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Estudo feito por dois anos na Bacia do Rio Acre propõe soluções para mudanças climáticas

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Analisar e ter uma base sólida para a tomada de decisões. Esse foi o objetivo da apresentação de diagnósticos da Bacia do Rio Acre. A reunião, conduzida pela Secretaria de Habitação e Urbanismo (Sehurb), mostrou detalhes importantes sobre o principal rio do Acre e medidas que precisam ser tomadas para mitigar o impacto das constantes enchentes registradas no estado.

O estudo fez um levantamento detalhado das características hidrológicas da Bacia do Rio Acre, incluindo padrões de precipitação, níveis de vazão e variações sazonais, além de identificação de áreas vulneráveis a enchentes, mapeamento de riscos e análise das causas subjacentes.

Governador acompanhou a apresentação do plano de contingência. Foto: Diego Gurgel/Secom AC

A apresentação foi conduzida por Fernando Fonseca de Freitas, coordenador executivo do contrato de estudo. Ele é engenheiro ambiental, especialista em segurança de barragens. Matheus Willinghoefer, coordenador técnico, engenheiro sanitarista e ambiental, especialista em segurança de barragens e mestrando em desastres naturais, foi quem explicou como foi feito o estudo, que durou dois anos, e apresentou as soluções.

Os impactos ambientais foram destacados pela ótica da interferência na biodiversidade local, ecossistemas aquáticos e qualidade da água. Foi feita, ainda, a análise dos efeitos das mudanças climáticas sobre a frequência e intensidade das enchentes na região.

Ao fim do estudo, foram propostas melhorias nas áreas de infraestrutura e drenagem; zoneamento e ordenamento territorial e indicação de um monitoramento e alerta precoce. Entre as medidas propostas estão:

– Implementação de obras de drenagem e canalização para aumentar a capacidade de escoamento das águas pluviais;

-Manutenção e limpeza periódica de canais e galerias para prevenir obstruções e inundações;

-Definição de áreas de risco e restrição para ocupação urbana, evitando a construção em áreas suscetíveis a enchentes;

-Promoção de práticas de uso do solo sustentáveis e conservação de áreas de proteção ambiental;

-Implementação de sistemas de monitoramento hidrológico em tempo real, para detectar precocemente o aumento dos níveis dos rios;

-Estabelecimento de protocolos de alerta e planos de evacuação para comunidades vulneráveis.

O estudo seguiu de Assis Brasil até Porto Acre avaliando detalhadamente cada especificidade.

Matheus Willinghoefer explicou como foi feito o estudo durante dois anos. Foto: Diego Gurgel/Secom AC

Já para a seca severa, que também deve atingir o estado de maneira mais rígida este ano, a orientação principal é a construção de reservatórios de pequeno e médio porte; implantação de reservatórios comunitários e em propriedades rurais e gestão desses tanques para múltiplos usos. 

Estudo fundamental

Em seu discurso, o governador Gladson Cameli reforçou que o manancial é de extrema importância para os acreanos e que o estudo técnico era fundamental para que fossem pensadas as intervenções necessárias.

“O Rio Acre é uma veia essencial que leva vida para todo o nosso estado. Faz parte da nossa história e da memória afetiva do nosso povo. Temos que encontrar um ponto de equilíbrio para que as águas do Rio Acre possam fluir naturalmente trazendo paz, bem-estar e prosperidade para o povo acreano. Por isso, esse estudo técnico realizado pela Secretaria de Habitação e Urbanismo é fundamental para gerarmos propostas de obras que possam proteger os moradores das secas e inundações”, pontuou.

Entre as sugestões, há construções de barragens, desocupação de áreas às margens do rio e criação de sistemas de alerta para a população. O estudo foi dividido em seis sessões, começando pelo plano de contingência; sistema de monitoramento chuva-vazão; plano de macrodrenagem e sistema de alerta de socorro.

Brasileia atingiu a maior cota história no dia 28 de fevereiro deste ano. Foto: Marcos Vicentti/Secom AC

“Vamos restaurar os ecossistemas biológicos de árvores, plantas e animais das margens desse tão importante manancial fluvial. Faremos obras de drenagem e canalização para aumentar a capacidade de escoamento de águas das chuvas. Também é importante que façamos limpezas periódicas dos canais e galerias que derramam águas no Rio Acre”, garantiu o governador.

Ao finalizar sua fala, se comprometeu nas medidas para garantir a estabilidade do rio e das milhares de pessoas que dele vivem. Entre final de fevereiro e março deste ano, a cheia dos rios em todo o Acre castigou o estado e atingiu mais de 120 pessoas. O fenômeno foi considerado o maior desastre ambiental do estado pela Defesa Civil e deixou 19 das 22 cidades em situação de emergência, devidamente reconhecida pelo governo federal.

O secretário de Habitação e Urbanismo, Egleuson Santiago, diz que o estudo e os resultados dele reafirmam o compromisso do governo do Acre em buscar soluções que tragam segurança e qualidade de vida para a população do estado.

