Novo aeroporto de Macapá será inaugurado nesta sexta-feira, por Bolsonaro

A Infraero inaugura nesta sexta-feira (12) o novo Aeroporto Internacional de Macapá – Alberto Alcolumbre. A obra, que recebeu investimentos de R$ 166,4 milhões e é um dos principais empreendimentos do Governo Federal na Região Norte, e pretende oferecer melhores níveis de serviço, atendimento, conforto e segurança para os passageiros que chegam e partem da capital amapaense. A solenidade de inauguração, com o presidente da República Jair Bolsonaro ocorrerá às 11 horas, no saguão principal.

Foto:Divulgação/Infraero

Com uma área de 27,2 mil m², o terminal poderá receber 5 milhões de passageiros por ano, duas vezes maior que a capacidade das antigas instalações. A nova estrutura terá recursos de automação no ar condicionado e iluminação e contará com 25 balcões de check-in, seis escadas rolantes, 13 elevadores e três novas esteiras de restituição de bagagem, além de um sistema de prevenção e combate a incêndio sem igual no estado e soluções de acessibilidade em todo o aeroporto para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

“Essa obra moderna e funcional é a Infraero levando um padrão de alta qualidade aos usuários do transporte aéreo e toda essa cadeia de serviços em Macapá. Esse fator, associado à expertise da empresa com aeroportos e o anúncio da redução do ICMS no querosene de aviação pelo Governo do Amapá vão colaborar para o desenvolvimento da economia local e estimular a aviação civil na região”, afirma a presidente da Infraero, Martha Seillier.

Acesso ao público

A partir de meio dia de sábado (13), o novo Aeroporto de Internacional de Macapá passará a receber os viajantes que chegam e partem do estado. A primeira operação a utilizar as novas instalações será com o voo da Gol, o 1678, procedente de Belém, Pará, com chegada prevista para as 14h40. Já a primeira partida também será da Gol, que fará o voo 1679 para Belém às 15h10.

Os primeiros 45 dias serão de operação assistida. Nesse período, a Infraero vai monitorar o funcionamento de instalações e equipamentos, além de realizar serviços e reparos eventuais no novo terminal. “Nessa etapa, nós teremos um apoio mais intenso do consórcio responsável pelas obras para execução de reparos eventuais ou finalização de serviços menores. Isso ocorrerá sem interferir no funcionamento do aeroporto e é algo que já foi feito nas inaugurações de Vitória e Goiânia”, explica a superintendente Keyla de Moraes.

Para chegar ao novo aeroporto, os passageiros terão um acesso viário ampliado, que levará a um meio fio de embarque com duas pistas – sendo uma delas coberta – e a um estacionamento de veículos com 780 vagas para carros, motos, ônibus e bicicletas.

Foto:Divulgação/Infraero

Para os usuários de transporte público, a Prefeitura de Macapá está definindo as linhas de ônibus que atenderão o aeroporto. Por outro lado, a Infraero já tem contrato com uma cooperativa de táxi para atender aos frequentadores do aeroporto.

Todas essas mudanças já foram comunicadas pela Infraero às companhias aéreas, cooperativas de táxi, empresas de ônibus, secretarias Municipais e Estadual de Turismo e Transportes, Embratur, Associação Brasileira de Agências de Viagens no Amapá. A empresa também fez informes no seu site, veículos de comunicação locais e redes sociais.

Para administrar o aeroporto, a Infraero reforçou seu efetivo a partir de programas internos de remoção e transferência, além de ajustar os contratos de terceirização. Os profissionais, que passaram de 65 para 82, atuarão nas áreas de operações, segurança e limpeza, sempre com o objetivo de garantir o melhor atendimento numa instalação moderna e que é mais complexa que a anterior.

“Toda a transição foi discutida e planejada com as empresas aéreas, concessionários e poder público local. Ainda assim, é natural que surjam dúvidas e elas poderão ser sanadas com a Infraero, por meio do nosso portal na internet e nas nossas redes sociais; e também com as empresas aéreas, lojistas e prestadores de serviços do aeroporto, visto que cada um tem sua área de atuação”, explica Keyla.

Sustentabilidade

O consumo responsável dos recursos naturais será uma característica do novo aeroporto. A nova estrutura contará com iluminação natural e sistema automatizado de lâmpadas de LED, o que permitirá uma economia de energia de 50% em relação ao antigo terminal. Esse sistema, associado à climatização automatizada e aos vidros laminados, darão conforto ao passageiro e redução de gastos com energia.

