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Romero Jucá, Eduardo Braga e Renan Calheiros são indiciados por corrupção e propina no Senado

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Eduardo Braga, Romero Jucá e Renan Calheiros durante sessão em 2017. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) foram indiciados pela Polícia Federal por, supostamente, terem cobrado propina para favorecer interesses do grupo farmacêutico Hypermarcas (atual Hypera Farma) no Senado.

A investigação começou em 2018 como um desdobramento da Operação Lava Jato. No entanto, o relatório final do inquérito foi enviado somente em agosto deste ano ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O caso, confirmado pela TV Globo, tramita em sigilo e tem como relator o ministro Edson Fachin, que enviou as conclusões para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Agora, a PGR irá analisar o material, que pode tanto ser apresentado como denúncia ao STF ou ser arquivado.

O indiciamento ocorre quando o delegado de polícia conclui, durante a investigação, que há indícios de crime e associa os possíveis delitos a um indivíduo ou grupo. Caso a PGR denuncie e haja aceitação do STF, os três políticos passam de indiciados a denunciados e, posteriormente, réus.

Posicionamentos

Por ainda terem mandato no Senado, tanto Renan Calheiros quanto Eduardo Braga possuem foro privilegiado, e o caso segue tramitando no STF. Já Romero Jucá deve seguir na primeira instância na Justiça Federal no Distrito Federal por não ter mais mandato.

As defesas se manifestaram por meio de notas, inclusive do grupo Hypera Farma. Somente a assessoria de Renan Calheiros informou que o senador não vai se manifestar sobre o caso.

Eduardo Braga

*Advogado Fabiano Silveira

Trata-se de ilações esdrúxulas sem amparo nos elementos constantes do próprio inquérito. Há evidências claríssimas de que o parlamentar não manteve contato com o delator, que, além de mudar sua versão 4 anos depois, baseia suas declarações em mero “ouvir dizer”. Não tenho dúvidas de que inquérito será arquivado. Triste, porém, é ver mais um episódio de vazamento ilegal.

Romero Jucá

*Por Antônio Carlos de Almeida Castro, Roberta Castro Queiroz, Marcelo Turbay, Liliane Carvalho, Álvaro Chaves, Ananda Almeida

A defesa de Romero Jucá repudia e repele o indiciamento recente no inquérito instaurado com base única e exclusivamente na delação premiada do executivo do grupo Hypermarcas.

O ex-senador Jucá colaborou de forma efetiva com a investigação, prestando os esclarecimentos devidos e colocando-se sempre à disposição da autoridade policial. Conquanto o inquérito esteja baseado apenas na palavra anômala e perniciosa do delator, optou a autoridade policial por indiciá-lo.

Lamentavelmente, esse inquérito nada mais é que uma tentativa de criminalizar a política, pois é da natureza da função parlamentar a conexão com setores da sociedade, com empresários e grupos econômicos. Além do mais, contribuições legítimas para campanha política, dentro das regras eleitorais, com aprovação das prestações de contas do partido político pela justiça eleitoral, jamais podem ser consideradas como contrapartida de suposto ato de corrupção. Não há nos autos qualquer indício que possa, sequer em passant, apontar nexo causal entre a atuação legítima do ex-senador Romero Jucá e a doação de campanha por parte do delator.

A defesa de Romero Jucá confia na sua inocência e repudia as perniciosas palavras do delator que, sem nenhum crédito e despidas de qualquer indício, tenta criminalizar o brilhante legado que o ex-senador deixou na política brasileira.

Hypera Pharma

*Assessoria de Imprensa Hypera Pharma

A Hypera Pharma reforça que finalizou em 2020 apurações internas sobre irregularidades ocorridas entre 2013 e 2015. O assunto foi concluído mediante a celebração de acordo de leniência em 2022.

Cenário desolador: seca muda paisagem de áreas portuárias de Manaus

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Foto: Lucas Macedo/Rede Amazônica AM

O Amazonas passa por um momento ambiental crítico devido à estiagem que atinge o estado. A prefeitura de Manaus decretou situação de emergência por 180 dias por conta da seca do Rio Negro.