“O estudo começou no município de Assis Brasil, passou por Brasileia, Xapuri, Rio Branco, finalizando em Porto Acre. Durante este período, foi realizada uma análise detalhada e abrangente dos dados hidrológicos, geomorfológicos e climáticos da bacia do Rio Acre. As recomendações e os dados apresentados neste estudo são fundamentais para a formulação de políticas públicas eficazes e para a implementação de projetos que visem a proteção da nossa região”, destacou.

*Com informações da Agência Acre

Gestores públicos e prefeitos se reúnem em Belém para Fórum de Cidades Inteligentes 

Belém sedia, no dia 5 de junho, o Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes para tratar de tecnologia e inovação no desenvolvimento dos municípios paraenses. Com apoio da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (FAMEP), o evento, promovido pela Rede Cidade Digital (RCD) em parceria com a Prefeitura de Belém, por meio da Companhia de Tecnologia da Informação de Belém (Cinbesa), vai reunir no Palácio Antônio Lemos prefeitos, gestores, servidores e especialistas.

O diretor-presidente da Cinbesa, Antônio Paracampo, ressaltou a importância de Belém realizar o evento para promover o compartilhamento de conhecimentos e informações sobre tecnologias utilizadas em benefício da sociedade.

“Trazer esse tipo de evento garante que a população ‘veja’. A questão do princípio da transparência mostra o que um governo está realizando para atender a uma determinada demanda e o fortalecimento de cidades digitais e inteligentes garante maior eficiência da prestação de serviço do poder público à sua população”, afirma Paracampo. 

O Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes em Belém é o primeiro evento presencial da Rede Cidade Digital no Estado do Pará. Conforme destaca o diretor da RCD, José Marinho, o objetivo do evento, já consolidado em vários Estado brasileiros, é promover um ambiente de interação e acesso a diversas soluções disponíveis para melhorar o atendimento ao cidadão: 

“O objetivo é abordar tudo que tem sido feito visando a melhorar a oferta de serviços. A pandemia intensificou mais esse movimento com a implementação de políticas públicas voltadas para melhorar a vida das pessoas por meio da tecnologia e da inovação”, observa Marinho.

COP-30, um desafio para Belém

“Belém tem um desafio muito importante e queremos contar com o Fórum de Cidades Inteligentes e as instituições que compõem essa rede”, ressalta o prefeito Edmilson Rodrigues. “Em 2025, Belém vai sediar a conferência sobre o clima da ONU, a COP-30, e isso nos exige, cada vez mais, estabelecer conexões sobre as mais diversas dimensões da vida humana e da vida urbana em particular. Uma das estratégias centrais do planejamento estratégico de gestão é tornar Belém Inteligente Metrópole Amazônica da Inovação”, conclui Edmilson Rodrigues.

Prefeitos Inovadores 

Durante o Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes da “Região de Belém”, a Rede Cidade Digital também realiza a entrega do título de Prefeito Inovador 2024 dessa região. Para a seleção e o reconhecimento, são considerados diversos fatores, entre eles a utilização da tecnologia de forma estratégica na gestão pública, como forma de melhorar a prestação de serviços e qualidade de vida do munícipe, e o impacto positivo no desenvolvimento das cidades.

Além de políticas públicas e modelos implementados nos municípios, no encontro os gestores terão acesso às soluções desenvolvidas pela 1Doc, Aprova, Portal de Compras Públicas e Layout Sistemas. 

*Com informações da Agência Belém

Associação Yanomami ganha prêmio por campanha publicitária em que estátua indígena foi enviada para indicados ao Oscar 2023

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A Urihi Associação Yanomami ganhou na categoria ‘Destaque Publicitário’ a 7ª edição do Prêmio Sim à Igualdade Racial, do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) com a campanha ‘The Cost Of Gold (O Preço do Ouro)’. A iniciativa enviou a vinte indicados ao Oscar 2023 uma estatueta de madeira da divindade Yanomami Omama como alerta contra a extração ilegal do ouro.

A cerimônia foi transmitida no dia 26 de maio em São Paulo. A campanha de 2023 teve a intenção de conscientizar as estrelas de Hollywood para que elas usem de sua influência global e ajudem na causa Yanomami e também nos problemas que a extração de ouro podem causar.

Estrelas como Ana de Armas, Austin Butler, Cate Blanchett, Colin Farrell e Michelle Yeoh receberam a estatueta de madeira. A ação foi promovida pela Urihi em parceria com a agência DM9.

Além da estatueta de madeira, a campanha inclui um filme que mostra os malefícios da extração de ouro e informa que para a extração do mineral é usado mercúrio, metal altamente tóxico ao ser humano e ao meio ambiente.

Foto: Reprodução/X-thecostofgold

A campanha estava concorrendo com “Uma Princesa Puxa a Outra”, da Seda e “Tá Na Sua Mão”, do Meta. O prêmio foi entregue à Júnior Hekurari Yanomami, presidente da Urihi e estrela da campanha, junto com Roberto Yanomami. Em seu discurso de agradecimento, Hekurari destacou a identidade de luta do povo Yanomami.

