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Encontro das Águas: projeto musical celebra 10 anos em Manaus; confira programação

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Celebrando 10 anos, a série Encontro das Águas retorna ao palco do Teatro Amazonas, em Manaus (AM), com uma programação que reflete e celebra sua trajetória de crescimento e diversificação. Desde seu surgimento a série tem sido pioneira em integrar diferentes formas de arte, proporcionando experiências únicas para o público.

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Marcelo de Jesus, diretor artístico da série Encontro das águas, relembra como tudo começou de forma inesperada durante uma temporada de concertos denominada Guaraná. Um concerto que combinou a peça ‘Os Planetas’ de Gustav Holst com a suíte de ‘Star Wars’, de John Williams foi o ponto de partida para a atual série.

O evento foi responsável por atrair uma audiência diversificada, mostrando o potencial de atrair novos públicos, quando se une a cultura erudita à cultura pop.

Foto: Arquivo / Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Desde então, a série cresceu em escala e ambição, expandindo-se para abranger não apenas trilhas sonoras de filmes populares, como ‘Star Wars’, ‘Harry Potter’ e ‘Senhor dos Anéis’, mas também trilhas de videogames. A inclusão do balé clássico, com produções como ‘O Lago dos Cisnes’ e ‘Dom Quixote’, trouxe uma nova dimensão à série, atraindo ainda mais espectadores.

Neste ano comemorativo de uma década, a série Encontro das Águas traz mais uma vez uma programação diversificada e inovadora. Entre os destaques estão: apresentação especial de ‘Star Wars’, na qual a trilha sonora da saga completa será tocada em uma única noite; estreia do balé ‘Cinderela’ com cenários virtuais por videomapping; e uma imersão no mundo oriental com o espetáculo ‘Oriente’, que vai contar com suítes de produções famosas do Studio Ghibli e incluindo até mesmo uma suíte de ‘Pokémon’.

Além disso, a série continua a explorar a interseção entre diferentes formas de arte, incluindo teatro e cinema. O público poderá desfrutar de produções como ‘Cabaré Chinelo’, acompanhado da Orquestra de Câmara do Amazonas, e ‘Baré Fiction’, uma homenagem aos filmes de Quentin Tarantino, demonstrando o compromisso contínuo da série em oferecer experiências culturais diversas e emocionantes.

Programação da Série Encontro das Águas

  • Cabaré Chinelo

Ateliê 23 e Orquestra de Câmara do Amazonas

5 e 7 de agosto – 20h

  • Cinderela

Balé clássico com música de Sergey Prokofiev

Amazonas Filarmônica e Ballet Álvaro Gonçalves

8, 9, e 10 de agosto – 20h

11 de agosto – 19h

  • Baré Fiction

Espetáculo com trilha sonora dos filmes de Quentin Tarantino

Banda All Star, Balé Folclórico do Amazonas e Orquestra de Câmara do Amazonas

13 e 14 de agosto – 20h

  • Saga Star Wars

Saga completa com trechos das três trilogias

Coral do Amazonas e Amazonas Filarmônica

15 e 17 de agosto – 20h

18 de agosto – 19h

  • Oriente

Imersão no fantástico mundo oriental com temas de animes, jogos, séries, e k-pop

Casa Geek 42, Coral do Amazonas e Amazonas Filarmônica

16 de agosto – 20h

18 de agosto – 11h

*Com informações da Agência Amazonas

3 roteiros turísticos para desbravar o Tocantins

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Roteiros turísticos são ferramentas criadas para otimizar um passeio. Ele é essencial para que as pessoas aproveitem todos os atrativos turísticos de determinado local. Tocantins é um exemplo de lugar a ser desbravado, afinal, o Estado mais novo do Brasil possui diversas belezas naturais.

Confira três roteiros que merecem atenção por mostrar o melhor da fauna e flora tocantinense:

Saindo de Palmas

A capital tocantinense recebe turistas de todo o Brasil, que descem no Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues. De carro, a partir de Palmas é possível fazer viagens curtas e cheias de descobertas.

A primeira parada nem exige muita organização. Localizado a apenas 30 Km do centro de Palmas, pela TO-030, o Distrito de Taquaruçu oferece riqueza de atrativos, entre cachoeiras, trilhas, tirolesa, balneários, com direito a pousadas acolhedoras, restaurantes com boa comida, lojinhas de artesanato.

Pegando estrada para Aparecida do Rio Negro (TO-020), a região de Taquaruçu Grande também conta com estâncias, cachoeiras e restaurantes com comida regional. A entrada para o Parque Estadual do Lajeado, uma unidade de proteção com belos mirantes e natureza preservada, fica no Km 24.