A marca está próxima do limite mínimo considerado seguro para os banhistas, de 16 metros. Desde o dia 1º de setembro, o nível do rio na capital reduziu mais de 3 metros.

Foto: Willian Duarte/ Rede Amazônica

O nível mais baixo já atingido pelo Rio Negro em Manaus foi registrado em 16 de outubro de 2023, quando as águas atingiram a marca de 13,59 metros.

A seca do Rio Negro já alterou alguns cenários de Manaus, afetando a população e trabalhadores que lidam diariamente com as áreas portuárias da capital.

A Praia da Ponta Negra, Orla do Educandos, Porto de Manaus e a Marina Davi são alguns lugares que foram afetados.

A seca dos rios no Amazonas em 2024 já afeta mais de 461 mil pessoas, e todos os 62 municípios do estado decretaram situação de emergência, conforme o boletim sobre a estiagem divulgado pelo governo estadual.

*Por Lucas Macedo, da Rede Amazônica AM

Ministro do STF determina que Estados da Amazônia expliquem focos de queimadas

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Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (19) que seis Estados da Amazônia expliquem as razões para concentração de 85% dos focos de queimadas em apenas 20 municípios da região. A manifestação deverá ser enviada no prazo de 30 dias. 

A decisão do ministro foi tomada após a realização da segunda audiência de conciliação entre representantes dos estados, do governo federal e o Judiciário no processo que trata de medidas de enfrentamento às queimadas na Amazônia e no Pantanal.

Os estados deverão enviar ao ministro um diagnóstico sobre os municípios envolvidos. O número de focos de calor foi apurado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) durante a primeira audiência, realizada na semana passada.

Conforme os dados, as queimadas estão concentradas no munícipios de:

  • Apuí (AM),
  • Lábrea (AM),
  • Novo Aripuanã (AM),
  • Manicoré (AM),
  • Humaitá (AM),
  • Boca do Acre (AM),
  • São Félix do Xingu (PA),
  • Novo Progresso (PA),
  • Altamira (PA),
  • Itaituba (PA),
  • Jacareacanga (PA),
  • Ourilândia do Norte (PA),
  • Porto Velho (RO),
  • Candeias do Jamari (RO),
  • Nova Mamoré (RO),
  • Colniza (MT),
  • Nova Maringá (MT),
  • Aripuanã (MT),
  • Feijó (AC),
  • Caracaraí (RR),
  • Ilha do Bananal (TO).

Flávio Dino também determinou que os estados e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devem realizar a fiscalização conjunta dos focos de incêndios e enviar à Corte um relatório de atividades também no prazo de 30 dias.

O ministro também determinou na decisão outras medidas, como apresentação de informações sobre multas aplicadas nos últimos 20 dias e a manifestação da AGU sobre a acusação feita pelo governo do Amazonas de que 70% dos focos de incêndio no estado ocorrem em áreas federais.

No domingo (15), em outra decisão tomada no processo, Dino autorizou a União a emitir créditos extraordinários fora dos limites fiscais para o combate às queimadas em todo o pais.

*Com informações da Agência Brasil

Aplicativo faz tradução para indígenas e facilita ensino de robótica

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Há pouco mais de um ano, um aplicativo desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF), auxilia no aprendizado de estudantes indígenas de Rondônia.

O Comunica Tupi-tradutor foi criado a partir de uma demanda dos quase 200 alunos do curso de robótica educacional para indígenas, do Instituto Federal de Ji-Paraná, que tinham dificuldades em entender o edital de inscrição. 

A desenvolvedora da ferramenta, pesquisadora do Laboratório de Engenharia Industrial da UFF Ilma Rodrigues de Souza Fausto, explica que das 52 etnias no estado o projeto trabalhou com 32, cada uma com um dialeto:

Para a pesquisadora, o aplicativo Comunica Tupi-tradutor permite romper barreiras. “Quando você dá acesso para uma pessoa, você não inclui ela só digitalmente, você inclui ela culturalmente e você inclui ela socialmente. Então, o objetivo dele é que, dentro dos ambientes educacionais, ele facilita e rompe essas barreiras. Pra gente foi interessante a resposta dos alunos com esse acolhimento dentro da língua deles. A gente facilitou o processo de aprendizagem”.

