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Você sabe qual cidade acreana já foi ‘Brasília’?

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Seringal Carmem, Alto Acre, Vila Brasília, Brasília, muitos nomes que revelam uma constante na história da cidade acreana que ao longo dos anos já teve de se reinventar e se reconstruir múltiplas vezes, como em 2024, quando enfrentou a maior enchente de sua história. Brasiléia, umas das cidades mais antigas do estado, completa 114 anos em 3 de julho.

A região que viria a ser Brasiléia era ocupada até o final do século 19 por dois povos indígenas os Catianas e os Maitenecas. Como ocorreu em todo o Acre, porém, a região passou a ser colonizada a partir de 1879 por imigrantes em busca de riquezas prometidas através da extração de látex. Era o início do 1º Ciclo de Borracha.

“Ela foi povoada primeiro por nordestinos que vieram de longe na época da borracha para tentar ganhar dinheiro e depois voltar às suas cidades natais. Muitos, porém, não conseguiram voltar”, conta a professora Gislene Salvatierra da Silva, mestra em Ciências do Ensino Superior pela Universidade de Pando.

Cidade se chamava Brasília. Foto: Reprodução/Acervo Digital do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural (FEM)

Nascida e criada em Brasiléia, a professora de 80 anos sentia falta de um guia sobre a história da cidade e resolveu fazer um por conta própria. “Amo meu município, ele não tinha história registrada, por isso iniciei uma pesquisa e escrevi o livro: Brasiléia nas páginas de nossa historia”, conta.

Segundo ela, durante os primeiros 30 anos de ocupação não havia uma cidade organizada, mas vários seringais que dividiam o espaço. Entre os maiores estavam o Seringal Carmem, Nazaré, Vermont, Canindé e Baturité.

De Brasília a Brasiléia

“Foi em um domingo, 3 de julho de 1910 que foi fundada Brasília. Foi escolhida uma faixa de terra do Seringal Carmem em frente a cidade boliviana de Cobija. O local era ocupado apenas por uma estrada de seringa onde trabalhavam vários brasileiros”, explica.

Uma curiosidade sobre a fundação da cidade é que ela foi fundada para abrigar o 3º Termo Judiciário da Comarca de Xapuri.

Apenas o Rio Acre separa Brasiléia de Cobija. Foto: Argemiro Lima/Acervo Digital do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural (FEM)

“Não havia sequer um lugar para que a Justiça pudesse guardar os documentos, eles eram transportados em jamaxis, uns paneiros carregados nas costas. O pessoal ria e dizia que a Justiça brasileira andava jamaxi”, afirma.

Os próprios seringalistas e seringueiros que viviam na região ajudaram a construir a cidade, com investimentos financeiros e mão de obra.

Originalmente um distrito, a localidade fazia parte do Departamento do Alto Acre, que tinha como capital Rio Branco. Nesse período o território do Acre era dividido em quatro departamentos, cada um com uma capital.

Em 1912 foi incorporado ao município de Xapuri, criado naquele ano e assim ficou até dezembro de 1938, quando foi , enfim, elevado a categoria de município.

Centro comercial de Brasiléia no começo do século 20. Foto: Argemiro Lima/Acervo Digital do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural (FEM)

Um mito acreano difundido há anos conta que o nome da cidade foi alterado de Brasília para Brasiléia após a criação da capital federal. A história, entretanto, não é verdadeira.

Segundo Gislene, a mudança ocorreu em 1943, 17 anos antes da fundação do Distrito Federal, mas ainda assim foi para evitar confusões com o nome de outra localidade.

“Ela mudou de nome por causa de uma cidade mineira mais antiga com nome de Brasília”, explica.

Professora Gislene Salvatierra Silva escreveu livro contando a história da cidade. Foto: Arquivo pessoal

“Sentia que não havia fronteiras”

Uma pecualiridade da cidade é que apenas 150 metros a separa da Bolívia, algo que na opinião da professora fez com que o local se tornasse uma zona multicultural onde os limites da geopolítica não são tão evidentes.

“Eu sentia que não havia fronteiras, por exemplo, meu pai é boliviano e minha mãe brasileira, descendente de nordestinos. Então convivi lá [na Bolívia] e aqui no Brasil. Meu avó brasileiro veio recém-casado, como aqui já era muito povoado, ele foi morar em Cobija e teve 14 filhos que casaram com japoneses, italianos, americanos e sírio-libaneses. Então a gente tem tantos parentes que vivem lá e cá que se sente assim”, conta.