E por falar em Lajeado, distante 46 km da Capital, este município tem surpreendido os turistas. Além da bela Praia do Segredo, os visitantes podem percorrer trilhas, visitar área com pinturas rupestres, mergulhar em cachoeiras, conhecer e adquirir belas peças em cerâmica.

Poucos quilômetros adiante, a caminho de Miracema, há duas praias muito procuradas pelos palmenses: a Praia do Paredão e a Praia do Funil, banhadas pelas águas do rio Tocantins.

Tirolesa Voo do Pontal. Foto: Reprodução/Arquivo Setur To

Saindo de Araguaína

O segundo maior município tocantinense, localizado ao norte do Estado, é polo emissor de turistas para toda a região do Bico do Papagaio.

Entre as preferências dos moradores de Araguaína estão as cachoeiras de Wanderlândia. Apenas 50 km separam os dois municípios, pelas BRs 153/226. Outra opção é a praia permanente de Babaçulândia, a 63 km, via TO-222 e TO-424.

Outro atrativo que merece registro é o Balneário Bráulio, em Goiatins, que reúne uma sequência de poços naturais com águas cristalinas. Fica a 20 km da cidade e a 155 km de Araguaina (TO-222).

Cachoeira do Tempero. Foto: Reprodução/Governo do Tocantins

Saindo de Gurupi

Na região Sul do Tocantins, Gurupi envia turistas principalmente para Peixe, a 74 km, pela TO-373, e 310 km de Palmas. O município é conhecido por suas praias e pelo Arquipélago do Tropeço, o terceiro maior arquipélago fluvial do mundo, formado por 366 ilhas, muitas delas com acampamentos fixos. Para percorrer o local em voadeiras é necessário pilotos experientes, mas a aventura é garantida.

Para os amantes da pesca esportiva, a dica é seguir viagem para São Salvador (250 km) ou Lagoa da Confusão (150 km de Gurupi e 204 km de Palmas), onde se encontram vários ranchos preparados para receber os pescadores com pensão completa, barcos e guias.

“O Tocantins é um Estado riquíssimo, que precisa ser desvendado pelos próprios tocantinenses. Em nome do governador Wanderlei Barbosa, deixo o convite a todos: aproveitem o feriado para visitar nossos atrativos”, ressalta o secretário de Turismo Hercy Filho.

*Com informações do Governo de Tocantins

Aplicação de zinco em hortaliça pode ser alternativa para combater ‘fome oculta’ na Amazônia

A falta de zinco atinge cerca de um terço da população, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Como alternativa para comunidades tradicionais e rurais da Amazônia que não têm acesso à suplementação do mineral, um experimento da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) foi capaz de aumentar em 40 vezes a concentração de zinco nas folhas da planta cariru (Talinum triangulare), hortaliça comumente consumida na região. Os resultados estão descritos em artigo publicado na revista científica ‘Rodriguésia’.

A deficiência de zinco pode causar problemas no desenvolvimento cerebral, gerar menor desempenho e produtividade em atividades físicas e aumentar a suscetibilidade a doenças como pneumonia e diarreia. As recomendações diárias de seu consumo são de 11 miligramas para homens, 8 mg para mulheres e 5 mg para crianças. Por ter relação com a produção do hormônio do crescimento, a falta do mineral afeta o crescimento infantil. “É o que nós chamamos de fome oculta, porque mesmo quando as pessoas estão se alimentando, elas não estão consumindo as quantidades suficientes de nutrientes necessários para a sua saúde, através de produtos com melhor qualidade nutricional”, explica Beatriz Costa de Oliveira Queiroz de Souza, atualmente doutoranda em Fisiologia Vegetal na Universidade Federal de Lavras (Ufla) e autora do artigo.

O experimento aplicou seis tratamentos com concentrações diferentes de sulfato de zinco heptahidratado no solo de 36 amostras de cariru. Os grupos foram divididos pela dosagem, que seguiu 12,5 miligramas de zinco para um quilo de solo (mg kg-1); 25 mg kg-1; 50 mg kg-1; 100 mg kg-1; 400 mg kg-1 e um tratamento de controle que não recebeu uma dosagem de zinco extra. Entre outros parâmetros de qualidade, o estudo analisou principalmente os níveis do mineral nas folhas de cariru e no solo, proteínas e açúcares solúveis totais.

As plantas submetidas a uma dose de 100 mg kg-1 de zinco apresentaram os melhores resultados de crescimento, proporcionando um aumento de 4081% nos teores de zinco foliares, bem como um aumento de 130% na massa seca das folhas. Além disso, também foi observado um aumento de 1904% de zinco no solo. Para Souza, o resultado mostra que a biofortificação também pode ser usada para a nutrição do solo e da flora ao redor da produção. “Geralmente, os solos amazônicos e brasileiros são pobres em zinco, um mineral que também é importante para o desenvolvimento da planta, tanto que também notamos aumento no número e massa das folhas”.

