Sinergia entre atores públicos e privados para transformar a Amazônia é debatida no Amazon On

Para os especialistas, nos últimos anos, ficou evidente que o desenvolvimento da Amazônia não pode ser responsabilidade apenas de um setor ou governo.

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

A Amazônia, com sua vastidão territorial e biodiversidade incomparável, é uma das regiões mais estratégicas do mundo para o desenvolvimento sustentável. No entanto, seu potencial econômico, social e ambiental continua subutilizado.

O desafio de equilibrar a preservação da floresta com o crescimento econômico exige uma nova abordagem colaborativa. É neste ponto que a sinergia entre atores políticos e privados pode desempenhar um papel crucial na transformação da região, catalisando inovações que promovam o desenvolvimento sustentável, respeitando as populações locais e o meio ambiente.

É sobre esse desafio que especialistas conversaram na programação do ‘Amazon On‘, evento que discute temas críticos para a conexão entre tecnologia e preservação ambiental, que iniciou nesta quarta-feira (18) em Manaus (AM).

Para os especialistas, nos últimos anos, ficou evidente que o desenvolvimento da Amazônia não pode ser responsabilidade apenas de um setor ou governo. Governos, empresas privadas, organizações não governamentais (ONGs) e as próprias comunidades amazônicas precisam trabalhar juntos para alcançar soluções que combinem crescimento econômico e proteção ambiental. Essa colaboração é fundamental para enfrentar os desafios que vão desde a infraestrutura precária e a conectividade limitada até o desmatamento e a degradação ambiental.

Há quatro anos, o especialista em telecomunicações Luis Guilhermo Alarcón, trabalha com o tema. Ele informou: “Em base a esse diagnóstico, que se chama C2BD, nós temos um portfólio de 500 milhões de dólares e crescendo, que tem tanto financiamento privado, quanto financiamento público, além do apoio do governo”.

Alarcón contou que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou um empréstimo de US$100 milhões para o Ministério das Comunicações apoiar melhorias na conectividade digital e ampliar a cobertura de banda larga fixa no Brasil.

O Programa de Ampliação do Crédito para Investimentos em Redes de Telecomunicações – Programa Acessa Crédito Telecom – alavancará os recursos do Fundo para a Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), por meio de Agentes Financeiros, para promover o acesso a financiamento por pequenos prestadores de serviços de internet que investirem em infraestrutura de banda larga fixa em municípios com menos de 30.000 habitantes.

“Esse programa vai apoiar as pessoas que trabalham com internet no país, então estamos apoiando o setor privado e o setor público com projetos de infraestrutura. Além disso, estamos investindo em cabeamento submarino no Pará com a visão de uma Amazônia mais integrada, inclusive com outros países”, destacou Alarcón.

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Em prol da Amazônia

Já o consultor do Banco Mundial, Luciano Freitas, explicou que a parceria entre o setor público e setor privado pode garantir a sustentabilidade econômica dos projetos da região amazônica. “Existe uma questão econômica quando se fala em digitalização. E sem a participação do setor privado, vai ser muito difícil você levar a conectividade e serviços digitais para os interiores dos Estados da Amazônia”, afirmou.

Ele afirmou ainda que a “imensidão verde”, que é a Amazônia, precisa de um cuidado maior, especialmente em áreas mais remotas, como por exemplo, as regiões fronteiriças. “É fundamental ter a presença do setor privado junto com a política pública para levar o benefício da internet para todos da região amazônica”, argumentou Freitas.

O ‘Painel 4 – Sinergia entre atores públicos e privados: como catalisar a transformação da Amazônia’ contou com a mediação de Luciano Charlita e a participação dos convidados:

  • Luiz Guillermo Alarcón Lopez – Banco Interamericano de Desenvolvimento
  • Antonio Marteletto – Presidente da Entidade Administradora de Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais TV e RTV (EAD).
  • Felipe Roberto de Lima – Superintendência de Planejamento e Regulamentação – ANATEL
  • Jorge Pedro Mori Mojalott – Assessor da Diretoria de Políticas Regulatórias e Competição do OSIPTEL/PERU
  • Luciano Freitas – consultor do Banco Mundial

Para mais detalhes, acesse AQUI.

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