Técnicos do Ministério da Saúde já estão no Amazonas para auxiliar nas investigações de casos de gripe Influenza A, transmitida pelo vírus H1N1. Nove mortes causadas pelo H1N1 já foram confirmadas no Estado, pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
O Ministério da Saúde também confirmou, nesta terça-feira (26), o envio de medicamentos usados no tratamento da doença. Até o momento, já foram registrados 162 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Destes, 27 foram confirmados como Influenza A, fato que pode ser considerado um surto, segundo a FVS-AM.
Os quatro técnicos do Ministério da Saúde enviados ao Amazonas irão atuar também na adoção de medidas de controle e prevenção da doença. A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e a Prefeitura de Manaus afirmaram que a principal medida de prevenção da doença é a aplicação da vacina, que ainda não tem no Amazonas.
Em nota, o Ministério da Saúde ressaltou que as doses da vacina começam a ser produzidas em setembro do ano anterior, neste caso, setembro de 2018. Isso ocorre após uma autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS) que avalia quais cepas mais circularam no hemisfério sul no ano anterior. A partir disso, a vacina é adaptada para a campanha do ano vigente.
Ainda segundo o Ministério, a produção dura cerca de seis meses. Neste ano, a campanha de vacinação está prevista para ocorrer durante o mês de abril em todo o país.
Números alarmam
A diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa, afirmou que cerca de 50% do aumento da demanda da rede de urgência e emergência da Susam foi direcionada ao atendimento de pacientes com síndrome gripal. Dos 126 casos registrados e que evoluíram com gravidade, 27 foram confirmados como influenza H1N1.
Segundo Rosemary, foram registrados dez óbitos por síndrome respiratória aguda grave, sendo nove por H1N1 e o outro óbito foi de um bebê, pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Questionada sobre os números de casos registrados no Amazonas no curto período de tempo, a diretora-presidente da FVS afirmou que “pode ser considerado um surto” do vírus.
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