Ufam e museu de Chicago assinam acordo de cooperação técnica com foco em tecnologias de pesquisa

O projeto tem os objetivos de viabilizar o intercâmbio de dados e informações; promover capacitação; e realizar estudos técnico-científicos voltados à produção de dados.

Foto: Valérie Chansigaud/Wikimedia Commons

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) firmou parceria interinstitucional com o Field Museum of Natural History, localizado em Chicago, no estado norte-americano de Illinois. Por meio desse acordo de cooperação técnica, as instituições executarão o projeto de pesquisa ‘Tecnologias de pesquisa novas e rápidas para capturar padrões e fatores que impulsionam a biodiversidade das florestas tropicais’, com atividades previstas até junho de 2029.

De modo específico, o projeto tem os objetivos de viabilizar o intercâmbio de dados e informações; promover cursos, treinamentos e eventos de capacitação de pessoas vinculadas às duas instituições; e realizar estudos técnico-científicos voltados à produção de dados e informações. Para a execução das atividades descritas, o acordo prevê o respeito mútuo das legislações vigentes e aplicáveis a cada entidade, em consonância com o Plano de Trabalho aprovado pela Ufam e pelo Field Museum para os 60 meses de vigência.

Os resultados da parceria técnico-científica, que poderão ser produtos e documentos, serão de propriedade da Ufam e do Field Museum, além outras instituições envolvidas nas ações. A professora Izeni Pires Farias, do Departamento de Genética do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) é a responsável por coordenar e acompanhar as atividades planejadas no âmbito da Universidade. Por outro lado, o pesquisador Lesley de Souza, vinculado ao Departamento Collections, Conservation and Research do museu norte-americano. Ambos devem orientar os trabalhos conjuntamente, avaliando os programas a serem desenvolvidos.

Segundo Izeni Farias, a nova colaboração representa um avanço significativo para a pesquisa científica, especialmente no que se refere ao estudo da biodiversidade das florestas tropicais.

“Com a utilização de novas e rápidas tecnologias de pesquisa, essa cooperação interinstitucional visa aprofundar o conhecimento sobre os padrões e fatores que impulsionam a diversidade biológica da Amazônia. Espero que vários alunos (graduação e pós-graduação) de ambas as instituições tenham projetos desenvolvidos no âmbito desta parceria. Pois a formação de recursos humanos qualificados é um dos principais objetivos”, explica ela.

Planejar, executar, avaliar e documentar

Como detalhado no documento, o escopo do projeto inclui o intercâmbio de dados e informações, a realização de estudos técnico-científicos e a promoção de cursos e treinamentos. “Dessa forma, o projeto interinstitucional permite não apenas a geração de conhecimento acadêmico, mas o fortalecimento de redes de pesquisa e o desenvolvimento de capacidades técnicas para estudantes e profissionais envolvidos”, afirma a docente do ICB.

“A minha atuação como coordenadora pela Ufam consiste em planejar, acompanhar e executar as atividades previstas no acordo. Isso inclui a supervisão dos estudos desenvolvidos para garantir a conformidade com os objetivos propostos e o cumprimento das normas legais aplicáveis. Estarei envolvida na organização de eventos de capacitação, como cursos e treinamentos, facilitando o intercâmbio entre pesquisadores das duas instituições. Além disso, participarei da elaboração de relatórios técnicos e científicos, com a missão de assegurar a documentação e o compartilhamento dos produtos e documentos resultantes entre as partes”, enumera.

O monitoramento contínuo das atividades e a avaliação dos resultados, segundo ela, é que garantirão o sucesso do trabalho, já que permitem observar de modo eficaz o alcance dos objetivos propostos e fortalecem o conhecimento e a pesquisa sobre a biodiversidade tropical, ponto central da iniciativa.

A professora recorda ainda que essa parceria também reforçará ainda mais a visibilidade internacional da Ufam como promotora de pesquisas sobre a biodiversidade da região amazônica. “Inclusive, esta relação que já rendeu excelentes resultados. Toda a equipe participou na competição do XPRIZE Rainforest, da qual foi vencedora”, finaliza a coordenadora.

*Com informações da Ufam

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Saiba quais peixes amazônicos são mais ricos em ômega 3, 6 e 9

Além de seu sabor apreciado, os peixes são fontes ricas de gorduras saudáveis que trazem diversos benefícios à saúde.

Leia também

Publicidade