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Indígenas organizam primeiro campeonato brasileiro de futebol

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Registro dos Jogos do Xingu, em 2022. Foto: Protásio de Morais

Os jogos do primeiro campeonato brasileiro de futebol, a Taça dos Povos Indígenas, serão entre os dias 26 e 30 de novembro, na Aldeia Multiétnica, na região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Os times foram divididos em três grupos, com quatro equipes em cada um.

Cada povo será representado por um time masculino e um feminino. No total, a Taça contará com 2400 atletas de 48 povos indígenas.

Doze povos da região Centro-Oeste vão participar da primeira fase. O sorteio dos grupos aconteceu nesta quinta-feira (26).

Após a etapa do Centro-Oeste, entre fevereiro e junho do ano que vem, entram em campo as equipes das regiões Nordeste, Sul/Sudeste e Norte. Todas as etapas terão fase de grupos, classificatórias e finais.

A ideia é que o campeonato siga com novas edições, diz a diretora da produtora FourX, que organiza o evento, Libia Miranda.

A Taça dos Povos Indígenas conta com o apoio do governo federal, da CBF, que administra o futebol profissional no Brasil, e da Seleção Indígena de Futebol do Brasil e das Américas.

*Com informações da Rádio Nacional

Mara: primeira IA de instituições de ensino públicas do país é lançada pela UFMA

Imagem: Reprodução/UFMA

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) deu mais um passo rumo à inovação ao lançar seu primeiro chatbot institucional, a Mara. Pioneira entre as instituições federais de ensino superior no uso de inteligência artificial (IA), a UFMA reforça o compromisso com a criação de espaços que impulsionam a inovação, além de otimizar processos administrativos e acadêmicos para toda a comunidade acadêmica.

Por meio da Diretoria de Inteligência Artificial, a Mara foi desenvolvida para auxiliar no atendimento ao público interno e externo. De acordo com o diretor Rodrigo Sávio, o chatbot foi criado para “automatizar partes dos processos administrativos para que os servidores possam ter mais tempo exercendo funções de estratégia”.

O reitor da UFMA, Fernando Carvalho, salienta que os investimentos em tecnologia da informação, incluindo a criação do chatbot Mara, visam melhorar a eficiência administrativa e apoiar a adaptação de professores e alunos às novas tecnologias.

Mara na UFMA

A Mara representa o primeiro passo no uso de inteligência artificial pela UFMA. O nome foi escolhido em homenagem ao Estado do Maranhão, onde a Universidade está sediada. A identidade visual da Mara foi desenvolvida pela Superintendência de Comunicação (Scom), por meio da Diretoria de Comunicação (DCom) e da Coordenação de Identidade Visual.

Mara reflete as principais características da Universidade e do estado. Suas características representam a diversidade étnica do Maranhão. Seu cabelo traz a cor predominante da instituição – o vermelho. E seu nome faz referência a nomes simples da região: Maria, Mariana, Marina, bem como Maré e Mar.

“A Mara precisava ter a representatividade do maranhense e trazer consigo características de pessoas que tiveram experiências nas mais diversas áreas da Universidade e em seus fluxos institucionais. Essa foi a chave para construí-la. Isso permite que a Mara use seu ‘Know-how’ (conhecimento) para ajudar as pessoas com dúvidas”, expõe o superintendente de Comunicação da UFMA, Pablo Monteiro.

O chatbot será essencial para integrar tecnologia à instituição, começando pelo atendimento administrativo. Ele funcionará como um canal de comunicação, permitindo que os usuários obtenham respostas rápidas para suas dúvidas. A Mara já está disponível no portal oficial da UFMA, no canto inferior direito.

*Com informações da UFMA

Greenpeace realiza sobrevoo na região afetada pela seca severa do Médio Solimões, no Amazonas

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Rio Solimões vem batendo recordes de seca neste ano de 2024. Foto: Reprodução/Greenpeace

Uma equipe de ativistas ambientais do Greenpeace Brasil realizou um sobrevoo na região central do Amazonas. A ação registrou a seca severa que atinge a região do médio Rio Solimões. Todos os oito municípios próximas a área sobrevoada estão em situação de emergência.