A octogenária diz ainda que apesar dos conflitos entre acreanos e bolivianos durante a Revolução de 1902, uma vez que a situação foi resolvida, ao menos para as comunidades da fronteira, a paz se estabeleceu.

“Eles ganharam um pouco da nossa cultura e nós também ganhamos um pouco da deles. Principalmente na alimentação e costumes. Depois do Tratado de Petrópolis nós convivemos em paz, irmamente”, finaliza.

*Por Yuri Marcel, da Rede Amazônica AC

Pesquisa sobre melhoramento genético do açaí-do-Amazonas visa maior produtividade e qualidade

Em Manaus (AM), um estudo apoiado pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), busca estabelecer uma população base para o melhoramento genético do açaí do Amazonas (E. precatoria). A pesquisa, realizada por cientistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Ocidental), pretende obter cultivares do açaí-do-Amazonas para contribuir no aumento de produtividade e qualidade do fruto dos plantios do açaizeiro no estado.

Coordenado pelo doutor em Agronomia, Ricardo Lopes, da Embrapa Amazônia Ocidental, o projeto “Formação de população base para o melhoramento genético do açaí-do-Amazonas”, amparado pelo Programa Estratégico de Desenvolvimento do Setor Primário Amazonense (Prospam/Fapeam), Edital Nº 008/2021, avalia progênies (descendência de um indivíduo) de meios-irmãos, provenientes de coletas realizadas em diferentes municípios do estado e que representam a variabilidade genética da espécie. 

O projeto já conta com aproximadamente 60 progênies em campo, provenientes de coletas em dez diferentes municípios do Amazonas. Segundo o pesquisador, a espécie E. precatória, conhecida popularmente pelos nomes de açaí-do-Amazonas, açaí-solteiro ou açaí-da-mata, tem ocorrência natural nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e em parte do Pará.

O método de melhoramento genético que o projeto propõe é a seleção recorrente, cujo objetivo é obter ganhos genéticos aumentando a frequência de genes favoráveis em uma população através de sucessivos ciclos de seleção a partir de uma população inicial de plantas.

Foto: Ricardo Lopes/Acervo pessoal

A seleção é baseada em procedimentos genéticos-estatísticos usando dados da avaliação fenotípicas das plantas, ou seja, da avaliação das características de interesse agronômico e ou agroindustrial.

“Esses ganhos genéticos são representados por aumento de produção e qualidade de frutos, precocidade de produção, redução do crescimento das plantas em altura, resistência a pragas e doenças, entre outras características que forem favoráveis para o cultivo, a agroindústria ou para o mercado”, explicou Ricardo Lopes.

O coordenador da pesquisa destaca que entre os fatores que motivaram o desenvolvimento da pesquisa está o potencial produtivo e a qualidade diferenciada dos frutos da espécie E. precatória, que é nativa, portanto adaptada às condições locais, e principal fonte do açaí produzido no Amazonas.

“Acreditamos que com o desenvolvimento de tecnologias para cultivo do açaí-do-Amazonas haverá maior interesse no plantio da espécie, e os produtores terão uma excelente oportunidade para melhor uso de áreas já antropizadas (cujas características originais foram alteradas) e subaproveitadas ou utilizadas com culturas exóticas com menor rentabilidade do que o açaí”, enfatizou.

Além dos ganhos econômicos para os produtores, que serão obtidos com aumento de produtividade e qualidade dos frutos, por apresentar ciclo de produção diferenciado das cultivares do açaizeiro E. oleracea (Açaí-do-Pará), o pesquisador destaca que as agroindústrias poderão fazer melhor aproveitamento das instalações de processamento e armazenamento, que ficam ociosas no período de entressafra dessa espécie.

Processo

O primeiro plantio foi realizado em 2019. Atualmente, as plantas mais velhas estão saindo da fase vegetativa e entrando na etapa produtiva, emitindo as primeiras inflorescências (conjunto de flores), que vão produzir os cachos que serão avaliados para determinar o potencial produtivo e a qualidade dos frutos.

Ricardo Lopes enfatiza que a atividade é recente e pioneira, uma vez que ainda não existem cultivares melhoradas da espécie. Para a maioria das culturas agrícolas de expressão econômica, o melhoramento genético foi responsável pela maior parte dos ganhos em produtividade e qualidade já obtidos, mas ele reforça que o melhoramento genético é um processo longo e que exige recursos constantes para manutenção das populações em campo.

O grupo de pesquisa tem registrado informações relacionadas acerca do crescimento das plantas, ocorrência de deficiências nutricionais, pragas e doenças, além de entender como a espécie se comporta em condições de cultivo.

