Sarah Calandrini é natural de Belém, mas vive, atualmente, em Xinguara. Em 2006, ela começou a trabalhar com matérias-primas naturais: no começo, produzia biojoias, depois telas. A partir daí, desenvolveu outras técnicas, mas sempre usando materiais orgânicos, incluindo a palha, que sempre esteve presente em seus trabalhos.
“No início comecei a trabalhar somente com técnicas de colagem de material orgânico em bolsas, posteriormente busquei a técnica de decoupagem, pintura e etc. em bolsas e chapéus de palha” conta Sarah. “Para que eu tenha um acessório contemporâneo é fundamental estar ligada em tendências de moda, principalmente no que diz respeito a acessórios” relata a empreendedora que também realiza pesquisas em sites e revistas na busca de referências para as criações.
Sarah também acredita e defende uma cadeia produtiva em que todos os elos podem ganhar: desde o dono da propriedade de buriti, que separa as palhas do vegetal para comercializar para quem confecciona bolsas e cestos. “Essa cadeia produtiva é de fundamental importância para todos”, conta Sarah ao falar do processo produtivo das peças.
“Estou com uma enorme expectativa em torno da exposição, onde quero muito poder mostrar que o produto artesanal pode ser valorizado ainda mais quando associado a diversas matérias-primas e técnicas de trabalho que vão dar a um simples acessório artesanal a condição de um elemento indispensável para a valorização de qualquer look”, finaliza Sarah sobre as expectativas para a exposição e inserção dos produtos no Espaço Moda, ponto comercial de marcas de moda autorais paraenses do Espaço São José Liberto.
A exposição “Inspirações do campo” tem o apoio do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (IGAMA), organização social que gerencia o Espaço São José Liberto, Secretaria de Estado pelo Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia e Governo do Estado do Pará.