Além das zonas urbanas, a vazante do rio já isolou mais de 30 comunidades ribeirinhas e indígenas, o que impactou em centenas de crianças que não podem mais ir as escolas.

“Umas 500 a 800 crianças estão fora de sala de aula devido a estiagem, porque hoje não tem como chegar, esse calendário de hoje teve que parar”, explicou Tomé Fernandes Cruz , conselheiro de educação indígena do Médio Solimões.

O Lago Tefé, que banha o município, em período normal chega a medir 5 metros, mas de acordo com a Defesa Civil Municipal, atualmente a cota está abaixo de 1 metro.

O ambientalista do Greenpeace, Rômulo Batista, afirmou que esse cenário vai ficar mais comum e fez um alerta.

“Se a gente não cuidar, não diminuir o desmatamento, na verdade zerar o desmatamento no Brasil, que é a principal fonte de gases de efeito estufa, a gente pode sofrer ainda mais os efeitos dessa crise climática”, disse o ambientalista.

Lago Tefé. Foto: Reprodução/INPE

Protesto

No dia 20 de setembro, o Greenpeace fez um protesto exibindo, em um banco de areia, a mensagem ‘Who Pays’? que em tradução literal significa “quem paga?”. A manifestação ocorreu em um dos principais rios da bacia amazônica que sofre com a pior seca já registrada.

A seca reduziu o nível da água do Rio Solimões a níveis sem precedentes, expondo o leito do rio em frente à cidade de Manacapuru, um pouco rio acima da capital Manaus, onde se junta ao Rio Negro para formar o poderoso Amazonas.

É o segundo ano consecutivo de seca crítica que tem deixado marcas na floresta tropical, alimentando grandes incêndios florestais e deixando comunidades ribeirinhas isoladas por falta de transporte, pois os rios se tornaram muito rasos para a passagem de barcos.

Seca severa

O Amazonas vive um cenário ambiental crítico devido à combinação de seca dos rios e queimadas. Segundo dados divulgados pelo governo estadual em agosto, a seca já afeta mais de 560 mil pessoas. Cidades têm dificuldades de receber insumos, há aumento no preço de produtos e comunidades indígenas e ribeirinhas podem ficar isoladas.

Todos os 62 municípios do Amazonas foram declarados em estado de emergência devido à seca severa e às queimadas que afetam o estado este ano. A informação foi divulga pelo governador Wilson Lima, que também assinou um decreto para declarar situação de emergência em saúde pública em razão do período de vazante dos rios.

*Por Karla Melo, da Rede Amazônica AM

Rio Branco está entre capitais que não estão preparadas para lidar com eventos climáticos severos

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Rio Branco atende a 64% das medidas analisadas pelo Instituto Cidades Sustentáveis. Foto: Pedro Devani/Secom AC

Um levantamento do Instituto Cidades Sustentáveis mostrou que Rio Branco está entre as capitais brasileiras que não estão preparadas para lidar com eventos climáticos severos. De acordo com o estudo ‘Grandes desafios das capitais brasileiras”, a capital acreana cumpre alguns requisitos, mas falha em itens de engenharia para evitar deslizamentos de terra e desbarrancamentos, além da falta de sistemas de alerta para desastres.

A pesquisa considerou 25 instrumentos de políticas públicas para gestão de riscos climáticos, e mostrou que a maioria das capitais brasileiras não atendem todos as condições levadas em conta. Foram elencadas desde legislações, por exemplo, do uso e ocupação do solo, planos de contingência, sistemas de alerta antecipados aos desastres e mecanismos de auxílio à recuperação.

Baseada em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a análise constatou que Rio Branco atende a 64% das estratégias de gestão de riscos climáticos. O número coloca o município na décima colocação do ranking, liderado por Belo Horizonte e Curitiba, empatadas com 92% de cumprimento das medidas.

Necessidade de medidas

Em entrevista à rádio CBN Amazônia Rio Branco, o coordenador de relações institucionais do Instituto Cidades Sustentáveis ressaltou que nenhuma capital brasileira alcançou 100% dos requisitos. Igor Pantoja destacou que os sistemas de alerta, um dos itens que não foram cumpridos por Rio Branco, é uma importante ferramenta de preparo para a população no caso de eventos extremos.

