Fêmeas do Aedes Aegypti podem transmitir Zika e Chikungunya para as larvas, diz pesquisadores do Amazonas

As fêmeas do mosquito Aedes Aegypti encontradas na natureza e infectadas podem transmitir o Zika vírus e a Chikungunya para as larvas.

Desta forma, os mosquitos já nascem infectados. A afirmação veio após pesquisa realizada pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas e a Fiocruz, em Itacoatiara, no Amazonas.

A partir do estudo foi possível constatar a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o filho, em ambiente natural.

Em laboratório, esta possibilidade já tinha sido verificada quando as fêmeas eram alimentadas com sangue contendo vírus Zika e passavam para os ovos.

Foto: James Gathany/CDC

Com o resultado da pesquisa, ficou comprovada a presença do vírus nas larvas no ciclo natural de evolução do mosquito com sete dias.

Com isso, os estudiosos concluíram que eliminar os depósitos de água parada ainda é a principal saída para eliminar o vírus.

De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde, as doenças causadas pelo Aedes aegypti seguem em queda por dez meses consecutivos no Amazonas, se comparado com o mesmo período do ano passado.

A maior redução foi da febre chikungunya que, até outubro de 2018, teve 170 casos notificados contra 548 casos em 2017, uma redução de 68%.

Já a dengue teve redução de 42%. Foram cerca de 7,5 mil casos notificados em 2017. Neste ano foram pouco mais de 4,3 mil notificações.

A Zika também apresentou redução. Ano passado foram notificados 657 casos contra 446 neste ano.

A pesquisa inédita foi divulgada em revista internacional especializada na divulgação de estudos científicos.

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