Além disso, o projeto também contribuiu para despertar o interesse de pesquisadores de outras áreas para realizar estudos com a espécie. No momento, o projeto conta com a parceria de cientistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) de Manaus e de Itacoatiara, e também do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), que tem auxiliado na identificação e coleta de sementes nos municípios do interior do estado.

“O apoio financeiro recebido pela Fapeam foi imprescindível para conseguirmos realizar as coletas de sementes em municípios do interior do estado, formação das mudas, plantio e manutenção das plantas no campo”, finalizou.

Prospam

O Programa apoia pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação, ou de transferência tecnológica, que representem contribuição significativa para o desenvolvimento do setor primário do estado do Amazonas, visando à produção sustentável e adequada à realidade regional.

*Com informações da Agência Amazonas

Acre terá Força Nacional do SUS atuando em comunidades indígenas 

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O Ministério da Saúde enviará uma equipe da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) para apoiar a investigação e o tratamento de gripe, síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e diarreia em comunidades indígenas de Assis Brasil, no Acre. O auxílio foi pedido pela Secretaria Estadual de Saúde acreana no dia 26 de junho.

Desde o dia 7 de julho, uma equipe composta por dois médicos, dois enfermeiros e dois técnicos, começaram uma missão exploratória na região. Além dos atendimentos, será feito o diagnóstico vivo da situação no local. O aumento expressivo das doenças têm causado óbitos de crianças e idosos.

Além da Força Nacional do SUS, as secretarias de Saúde Indígena (SESAI) e de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) estão monitorando o caso e fazem parte da ação conjunta do Ministério da Saúde. Inicialmente, as atividades se estenderão por cinco dias para estabelecer o diagnóstico vivo da situação no local.

“Essa é uma missão de entendimento para mapear o que está acontecendo. Os médicos já estão prontos para atender em duas comunidades indígenas, além de fazerem o diagnóstico vivo da situação. Estamos preparados e equipados para qualquer remoção que precise ser feita, isso com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do Acre”, destacou Rodrigo Stabeli, coordenador da Força Nacional do SUS.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Acre, as notificações têm mostrado que crianças de 1 a 5 anos e idosos acima de 60 anos são desproporcionalmente afetados com as doenças. Além disso, foram registradas mortes entre crianças menores de cinco anos em aldeias locais.

Assis Brasil é um município acreano de mais de 7 mil habitantes. A cidade está localizada na tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia.

O Sistema de informação da Atenção à Saúde indígena (SIASI) registra que duas etnias — Jaminawa e Manchineri — residem em Assis Brasil, totalizando 2,1 mil indígenas, distribuídos em 32 aldeias.

*Com informações do Ministério da Saúde

Apesar de menor registro de desmatamento, seca aumenta incêndios na Amazônia em 36%

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Apesar da redução de 50% no desmatamento na Amazônia, a pior seca em 125 anos aumentou o fogo em outras regiões do bioma, elevando a área queimada total para 10 milhões de hectares, 36% a mais do que em 2022. Dados foram publicados Nota Técnica Amazônia em Chamas nº 12 (no fim da máteria), produzida por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e Nasa, publicada dia 28 de junho.

“Tivemos a redução do desmatamento e da área queimada nos municípios do chamado Arco do Desmatamento, mas houve um aumento no restante do bioma . A gente sempre pensa que reduzir o desmatamento vai ajudar a reduzir o fogo, mas os resultados deste estudo demonstram claramente os efeitos das condições climáticas nesse processo”, destaca Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM e uma das autoras da nota.

O estudo aponta que, dos 71 municípios considerados prioritários para ações ambientais do governo federal, todos localizados no Arco do Desmatamento, 62 viram uma redução na área desmatada, representando 88% de toda a redução no desmatamento em 2023. Além disso, dos 180 municípios amazônicos que conseguiram reduzir sua área queimada no ano passado, 47 eram prioritários e responderam por 68% da redução da área queimada registrada neste grupo.

Os dados confirmam uma redução do desmatamento e da área queimada na região do Arco, que vai do norte do Acre ao sudeste do Pará, passando pelo norte de Rondônia e sul do Amazonas. Ao todo, são cerca de 50 milhões de hectares de fronteira agrícola onde tipicamente encontram-se os maiores índices de desmatamento da Amazônia.