“Rio Branco tem uma nota de 65% desses 25 instrumentos previstos pelo IBGE. Então é uma nota, vamos dizer, 6,5. Não é uma nota boa, mas também não é a pior nota. Mas acho que é importante uma cidade que está tão vulnerável às mudanças climáticas como é o Rio Branco, ela precisa ter 100% desses instrumentos o quanto antes. Hoje o rio-branquense – e não só o Rio Branquense, mas como os acreanos – sofrem muito quando uma época do ano é a cheia, e a outra seca extrema. E agora tem esse problema que é a qualidade do ar péssima e insalubre. Isso também deveria entrar como prevenção com relação a esse cuidado”, considerou.

Outro dado preocupante que consta no estudo diz respeito às emissões de CO² (gás carbônico). Rio Branco é a cidade com a segunda maior média entre as capitais, com 15,33 toneladas por habitante considerando o ano de 2022.

*Por Victor Lebre, da Rede Amazônica AC

Projeto ‘Cartas aos Cientistas’ é selecionado para Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

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Foto: Divulgação

Com o tema ‘Biomas do Brasil: Diversidade, Saberes e Tecnologias Sociais’, será realizada de 14 a 20 de outubro, a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em todo o país, com o objetivo de valorizar, promover soluções sustentáveis, proteger a biodiversidade brasileira e os conhecimentos tradicionais das comunidades locais.

A Universidade do Estado do Pará (Uepa) é uma das instituições com projetos aprovados no edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (CNPq/ MCTI). Um deles é intitulado ‘Cartas aos Cientistas: Difusão, Popularização e Fortalecimento da Ciência na Amazônia’, sob a coordenação da professora e biomédica Milene Silveira Ferreira, do campus VIII da Uepa, em Marabá.

A atividade ‘Cartas aos Cientistas’ é uma ação lúdica, multidisciplinar, interdisciplinar, transdisciplinar e coletiva para alunos do ensino básico e superior do Estado do Pará, que pretende estimular a iniciação científica, a leitura, a escrita, a criatividade, bem como compartilhar histórias, estreitar laços, promover a difusão científica e o interesse pelo desenvolvimento da ciência na Amazônia.

Para desenvolver o projeto, 20 escolas públicas de ensino básico receberão, gratuitamente, uma caixa com material pedagógico abordando temas de ciência, tecnologia e inovação, para incentivar a escrita de cartas pelos alunos. A expectativa é que essas atividades resultem em cerca de 500 cartas.

Além disso, será lançada uma campanha de divulgação nas instituições parceiras de ensino e pesquisa, com o objetivo de sensibilizar e selecionar cientistas voluntários — incluindo graduandos, pós-graduandos, técnicos, docentes e pesquisadores — para responder às cartas dos alunos.

Esses voluntários também organizarão um “Dia de Ciência” nas escolas ou instituições participantes, onde um cientista compartilhará sua trajetória profissional, além de oficinas, rodas de conversa, debates e palestras. A comissão organizadora do projeto envolve 100 profissionais e professores, e mais de 200 alunos deverão participar das atividades. A descentralização da proposta é o destaque do projeto.

“Durante o período da SNCT, as atividades ocorrerão de forma paralela e interligada nos 15 municípios, incluindo ações em escolas na comunidade ribeirinha em Melgaço, na comunidade indígena Aldeia Kikatejê, em Bom Jesus do Tocantins e numa escola municipal de ensino infantil e fundamental na comunidade Quilombola São Benedito da Ponta Gratidão, em Salvaterra, na ilha do Marajó. Em Belém, alunos e professores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) farão visitas e atividades de divulgação científica em diversas instituições de ensino e pesquisa como Museu Emílio Goeldi e Centro Nacional de Primatas, em Ananindeua; terá roda de conversa no município de Breu branco e teatro de fantoche na Escola Maria Belarmina, no município de Curionópolis”, destacou Milene.
 
