Mestres do Saber: projeto destaca arte de carpinteiros navais de Santana, no Amapá

Exposição promoveu discussão e reflexão sobre uma das atividades mais tradicionais da população ribeirinha do estado, além de registros fotográficos e memória em audiovisual.

Fotos: Cíntia Leão/Comunicação Profid

A 18ª edição da Primavera dos Museus, que ocorreu nos dias 26 e 27 de setembro, em Macapá (AP), foi marcada pela exposição ‘Mestres do Saber: os carpinteiros navais de Elesbão’, promovida pelo projeto de extensão ‘Educação Patrimonial: História e Memória das Comunidades Ribeirinhas de Santana-AP’, vinculado ao Programa de Formação, Capacitação, Aperfeiçoamento e Idiomas (Profid), da Universidade Federal do Amapá (Unifap). O evento teve como objetivo celebrar a tradição e a cultura da carpintaria naval.

O encontro, realizado no Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas e Patrimoniais do Amapá (Cepap), localizado na Unifap, reuniu fotos, vídeos, pinturas e objetos que retratam a tradição e a cultura da carpintaria naval do bairro de Elesbão, em Santana, município distante 17 quilômetros da capital amapaense. A exposição esteve alinhada ao tema central da Primavera dos Museus deste ano: ‘Museus, Acessibilidade e Inclusão’.

Através dessa exposição, o público presente teve a oportunidade de conhecer de perto a arte dos mestres carpinteiros navais, que mantêm viva a história da construção de embarcações no Amapá. A vice-coordenadora do projeto de extensão Educação Patrimonial, Elke Rocha, destacou o objetivo do projeto, em sendo a valorização da memória e da identidade, vinculadas a esta atividade.

O evento contou com a presença dos próprios carpinteiros e se tornou um espaço de diálogo e reconhecimento do papel fundamental que eles desempenham na história e na cultura da região.

Apesar de serem essenciais para a dinâmica econômica da região, os carpinteiros navais, responsáveis por construir e reparar as embarcações que cruzam os rios, ainda veem seu ofício com pouco reconhecimento. Assim como relata o carpinteiro Mezaique Sacramento, que está na profissão há mais de 15 anos.

A exposição ‘Mestres do Saber’ mostrou o trabalho dos carpinteiros navais como um patrimônio cultural vivo e rico, uma fonte de incontáveis saberes e técnicas. A mostra também revelou o importante papel social da carpintaria naval, que vai além da construção de embarcações e incide sobre a vida das comunidades ribeirinhas e a identidade do estado. 

A arte de construir barcos não se limita à técnica, ela é uma linguagem que expressa a cultura, a história e a tradição do povo do Amapá.

*Com informações da UNIFAP

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