Apesar disso, a porção norte da floresta passou pelo caminho oposto: a área queimada aumentou em 245 dos municípios, sendo apenas 24 considerados prioritários pelo governo, totalizando um crescimento de 4 milhões de hectares nessa região. A mudança também pode ser percebida nos meses com mais alertas de fogo. Se em 2022 a floresta queimou principalmente nos meses de agosto e setembro, 2023 registrou uma área queimada maior em fevereiro e março, quando o norte da floresta está mais seco.

“Viemos de um ano com uma seca severa e estamos iniciando um ano mais seco do que o normal, anunciando que vamos ter dificuldades com o período de queimadas. Uma das recomendações é que prestemos atenção na geografia dos incêndios florestais e das áreas afetadas pela seca. A  gente viu que teve essa diminuição no Arco do Desmatamento, mas uma outra região foi muito impactada e isso elevou bastante a área queimada”, alerta Ane.

Perfil das queimadas mudou

A combinação de redução do desmatamento e aumento da seca também trouxe mudanças nos perfis das queimadas, criando dificuldades para a estratégia de combate ao fogo. Em 2023, 57% do fogo atingiu áreas de vegetação nativa, principalmente campos e florestas, enquanto áreas de pastagem concentraram 43% da área queimada. O resultado é o inverso do registrado em 2022, quando 37% da área queimada era natural e 62% eram áreas de uso agropecuário.

A mudança  reflete as diferenças entre o norte da Amazônia, mais preservado e coberto por florestas, e o sul, com uma agricultura consolidada e mais áreas de pastagem.

Dentro dos incêndios florestais, a área queimada em florestas aumentou 123%, passando de 1,3 milhão de hectares em 2022 para 3 milhões em 2023. Os campos naturais – que incluem campos alagados, campinaranas e lavrados – queimaram 93% a mais do que em 2022, passando de 2,3 milhões de hectares afetados pelo fogo para 4,5 milhões.

“É importante intensificar as medidas para conter o desmatamento na porção norte da Amazônia, de forma a reduzir as possíveis fontes de ignição para incêndios. Esse ponto de atenção se faz presente para a estação seca de 2024, em que a Amazônia, apesar da instalação do La Niña, que provoca mais chuvas na região, ainda apresenta riscos de sofrer com um meio de estação seca muito severa, devido ao estresse hídrico do ano anterior não ter sido suprido pelo período chuvoso no início de 2024, acendendo a luz crítica de alarme para a nova estação de fogo”, alertam os pesquisadores na nota.

Confira a Nota Técnica:

*Com informações do IPAM

Chocolate de larvas? Conheça o ‘choconebrio’, produzido no Amapá 

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Um produto um tanto quanto ‘diferente’ está sendo produzido em laboratório no Amapá. O ‘choconebrio‘ é uma mistura de chocolate, larvas de besouro, água e farelo de milho.

Para o Dr. Antonio Carlos Souza, pesquisador do Núcleo de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Iepa e produtor do ‘choconebrio’, o produto é inovador e tem grande possibilidade de aceitação de mercado.

“Um produto inovador com um potencial gigantesco de ganhar mercado. O consumo de insetos por humanos já é um hábito alimentar de alguns países e no Brasil enfrenta questões regulamentadoras, que estão avançando, e de barreira de mercado por questões culturais”, disse o pesquisador.

Tenébrio produzido em laboratório no Amapá — Foto: Bactolac/divulgação
Foto: Divulgação/Bactolac

Sobre o tenébrio

É um besouro em estágio larval, vive em média 12 meses. A fêmea deposita cerca de 400 ovos, que eclodem com aproximadamente 12 dias. A duração da fase larval é de 120 dias e da fase de pupa, é de 21 dias.

A fase adulta dura cerca de 7 meses, neste momento, é possível identificar a sexualidade do bicho. O tamanho dos insetos varia de 4 a 5 cm de comprimento.

Alimento

O tenébrio é comercializado tanto para consumo humano, quanto animal. Atualmente, existem vários produtos derivados deste inseto, como: farinhas, produção de biscoitos, chips de batata doce. O inseto é rico em proteínas.

Farinha de Tenébrio produzida no Amapá — Foto: Bactolac/divulgação
Foto: Divulgação/Bactolac

A farinha, por exemplo, pode ser usada na confecção de vários pratos, que vão desde à confeitaria, até acompanhamento em geral. Por conta da ‘aparência’ do inseto, no primeiro momento, algumas pessoas tendem a ter certo ‘receio’.

“O fato de achar que todo inseto é ‘nojento’ causa um impacto inicial. Porém, a aceitação ultrapassa os 90% nos eventos de degustação que já participamos”, explica Carlos.