*Com informações da Uepa

BNDES aprova R$ 180 milhões do Fundo Amazônia para corpos de bombeiros na região

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a destinação de recursos do Fundo Amazônia, administrado pelo Banco em coordenação com o MMA, para fortalecimento dos corpos de bombeiros dos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. Os quatro estados vão receber R$ 180 milhões, de um total de R$ 405 milhões de recursos não reembolsáveis disponíveis para o apoio às corporações que combatem incêndios. Desse montante, o BNDES já havia contratado as operações com os estados do Acre, com R$ 21,7 milhões, e Rondônia, com destinação de R$ 34 mi, para corpos de bombeiros.

Os recursos do Fundo Amazônia devem ser usados para duas frentes nos estados: Aparelhamento e Estruturação dos Corpos de Bombeiros, que receberá mais de 90% do investimento; e Desenvolvimento das Ações de Prevenção, Combate, Monitoramento e Fiscalização, com o restante dos recursos.

A destinação de R$ 405 milhões para os estados da Amazônia Legal que apresentarem projetos para prevenção e combate a incêndios florestais – até R$ 45 milhões por estado – foi aprovada pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA), no final do ano passado.

Na frente de Aparelhamento e Estruturação das corporações, estão incluídas as ações para: aquisição de máquinas e equipamentos (veículos auto bomba tanque florestal, auto tanque, pick up, ônibus, retroescavadeiras, etc); aquisição de equipamento de uso individual (botas, capacetes, conjuntos de proteção multi-incêndio); e realização de obras civis e instalações.

Entre as obras que estão previstas nos projetos aprovados, encontram-se: ampliação, reforma e modernização do almoxarifado e garagem no Amapá, construção de três novas bases operacionais no Amazonas e construção de batalhão em Roraima.

Já na frente de Prevenção e Monitoramento, estão previstas ações de: capacitação de agentes públicos e grupos locais em prevenção e combate a incêndios florestais e queimadas não autorizadas; Ações educativas para agentes municipais, produtores rurais, comunidades indígenas; e realização de campanhas educativas, capacitação para comunidades e capacitação de bombeiros militares e agentes públicos com ênfase em atividades de monitoramento, além de cursos de formação de brigadas florestais (voluntárias, comunitárias) para atuação em ações de prevenção e primeiro combate.

“O Fundo Amazônia vem cumprindo seu papel de apoiar ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e já possui um histórico de apoio e fortalecimento das capacidades dos corpos de bombeiros militares dos estados da Amazônia Legal”, diz a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

Avaliação comprova eficácia das ações

Entre 2012 e 2014, outros cinco projetos com recursos do Fundo foram contratados, com os estados do Acre, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins, além de apoio ao IBAMA PrevFogo, responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios florestais em todo o território nacional.

Foram mais de R$ 77 milhões destinados a estes projetos, contratados entre 2012 e 2014 e executados nos anos seguintes. Como resultado deste apoio, mais de 3.700 brigadistas foram treinados e as capacidades de inteligência e estratégia que envolvam todos os aspectos relacionados com os incêndios florestais foram aprimoradas nos estados.

Uma avaliação sobre a efetividade dos projetos no Acre, Mato Grosso, Pará e Tocantins verificou que a redução do número de focos de calor foi maior nos municípios apoiados e nas áreas definidas como de maior atuação dos corpos de bombeiros militares, quando comparada com as reduções totais de cada estado. Considerando os quatro estados, constatou-se uma redução de aproximadamente 30,3% dos focos de calor entre os períodos de 2003-2012 e 2013-2019.

Os dados mostraram também que, se a análise é realizada no nível de área de maior atuação das corporações, a redução é bem superior, representando 41,7%. A avaliação foi realizada, em 2021, sob a coordenação da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH (GIZ), no âmbito da cooperação técnica com o BNDES para o Fundo Amazônia.

Os recursos do Fundo Amazônia também foram destinados para instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), além dos corpos de bombeiros militares estaduais e do PrevFogo.

“O Fundo Amazônia e o BNDES ampliam sua participação no esforço conjunto do governo federal e dos governos estaduais no combate a mais este desafio que se apresenta ao nosso país, reforçando ainda seu compromisso com a transparência das ações do Fundo”, conclui a diretora Tereza Campello.

