A prefeitura de Amajari, no norte de Roraima, decretou situação de emergência por conta do alto número de incêndios florestais registrados na cidade. A prefeita Vera Lúcia (PSC) estimou que mais de 2 mil famílias que sobrevivem da agricultura perderam plantações, pastos e açudes de criação de peixes.
O decreto vale por 90 dias. O clima seco e a forte estiagem na região deixou o município em situação de alerta para os focos de calor. O fogo também já destruiu pontes e houve registros de animais silvestres que morreram carbonizados.
“Com esse decreto queremos pedir ajuda dos governos estadual e federal. Nossa população está sofrendo com as queimadas e o município não tem mais condições de enfrentar este problema sozinho. Precisamos de mais pessoal de combate a incêndios, carros-pipa e até recursos em dinheiro”, justifica.
Desde 5 de fevereiro, Amajari registra incêndios florestais todos os dias. Uma das regiões mais afetadas é a Serra do Tepequém, um dos destinos mais procurados por quem busca turismo ecológico e de aventura em Roraima.
Aproximadamente 20 pessoas vinculadas ao Corpo de Bombeiros do estado e da Defesa Civil atuam na região. Agora com o decreto, a prefeitura de Amajari vai elaborar um relatório detalhado com os prejuízos causados pelo fogo. O documento servirá de base para a destinação da ajuda necessária em cada setor.
Em Roraima, de janeiro até o dia 21 de março foram registrados 2.690 focos de calor. O número já é quase o dobro do registrado no mesmo período de 2018, quando foram identificados 1.407 focos.