Atualmente o aplicativo já conta com quase 13 mil termos e está na versão 2.0.

“A gente está colocando machine learning, ou seja, a gente está deixando ele como [um aplicativo] de aprendizagem, com inteligência, para que ele possa aprender sozinho. A gente pediu para que ele [o app] pudesse ter redes neurais, para que ele pudesse aprender: o aluno chegava e colocava as frases dele, e então ele começava a aprender. Então, ele está ouvindo o aluno, ele ouve o áudio para aprender a falar. Até agora ele não fala, ele só ouve e escreve. Agora, ele vai começar a falar. Já tem dois meses que a gente está fazendo a outra atualização pra que? Para preservar a língua tupi, mesmo. Para que eles [os indígenas] se sintam incluídos. Esse é um trabalho incrível”, comenta.

O aluno Andre Luiz Karipuna, da etnia Karipuna, aprovou o aplicativo e o curso: “Eu gostei muito do curso de formação inicial e continuada em computação, tecnologia e robótica educacional para educação básica”.

O aplicativo já foi patenteado pela Universidade Federal Fluminense e o Instituto Federal. A previsão é, até o fim do ano, ser disponibilizado de forma ampla.

*Com informações da Agência Brasil

Beco Catarina Mina: ponto turístico em São Luís marca história de ex-escrava

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Foto: Lyssuel Calvet/Wikimedia Commons

Localizado no Centro Histórico de São Luís, no Maranhão, está o Beco Catarina Mina, que faz parte da história da cidade em homenagem à uma ex-escrava. O, hoje, ponto turístico, começa na Avenida Pedro II e finaliza na Travessa da Alfândega, ao lado da Câmara Municipal. Possui uma escadaria de 35 largos degraus em pedras de lioz, datadas do século XIII.

Mas quem foi a mulher que recebeu a homenagem de ter seu nome batizando o local? Ela era Catarina Rosa Pereira de Jesus, cuja história contada é que juntou uma pequena fortuna para comprar sua liberdade e, após isso, tornou-se proprietária de um dos imóveis existentes no beco.

Ainda que a rua tenha recebido outro nome em 1930 – Djalma Dutra, em homenagem a um dos heróis da revolta do Forte de Copacabana em 1922 – a história da origem de Catarina, sua chegada à cidade ou até mesmo as condições de sua morte, fizeram que o popular nome fosse adotado pela população.

Beco Catarina Mina. Foto: Douglas Júnior/Observatório Maranhão

A memória de Catarina foi passada via oralidade, ou seja, não há, de fato, registro histórico de Catarina Mina, mas os moradores locais contam que era conhecida por sua beleza e por ter se tornado comerciante.

O casarão que pertenceu a ela hoje abriga o Museu Huguenote Daniel de La Touche, dedicado à cultura e história da fundação francesa de São Luís. O beco é um dos pontos mais procurados pelos turistas, pois atualmente conta com lojas de artesanato, bares e restaurantes além do museu.

O artista plástico Eduardo Sereno produziu um busto em homenagem à Catarina Mina, que também pode ser visto no local.

Saiba como amenizar o impacto da fumaça das queimadas na saúde

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Fumaça e ar seco das queimadas se alastraram por todo o país. Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace

Em meio à onda de fumaça causada por incêndios que cobriu o país, foi impossível não perceber em nossos corpos a conexão entre seres humanos e o meio ambiente. E como essa destruição impacta diretamente nossa saúde e a do planeta como um todo.

Nos últimos dias, a poluição das queimadas no Centro-Oeste e na Amazônia, colocou diversas cidades do Brasil entre os centros urbanos com os piores índices de qualidade do ar no mundo.

Com a intensificação da seca, todos os sistemas climáticos são afetados. Os rios voadores da Amazônia, que normalmente carregam grandes quantidades de água transportadas por correntes de ar, estão alastrando a fumaça das queimadas e o ar seco para outras regiões.

Neste cenário, os impactos à saúde humana são muitos. A fumaça contém materiais tóxicos, além de partículas que podem ser inaladas, causando problemas respiratórios graves, sobretudo para quem já convive com doenças pré-existentes. Gases como monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio também são liberados, o que aumenta o risco e agrava doenças pulmonares e cardiovasculares.