Veja abaixo as principais entregas de cada estado:

AMAPÁ

1 – Aparelhamento e Estruturação:

  • Ampliação, reforma e modernização do almoxarifado e garagem;
  • Ampliação da frota de veículos operacionais;
  • Equipamentos e materiais para prevenção e combate a incêndio florestal, como geradores, motoserras, bombas hidráulicas, sopradores, drones;
  • Insumos para prevenção e combate a incêndio florestal;

2 – Desenvolvimento das Ações de Prevenção:

  • Fortalecimento da infraestrutura do CBMAP;
  • Implementação de bases provisórias do CBMAP em 6 municípios do Estado;
  • Capacitação de agentes públicos e grupos locais em prevenção e combate a incêndios florestais e queimadas não autorizadas;

AMAZONAS

1 – Aparelhamento e Estruturação:

  • Construção de 3 novas bases operacionais;
  • Ampliação da frota de veículos operacionais, com veículos Auto Bomba Tanque Florestal (ABTF), pick ups e um ônibus de 30 lugares para transporte do contingente;
  • Equipamentos para prevenção e combate a incêndio florestal.

2 – Desenvolvimento das ações de prevenção, combate e monitoramento:

  • Equipamentos de proteção individual e insumos para prevenção e combate a incêndio florestal;
  • Ações educativas na área de incêndios florestais para agentes municipais, produtores rurais, comunidades indígenas dentre outros grupos locais.

PARÁ

1 – Aparelhamento e Estruturação:

  • Capacitação de Bombeiros Militares/Agentes Públicos em assuntos com ênfase em combate a incêndios florestais;
  • Ampliação e modernização da frota de veículos operacionais;
  • Equipamentos e materiais para prevenção e combate a incêndios florestais.

2 – Prevenção, Combate, Monitoramento e Fiscalização:

  • Equipamentos/Veículos para atividades de Fiscalização e Monitoramento;
  • Realização de campanhas educativas e capacitação para comunidades locais, capacitação de Bombeiros Militares/Agentes Públicos com ênfase em atividades de monitoramento;
  • Curso de formação de brigadas florestais (voluntárias, comunitárias) para atuação em ações de prevenção e primeiro combate;
  • Realização de missões de verificação de focos de calor e de combate a incêndios florestais e queimadas não autorizadas;
  • Implementação de brigadas de combate a incêndios florestais.

RORAIMA

 1 – Fortalecimento Institucional:

  • Construção da sede do 1º Batalhão de Proteção Ambiental no município de Boa Vista, com cerca de 1.500 m2, incluindo aquisição de móveis, máquinas e equipamentos;
  • Criação do Centro de monitoramento e controle de riscos, com investimentos para aquisição de licenciamento de software, máquinas e equipamentos;
  • Reaparelhamento do CBMRR, por meio de aquisição de equipamentos, materiais e viaturas, como pick ups; quadriciclos; veículo do tipo Auto Bomba Tanque Florestal; Caminhão Baú; drones, entre outros.

2 – Prevenção, Combate, Monitoramento e Fiscalização:

  • Capacitação de 200 agricultores e produtores locais para prevenção e combate de queimadas não autorizadas e incêndios florestais;
  • Formação de 600 brigadistas nas comunidades rurais para atuarem na prevenção e controle de queimadas; 
  • Aquisição de equipamentos de proteção individual para brigadistas.

*Com informações da Agência BNDES

Empreendimentos ribeirinhos reforçam importância do turismo para Amazônia

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Foto: Bruna Martins

No Dia Mundial do Turismo, celebrado em 27 de setembro, o Turismo de Base Comunitária (TBC) se destaca como uma poderosa ferramenta para a geração de renda em comunidades amazônicas, além de ser um aliado na proteção das florestas, biodiversidade e rios, e no combate às mudanças climáticas.

A valorização econômica da floresta em pé é essencial para reduzir o desmatamento e a pobreza – dois dos principais objetivos do desenvolvimento sustentável para a região amazônica. Por isso, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) vem realizando iniciativas para fortalecer o empreendedorismo que vem da floresta, em comunidades da Amazônia, aliado a métodos inovadores de gestão. 