“Somos Yanomami, eu acho que é importante essas campanhas, a gente realizar nas grandes cidades, a gente representar nossa identidade e essa é nossa identidade: de luta. Obrigado”, disse no discurso.

Hekurari reforçou a importância de ações como a do prêmio para incentivar iniciativas que promovem a igualdade. Para ele, é essencial conquistar espaço nas políticas públicas e o trabalho feito por campanhas publicitárias como a premiada precisam ser constantes pois “a situação ainda é tensa em Yanomami”.

“Fomos selecionados para esse prêmio importante, pelo trabalho que estamos realizando para combater a violência nas grandes cidades e, principalmente, nas terras indígenas. Esta é uma situação grave que precisa ser comunicada à sociedade civil, para que todos saibam o que realmente acontece na Terras Indígenas Yanomami. A visibilidade que nosso trabalho ganhou é crucial, pois é um trabalho arriscado e perigoso”, disse a liderança.

Ele destacou também a parceria com a agência DM9 e a participação das lideranças na luta Yanomami, que é o maior território indígena do Brasil e vive uma crise humanitária sem precedentes devido ao avanço do garimpo ilegal, principalmente de ouro. A invasão provocou a morte de crianças e deixou outras dezenas de indígenas doentes.

O prêmio é dado para incentivar esforços das pessoas e organizações que lutam pela igualdade racial, para “criar um impacto duradouro e inspirar outros a se envolverem constantemente e ativamente nessa importante causa”.

Foto: Divulgação/id_br

O Preço do Ouro

“As pessoas que vão ao Oscar tem o poder de mudar a cultura popular de todo o planeta. Abandonar o ouro é uma mudança que tem que começar por quem molda a cultura popular. Por isso, estamos pedindo o apoio deles, para que o ouro ilegal vire um tema global, porque é sim uma tragédia global que até agora não recebeu a atenção necessária”, destacou a liderança.

Hekurari afirmou que a ideia é mudar os rumos que a extração de ouro tem tomado na história recente do mundo, dizimando populações inteiras – incluindo os Yanomami.

*Por Caíque Rodrigues, do g1 Roraima

Pontos de desmatamento ilegal são identificados em Porto Grande, no Amapá

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No período de 20 a 25 de maio foi realizado mais um ciclo da ‘Operação Protetor dos Biomas’ , uma ação integrada da Polícia Civil do Amapá. A operação aconteceu em uma área rural do município de Porto Grande, distante 108 quilômetros da capital Macapá). Foram identificados 25 pontos de desmatamento ilegais na região.

Ainda na semana de operações, foi apreendida uma espingarda calibre 12 e oito munições de calibres diversos em um alojamento de uma área de mineração. Além disso, foram feitas fiscalizações em rodovias e ramais, para detectar transporte ilegal de produtos provenientes da floresta e de animais silvestres. Ninguém foi preso.

Operação Protetor dos Biomas realizada pela Polícia Civil do Amapá. Foto: Divulgação/Polícia Civil AP

Conforme a polícia, o município de Porto Grande foi selecionado devido o elevado número de alertas gerados na região entre 2023 e 2024. A ação busca investigar a prática do desmatamento ilegal.

A ação foi realizada por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), com apoio do Departamento de Polícia da Capital (DPC), do Núcleo de Operações em Inteligência da Polícia Civil do Amapá (NOI), da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (Deccp) e da Delegacia de Polícia de Porto Grande.

Operação da Polícia Civil do Amapá investiga desmatamento ilegal. Foto: Divulgação/Polícia Civil AP

Lei de Crimes Ambientais

Pessoas envolvidas em algumas destas práticas, podem responder pelo crime previsto no art. 50-A da Lei de Crimes Ambientais, que diz que desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização de um órgão competente tem pena de reclusão de 2 à 4 anos e multa.

*Por Isadora Pereira, do g1 Amapá

Acervo completo da revista científica Amazoniana é digitalizado pelo Inpa

Uma das primeiras revistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), a ‘Amazoniana — limnologia e ecologia regional do sistema fluvial amazônico‘, foi digitalizada e disponibilizada para acesso público e gratuito no Repositório Digital do Inpa. Editada na Alemanha, em parceria com o Instituto Max-Planck, a revista circulou de 1965 a 2007 em formato impresso.

Com artigos inéditos, Amazoniana publicou textos escritos em alemão, português e inglês, e em menor quantidade em espanhol e francês. A revista levou para o cenário internacional pesquisas realizadas na Bacia Amazônica por grupos de pesquisa estrangeiros e nacionais, em cooperação com o Inpa. Na primeira década do Instituto (implantado em 1954), as comunicações científicas ocorriam via Cadernos Amazônicos. 

Seis anos após o funcionamento da Amazoniana, em 1971, nasceu a Acta Amazonica, a primeira revista do Inpa editada no Brasil com recursos nacionais, e que permanece até a atualidade. De acesso aberto e gratuito, a revista multidisciplinar possui todo o seu acervo em formato digital.