Após os recordes de má qualidade do ar devido à estiagem e às queimadas, o Ministério da Saúde divulgou algumas orientações para a proteção individual com o intuito de diminuir os impactos no organismo.

São elas:

  • Aumentar a ingestão de água potável;
  • Umidificar o ambiente sempre que possível, com toalhas e baldes com água;
  • Evitar atividades físicas em áreas abertas;
  • Evitar ficar próximo aos focos de queimadas;
  • Uso de máscaras do tipo PFF2, N95 ou P100, principalmente em áreas próximas a queimadas;
  • Evitar exposição prolongada em locais com partículas no ar;
  • Em casos de sintomas como náusea, vômito, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores de cabeça intensas, busque atendimento médico.

O que resta — além de seguir as recomendações do Ministério da Saúde para amenizar os efeitos da fumaça — é pressionar as autoridades por uma resposta rápida. Pelo fim da impunidade e pela investigação e responsabilização dos incêndios criminosos e forte atuação na prevenção e estratégias de adaptação à realidade de eventos extremos.

*O conteúdo foi originalmente publicado pelo Greenpeace Brasil. Confira a matéria completa AQUI.

TCE-AM cria comitê para intensificar enfrentamento às queimadas no Estado

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Foto: Filipe Jazz/TCE-AM

A conselheira-presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Yara Amazônia Lins, anunciou no dia 17 de setembro a criação do Comitê de Enfrentamento às Queimadas no Controle Externo, durante a 33ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno. A iniciativa, aprovada por unanimidade, visa coordenar e intensificar ações de controle e combate às queimadas que têm atingido o Amazonas, especialmente no período de seca.

A portaria que oficializa o comitê será publicada ainda hoje no Diário Oficial Eletrônico do TCE-AM, disponível em doe.tce.am.gov.br.

Conforme a conselheira-presidente do TCE-AM, o comitê será responsável por avaliar programas com foco na eficiência, eficácia e efetividade à luz da legislação ambiental.

A criação responde às dificuldades dos órgãos ambientais em coordenar a prevenção e combate às queimadas, levando em conta, inclusive, constatações feitas pelo programa Blitz TCE em visitas técnicas aos órgãos de controle ambiental municipal e estadual.

Estrutura e atribuições

O comitê será composto por seis membros, incluindo um conselheiro-coordenador, que presidirá os trabalhos, além de um procurador de contas e servidores das secretarias de Inteligência (Segin), de Controle Externo (Secex) e da Consultoria Técnica (Consultec). O mandato será de dois anos, com possibilidade de recondução.

Entre as atribuições do comitê estão a avaliação de programas governamentais de controle ambiental, a verificação da eficácia do licenciamento ambiental e a promoção de ações coordenadas entre estado e municípios. O comitê também buscará propor soluções para melhorar as políticas de combate às queimadas e monitorar o cumprimento da legislação ambiental.

*Com informações do TCE-AM

Você luta contra o tempo?

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

Outro dia ouvi de um cliente: “estou em guerra contra o tempo”. Outro disse: “vivo correndo contra o tempo”. Fiquei pensando: “será que eles acham que têm chance de vencer? Ao contrário, se não estabelecermos uma boa relação com o tempo, é certo que teremos sofrimentos e, dificilmente, seremos bem-sucedidos. Aliás, penso que a expressão “relação com o tempo” é melhor do que “gestão do tempo” ou mesmo “administração do tempo”, pois estas dão a impressão de que temos total controle sobre ele, o que não é verdade. Temos, porém, uma forte influência sobre o nosso tempo, aquele que recebemos sob a forma de vida. Em grande parte, ele será fruto de nossas escolhas, ou de não escolhas.

O tema já foi fruto de outras conversas, mas percebo que, cada vez mais, ele se torna um fator de pressão e de estresse. Para muitos, o tempo é artigo de luxo. Precisamos lidar bem com ele, se quisermos ser felizes.