Por outro lado, o tratamento com 400 mg kg-1 de zinco se mostrou tóxico a um nível letal para as plantas. “Doses muito elevadas de qualquer nutriente podem causar sintomas de toxicidade. O que difere o remédio do veneno é a dose”, explica Souza. A pesquisadora comenta que a dose de 25 mg kg-1 já foi suficiente para incrementar concentrações de zinco nas folhas de cariru em cerca de 3346% em relação ao controle, o que indica que aplicar menores quantidades já traz benefícios.

Por fim, o trabalho aponta que é importante que as populações tenham acesso a diferentes alimentos ricos em zinco para o combate à carência desse mineral. Isso porque, segundo a pesquisadora, para que uma pessoa consuma a quantidade diária recomendada, seria necessário comer mais de 200 gramas de cariru biofortificado por dia. “Mas o brasileiro consome, em média, 49 gramas de hortaliças por dia. Por isso, ele seria um ótimo suplemento para o combate à desnutrição, mas não deve ser a única fonte do mineral na alimentação, que deve ser complementada com outros vegetais e carnes ricos em zinco”, finaliza.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Agência Bori

Pará é destaque em e-book sobre atividade de observação de aves

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O Pará, com sua rica biodiversidade e inúmeros atrativos naturais, ganha destaque em um novo e-book internacional de observação de aves promovido pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

O lançamento coloca o Pará no mapa dos principais destinos mundiais para os entusiastas da observação de aves, destacando a importância do território paraense para a conservação da avifauna global.

De acordo com o ranking do WikiAves, o Pará é o segundo estado brasileiro com a maior quantidade de espécies de aves catalogadas, totalizando 961 espécies em seu território.

Há cerca de 11.032 espécies de aves no mundo, e, 32% delas estão na América do Sul, fazendo da região um verdadeiro paraíso para os observadores de aves. O Brasil, em particular, ocupa o primeiro lugar em biodiversidade e possui sete Patrimônios Naturais da Humanidade reconhecidos pela Unesco, com a Amazônia sendo a maior extensão de floresta tropical do planeta. Esse bioma abriga um número impressionante de espécies, incluindo mais de mil espécies de aves registradas.

Foto: Divulgação/Agência Pará

“Esse é certamente um grande momento para o birding nacional. Precisamos aproveitar para capacitar e qualificar os profissionais e alavancar o surgimento de novos atrativos e destinos. Estamos ainda no início desta jornada, porém é importante entender que o Brasil tem todas as características para se tornar uma das grandes potências do turismo de observação de aves do mundo. O momento é oportuno e temos muito campo fértil para iniciativas que incentivem o empreendedorismo especializado neste nicho”, explica o técnico em Planejamento e Gestão da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Allyson Neri.

A abundância sazonal de aves migratórias e o clima ameno durante todo o ano fazem do Brasil um destino ideal para a prática da observação de aves, atraindo famílias e entusiastas de todo o mundo. O país possui muitos destinos especializados em receber observadores de aves, com guias de turismo bilíngues e especializados em cada região, além de operadoras de turismo dedicadas a roteiros de observação de aves.

Foto: Thalmus Gama/Agência Pará

No Pará, destacam-se vários sítios de observação de aves: o Parque do Utinga em Belém, Belterra, Bragança, o Parque Nacional da Amazônia em Itaituba, Monte Alegre, Paragominas, a Serra dos Carajás em Parauapebas, o Parque Ecológico do Gunma em Santa Bárbara do Pará, e Santarém. “O segmento pode representar uma movimentação econômica em torno de R$ 4,5 milhões de reais no Pará. Esse público tem um ticket médio bem alto. É um público qualificado”, revela Allyson Neri.

A conectividade aérea também favorece o turismo no Pará, com voos diretos de Belém para Fort Lauderdale (EUA) e Lisboa (Portugal), facilitando o acesso dos turistas internacionais ao estado, a partir de múltiplas escalas e conexões pelo Velho Continente e América do Norte.

Foto: Bruno Cecim /Agência Pará

De acordo com Allyson, o público de turistas internacional é na sua maioria oriundo do Reino Unido e Estados Unidos, mas também há turistas de outras partes do mundo como Noruega, Dinamarca, Cingapura, China, Holanda, Suécia e Alemanha. O público de turistas nacional é bem variado, mas sua maioria vem do Sul e Sudeste, com grande quantidade de pessoas também provenientes do Nordeste e Centro-Oeste, onde a atividade já possui mais praticantes.