Produção do ‘Choconebrio’

Para a produção do ‘Choconebrio’ é necessário utilizar 200g de tenébrio, misturado ao chocolate. Mas, para chegar nessa fase, o inseto precisa ser preparado para este fim.

Produção de 'Choconebrio' feita no Amapá — Foto: Bactolac/divulgação
Foto: Divulgação/Bactolac

“Os insetos são colhidos e passam 24 horas sem se alimentar para esvaziamento do trato intestinal. O abate é feito por choque térmico para redução de microrganismos. Passam 48 horas desidratando em estufa com recirculação de ar forçada e são triturados”, disse o pesquisador.

*Por Josi Paixão, da Rede Amazônica AP

Segunda edição do ‘Livro da toada’ do Boi-Bumbá Caprichoso é ampliada com inclusão dos anos de 2022 e 2024

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A segunda edição ampliada da obra ‘O livro da toada: uma antologia Caprichoso‘, publicada por Diego Omar da Silveira, diretor do Centro de Documentação e Memória do Boi-Bumbá Caprichoso (Cedem Caprichoso) e professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em parceria com o jornalista Roberto Sena, traz inclusões e atualizações sobre os álbuns produzidos pelo Boi-Bumbá Caprichoso entre anos de 2022 e 2024, consolidando-o como grande referência musical no Festival Folclórico de Parintins.

Foto: Divulgação/UEA

O livro reúne uma parte importante da memória do Caprichoso, contendo centenas de canções compostas, cantadas e festejadas durante os últimos 50 anos. Algumas remetem aos primeiros tempos do festival e outras que ajudaram a reinventar o ritmo do boi e marcaram tanto a trajetória de compositores e intérpretes quanto as novas gerações de torcedores apaixonados pelo bumbá azul e branco.

“Hoje, temos em torno de 900 canções registradas nesse livro, que simboliza toda a nossa obra musical. É super importante entregar esse trabalho aos nossos torcedores e pesquisadores que estejam interessados nessa produção musical do Festival de Parintins, em especial, é claro, do Boi-Bumbá Caprichoso”, destacou Diego, um dos autores do livro.

Entrega simbólica

Durante o lançamento do livro foram realizadas entregas simbólicas a figuras importantes da história do Caprichoso. Júlia Portilho, mãe de J. Carlos Portilho, um dos maiores compositores da história do boi azul e branco, recebeu a obra em um momento de grande emoção.

Foto: Divulgação/UEA

J. Carlos, também conhecido como ‘Periquito’, foi responsável por muitas canções do Caprichoso nos anos 80 e 90, época em que ainda realizava as gravações no quintal de sua casa.

 “Durante a pandemia, o Portilho acabou falecendo e, infelizmente, a gente não teve tempo de entregar esse livro a ele. Mas ficamos muito felizes, hoje, de podermos entregar, simbolicamente, pra dona Júlia”, disse Diego.

Cedem Caprichoso

O Centro de Documentação e Memória do Boi-Bumbá Caprichoso (Cedem Caprichoso), realiza um conjunto de ações com o objetivo de preservar e compartilhar a cultura do bumbá que, em 2018, foi reconhecido como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Coordenado por Diego Omar Silveira, em 2023 o Cedem recebeu, pela Editora da UEA, o Prêmio da Associação Brasileira de Editoras Universitárias, por meio de uma história em quadrinhos sobre o Boi-Bumbá Caprichoso com o nome de ‘Caprichoso: uma história em quadrinhos’.

Para o ano de 2025, por meio de financiamento recebido pelo Prêmio Mestre Lucindo de Culturas Populares, o Cedem tem como objetivo produzir uma nova HQ sobre o mesmo tema, além de realizar atividades de entrevistas com brincantes, manutenção do acervo de história oral e de educação patrimonial.

*Com informações da UEA

Água potável é entregue a comunidades ribeirinhas de Porto Velho como ação de enfrentamento à estiagem

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O nível do rio Madeira registrado dia 1° de julho foi de 4,26 metros e as medidas dos últimos dias se mantém abaixo da média em relação aos anos anteriores. Por conta disso, a Prefeitura de Porto Velho (RO), por meio da Defesa Civil Municipal, segue fazendo o monitoramento do nível do rio e promovendo ações de enfrentamento da crise hídrica causada pela estiagem amazônica. Dentre esses trabalhos, está a distribuição de água mineral para as famílias ribeirinhas de Porto Velho, durante a seca mais severa, nos meses de agosto, setembro e outubro.