A instituição apoia pousadas, restaurantes e a cadeia do artesanato na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro e nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro e do Uatumã. Por meio do Programa de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da Amazônia e da Incubadora Negócios da Floresta, a FAS proporciona mentoria empresarial para mais de 20 empreendimentos.

Um dos projetos, que teve início neste ano, intitulado “Uma parceria pela conservação da Amazônia: uma Aliança entre Natureza e Criatividade”, visa apoiar os negócios da floresta com o objetivo de combater o desmatamento, promovendo proteção ambiental com desenvolvimento sustentável. A iniciativa é executada com o apoio do grupo LVMH – Moët Hennessy Louis Vuitton SE., e tem duração até 2025.

A superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS, Valcléia Solidade, enfatiza a importância dessa cadeia para a conservação do bioma:

Em 2023, o Amazonas enfrentou uma das piores secas já registradas em sua história, quando o Rio Negro atingiu a marca de 12,70 metros, a maior vazante em 120 anos, dificultando a viagem de turistas e afetando os rendimentos dos empreendedores. O impacto foi de quase R$ 200 mil, pois reservas tiveram que ser canceladas e/ou remanejadas para outras datas. Neste ano, a previsão de especialistas é que a seca seja ainda mais severa.

Foto: Rodolfo Pongelupe

No final de agosto deste ano, o Governo do Amazonas decretou “situação de emergência” em todos os 62 municípios do estado, por causa dos efeitos da estiagem. O Rio Negro, o sétimo maior do mundo em volume de água, chegou a 13,73 metros, neste dia 27 de setembro, ficando apenas a 1,03 metros do recorde registrado no ano passado, em 27 de outubro (12,70 metros), segundo dados do Porto de Manaus.

Na comunidade Tumbira, localizada na RDS Rio Negro, que vem sofrendo com os problemas gerados pela seca, o proprietário da Pousada do Garrido, Roberto Brito, ex-madeireiro e hoje empreendedor da floresta, afirma que sempre enfrentou desafios ambientais, mas que a seca se tornou um grande gargalo, econômico e social.

“Ano passado, parei de trabalhar no dia 26 de setembro. Esse ano eu trabalhei só na [Semana da] Pátria, até dia 7 de setembro. Depois, saí com 12 clientes que eu tinha aqui, já sofrendo muito com o rio seco. O nosso acesso é todo fluvial. Quando você não tem água, não tem acesso, não tem alimento, não tem como fazer as atividades, né?”, destaca. Roberto menciona que a pousada contribui para a renda de 25 comunitários.

Ele ressalta, ainda, que sem um planejamento adequado de órgãos públicos deve ir além do emergencial. “Não há um subsídio que atenda à nossa demanda como empreendedores. Essa atividade, especialmente o turismo de base comunitária, é fundamental para manter a floresta em pé. Mas nenhum turista vem para as comunidades quando elas estão sendo poluídas, derrubadas e queimadas”, explica.

Outro empreendedor da floresta afetado é José Monteiro, dono da pousada Mirante do Uatumã, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã. O empreendimento, que oferece experiências de ecoturismo e pesca esportiva, enfrenta cada vez mais desafios para se manter ativo.

“Ano passado já tivemos um problema com a seca, operamos para manter os compromissos, mas tivemos prejuízo por conta da logística que triplica. Porque para ir buscar os turistas para a pousada você precisa fazer uma volta que aumenta três vezes mais o tempo de ida e de vinda, sem contar com o prejuízo que o motor (do barco) sofre”, comenta.

Além da distância, José acrescenta que os pontos de pesca chegam a ser reduzidos em 80%, comprometendo o faturamento do negócio. A região onde fica a pousada é conhecida mundialmente pelo turismo de pesca esportiva.

*Com informações da FAS

Seca extrema revela cor natural do rio Madeira novamente; entenda o motivo da mudança

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Rio Madeira verde. Foto: Gladson Souza/Rede Amazônica RO

A cor esverdeada do rio Madeira, em Porto Velho (RO), voltou a aparecer por causa da seca extrema. A mudança na tonalidade está diretamente ligada ao nível da água e aos sedimentos presentes no rio. Rio Madeira registrou, nesta semana, o menor nível da história: 25 centímetros.