Todos temos demandas em todos os setores e é difícil conciliar tudo. Como malabaristas, não podemos deixar nenhum dos pratos cair. Desejamos ainda atingir novas metas e objetivos e cultivamos sonhos de realização. Como encaixar tudo isto se os dias continuam do mesmo tamanho, mesmo diminuindo nossas horas de sono? Desde cedo, estudamos muitas coisas, mas não somos educados a nos relacionar com o tempo.

Uma metáfora imperfeita, mas útil, é a de que possuímos um “estoque de tempo”. Não sabemos que estoque é este no seu total, pois não temos ideia do quanto viveremos. Mas sabemos quantas horas tem um dia, que a semana tem sete dias e que um mês pode ter como base 30 dias, ou 4 semanas, independentemente do calendário. Podemos estender o raciocínio para meses e anos, mas talvez não seja prático pensar em tanto tempo. Porém, olhar o horizonte de um mês básico, um mês qualquer, nos dá uma boa noção do tamanho do “estoque de tempo” que podemos planejar de forma recorrente.

Retiradas as horas de sono, teremos em torno de 16 horas por dia, 80 horas numa semana, 320 horas em um mês. É um “estoque de tempo” limitado, mas dá para fazer muita coisa. Estamos falando de nossa vida em um período de 30 dias. Como este “estoque de tempo” deve ser utilizado? Como deve ser vivido?

A resposta parece clara. Naquilo que for importante e desejável. As prioridades precisarão ser definidas a partir daí. Elas precisarão ser distribuídas em uma frequência como diária, semanal, mensal e imediatamente blocarem o “plano de agenda”, antes que outra coisa não importante a ocupe.

O que entra na categoria importante para você, com que duração e com que frequência? Se for, por exemplo, a ida à academia, uma hora, três vezes por semana, são 12 horas mensais do seu “estoque de tempo”. O que é importante você blocar considerando o cargo que você ocupa, o seu papel como pai ou mãe, ou de marido ou mulher, o seu desenvolvimento pessoal, a sua prática religiosa, a sua atividade voluntária, a atenção aos seus pais ou, simplesmente, o horário que você quer estar livre para fazer o que quer? O que mais para você é importante?

Boa parte destas coisas, talvez, não seja importante para mais ninguém. Se você não blocar rapidamente no seu “plano de agenda”, ele logo será ocupado por coisas não importantes. As urgências, por exemplo, tendem a aumentar, quando o importante não é tratado no devido tempo.

Num sentido mais amplo. para quem refletiu sobre a sua Missão, desenvolveu um Propósito e sabe o que quer deixar como Legado não será difícil estabelecer prioridades. Também conseguirá enxergar melhor o que é importante em seus diversos papéis.

A experiência nos mostra que começar com um “plano de agenda” é o primeiro passo para estabelecer uma ótima relação com o tempo. A maior parte das pessoas vai descobrir que o importante planejado não ocupará, na maior parte das vezes, mais do que 50% ou 60% do tempo. Vai descobrir que é possível ter uma vida mais feliz, mais leve e mais produtiva e que não é preciso lutar contra o tempo.

Que tal começar o exercício agora, antes da virada do próximo mês?

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Amapaense fica em 1° lugar em fórum internacional com trabalho sobre atuação policial no Estado

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Foto: Joseph Portásio

A egressa do Mestrado Profissional em Estudos de Fronteira da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Jade Figueiredo, teve trabalho premiado durante o 4° FIA Fórum Internacional sobre a Amazônia – Regional Amapá, ocorrido de 15 a 18 de agosto, no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), em Macapá (AP). Com o título ‘Revoltante, uma desgraça dessa ainda tem direitos humanos: perspectivas de direitos para apoiadores da polícia do Amapá’, o trabalho ficou em primeiro lugar.

O trabalho é fruto da pesquisa desenvolvida no mestrado, sob supervisão do Prof. Dr. Marcus André de Souza Cardoso da Silva, e aponta como o senso de direitos humanos e de justiça são construídos e abordados por apoiadores da polícia amapaense, a partir da análise de comentários e publicações no perfil do Instagram “Devotos do Bope AP”.