“Reunimos os volumes que estavam dispersos em salas de pesquisadores, e tomamos a iniciativa de fazer um trabalho de digitalizar toda a coleção a fim de disponibilizá-la ao público. Então, estamos premiando os leitores com essa importante publicação do século XX e preservando uma parte relevante da memória institucional da produção e circulação do conhecimento científico do Inpa”,

disse o curador da Coleção de Invertebrados do Inpa, o pesquisador Marcio Oliveira, destacando a necessidade de ter investimento governamental para financiar a digitalização de acervos históricos do Amazonas.
Pesquisador Marcio Oliveira. Digitalização da revista Amazoniana. Foto: Cimone Barros/Ascom Inpa

A iniciativa de digitalizar a Amazoniana teve início em 2022, e contou com a participação  do Serviço de Biblioteca e Gestão da Informação (Sebgi), liderado pelo bibliotecário Inácio Oliveira, e com o pesquisador aposentado Célio Magalhães, da área de crustáceos. A Biblioteca já tinha uma coleção completa da Amazoniana, e com a obtenção dos fascículos de Magalhães e de outros pesquisadores, hoje são duas coleções integrais, disponíveis para consulta local.

De acordo com o bibliotecário Inácio Oliveira, ao todo foram publicados 19 volumes da Amazoniana, cada um com quatro fascículos, gerando 593 trabalhos digitalizados, a maioria artigos, mas se considerou também prefácios, editoriais, comentários, ensaios e obituários. Os artigos abordavam os processos físicos, químicos e biológicos das águas amazônicas, além das áreas úmidas da região e investigações com plantas, peixes, algas e insetos aquáticos. Há ainda registros de pesquisas em outros biomas, como no Pantanal, mas em menor quantidade.

“Esse é um conhecimento muito importante sobre a Amazônia e ficou restrito a exemplares impressos em estantes de bibliotecas. Hoje a demanda é mais pelo artigo digital, que tem potencial de visibilidade para a comunidade acadêmica”, ressaltou o bibliotecário Inácio Oliveira. 

Digitalização da revista Amazoniana. Foto: Cimone Barros/Ascom Inpa

Segundo o chefe da biblioteca, ao inserir as publicações no Repositório Digital do Inpa, que possui quase 30 mil itens, as obras se conectam às redes e repositórios nacionais e internacionais, que têm ramificações globais.

“A partir do momento que disponibilizamos o artigo no Repositório, ele é coletado por coletores da América Latina, da Europa e do mundo , e com isso conseguimos dar maior visibilidade para a produção feita no Inpa”, explica.

Além de digitalizar a Amazoniana, que dará um ganho para as publicações do século passado, a Biblioteca do Inpa está em processo de digitalização da Coleção de Obras Raras, com quase três mil volumes do século XVII até o século XIX e disponibilizando em acesso aberto.

Saiba mais

A revista Amazoniana foi fundada pelo então pelo diretor do Inpa, o médico, cientista e escritor Djalma Batista — que consagrou seu prestígio com a obra ‘O Complexo da Amazônia: análise do processo de desenvolvimento’ -, e pelo diretor do departamento de Ecologia Tropical do Instituto Max-Planck de Limnologia (Plön/Alemanha), Harald Sioli, cientista que deu início ao convênio com o Max-Planck. Sioli influenciou sobremaneira os estudos de ecologia tropical e suas pesquisas foram pioneiras sobre a classificação das águas dos rios da Amazônia.

*Com informações do Inpa

Escritor manauara Vitor Gusmão vence premiação literária nacional em três categorias

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O poeta e escritor amazonense Vitor Gusmão, natural da cidade de Manaus, participou, neste fim de semana, do Prêmio Ecos da Literatura, no qual foi vencedor em três categorias. O evento, que aconteceu no dia 25 de maio na cidade de São Paulo (SP), atualmente está em sua 5º edição. A premiação contempla a divulgação de novos escritores além de promover a literatura.

Vitor Gusmão compareceu à cerimônia de premiação, da qual saiu triplamente vitorioso, com o apoio por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Seu primeiro livro de poesias, “Sentimentos e Vivências”, lançado em agosto de 2023 pela Editora Brunsmarck, foi indicado a três categorias do Prêmio Ecos da Literatura: Melhor Livro de Poesia, Autor Revelação e Melhor Livro Nacional.

O autor e vencedor dessas três categorias no Prêmio Ecos da Literatura compartilha sua experiência e gratidão pela oportunidade de participar e ser finalista do evento, destacando a representação da Amazônia em sua vestimenta e em seu discurso. “Foi muito gratificante a experiência de estar participando presencialmente da cerimônia de premiação literária. Eu nunca tinha ido ao Sudeste brasileiro, então foi muito legal ter tido essa oportunidade”, afirma

“Fui com uma camisa escrito ‘O Norte Existe’, um chapéu e um colar indígena. Busquei fortalecer muito a nossa região, falei da dificuldade que a gente enfrenta, falei dos povos indígenas, e falei o quanto eu tenho orgulho de ser daqui, de onde nós somos, de pertencer a essa cultura.” disse.