Relembre: Seca extrema revela cor real do rio Madeira em Porto Velho

A Coordenadora de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Daniely Sant’Anna, explicou que durante os períodos de cheia, o rio adquire uma cor barrenta, enquanto nas secas intensas, a coloração esverdeada natural pode ser vista.

Segundo Daniely, a cor amarronzada do rio Madeira está ligada aos sedimentos trazidos pelos seus afluentes. Já a coloração verde ocorre por causa da presença de algas, que se alimentam de esgoto, fertilizantes e outras substâncias presentes na água.

Nos períodos de seca, como o atual, o volume de água diminui, e os sedimentos acabam decantando, ou seja, se concentram no fundo do rio. Isso faz com que a água fique mais “clara” e revele sua cor natural: esverdeada.

“A tonalidade verde está relacionada à composição do solo e à presença de algas esverdeadas, que se tornam mais visíveis quando a quantidade de sedimentos diminui”, esclareceu Sant’Anna.

Essa mudança de cor, portanto, é um fenômeno natural que ocorre sempre que o nível do rio está mais baixo.

“Quanto menos água, mais esverdeado fica o rio. E quanto mais água, mais barrento ele se apresenta”, concluiu.

Além da seca, outros fatores também influenciam o comportamento do rio Madeira, como as usinas hidrelétricas instaladas na região. Segundo a especialista, a formação dos reservatórios das usinas de Santo Antônio e Jirau alterou a velocidade da correnteza, o que interfere na movimentação dos sedimentos. O que explica a presença mais forte do verde em algumas regiões do rio.

Foto: Gladson Souza/Rede Amazônica RO

Seca histórica

Rondônia enfrenta a maior seca da história. À 1h30 da madrugada da última segunda-feira (23), o rio Madeira chegou a um nível nunca observado em Porto Velho: 25 centímetros. A medição do rio começou a ser feita em 1967 pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Em 2023, o rio já havia passado por uma seca história, mas o cenário não chegou próximo ao observado em 2024. Nesse período do ano, em 2023, o Madeira estava em 1,43 metro, mas deveria estar em torno de 3,80 metros. Atualmente o rio está a mais de 3 metros abaixo do esperado.

Esse cenário reflete na realidade das comunidades ribeirinhas, que sofrem com a falta de água e de peixes. André Pinto, pescador, viu o rio desaparecer rapidamente, assim como os peixes. Locais onde antes os ribeirinhos passavam de barco para pescar, foram substituídos por bancos de areia.

“De onde a gente tira o alimento para sobreviver é disso, da pesca. E não está tendo isso. Você desce aqui de canoa no rio desse aqui, você sobe e desce e não pega nada. Não tem”, relata o pescador André Pinto.

Outros rios do estado também enfrentam a seca. Entre 16 e 23 de setembro, foram registrados os seguintes níveis mínimos:

Rio Machado: 6,08 metros
Rio Jaruaru:
0,03 metros
Rio Pimenta:
3,43 metros
Rio Mamoré:
5,05 metros
Rio Guaporé:
3,5 metros
Rio Jamari:
1,21 metros
Rio Candeias:
8,98 metros

*Por Caio Pereira, da Rede Amazônica RO

Famosos: 4 curtas para relembrar a criatividade do audiovisual amazonense

Os filmes amazonenses têm ganhado cada vez mais destaque no cenário cinematográfico brasileiro e internacional. Essas obras exploram temas como a relação entre o homem e a floresta, as tradições indígenas, o folclore regional, desafios urbanos de cidades como Manaus e até mesmo sátiras. Mas você lembra algumas produções famosas do Estado?

Assista os curtas:

Geyzislaine, meu amor 

AuAu Schwitz 

A incrível historia de Coti: Rambo do São Jorge

A lenda de Mani

Sobre o Pipoca em Cena

A décima edição do Projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), tem o apoio institucional da Globo Filmes; Policia Militar do Amazonas; Secretaria de Estado de Educação e Deporto Escolar (SEDUC); e o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC); Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Governo do Amazonas.