“A inclusão do Pará no catálogo de observação de aves da Embratur não só promove o Estado, como um destino turístico de destaque, mas também reforça a importância da conservação ambiental e do ecoturismo como ferramentas para o desenvolvimento sustentável”, conclui o secretário de Turismo do Pará, Eduardo Costa.

*Com informações da Agência Pará

Parque Estadual Chandless, o paraíso da observação de aves no Acre

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Em uma área de 695.303,00 hectares, o Parque Estadual Chandless, entre os municípios acreanos de Manoel Urbano, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus, é um dos principais atrativos turísticos para os observadores de pássaros na Amazônia.

O parque foi criado por meio do Decreto 10.670, de 2 de Setembro de 2004, e é gerido pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre.

É uma área de proteção integral localizada na região central do Acre, ocupando 4,2% do Estado. Sua principalmente característica são as florestas de bambu e atrai muitos observadores de aves – birdwatching.

Foto: Reprodução/Turistando o Acre

O parque faz fronteira ao norte com a Terra Indígena Alto Purus (etnias Huni kuin e Madija), ao sul com a Terra Indígena Mamoadate (etnias Manchineri e Jaminawa), a oeste com o Parque Nacional Alto Purus (Peru) e Reserva Comunal Purus (Peru) e a leste com a Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema. 

A área já foi palco de conflitos entre brasileiros e peruanos exploradores entre 1903 e 1904.

O acesso à área é considerado extremamente difícil e feito inicialmente por via terrestre, saindo de Rio Branco até Manuel Urbano e deste até a sede da UC por via fluvial – cerca de 12 horas de viagem. Mas também é possível acessar a UC por fretamento aéreo, saindo de Rio Branco e pousando na Unidade.

Família da comunidade tradicional do Chandless em pescaria para subsistência. Foto: Odair Leal/Secom AC

A área está totalmente situada dentro dos limites do corredor verde do Oeste da Amazônia, um dos cinco para a região Amazônica estabelecida pelo IBAMA. Está também adjacente a áreas protegidas e Terras Indígenas no lado peruano, onde espécies raras e endêmicas já foram identificadas. É potencializado também por se configurar como corredor local, pois permite conectar duas áreas indígenas (Rio Purus e Mamoadate) e a estação Ecológica do Rio Acre.

Barcos da equipe do Ação Humanitária Itinerante. Foto: Odair Leal/Secom AC

O Parque está localizado em uma das regiões menos conhecidas do Estado, em termos de riqueza biológica, a região do Alto Purus, nas bacias dos rios Purus e Chandless.

O objetivo da Unidade é “assegurar a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”.

Fauna e flora

De acordo com dados do Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (CENBAM/PPBio), na Peça de Criação do PE Chandless, existem pelo menos cerca de 800 espécies de aves (incluindo espécies migratórias), pelo menos 200 espécies de mamíferos, 80 espécies de répteis e 120 espécies de anfíbios. Foram identificadas cerca de 100 espécies de lepdopteros. A ictiofauna em torno de 200 espécies.

Os trabalhos realizados para elaboração do Plano de Manejo da Unidade através da Avaliação Ecológica Rápida – AER registraram mais de mil espécies para a área, sendo 264 espécies de plantas, dentre as quais 24 de palmeiras, 47 espécies de grandes mamíferos, 63 espécies de anfíbios, 40 espécies de répteis, 407 espécies de aves, dentre estas 13 exclusivas das formações de taboca, 464 espécies de lepdópteros e 71 espécies de peixes. O plano foi concluído em 2010 e indicou uma serie de pesquisas prioritárias para a UC, as quais podem auxiliar a gestão da mesma.

Garças às margens do Rio Chandless. Foto: Odair Leal/Secom AC

Origem do nome 

Seu nome faz referência ao rio Chandless, que drena a Unidade no sentido sudoeste nordeste e nasce no Peru. Por sua vez o rio faz homenagem ao explorador William Chandless, que esteve na Amazônia entre 1864 e 1866, percorrendo o rio Purus.

Seu objetivo era mapear todo o rio Purus até a nascente, mas não conseguiu por conta da dificuldade de acesso e logística. A viagem, porém, rendeu artigos científicos e um mapeamento quase completo do rio Purus, pelos quais é reconhecido mundialmente.

Cartaz de incentivo ao turismo de observação de pássaros. Foto: Odair Leal/Secom AC

*Com informações do Governo do Acre e do CENBAM/PPBio

Governo Federal lança programa nacional para conservação e uso sustentável de manguezais

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que cria o Programa Nacional de Conservação e o Uso Sustentável dos Manguezais do Brasil (ProManguezal). A iniciativa define diretrizes, eixos de implementação e linhas de ação para conservação, recuperação e uso sustentável dos manguezais.

