seca mais severa da história 

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Seca prejudica a produção de alimentos. Foto: wirestock/Freepik

A análise mais recente do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) aponta que 2024 é o ano com a seca de maior extensão e intensidade do Brasil nos últimos 70 anos. Ao todo, são cerca de 5 milhões de km² com alguma condição de seca, o equivalente a 58% do território nacional.

Nesse cenário, os brasileiros devem preparar o bolso, já que vários setores da economia vão sentir o impacto da seca. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já determinou o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 nas contas de energia, em função da previsão de chuvas abaixo da média nos reservatórios das hidrelétricas. Com isso, haverá cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo (SINDECON-SP) Carlos Eduardo Oliveira, o encarecimento da energia pode afetar outros setores da economia.

O levantamento mais atual do IBGE mostra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma alta de 4,5% nos últimos 12 meses terminados em julho. O valor é considerado o teto da meta perseguida pelo Banco Central. Mas, segundo o economista Carlos Eduardo, o indicador da inflação pode aumentar ainda mais, já que a produção de alimentos tem forte influência no IPCA.

O economista Carlos Eduardo explica como a falta de chuva pode prejudicar a produção de alimentos. 

“Essa ausência de chuvas impacta em produtos que dependem de irrigação, como feijão, milho, hortaliças, que têm impacto forte. Além da escassez desses produtos, acaba impactando até na produção de carne, porque o gado e as aves têm que ter disponibilidade de água para irrigação de pastos e a geração de grãos para alimento e isso acaba impactando em muito a questão dos alimentos.”

Para o economista Newton Marques, membro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), apesar do cenário atual, não há risco de desabastecimento.

“Sempre existe essa preocupação, mas como o ciclo da agropecuária não é tão grande, a não ser no caso da pecuária, se houver uma mudança climática, com chuvas, isso pode trazer uma mudança a médio prazo.”

Cenário da seca

Segundo o boletim de monitoramento do Cemaden, 3.978 municípios estão com algum grau de seca, sendo 201 em seca extrema. A previsão do órgão é que o número suba para 4.583 municípios, com 232 em seca severa no boletim de setembro. 

Segundo pesquisadora do Cemaden, a doutora Ana Paula Cunha, diferentemente dos outros anos, quando a seca ocorria de forma localizada em algumas regiões, esse ano o fenômeno abrange mais áreas do território nacional.

“Em 2020, a gente teve uma seca muito extensiva na Região Centro-Oeste do país. Em 2012 a 2017, a gente teve uma seca bastante extensiva no Semiárido e, em 2015 a 2016, em grande parte do Centro-Norte do país. No entanto, essa de 2023-2024 é a primeira que cobre desde o Norte até o Sudeste do país.”

O levantamento leva em consideração não apenas a falta de precipitações, mas também a umidade do solo e as condições da vegetação. Segundo a pesquisadora do Cemaden, a situação pode ficar ainda pior com a previsão de atraso do início da temporada de chuvas. 

De acordo com o Cemaden, muitas regiões do país já estão há mais de 120 dias consecutivos sem chuvas, o que agrava ainda mais a situação da produção agropecuária, especialmente das terceiras safras de milho e feijão, além da qualidade das pastagens para pecuária extensiva.

*O conteúdo foi originalmente publicado pelo Brasil 61, escrito por Paloma Custódio

Governo entra com primeira ação por danos climáticos contra a Amazônia

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Foto: Leonardo Milano/ICMBio

A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) protocolaram no dia 16 de setembro, na Justiça Federal do Pará, uma ação para cobrar a reparação financeira por danos climáticos. 

A ação busca o ressarcimento de R$ 635 milhões pela criação ilegal de gado na Floresta Nacional do Jamanxim, unidade de conservação situada na Amazônia. É a primeira ação por danos climáticos movida pelo ICMBio e a AGU.

De acordo com os órgãos, o prejuízo social envolve danos com desmatamento, queimadas ilegais, aplicação de agrotóxico, destruição de áreas de preservação permanente e o impedimento da regeneração da área degradada. Na ação, os órgãos pediram à Justiça que a área seja desocupada em 30 dias.  

Durante a fiscalização, os agentes do ICMBio flagraram cerca de 3 mil cabeças de gado nas áreas desmatadas. Os animais não tinham registro na vigilância agropecuária do Pará. As fazendas irregulares foram multadas e embargadas pelo instituto.

Durante a cerimônia de anúncio da propositura da ação, o advogado-geral da União, Jorge Messias, garantiu que o governo federal será rigoroso na punição de crimes ambientais. “O governo federal terá tolerância zero contra os infratores ambientais. Nós não toleraremos, de forma alguma, qualquer tipo de infração ambiental, principalmente em áreas de conservação e de preservação”, afirmou.

O cálculo do prejuízo foi avaliado a partir do custo social da emissão de gases estufa na área danificada. Estima-se que 1.139.075 toneladas de carbono tenham sido emitidas nos 7.075 hectares danificados da unidade de conservação.

*Com informações da Agência Brasil