Xapuri, no Acre, é a terceira cidade com maior produção de castanha no Brasil

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Xapuri é o terceiro maior produtor de castanha do país, segundo o IBGE. Foto: Marcos Vicentti/Secom AC

Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no dia 26 de setembro, revelou alguns dados relacionados ao extrativismo, que é uma atividade econômica importante para o desenvolvimento sustentável, uma vez que consiste na coleta de recursos naturais para fins de subsistência ou para a economia local. A Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), mostra que Xapuri, no interior do Acre, é o município com a terceira maior produção nacional de castanha no Brasil em 2023, estando logo atrás de Oriximiná (PA) e Óbidos (PA).

Leia também: Qual o termo certo: castanha do Pará, do Brasil ou da Amazônia?

A castanha, segundo o estado, encerrou 2023 com produção total de 9.474 toneladas, crescimento de 3,6% em relação a 2022, com preço médio de R$ 6,96/kg, crescente desde 2020, quando atingiu seu nível mais baixo. Essa expansão faz parte de um período de recuperação do mercado pós-pandemia e início da Guerra.

Os cinco municípios com maior produção são Xapuri (2.005 toneladas), Brasileia (1.628 t), Rio Branco (1.600 t), Sena Madureira (1.580 t) e Epitaciolândia (1.019 t). O valor da produção da extração vegetal no Acre em 2023 foi de R$ 113,8 milhões, configurando um recuo de 7,6% frente a 2022, ocasião em que encerrou com o valor da produção em R$ 123,1 milhões. O elemento que mais influencia este recuo é a redução da extração da madeira em tora manejada.

Os três principais produtos da extração vegetal em 2023, em termos de valor de produção, são: castanha-do-pará (58%), madeira em tora (17%) e látex coagulado (11,5%). Juntos, esses produtos respondem por cerca de 86% do valor de produção no estado.

A atividade produtiva da castanha foi incluída no Programa Acre Mais Produtivo (Proamp), que será desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e irá fortalecer toda a cadeia produtiva a partir da alocação de recursos financeiros como forma de investimento e ampliação da bioeconomia do Acre.

Para o Acre, os resultados disponíveis da pesquisa são para os grupos de produtos alimentícios, borrachas, fibras, madeiras e oleaginosos da extração vegetal.

Outros produtos

Em 2023 a produção de açaí foi de 4.031 toneladas, recuo de 9% em relação a 2022, com valor de produção de R$ 6,4 milhões, aumento de 2,6% devido ao maior patamar de preços. A extração foi menor em 2023 devido ao rearranjo do setor para a exploração da produção. Os cinco municípios com maior produção são Feijó (1.500 t), Cruzeiro do Sul (308 t), Tarauacá (260 t), Marechal Thaumaturgo (234 t) e Mâncio Lima (212 t).

O produto Hevea (látex coagulado) gerou R$ 13,1 milhões em 2023, 11,5% do valor da produção, com preço médio de R$ 17,5/kg e 751 toneladas exploradas. “A manutenção do pagamento pelos serviços ambientais aos extrativistas da borracha tem fortalecido o setor ano a ano, propiciando crescimento da produção”, destaca a publicação.

Os cinco principais municípios produtores de borracha são: Xapuri (246 t), Senador Guiomard (148 t), Brasileia (126 t), Sena Madureira (74 t) e Tarauacá (45 t).

Desse grupo, o produto madeira em tora apresentou uma queda no valor de produção de 56%, saindo de cerca de R$ 43 milhões em 2022 para R$ 19 milhões em 2023, uma queda de R$ 24 milhões, explicada pela expressiva queda do volume explorado em 2023, tendo como referência os registros do Documento de Origem Florestal (DOF).

O volume explorado em 2023 foi 172.486 m³, sendo um recuo de 58%. Os 5 municípios com maior produção são Feijó (44.195m³), Bujari (23.900m³), Rio Branco (20.621 m³), Tarauacá (19.274 m³) e Sena Madureira (18.465 m³).

*Com informações da Agência Acre