A proposta da revista é apresentar histórias de ficção científica que se passam na Amazônia ou que envolvem o contexto amazônico
O estúdio C-4, formado por amazonenses e artistas de outros estados que vivem na região, acaba de lançar uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse. A intenção da campanha é promover a pré-venda da revista em quadrinhos “Jungle Comix”. Clique aqui para apoiar o projeto.
A “Jungle Comix” é o trabalho de estreia do estúdio C-4, atuante no cenário manauara desde 2018, quando uma revista teaser foi lançada no Festival Internacional de Quadrinhos em Belo Horizonte – MG. A proposta da revista é apresentar histórias de ficção científica que se passam na Amazônia ou que envolvem o contexto amazônico de alguma forma, explorando o rio-mar de possibilidades que este rico cenário proporciona para a nona arte.
De acordo com o desenhista, Jucylande Júnior, sócio-fundador do estúdio, o trabalho é importante para divulgar a cultura da Amazônia. “Já fiz alguns trabalhos para a Marvel e a DC Comics, mas sempre falo para as pessoas que temos uma cultura rica. Dá para fazer muitas histórias interessantes, como por exemplo, terror , ação e aventura. E nós como filhos da terra temos a obrigação de levantar essa bandeira”, afirmou.
Na visão de Jucylande, a região possuí profissionais locais que a cada dia estão se destacando no cenário nacional dos quadrinhos. Ele destacou os trabalhos de Ademar Vieira (roterista da animação Lupita), Romahs (roterista da MSP Produções), Emerson Medina (roterista da graphic novel “Última Flecha) e Luiz Andrade (quadrinista).
Jugle Comix
Segundo Jucylande, o Jugle Comix é divida em três arcos que misturam a Amazônia com a temática Sci-fi. Cada história é escrita e desenhada por um grupo de artistas locais; confira:
Keopac
Em Keopac uma nação indígena tem um encontro inesperado com um ser intergaláctico. Nesta história com roteiro e cores de Ademar Vieira e desenhos de Jucylande Jr., a famosa teoria de “Eram os deuses astronautas” apresentada no livro de Erich von Däniken, se concretiza no meio do cotidiano de um povo habitante da Amazônia pré-colombiana.
Tacape de Arawak
Em Tacape de Arawak, com roteiro de Romahs, desenho de Márcio José e cores de Valdo Alves, um poderoso artefato desperta a cobiça das forças armadas brasileiras, o problema é que ele está numa região quase inacessível no meio de uma floresta amazônica futurista e desabitada e um certo povo não vai gostar nada de ver tal arma cair nas mãos erradas.
O Imperador do Nada
Imperador do nada une o amazofuturismo e o texto em língua manao, reconstituída a partir do pouco registro que se tem até hoje, para entregar uma narrativa alucinante. O roteiro é assinado por João Vicente e Jucylande Jr., já as artes tiveram a participação de Nilberto Jorge, Jucylande Jr., Laís Reis, Luisa Reis e Gláucio Silva. Na história acompanhamos guerreiros da famosa nação manao, em uma caçada épica numa Manaus pós-apocalíptica.
“Atualmente, não tem nenhum projeto de ficção cientifica com a temática amazônica. Por isso, peço que os manauaras apoiem os artistas locais, pois, estamos produzindo a história com muito carinho”, disse o artista.
Financiamento
O financiamento coletivo funciona como uma campanha de ajuda financeira para artistas e realizadores de projetos sociais. Nesta campanha os realizadores descrevem o projeto e delimitam uma meta que, se alcançada por eles com a ajuda de apoiadores, será revertida na execução do projeto.
Os artistas escolheram a modalidade FLEX, nela, mesmo que a meta não seja alcançada, o recurso é garantido e todos os apoiadores recebem suas recompensas. Clique aqui para ajudar o projeto.