“Pra mim, foi muito importante ter tido a oportunidade de apresentar meu trabalho aqui no Amapá. Quando a gente faz um trabalho acadêmico, a gente espera que ele traga alguma contribuição para a comunidade. Fico feliz dele ter sido considerado um trabalho que traz essa contribuição e ter tido uma boa avaliação (…) Fico feliz de ter conseguido a classificação, mas não era minha meta, fui com a intenção de apresentar e felizmente ele ficou nessa posição melhor classificada”, afirma Jade Figueiredo.

Segundo Jade, o tema da pesquisa surgiu ainda na graduação, em um trabalho apresentado em 2020 sobre a espetacularização midiática do estado em torno da temática da violência e que foi agraciado com o Prêmio Lévy Strauss, uma premiação dada a trabalhos de acadêmicos pela Associação Brasileira de Antropologia.

Dentre os perfis do Instagram que apoiam a polícia militar no estado, Jade escolheu a “Devotos do Bope AP” por ter os elementos necessários para o desenvolvimento da pesquisa no mestrado, como publicação regular e ativa de posts e interação dos seguidores com comentários frequentes. De acordo com a pesquisadora, foi possível observar que as pessoas que comentam são quase que 100% apoiadoras da polícia.

“No perfil não há pessoas que discordam constantemente daquilo que é narrado: supostas trocas de tiros, algumas relações com pessoas que ‘parecem’ merecer a vida e outras que não merecem. (…) Com a pesquisa, foi possível identificar algumas ideias específicas sobre senso de justiça no Amapá, uma realidade que aponta que existem determinadas categorias êmicas [categorias e valores internos próprios às sociedades e grupos em estudo] que sugerem que determinados indivíduos parecem merecer direitos humanos e outros não”, aponta Figueiredo.

*Com informações da Unifap

Seca severa em Manaus interdita banho na Praia da Ponta Negra

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Foto: Clóvis Miranda/Semcom Manaus

A seca severa que tem ocorrido em Manaus (AM) este ano provocou novamente a interdição, nesta terça-feira (17), de banho na Praia da Ponta Negra, importante ponto turístico na região. Segundo o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB) de Manaus, Andre Martinelli, já foram entregues sete laudos desde 2012.

A interdição ocorre em resposta ao nível do Rio Negro, que registrou cota de 15,99 metros na segunda-feira (16). A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), anunciou medidas administrativas e de segurança, bem como solicitou laudos do SGB e do Corpo de Bombeiros do Amazonas (CB-AM) para avaliar as condições de balneabilidade. A praia continuará aberta para outras atividades esportivas e de lazer, como o uso do calçadão e áreas de entretenimento. 

A iniciativa faz parte dos esforços de enfrentamento da vazante que, pelo segundo ano consecutivo, tem causado grandes impactos no local. Placas de aviso serão instaladas no local, informando os frequentadores sobre a interdição, que seguirá até que as condições de segurança sejam restabelecidas.

Leia também: Museu do Seringal fecha por conta da seca do Rio Negro em Manaus 

Histórico de laudos sobre a Praia

O Laudo Técnico VII da Praia da Ponta Negra, em Manaus (AM) – 2023, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), indica que as condições do leito do rio, na área aterrada da praia, permanecem similares às observadas em levantamentos anteriores, realizados em novembro de 2012, janeiro de 2013, novembro de 2013, dezembro de 2014, outubro de 2015, novembro de 2018 e novembro de 2022. 

A superfície submersa apresenta grande irregularidade, com quedas bruscas de profundidade, tanto no sentido transversal quanto longitudinal. A partir da cota de 16 metros, tomando como referência a estação linimétrica do Porto de Manaus, essas irregularidades no leito se aproximam da margem, o que representa um risco elevado para os banhistas. Tendo em vista a característica da vazante deste ano, é prudente evitar o perigo pela aproximação de usuários a essas áreas irregulares. 

No momento, é importante redobrar a atenção, já que a cota do rio está em uma faixa crítica, onde já se observam os desníveis mais acentuados.

Diante disso, o Serviço Geológico do Brasil tem recomendado a realização de estudos geotécnicos para uma melhor avaliação da estabilidade do aterro, especialmente considerando a ocorrência de sucessivos eventos extremos de vazante.

Veja aqui o documento completo.

*Com informações do SGB