Em 18 de junho, a cota do rio atingiu seu menor nível, medindo 4,15 metros e entrando em estado de alerta. A previsão enviada pelo órgão de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), indica que nos meses de setembro e outubro, o nível do rio pode baixar ainda mais pela ausência de chuvas.

Por conta da previsão do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), de que a seca pode ultrapassar os níveis de 2023, quando a cota do rio atingiu a menor marca histórica, de 1,43 metro em setembro, a Prefeitura da capital, através do decreto Nº 19.800, de 08 de março de 2024, instituiu o Comitê de Gestão de Crise para o gerenciamento das ações inerentes à situação de prevenção para enfrentamento à iminente crise hídrica de 2024, de caráter emergencial decorrente da extrema seca e seus impactos nos diversos usos da água, tais como navegação, distribuição de alimentos e medicamentos nos distritos do Município de Porto Velho.

Cerca de 120 mil litros de água serão distribuídos para comunidades localizadas ao longo do rio Madeira, que receberão a água potável pelo cronograma a ser iniciado em agosto pela Defesa Civil, seguindo em setembro e outubro, período mais crítico da estiagem. Por meio de transporte terrestre, 338 famílias cadastradas das comunidades Silveira, São Miguel, Mutuns, Pau D’Arco, Cujubim, Bom Jardim e Marmelo serão abastecidas com fardos de água mineral. Já pelo meio fluvial, as embarcações contemplarão 78 famílias das comunidades de Curicacas, Pombal, São José, Ilha Nova e Conceição do Galera.

O coordenador da DCM, Elias Ribeiro, enfatizou que o trabalho de monitoramento do nível do rio continua, e as equipes seguem orientando as comunidades sobre riscos de áreas com barrancos, de navegação e uso do rio pelos banhistas no rio Madeira, além de realizar reuniões constantemente junto a SGB, Censipam, Agência Nacional de Águas (ANA) e Sala de Crise Hídrica para expor e discutir a cada 15 dias, sobre o balanço geral das informações acerca da situação hídrica, ocasionada pela escassez de água no município.

“Ano passado, nós fomos surpreendidos pela escassez hídrica e para 2024, já houve uma previsão antecipada de trabalho. Diante disso, nós nos reunimos, procuramos conhecer as áreas de fragilidade, por isso instituímos o Gabinete de Crise, exatamente para trazer uma segurança maior para nossa comunidade, especialmente a que vive em fragilidade nesse período de seca. Afirmo que nós estamos preparados, não apenas para resolver uma situação nesse primeiro momento, mas, sem dúvida nenhuma, minimizar os impactos causados pela estiagem”, finalizou.

Poços artesianos

Em parceria com o SGB, a Prefeitura, através da Superintendência de Integração Distrital (SMD), iniciou a perfuração de poços artesianos, em cinco comunidades ribeirinhas do baixo Madeira, no último dia 20 de junho. Em algumas comunidades, serão realizadas sistemas de captação de água, por meio de bombeamento, que é uma filtragem de tratamento para abastecimento de água.

Os poços artesianos estão sendo construídos nas comunidades de Terra Firme, Papagaios, Santa Catarina, e distritos de Calama e Demarcação.

*Com informações da Prefeitura de Porto Velho

Produção da corda do Círio 2024 será feita mais uma vez no Pará

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A corda do Círio de Nazaré, um dos maiores ícones da festividade, será novamente produzida integralmente no Pará, pela segunda vez, para ser usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões, o Círio e a Trasladação. A corda foi doada novamente pela empresa Castanhal Companhia Têxtil (CTC) à Diretoria da Festa de Nazaré (DFN).

Um novo protótipo, do mesmo material utilizado ano passado, malva e juta, foi produzido pela CTC e testado e aprovado pela DFN.

“Temos uma corda com atracações das argolas mais resistentes que a do ano passado. São essas argolas que são presas nas estações e onde se concentra a maior força. Tivemos o cuidado de tomar todas as providências para que os incidentes ocorridos ano passado não se repitam. É natural que esta corda, feita de um material diferente do sisal, utilizado durante muitos anos, seja aprimorada a cada ano, para se chegar a uma ideal para as duas procissões. E esperamos que com as mudanças deste ano ela esteja mais apropriada”, ressaltou o diretor de procissões, Antônio Sousa.

A corda utilizada nas procissões tem 800 metros de comprimento com partes de 400 metros, para cada romaria, e este ano terá 60 milímetros de diâmetro. Ela já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias. A previsão é que a entrega da corda pela CTC ocorra no início de setembro.