Durante sua apresentação, o escritor recitou um poema inédito de sua autoria, chamado “Filho da Amazônia”, agradando bastante o público. Ele reforça que apesar de estar no início de sua carreira literária, pretende continuar produzindo e aprofundando-se na cultura dos povos amazônicos.

O autor também agradeceu o apoio da SEC por apoiar sua participação na premiação, ressaltando a importância de levar a literatura nacional para diferentes locais e promovê-la.

“Agradeci ao nosso secretário Estadual de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, no primeiro discurso, porque foi a Secretaria de Cultura e Economia Criativa que ajudou com as passagens. E isso também é importante, para levar nossos nomes e divulgar a literatura nacional nesses ambientes”, destaca.

O poeta amazonense ainda está concorrendo ao prêmio nacional “Reflexo Literário” com seu primeiro livro de poesias, “Sentimentos e Vivências”. Gusmão concorre em duas categorias: Autor Revelação (Vitor Gusmão) e Melhor livro de poesia (“Sentimentos e Vivências”).

*Com informações da Secretaria de Cultura do Amazonas

Trabalho sobre inseticidas feitos a partir de plantas da Amazônia no Acre é publicado em livro nacional

O trabalho de pesquisadores da Embrapa Acre sobre o uso de plantas da Amazônia como base para inseticidas naturais foi selecionado para fazer parte do livro ‘Inseticidas botânicos no Brasil: aplicações, potencialidades e perspectivas’. A obra reúne resultados de pesquisas desenvolvidas por diferentes instituições nos últimos 15 anos.

A publicação foi feita pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e foi preparada através de pesquisa, experimentação e emprego prático de inseticidas botânicos em programas de manejo de pragas. Esse exemplar vem depois de uma década e meia sem novas publicações sobre o tema.

A obra evidencia as potencialidades da química na Amazônia, que é um aspecto essencial para o desenvolvimento de estudos entomológicos (especialidade da biologia que estuda os insetos sob todos os seus aspectos e relações com o homem, as plantas, os animais e o meio ambiente). O livro está disponível para compra no site da editora Fealq.

O pesquisador Murilo Fazolin, um dos autores do capítulo sobre o uso de óleos essenciais em fórmulas de inseticidas, crê na importância dos estudos de bioprospecção, como é chamada a pesquisa de compostos químicos, genes, micro e macrorganismos e outros produtos naturais para seu potencial uso na indústria, de plantas com potencial de uso inseticida, realizados na Amazônia Ocidental.

“Buscamos reunir informações sobre o desenvolvimento das pesquisas e o potencial de aplicação do óleo essencial de pimenta-de-macaco (Piper aduncum L.) como inseticida botânico. Além disso, abordamos as tendências de uso de óleos essenciais em alguns países, incluindo a aromaterapia com cheiros amazônicos, e destacamos a necessidade de ampliar as pesquisas com óleos essenciais e as possibilidades de uso desses produtos no Brasil”, enfatiza Fazolin.

O trabalho envolveu profissionais de áreas distintas e diferentes expertises. Também assinam como autores do capítulo os analistas da Embrapa Acre: André Fábio Medeiros Monteiro e Fernando Wagner Malavazi e a engenheira agrônoma Joelma Lima Vidal Estrela.

Pesquisas com óleos essenciais

Para as pesquisas com a pimenta-de-macaco foi necessário fazer a caracterização e seleção genética da espécie, para a formação de coleções com variabilidade, que compõem o Banco Ativo de Germoplasma (BAG) mantido na Embrapa Acre, atualmente com mais de 700 materiais.

Óleo essencial de pimenta-de-macaco, planta encontrada em abundância na região, é o principal produto pesquisado pela instituição. Foto: Asscom/Embrapa AC

“Percebemos que era possível extrair o óleo essencial de pimenta-de-macaco e, então, investimos no melhoramento da planta, por meio de cruzamentos, para selecionar aquelas mais produtivas em óleo com maior teor de dilapioll”, conta Fazolin.

O pesquisador também destaca o trabalho voltado para o manejo da pimenta-de-macaco, especialmente o espaçamento utilizado na implantação dos cultivos e práticas adequadas de adubação e irrigação.

“Aos poucos fomos aprimorando conhecimentos sobre a pimenta-de-macaco e passamos a estudar também outras plantas com potencial inseticida. Esse trabalho faz da Embrapa Acre uma referência em pesquisas com óleos essenciais da Amazônia e outras regiões do Brasil”, ressalta.

Os estudos com a planta amazônica querem fazer com que seja possível o uso comercial do dilapiol como inseticida botânico e como complemento de inseticidas convencionais para aumentar a eficiência desses produtos no controle de pragas agrícolas.