O programa é uma das medidas anunciadas pela ministra Marina Silva em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Mais de 500 mil famílias no país dependem diretamente de recursos dos manguezais para sobreviver, incluindo pescadores artesanais, marisqueiras e extrativistas. 

“Queremos estabelecer um programa amplo de conservação e uso sustentável dos manguezais do Brasil. Manguezais são um dos ambientes mais importantes para captura de carbono, salvaguarda das populações costeiras, além de serem berçários da biodiversidade marinha e costeira”, afirmou a diretora de Oceano e Gestão Costeira do MMA, Ana Paula Prates. 

O decreto ressalta a necessidade de considerar os manguezais em sua integralidade, incluindo lavados, bosques de mangue a apicuns. Diretrizes incluem o reconhecimento dos serviços ecossistêmicos dos manguezais, articulação interfederativa e entre órgãos públicos e valorização dos saberes tradicionais, entre outras.  

Há seis eixos de implementação, cada um com linhas próprias de ação: 

  • Conservação e recuperação dos manguezais e da biodiversidade associada; 
  • Uso sustentável dos recursos naturais e melhoria das condições de produção e comercialização dos recursos dos manguezais pelos povos e comunidades tradicionais; 
  • Redução de vulnerabilidades socioambientais associadas à mudança do clima nos manguezais; 
  • Geração, sistematização, e disseminação de conhecimento sobre os manguezais; 
  • Capacitação e sensibilização sobre os manguezais do Brasil; 
  • Fortalecimento e sustentabilidade financeira. 

Há cerca de 1,4 milhão de hectares de manguezais no país, que vão do Oiapoque, no Amapá, até Laguna, em Santa Catarina. Os ecossistemas atuam como barreira natural para proteger a costa de tempestades e eventos climáticos extremos, além de serem berçário para dezenas de espécies de peixes e mariscos. 

A conservação dos manguezais também auxilia no combate à mudança no clima: um hectare de manguezal no Brasil pode armazenar de duas a quatro vezes mais carbono que a mesma área de outro bioma, segundo estudo publicado na revista Frontiers in Forests and Global Change. 

O ProManguezal é resultado de mais de uma década de trabalho de representantes da academia, do governo federal e da sociedade civil, entre outros parceiros. Foram realizadas oficinas de escuta neste ano, que trouxeram contribuições para o texto final para questões relacionadas a gênero, extrativismo, pesca e vulnerabilidade à mudança do clima. 

Em janeiro, encontro com representantes da academia, sociedade civil e da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos debateu temas relacionados à importância estratégica dos manguezais no enfrentamento da crise climática. Houve também oficinas de escuta no Pará e em Pernambuco, entre março e abril, com lideranças dos povos e comunidades tradicionais que vivem nos manguezais.


*Com informações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

Píer turístico ‘Manaus 355’: atrativo ganhou nome em alusão ao aniversário da cidade

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Mais um atrativo turístico foi inaugurado na cidade de Manaus (AM). O píer turístico ‘Manaus 355’ tem como objetivo movimentar a rede de atrações, embarques, desembarques, negócios, lazer e turismo no Centro da capital amazonense. O píer fica localizado bem no início da avenida 7 de Setembro, saindo do mirante Lúcia Almeida.

O píer tem mais duas pontes de ligação, de 60 metros, com 115 toneladas cada. Outros dois flutuantes de apoio para a ligação das pontes medem 18 metros por 12 metros e pesam 62 toneladas, cada. O nome do é em alusão ao aniversário da cidade este ano, quando completa 355 anos em outubro.

A construção do píer foi feita em um estaleiro na zona Oeste e envolveu um total de três frentes de obras, incluindo o porto, as pontes e as poitas. Também já estão na área do mirante as 14 poitas que vão ancorar as estruturas do píer.

A primeira estrutura, a do maior atracadouro (flutuante), mede 12 metros por 80 metros, pesando quase 300 toneladas. Esse atracadouro já está nas águas e ficará ancorado no próprio estaleiro esperando as pontes serem levadas.

Foto: Phil Limma/Semcom Manaus

Poitas

A poita é um objeto usado como peso submerso, para ancorar embarcações, boias, plataformas e outros. Neste caso, as 14 poitas vão ancorar as estruturas do píer, permitindo sua flutuabilidade com a subida e descida das cotas do rio Negro.

Posteriormente, as poitas serão lançadas no rio Negro em suas posições definitivas. As poitas funcionam como as âncoras onde o porto ficará amarrado, ficando no meio do rio. Toda a operação turística que envolve a hidrografia da Amazônia chegará e partirá desse píer turístico. Ele terá essa função de dar um suporte adequado, com segurança e com conforto para as operações do turismo em Manaus.

O píer será uma estrutura de atracação de embarcações de pequeno e médio portes, voltado para o trade turístico e de pacotes fluviais no Centro e entorno.