Nos recursos hídricos, a cobertura do novo terminal fará a captação água da chuva, que servirá para atividades de irrigação e limpeza, preservado os recursos naturais e reduzindo custos com tratamento e abastecimento de água.

Outra solução disponível é o separador de água e óleo no sistema de drenagem do pátio de aeronaves, o que faz com que os resíduos de óleos e graxas dos equipamentos das empresas aéreas sejam filtrados e evitem a poluição do entorno do aeroporto.

“A obra também trouxe soluções no sistema água do ar condicionado, transformadores, geradores e circuitos elétricos. Esse conjunto faz toda diferença no dia-a-dia, porque permite menores consumos de energia, água e até de óleo diesel no caso do gerador”, explica o superintendente de Engenharia da Infraero, Adelcio Guimarães Filho.

Impacto econômico

Com o novo Aeroporto de Macapá, a Infraero dá a cidade um novo vetor de desenvolvimento econômico. A nova estrutura, com mais capacidade, poderá receber mais voos e ampliar a oferta de produtos e serviços em seu mix comercial, que passará a contar com 62 pontos comerciais. Desse total, 14 já irão funcionar a partir da inauguração, tais como lanchonete, serviço de táxi, caixas eletrônicos, locadores de veículos, agência de viagem e perfumaria. Além desses, outros cinco estabelecimentos começarão suas atividades ainda este mês, conforme a conclusão dos processos licitatórios.

“O Aeroporto de Macapá é o único no estado que opera voos comerciais regulares. Com a abertura das instalações modernas e iguais a de grandes terminais do mundo, a Infraero o consolida como a principal porta de entrada do Amapá e, também, como um vetor de desenvolvimento da economia, seja pela possibilidade de aumento de voos ou pela geração de empregos. Só na obra chegamos a 2,8 mil trabalhadores diretos e indiretos. Agora, com o início das operações, abre-se um novo ciclo, com lojistas e prestadores de serviços relacionados a toda a cadeia da aviação, que terá sua demanda atendida com facilidade pelos próximos 30 anos”, avalia a superintendente Keyla de Moraes.

Voos internacionais

O novo terminal de passageiros de Macapá terá condições de receber voos internacionais. O projeto entregue pela Infraero conta com áreas disponibilizadas para Polícia Federal, Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Vigilância Agropecuária (Vigiagro).

“A presença dos voos internacionais depende do interesse das empresas aéreas, que vão avaliar questões como demanda do mercado local. Ao mesmo tempo, a Infraero pode buscar contato com  operadores aéreos, órgãos públicos e de fomento ao turismo e negócios para que as atividades de alfândega, imigração e vigilâncias sanitária e agropecuária sejam definidas”, explica Keyla.

Foto:Divulgação/Governo do Amapá

Terminal antigo

A última operação do antigo terminal de passageiros será a da Latam, que fará o voo 3446, que partirá para Belém às 6h05. Ao final dessa atividade, a Infraero fará o fechamento da instalação. A partir daí, começa a última etapa da obra, de demolição do terminal antigo para ampliação do pátio de aeronaves. Isso dará mais espaço e condição de segurança para a movimentação de aeronaves. Por esse motivo, uma das pontes de embarque ficará sem uso até a conclusão desses trabalhos.

Histórico da obra

As obras foram iniciadas em dezembro de 2004 e paralisadas em novembro de 2008, depois que a Infraero rescindiu o contrato com o consórcio que iniciou os serviços. Auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram irregularidades que levaram à inclusão do empreendimento no quadro de bloqueio da Lei Orçamentária de 2008 e 2009.

Em julho de 2009, o acórdão 1571/2009 do TCU concluiu que não havia mais motivos para manter a obra no quadro de bloqueio da Lei Orçamentária daquele ano. A partir disso, a Infraero se preparou para retomar as obras paralisadas, dividindo o objeto original do contrato, o que permitiu fazer a cobertura do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves.

Em seguida, foi elaborado o edital de licitação para retomar as obras do novo terminal passageiros. A publicação ocorreu em junho de 2014 e o processo foi homologado em dezembro do mesmo ano, com o contrato e a ordem de serviço sendo assinados em julho de 2015.

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