De acordo com Murilo, o produto já foi testado em campo, como inseticida, mas ainda necessita de ajustes para ser disponibilizado como matéria prima pela indústria, para atender ao mercado de inseticidas. “Provamos que o óleo essencial potencializa vários grupos de inseticida e vamos avançar a partir do momento que pudermos formular o produto para testar como um sinérgico”, afirma.

*Com informações do g1 Acre

Criação da Reserva Indígena Sierra del Divisor Ocidental é anunciada no Peru

O Ministério da Cultura do Peru anunciou a criação da Reserva Indígena Sierra del Divisor Ocidental, que compreende territórios das regiões de Loreto e Ucayali.

Assim foi disponibilizado o Decreto Supremo N° 004-2024-MC publicado nas Normas Legais do Diário Oficial El Peruano e que especifica que a Reserva Indígena Sierra del Divisor Ocidental compreende uma superfície total de 515.114,7323 hectares.

A categorização da Reserva beneficia os povos indígenas Remo ou Isconahua, Mayoruna (Matsés e Matis) e Kapanawa, em situação de isolamento.

A norma real que o objetivo da categorização da Reserva Indígena Sierra del Divisor Ocidental consiste é na proteção dos direitos, territórios e condições que garantem a existência e integridade dos povos indígenas.

Esta Reserva ocupa territórios dos distritos de Maquía, Alto Tapiche e Emilio San Martín, província de Requena; Vargas Guerra, Contamana e Padre Márquez, província de Ucayali, na região Loreto; e no distrito de Callería, província de Coronel Portillo, na região Ucayali.

Povos indígenas em situação de isolamento

O Decreto afirma que a categorização da Reserva Indígena protege os direitos fundamentais, coletivos e o uso e manejo dos recursos naturais para a subsistência dos povos indígenas da região.

A categorização, de acordo com a normativa vigente, não impede o exercício do direito dos povos indígenas identificados como adjacentes e próximos, que têm tradicionalmente acesso a esta área, com o fim de usar as terras para suas atividades tradicionais e de subsistência.

“O uso feito por esses povos indígenas deve ser compatível com os direitos e usos tradicionais dos povos indígenas em situação de isolamento”, afirma a norma.

Foto: Reprodução/Agência Andina

A norma menciona que o Ministério da Cultura coordena com os atores competentes os mecanismos de proteção dos direitos dos povos indígenas em situação de isolamento, a fim de garantir o respeito de sua vida, integridade física e cultural, costumes e tradições.

Para a implementação do Plano de Proteção, cada setor, instituição ou organização que compõe o comitê gestor desenvolve ações no âmbito do Regime Especial Intersetorial e de acordo com suas funções para garantir a proteção dos direitos dos povos indígenas em um situação de isolamento.

Para a elaboração do Plano de Proteção da Reserva Indígena Ocidental Sierra del Divisor, o Ministério da Cultura, por meio do Vice-Ministério da Interculturalidade, garante a participação de organizações indígenas representativas na proteção dos povos isolados da referida reserva.

O decreto supremo estabelece que a Reserva Indígena Ocidental da Serra do Divisor subsiste enquanto os povos indígenas em situação de isolamento mantiverem essa situação ou, quando em virtude de seu direito à autodeterminação, decidirem iniciar ou manter um processo de inter-relação com os demais membros da sociedade nacional, encontrando-se numa situação de contato inicial.

A gestão da Reserva é financiada pelo orçamento institucional do Ministério da Cultura, e as demais atividades desenvolvidas no âmbito do Plano de Proteção são financiadas pelo orçamento institucional das entidades envolvidas, no respectivo exercício fiscal, sem exigir recursos adicionais da Fazenda Pública e de acordo com as disposições legais e competências de cada entidade.

Este decreto supremo leva a assinatura da Presidente da República, Dina Boluarte; e é endossado pela Ministra da Cultura, Leslie Urteaga.

*Com informações da Agência Andina

Cartilha destinada à povos indígenas no MT reúne orientações para elaboração e gestão de projetos

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Uma cartilha de elaboração e gestão de projetos para os povos indígenas de Mato Grosso foi lançada pelo Programa REM MT. A cartilha ‘Tecendo Projetos – Associações Indígenas no Protagonismo da Elaboração e Gestão de seus Projetos’ foi produzida a partir da oficina de Elaboração e Gestão de Projetos, organizada em três módulos, entre o período de abril e agosto de 2023.

A oficina, que foi realizada em Cuiabá, foi uma iniciativa do Programa REM MT e contou com a colaboração da instituição Remar. Participaram 30 lideranças indígenas de 21 etnias mato-grossenses, que se capacitaram para elaborar, gerir projetos e elaborar relatórios técnicos, prestar contas dos recursos recebidos, além de fortalecer suas cadeias de valor e conquistar protagonismo.

Lideranças indígenas participaram da oficina de capacitação em gestão de projetos. Foto: Divulgação/Programa REM MT 

Para sintetizar todo o conhecimento compartilhado durante a oficina, foi produzida uma cartilha que explica o passo a passo da elaboração e gestão de projetos, visando minimizar os desafios na elaboração dos mesmos nos formatos exigidos, auxiliando na compreensão desde a idealização até o seu encerramento. 