Como é feita a corda do Círio

A corda utilizada no Círio e na Trasladação até 2022 era feita de sisal, uma fibra vegetal muito dura e resistente, e era produzida em Santa Catarina. Nesta nova proposta da CTC, a corda foi produzida por uma composição de fibras de malva e juta, todas elas plantadas e cultivadas na região Amazônica. Esta nova composição fica mais macia ao toque das mãos, pela presença da malva, sem, no entanto, perder resistência, em razão dos fios de juta. Quanto ao seu processo de transformação em fios, são muitos os estágios de fabricação, desde a colheita, realizada por diversas comunidades que fornecem o material à CTC, até a produção final.

Histórico

A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis passassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.

O Círio 2024

O Círio de Nazaré é uma realização da Arquidiocese de Belém, Basílica Santuário de Nazaré, Diretoria da Festa de Nazaré, Governo do Estado do Pará e Prefeitura de Belém.

Até o momento, a Festa de Nazaré tem como patrocinador master o Banpará e patrocínio de Alubar, Belágua, Belém Bioenergia Brasil, Cresol, Econômico Comércio de Alimentos, Equatorial Energia, GAV Resorts, Gráfica Miriti, Grupo Mônaco, Guamá Resíduos, Hospital Porto Dias, ITA Center Park, Hydro, Reinafarma, Uniesamaz, Unimed e Tramontina. Como apoiadores master Alucar, Bagliolli Dammski Bulhões e Costa Advogados, CN Produções e Jefferson. E mais 76 apoiadores.

Uso profilático do extrato de própolis pode representar solução promissora no tratamento da sepse

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Pesquisadores do Laboratório de Imunofisiologia (LIF) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) descobriram um potencial aliado no combate à sepse no extrato de própolis verde. A pesquisa, realizada em parceria com a empresa Apis Flora, revela resultados significativos sobre o uso profilático do extrato padronizado de própolis de Apis mellifera (EPP-AF®). Os estudos demonstram que o uso profilático desse extrato pode reduzir a inflamação pulmonar e aumentar a sobrevivência em modelos experimentais de sepse letal. Os resultados da investigação foram publicados na Revista de Etnofarmacologia, sugerindo uma solução promissora para o tratamento da sepse, uma condição de inflamação sistêmica que leva a alta mortalidade.

O estudo faz parte da dissertação de mestrado de Dimitrius Gabis, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e Tecnologia (PPGST), orientado pela professora do departamento de Patologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFMA de São Luís Flavia Nascimento com colaboração do professor do curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia do Câmpus de Imperatriz Aramys Reis.

Leia também: Extrato de própolis pode auxiliar no fortalecimento da imunidade

O artigo cientifico ‘Prophylactic use of standardized extract of propolis of Apis mellifera (EPP-AF®) reduces lung inflammation and improves survival in experimental lethal sepsis’ também teve participação de Thiare Fortes, Jefferson Brito, Luis Douglas, Liana Trovão, Aluisio Oliveira, Patrícia Alves, André Vale, Ana Paula Santos, Marcia Maciel, Rosane Guerra, Afonso Abreu, Lucilene Silva e Andressa Berretta.

O extrato de própolis, conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, mostrou-se eficaz na proteção contra a inflamação pulmonar e na melhoria da sobrevivência em um modelo de sepse induzida em camundongos tratados profilaticamente com EPP-AF®.

Dimitrius Garbis explica os pontos centrais do resultado da pesquisa, destacando a grande relevância para a saúde pública devido aos seguintes aspectos:

Impacto na Saúde Pública: a sepse é uma das principais causas de mortalidade global, representando um desafio significativo para os sistemas de saúde. Portanto encontrar novas alternativas terapêuticas, como o extrato de própolis, que demonstrou reduzir a inflamação pulmonar e melhorar a sobrevivência em modelos experimentais de sepse, pode ter um impacto positivo na gestão e no tratamento dessa condição grave.

Potencial Terapêutico: o uso tradicional do própolis na medicina popular para tratar doenças inflamatórias e infecciosas sugere um potencial terapêutico significativo. Os resultados desse estudo indicam que o extrato de própolis pode ser um tratamento adjuvante eficaz para pacientes com sepse, potencialmente melhorando os desfechos clínicos e a sobrevivência.