Censipam alerta para possível seca mais severa em Rondônia este ano

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O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) prevê que o verão amazônico deste ano deve registrar recordes de seca e calor em Rondônia. De acordo com o gerente regional do Censipam, em 2024, a situação dos rios do estado deve atingir um estado crítico.

Dados obtidos pelo órgão, a partir do monitoramento realizado pela Universidade de Yale (EUA), revelam que o Atlântico Norte está aquecendo e isso é motivo de preocupação para os especialistas.

“O Atlântico Norte aquecido é mais um fator que demonstra para a gente que a seca desse ano, muito provavelmente, será muito mais severa do que a que foi ano passado”, explicou Caê Moura, gerente do Centro Regional de Porto Velho do Censipam.

Em outubro de 2023, o rio Madeira atingiu seu pior nível da história, chegando a medir 1,10 m. Moradores das comunidades ribeirinhas, que dependiam da água de poços amazônicos, viram sua única fonte de água limpa secar.

De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), pelo menos 15 mil pessoas foram afetadas pela falta de água na região às margens do Madeira.

Foto: Tiago Frota/Rede Amazônica

O Comitê de Crise Hídrica, composto por diversos órgãos do Governo do estado, planejam ações para mitigar a seca e articulam uma resposta às situações emergenciais.

“Nós já teremos, em toda a Amazônia Legal, precipitações (chuva) abaixo da média e isso se dá, ainda pelo efeito do El Niño. [A ideia] é que a Defesa Civil trabalhe aqui conosco. [Teremos] uma sala de monitoramento montada, onde os servidores vão poder acompanhar os dados em tempo real”, explicou Caê Moura.

*Por Leiliane Byhain, do g1 Rondônia

Refúgio de Vida Silvestre é criado para proteção do sauim-de-coleira no Amazonas

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Refúgio de Vida Silvestre. Esse é o nome da nova unidade de conservação federal que foi criada para a preservação do sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), um primata em perigo crítico de extinção no Amazonas. O local vai construído em uma área aproximada de 15,3 mil hectares.

O objetivo da nova unidade é proteger áreas florestais relevantes para a conservação do sauim-de-coleira, favorecer a conectividade do seu habitat e promover práticas agrícolas compatíveis com a manutenção dessa espécie na natureza. Essa categoria de unidade de conservação (Revis) não impõe restrições ao domínio privado dentro de seus limites, conforme as regras do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).

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O sauim-de-coleira é um pequeno primata em perigo crítico de extinção, último estágio antes de desaparecer para sempre do planeta. Esta espécie só existe nos municípios de Manaus, Itacoatiara e Rio Preto da Eva, no estado do Amazonas. As florestas onde vive estão sendo destruídas por desmatamento e queimadas, deixando a espécie vulnerável a agressões, atropelamentos, eletrocussões e ataques de cães domésticos. A situação é tão grave que a espécie está entre os 25 primatas mais ameaçados do mundo, tanto nacionalmente quanto internacionalmente.

Vivendo em pequenas famílias, com 2 a 13 membros, o sauim-de-coleira desempenha um papel importante em seu habitat, pois se alimenta de frutos e insetos, sendo um ótimo dispersor de sementes e ajudando no controle de pragas.

Em 2011, o Instituto Chico Mendes criou o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Sauim-de-Coleira, com o objetivo de promover a conservação da espécie e de seu habitat, implementando ações para reverter a tendência de declínio populacional. O plano está em seu segundo ciclo e deverá ser renovado ainda em 2024.

Processo de criação do Refúgio

As diretrizes de criação e gestão da nova unidade foram negociadas com órgãos públicos e a comunidade regional em audiência pública realizada em 30 de abril de 2024, em Itacoatiara – AM. Durante a audiência, técnicos do Instituto defenderam a importância da unidade na região e ouviram a opinião da comunidade local.

Segundo o Coordenador Geral de Criação e Planejamento de UCs do Instituto Chico Mendes, Carlos Felipe Abirached, “o papel do Incra foi fundamental nesse processo, pois a área estava sob responsabilidade do órgão”. A destinação das terras públicas para o Ministério do Meio Ambiente foi efetivada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e publicada no dia 5 de junho no Diário Oficial da União.

Ainda segundo o coordenador, a parceria do Incra na relação com os agricultores familiares e no estabelecimento de políticas públicas conjuntas para o território foi essencial. Para ele, a criação do Refúgio possibilita a regularização fundiária de áreas de agricultura familiar.

Confira o Decreto de Criação publicado no Diário Oficial da União na íntegra.