A cartilha busca dar autonomia aos povos indígenas, o que para eles, é de extrema importância.

“Realizamos alguns projetos de recurso internacional, aos cuidados de instituições brasileiras, e vamos fazendo acontecer da maneira que os povos indígenas sejam os autores e gestores das propostas”, apontou Luizinho Tserewatsitsi durante uma das atividades da oficina de elaboração e gestão de projetos.

A cartilha foi produzida em duas partes principais, a primeira orientando sobre escrita de projetos, apresentando temas como diagnóstico participativo, documentação exigida nos editais de financiamento, escrita, análise de riscos e captação de recursos. 

A segunda parte trata de gestão, realização das atividades, prestação de contas, relatórios técnicos e comunicação. Além disso, foi criada uma lista com significados de projetos com o propósito de tornar mais acessível a compreensão dos termos técnicos utilizados na publicação.

Foto: Divulgação/Programa REM MT

O coordenador do Subprograma Territórios Indígenas do REM MT, Marcos Ferreira, explica que diversos projetos recepcionados pelo Programa são submetidos por instituições indígenas, mas em sua maioria, escritos e geridos por instituições não-indígenas e por isso este processo de aprendizagem em elaboração e gestão de projetos para os povos indígenas é fundamental, para se alcançar a independência externa e fortalecer o protagonismo.

“Com a disponibilização dessa cartilha será possível fortalecer as organizações ou associações indígenas beneficiárias pelo Programa REM MT. Atualmente, a maior parte dos projetos conta com o apoio de terceiros ou instituições sociais que os apoiam, mas é importante que eles tenham o conhecimento necessário para fazer a gestão de seus projetos de forma autônoma”, pontua o coordenador.

A cartilha ‘Tecendo Projetos – Associações Indígenas no Protagonismo da Elaboração e Gestão de seus Projetos’ foi produzida com colaboração dos próprios indígenas, com a introdução de falas, imagens e textos elaborados durante a oficina.

Para conferir a cartilha na íntegra, acesse aqui. 

*Com informações do Programa REM MT

Orquídeas são indicadoras de ambientes bem conservados, afirma pesquisador

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Apreciadas por muitas pessoas pela beleza das flores, o que faz com que elas sejam usadas em presentes e decorações, as orquídeas também podem indicar o nível de conservação de uma vegetação. Segundo o professor Felipe Fajardo, doutor em botânica e docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Capitão Poço, no Pará, as orquídeas ganham essa fama pois são específicas quanto aos lugares onde vivem e interagem de forma complexa com o meio ambiente em que estão inseridas.

“As orquídeas formam a família Orchidaceae, uma das maiores, com cerca de 30.000 espécies, e mais cultivadas no mundo. São reconhecidas por um conjunto de características morfológicas, como o caule espessado, formando um pseudobulbo, as pétalas em número de três, sendo uma modificada em labelo com maior destaque, funcionando como uma plataforma de pouso para insetos polinizadores e os grãos de pólen compactados, que formam uma massa denominada de polínia”, diz.

Leia também: Falsa parasita: conheça as Cattleyas, orquídeas nativas da Amazônia

De acordo com o professor, essas plantas ocorrem praticamente em todo o mundo e nos mais diversos habitats, sendo mais comuns em ambientes tropicais e subtropicais, fazendo parte do grupo de vegetais chamados de “cosmopolitas”, visto que estão presentes em diversas regiões do mundo.

“As orquídeas podem ocorrer como: terrícolas quando se desenvolvem no solo; rupícolas quando se desenvolvem nas rochas; epífitas quando vivem sob alguma árvore; subaquáticas desenvolvendo-se em ambientes parcialmente alagados; hemiepífitas que passam uma parte da vida no solo e outra sobre a árvore ou como micoheterotróficas obtendo alimentos através de uma associação com fungos”, explica.

Segundo ele, quando nesses habitats as condições de umidade e de disponibilidade de luz são alteradas, por exemplo, em decorrência de desmatamento, algumas espécies de orquídeas tendem a sumir.

“Elas desaparecem, pois as condições necessárias para o desenvolvimento adequado delas deixam de existir naquele local, fazendo com que elas definhem, sequem e morram”, diz o professor.

Ainda segundo o botânico, as orquídeas, assim como os outros seres vivos, desenvolvem relações ecológicas com algumas plantas, animais e até mesmo fungos, que é quando sofrem ou causam efeito sobre os outros seres do ambiente em que vivem. Essas relações podem ser harmônicas, trazendo benefícios, ou desarmônicas, quando há prejuízos para pelo menos um dos envolvidos.