Desafios e Oportunidades: apesar dos resultados promissores, segundo Dimitrius, é necessário realizar mais pesquisas clínicas para validar a eficácia e segurança do uso do extrato de própolis em pacientes com sepse. Além disso, é fundamental considerar a padronização dos extratos, a dosagem adequada e possíveis interações com outros tratamentos. Superar esses desafios pode abrir novas oportunidades no campo da terapia adjuvante para a sepse.

“Em resumo, o estudo sobre o extrato de própolis na sepse letal representa uma contribuição significativa para a saúde pública, destacando a importância de explorar terapias alternativas e complementares para melhorar o manejo clínico e os desfechos dos pacientes com essa condição grave”, esclarece Dimitrius.

Como orientadora da pesquisa, Flávia Nascimento acrescenta as principais contribuições do estudo em alcance da sociedade. “O grupo de pesquisa do Laboratório de Imunofisiologia já vem estudando própolis há muitos anos. Nós temos demonstrado efeitos importantes na modulação da resposta imune, em especial, na regulação da resposta inflamatória. O uso desse produto, como suplemento alimentar, está ao alcance da maioria da população e permite que as pessoas possam modular sua resposta imune, tornando-a mais eficaz, entretanto sem respostas exacerbadas.  Além disso, o estudo e uso de própolis agrega valor a este produto, o que permite que criadores de abelhas possam obter uma fonte alternativa de renda, além da venda do mel”, aponta. 

Ao ser questionado sobre os avanços da pesquisa para além do conhecimento científico, o professor Aramys Reis pontua:

“A própolis é um dos produtos naturais mais estudados atualmente, com efeitos comprovados na regulação da resposta imune e ação antibacteriana. Pela primeira vez, nosso estudo mostrou que essa própolis pode melhorar o quadro de sepse em modelos experimentais. Assim, essa pesquisa abre caminho para novas abordagens terapêuticas que podem reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, oferecendo alternativas naturais e econômicas aos tratamentos convencionais. Embora sejam necessários estudos clínicos adicionais para validar seu uso em humanos, já existem evidências de segurança e eficácia em outros contextos, como no tratamento de pacientes com covid-19, em que a própolis reduziu o tempo de internação. Esse estudo reforça a importância dos ensaios clínicos para confirmar os benefícios terapêuticos da própolis em sepse’’, salienta.  

O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

*Com informações da Universidade Federal do Maranhão

Rios Negro, Amazonas e Solimões iniciam processo de vazante, anuncia SGB

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O mês de julho começa com registros de descidas em alguns trechos dos rios Negro, Amazonas e Solimões. Isso sinaliza o início do processo de vazante nesses rios que compõem a Bacia do Amazonas, conforme indica o Serviço Geológico do Brasil (SGB). Após registrarem cheias de menor intensidade, os rios avançam para o período de estiagem.

O SGB realiza o monitoramento dos rios da Bacia do Rio Amazonas e disponibiliza os dados, em tempo real, por meio da plataforma do Sistema de Alerta Hidrológico.

“O Rio Negro, em Manaus, iniciou a semana com descidas de um centímetro por dia. Observamos também declínios na região do Alto Rio Negro”, explica a pesquisadora em geociências do SGB, Jussara Cury.

Em Manaus, a cota registrada na manhã desta segunda-feira (1) foi de 26,77 m. No dia 21 de junho, o rio registrou o pico da cheia na capital amazonense: 26,85 m.

De acordo com Jussara Cury, também foram registradas descidas no Rio Solimões, em Fonte Boa, Coari e Manacapuru. Já em Tabatinga, o cenário é diferente: “No final da semana, o rio apresentou subidas que indicam o retorno do período chuvoso na Região dos Andes, com chuvas acima do normal para esse período que é de início de vazante”.

No Rio Amazonas, foram registradas descidas médias diárias de 2 cm em Itacoatiara. “Essa recessão é normal para o período, mas na região os níveis estão baixos para a época”, pontua a pesquisadora do SGB. A cota observada é de 12,10 m, sendo que o esperado em Itacoatiara para a data de hoje seria de 13,03 m.

Níveis abaixo da média também já são observados na margem direita da Bacia do Amazonas, nos rios Madeira, Acre e Tapajós. O cenário é monitorado pelo SGB.

Cheias no Rio Branco

O Rio Branco, em Roraima, ainda está em processo de enchente. Em Boa Vista (RR), a cota observada na manhã desta segunda-feira (1) foi de 7,21 m (a cota de alerta é de 8 m). Em Caracaraí (RR), a marca mais recente é de 8,08 m (a cota de alerta é de 8,5 m). Há previsões de chuvas concentradas na Bacia do Rio Branco para os próximos dias.