*Com informações do ICMBio

Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas: um século e meio de história no Amazonas

Por Abrahim Baze – literatura@amazonsat.com.br

A verdade é que, para reconhecer-se em toda a sua extensão, em todo o seu significado e em todas as suas minúcias, o que tem sido a ação dos portugueses no Brasil é fundamentalmente indispensável saber como eles aqui chegaram, como se aclimataram e de que forma exerceram sua natural tutela sobre as populações indígenas, qual foi a sua diretriz sob o ponto de vista civilizador e com que recursos se serviram para ocupar e colonizar tão enorme trato de terreno, muitas e muitas vezes superior a pequena grande nação do extremo da Europa, de onde vieram e como defenderam a terra das investidas de piratas audaciosos e de conquistadores exóticos, preservando o Brasil em sua soberba integridade para que, chegada a hora lógica da Independência, não estivesse desfalcado em um só palmo e pudesse ser uma das maiores e mais ricas nações de todo o mundo.

Cumpre ver como eles aqui trabalharam e continuam trabalhando, como concorrem para a formação étnica da nacionalidade, imprimindo, quer pela comunidade da língua e dos sentimentos, quer pelo caldeamento operado pela formação de famílias, o caráter nitidamente lusíada. De importância capital é o fato de terem, com a unidade religiosa que implantaram, criado as mais remotas e profundas raízes da unidade nacional, visto que, nas grandes lutas contra franceses e holandeses, essa unidade religiosa desempenhou o mais saliente de todos os papéis.

Para tanto, temos que fazer, embora em resumo, mas, com a possível clareza, um dado histórico, abrangendo um dilatado espaço de tempo.

Comendador José Teixeira de Souza, fundador e primeiro Presidente. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

A ação dos portugueses no Brasil começou precisamente há quinhentos e vinte e quatro anos e não se interrompeu até hoje, mantendo-se sempre, de etapa em etapa, de geração em geração, através das diversas modalidades impostas pela evolução natural, social e política: – Brasil – Colônia – Nação na plenitude da sua emancipação política.

A ação dos portugueses no Brasil começou nesse longínquo dia, em que as naus de Pedro Álvares Cabral, de velas enfunadas por fortes ventos, parecendo brancas pombas prestes a fechar as asas depois de prolongado voo, avistaram, na venturosa Semana da Páscoa, o alto monte que lhes surgia como sentinela avançada de um deslumbrante continente. O primeiro contato estabelece-se sem um tiro, sem uma hostilidade, sem uma desconfiança e as primeiras palavras são o brando ciclo das místicas palavras de uma missa em ação de graças. Ergue-se uma Cruz na terra virgem. É a ocupação pacífica, em nome do Rei, mas, sob a invocação de Deus.

É o ponto de partida para uma gloriosa caminhada. No simbolismo do sagrado lenho feito de rígida madeira da primeira árvore derrubada na floresta imensa por mãos europeias, há, digamos assim, um prenúncio, uma promessa, um compromisso e até um pacto! Aí se define o que mais tarde virá a ser o caráter brasileiro, formado pela influência espiritual do Cristianismo e pela influência racial da civilização lusíada. É com tanta firmeza que se solidificam esses dois princípios que, passados quinhentos e vinte e um anos, o Brasil forma na vanguarda dos povos cristãos a sua raça já em pleníssima projeção, tem o indiscutível timbre de “Lusíada”.

José Gonçalves de Araújo, fundador (fotografia cedida pelo seu sobrinho, prof. Carlos Alberto Araújo). Foto Abrahim BazeAcervo pessoal

É essa ação constante, metódica, consciente, heroicas algumas vezes, abnegadas outras e amiga sempre e sempre útil, que destacamos a fundação da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas. O Brasil sabe para onde vai, justamente porque sabe de onde veio. A aliança luso-brasileira não depende de tratados, porque está nos glóbulos sanguíneos de todos nós, afinal falamos a mesma língua. Somos dois povos absolutamente independentes, vivendo em continentes diversos, separados unicamente por um grande oceano, mas, somos uma só Raça: “Lusíadas do Brasil”.

O Conhecimento destas circunstâncias constitui o mútuo e legítimo orgulho de brasileiros e portugueses, especialmente os nascidos no Amazonas: o daqueles pela ascendência que tiveram, o destes pela obra que iniciaram e prepararam. No conjunto dessa obra formidável, que é o Hospital Português de hoje, encontra-se sempre de porta aberta promovendo a saúde de nosso Estado.

Registrar para a eternidade os flagrantes memoráveis e históricos da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas, em comemoração aos 150 anos de sua histórica fundação, é motivo de satisfação profunda para a comunidade portuguesa.