“Entre as principais relações desenvolvidas por elas estão: o epifitismo no qual inúmeras espécies de orquídeas ocorrem sobre as árvores porém sem parasitá-las; o mutualismo em que duas situações merecem destaque: fungos micorrízicos favorecem a germinação das sementes de orquídeas e as flores das orquídeas são polinizadas majoritariamente por insetos; e a herbivoria em que alguns insetos se alimentam de partes das orquídeas, inclusive de suas flores”, explica o professor.

No Brasil, as orquídeas podem ser encontradas nos seis domínios fitogeográficos presentes no território (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa), porém são encontradas mais espécies na Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado, respectivamente. Domínios fitogeográficos são conjuntos de vida vegetal e animal que possuem semelhança entre si e podem ser identificados em nível regional com condições de clima parecidas e que sofreram o mesmo processo de formação da paisagem.

De acordo com o botânico Felipe Fajardo, na Amazônia Brasileira ocorrem 134 gêneros e 784 espécies, segundo os dados disponíveis mais atualizados.

Foto: Reprodução/Ufra

Existem estudos que mostram que na cultura chinesa partes do caule de uma espécie de orquídea é utilizado para o tratamento de inflamação na garganta, febre e gastrite superficial crônica, além de ser usado também para a produção de um tônico que promete melhorar a qualidade de vida das pessoas.

De acordo com o professor, há também relatos da utilização da mucilagem, secreção extraída do caule de algumas espécies, como uma cola, sendo considerada item importante na fabricação da viola de cocho, instrumento musical de cordas. “É provável que a orquídea mais conhecida no mundo seja Vanilla planifolia, que é a principal espécie de baunilha. A vanilina, principal essência extraída dos frutos de Vanilla planifolia e de algumas outras poucas espécies de baunilhas, é bastante utilizada na produção de alimentos, como bolos e sorvetes, e na indústria de cosméticos”, complementa o professor.

Projeto ‘Orquidário: aprendendo com as flores’

O professor Felipe Fajardo também é coordenador do projeto de extensão ‘Orquidário: aprendendo com as flores’, que desde 2019 reúne alunos e docentes da Ufra Capitão Poço para trocarem informações sobre a flora amazônica com a comunidade externa à universidade.

A iniciativa é desenvolvida por meio do Núcleo de Pesquisas em Epífitas (Nupéfita) e conta com a participação de cinco docentes e de mais de vinte discentes de graduação e pós-graduação. “As atividades do Nupéfita abrangem quatro grandes linhas: Florística e Sistemática Vegetal, Ecologia e Conservação Vegetal, Etnobotânica e Análises estatísticas aplicadas à botânica, com ênfase na família das orquídeas, samambaias e licófitas, especialidades de pesquisadores do grupo”, diz o professor.

O projeto tem como objetivo atrair a atenção da comunidade interna e externa à Ufra para o ‘mundo da botânica’, difundindo o conhecimento científico e permitindo a aproximação entre ciência e sociedade. Utilizando assuntos de maior interesse das pessoas (floração e cultivo das orquídeas) como ponto de partida, o grupo consegue abordar temáticas menos disseminadas na sociedade, como: as relações ecológicas que elas estabelecem com outras espécies, as características morfológicas e as classificações das plantas.

Entre as atividades realizadas no projeto estão: a manutenção do orquidário e da coleção científica presente nele (incluindo as regas diárias das plantas e o controle de pragas); visitas guiadas ao espaço do orquidário; elaboração de guias fotográficos utilizados e distribuídos durante as visitações; divulgação de conteúdo através das redes sociais do grupo Nupéfita e o evento anual, realizado no mês de dezembro, intitulado ‘Exposição do Orquidário Nupéfita’.

Durante as visitas ao Orquidário Nupéfita, as pessoas têm a oportunidade de conhecer o espaço e observar as espécies presentes nele. De acordo com o professor Felipe Fajardo, o número de espécies e de plantas no espaço varia ao longo dos meses, pois alguns indivíduos são herborizados (prensados, secos e armazenados em um herbário) para fins científicos e outros, eventualmente, morrem.

“Em contrapartida, realizamos a produção e recebemos doações de mudas. A coleção também pode ser ampliada através da incorporação de indivíduos procedentes de coletas científicas, autorizadas pelos órgãos ambientais pertinentes. Atualmente, o Orquidário Nupéfita abriga quase 100 espécies e mais de 300 plantas de bromélias, cactos, aráceas, gesneriáceas, orquídeas e samambaias”, diz o professor.

A visita ao orquidário é gratuita e realizada para grupos a partir de cinco pessoas através de agendamento feito com no mínimo uma semana de antecedência, os interessados podem entrar em contato com o Nupéfita. Para grupos escolares, o agendamento deve ser feito por um representante da escola (professores, direção ou coordenação pedagógica).

Durante os dias 10, 11 e 12 do mês de julho deste ano, o Orquidário Nupéfita estará com um estande de exposição na 76º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), evento sediado na da Universidade Federal do Pará (UFPA), campus Belém, e irá apresentar a diversidade vegetal amazônica para o público e os projetos de pesquisa em desenvolvimento pelo Nupéfita.

*Com informações da UFRA