Comendador Joaquim Gonçalves Araújo, fundador. Foto Abrahim BazeAcervo pessoal

A presença da Pátria Mãe, “Portugal”, no Brasil é forte e grandiosa. Na atividade comercial, na construção civil, na indústria, figuram eles, os lusitanos, com uma parcela muito grande no desenvolvimento do Amazonas, em particular no período áureo da borracha quando em, Belém e em Manaus e em núcleos urbanos do interior do Estado com maior expressão demográfica e econômica, criaram dezenas de estabelecimentos comerciais, com que exerceram uma salutar atividade econômica, proporcionando ao Amazonas grande crescimento econômico.

Estas verdades históricas resultam o espírito de luta dos bravos irmãos lusitanos que se deslocaram do seu País para desbravar a nossa terra, isto não significava apenas o seu bem-estar social, mas, principalmente o crescimento de uma região.

A figura importante do Presidente da Província, Dr. Domingos Monteiro Peixoto, representa de forma brilhante a personalidade que marca na fase pré hospitalar, como o doador da terra solicitada sob a autorização e proteção de S. M. D. Pedro II, o chefe supremo do Governo Imperial.

O Tenente Coronel José Coelho de Miranda Leão, Presidente da Câmara Municipal da época, teve seu papel de suma importância na vida inicial da Real e Benemérita Sociedade Beneficente Portuguesa do Amazonas, ele expediu o “auto da concessão” do terreno, que tinha 9.952 m2, no Largo da Uruguaiana.

Joaquim Pinto Ribeiro, fundador. Foto Abrahim BazeAcervo pessoal

Concedido o terreno, o então Presidente José Teixeira de Souza desdobrou-se no sentido de implantar o hospital, chegando a lançar a pedra fundamental a 16 de agosto de 1874, pedra fundamental que representa o grande símbolo do velho sonho que só veio se concretizar 20 anos depois e em outro local bem distante.

O esforço em busca do vil metal era grande, quermesses, arraiais, teatros, festivais, subscrições e arrendamento de pavilhão, construído para este fim, foram algumas atividades que promoveram os heróis fundadores, com isto, somando recursos para a construção do sonhado hospital, cuja, primeira enfermaria chegou a ser construída e não foi usada em fase da alienação da propriedade que ocupavam pelo governo.

No dia 17 de dezembro de 1893, inaugurava-se o hospital na sede atual, na antiga estrada Corrêa de Miranda, hoje Av. Joaquim Nabuco, inaugurada na Presidência em exercício do Sr. Francisco Nicolau dos Santos, cuja, inauguração recebeu a honrosa presença do então Governador Eduardo Gonçalves Ribeiro.

A Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas é uma entidade de assistência à colônia portuguesa local, nascida como as demais do País, do espírito de solidariedade de um grupo de cidadãos lusos que, reunidos em casa do Comendador Francisco de Souza Mesquita, cujo, endereço a ata não registra, planejaram, discutiram a sua organização e fundação no dia 31 de outubro de 1873.

O Brasil era serenamente dirigido pelo Magnânimo Imperador D. Pedro II. Portugal tinha como timoneiro D. Luiz e a Província do Amazonas era conduzida pelo seu 14° Presidente da Província, o Bacharel Domingos Monteiro Peixoto, cidadão que tinha profunda e justa simpatia à Colônia Portuguesa radicada na grande Província. Sob a égide desses timoneiros, nasceu e realizou-se o sonho da criação da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas.

Leopoldo Cavalcanti Krichanã da Silva, médico e atual presidente da Beneficente. Foto Acervo da família

O Amazonas – diz o ilustre amazonólogo e historiador Arthur César Ferreira Reis – experimentava a época, a euforia dos bons ventos. Seus produtos de exportação já lhe permitiam um caminhar tranquilo, a passo certo e seguro. Os homens, que haviam corporificado na Beneficente o sentimento de solidariedade humana que os congregava, eram partes integrantes daquele movimento de trabalho, de criação de riquezas que estavam começando a atrair o interesse do exterior e a provocar a ascensão mais dinâmica da região. Presidia a Província o Dr. Domingos Monteiro Peixoto, que se solidarizando com o grupo lusitano que se lançava a tamanho empreendimento, assegurou-lhe as facilidades que o poder público podia oferecer, de tal modo se havendo na concessão dessas facilidades que o Governo de Portugal lhe concedeu a graça do título de Barão de São Domingos.

A Rua Barão de São Domingos, de nossa cidade, tem a sua história ligada à Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas, conforme registro do grande historiador amazonense. Passou na presidência da instituição vários homens que dignificaram a continuidade deste empreendimento, tais como: Comendador José Cruz, que presidiu o hospital por mais de três décadas, Alfredo Monteiro Vieira e o atual presidente Leopoldo Cavalcanti Krichanã da Silva e tantos outros nomes que escreveram suas histórias neste hospital.

Sobre o autor

Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista