Saiba o que é necessário para se tornar um imortal na Amazônia

No Brasil, existe uma associação literária que elege membros seletos para se tornarem “imortais” perante a sociedade, a Academia Brasileira de Letras. E cada Estado possui sua própria Academia.

No dicionário, ‘imortal‘ está associado aquilo que “não está sujeito à morte; não mortal”. Na prática, é um feito – até agora – impossível. Contudo, há outras formas de imortalidade. Personalidades históricas que fizeram grandes descobertas e realizações para a humanidade tem suas ações marcadas na histórias e lembradas geração após geração.

No Brasil, existe uma associação literária que elege membros seletos para se tornarem “imortais” perante a sociedade, a Academia Brasileira de Letras. Além dela, cada Estado possui sua própria Academia.

Mas afinal, como se tornar um imortal? O Portal Amazônia explica o processo e mostra as principais academias da região. Confira:

Ad immortalitatem

Traduzindo: “Rumo à imortalidade”. Esse é o lema das academias de letras. O primeiro passo para pertencer aos quadros da Academia é interagir com a comunidade. O vice-presidente da Academia Amazonense de Letras (AAL), Abrahim Baze, explica que inicialmente é necessária aproximação dos interessados com a academia. Participar de reuniões, eventos e conhecer os acadêmicos. Baze julga como “os 40 votos mais difíceis de se alcançar”.

O presidente da Academia e ocupante da cadeira nº 37, Aristóteles Comte de Alencar Filho, explica o processo de eleição:

“Quando uma vaga é aberta em função do falecimento de um Acadêmico ou Acadêmica, um edital é aberto para que os interessados se inscrevam. O interessado submete seu nome e seu currículo que será analisado por uma comissão eleitoral. Se o nome for aprovado, haverá eleição para escolha de quem irá ocupar a vaga”,

elencou Aristóteles.

Na prática, o requisito básico, além de ter nascido no Brasil, é necessário a publicação de um livro com selo ISBN, que é uma espécie de ‘RG literário’, um padrão internacional de numeração do livro.

No entanto, membros que avaliam a candidatura, analisam a importância da obra, a contribuição cultural e social do artista para o Estado como um todo e o legado para as futuras gerações.

Quando morrem os imortais 

Com a morte de algum membro da academia, a  cadeira que a pessoa ocupava fica vaga. Porém, ela não é substituída imediatamente. É realizada uma cerimônia solene,  a ‘Sessão da saudade’, homenageando a vida e obra do imortal.

Abrahim Baze conta que normalmente ficam de duas a três cadeiras vagas e que no Amazonas demora no mínimo seis meses para que haja a abertura de edital para seleção para ser um novo imortal. Esse tempo pode variar em cada Estado.

“A votação é secreta e individual. Depois que é revelado o novo membro, os votos são incinerados, para que não haja um desentendimento entre o novo membro e os acadêmicos”,

destaca o vice-presidente da AAL.

Conheça os imortais da Amazônia:

 Academia Acreana de Letras

Foto: Divulgação/Academia Acreana de Letras

– Alexandre Melo de Sousa;
Reginâmio Bonifácio de Lima;
Rosana Cavalcante dos Santos;
Cecília Ugalde;
Isac de Melo;
Jefferson Cidreira;
Mazé Oliveira;
Edir Figueira M. de Oliveira;
Deise Torres;
Mauro Modesto;
Enilson Amorim de Lima;
Telmo Camilo Vieira;
José Dourado de Souza;
Dalmir Rodrigues Ferreira;
Olinda Batista Assmar;
Moisés Diniz Lima;
José Cláudio Mota Porfiro;
José do Carmo Carile;
Claudemir Mesquita;
Álvaro Sobralino de A. Neto;
Margarete Edul Prado S. Lopes;
Renã Leite Pontes;
Luisa Karlberg;
Eduardo de Araújo Carneiro;
Maria José Bezerra.

Academia Amazonense de Letras 

Foto: Divulgação/Academia Amazonense de Letras

– Abrahim Sena Baze;
– Aldísio Gomes Filgueiras;
– Almino Monteiro Álvares Afonso;
– Antônio José Souto Loureiro;
– Arlindo Augusto dos Santos Porto;
– Aristóteles Comte de Alencar Filho;
– Artemis de Araújo Soares;
– Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto;
– Carmen Novoa Silva;
– Cláudio do Carmo Chaves;
– Dom Luiz Soares Vieira;
– Elson José Bentes Farias;
– Ernesto Renan Melo de Freitas Pinto;
– Euler Esteves Ribeiro;
– Francisco Gomes da Silva;
– José Bernardo Cabral;
– José dos Santos Pereira Braga;
– José Geraldo Xavier dos Anjos;
– José Maria Pinto Figueiredo;
– José Roberto Tadros;
– Júlio Antônio de Jorge Lopes
– Lafayette Carneiro Vieira;
– Márcia Perales Mendes Silva;
– Márcio Frederico Kruger;
– Marcos Frederico Kruger;
– Marcus Luiz Barroso Barros;
– Maria José Mazé Santiago Mourão;
– Marilene Corrêa da Silva Freitas;
– Mário Ypiranga Monteiro Neto;
– Max Carphentier Luiz da Costa;
– Newton Sabbá Guimarães;
– Robério dos Santos Pereira Braga;
– Rosa Mendonça de Brito;
– Sérgio Vieira Cardoso;
– Tenório Nunes Telles de Menezes;
– William Antônio Rodrigues.

 Academia Rondoniense de Letras

Foto: Divulgação/Academia rondoniense de Letras

– Dimas Ribeiro da Fonseca;
– Gesson Álvares de Magalhães;
– Edson Jorge Badra;
Emanuel Pontes Pinto;
George Gonçalves Braga;
Abnael Machado de Lima;
Hélio Fonseca;
José Valdir Pereira;
João Correia;
Hugo Evangelista da Silva;
José Monteiro Silva de Souza;
Matias Alves Mendes;
Heinz Roland Jakobi;
Eunice Bueno da Silva e Souza;
Antonio Candido da Silva;
Yêeda Maria Pinheiro Borzacov;
Pedro albino de Aguiar;
Viriato José da Silva Moura;
João Teixeira de Souza;
Aparício Carvalho de Moraes;
Joaquim Cercino da Silva;
Átila Ybañez França;
Dante Ribeiro da Fonseca;
Marco Antonio Domingues Teixeira;
Cláudio Batista Feitosa;
Zelite Andrade Carneiro;
Antonio Serafim da Silva;
João Gomes Moreira;
José Lúcio Cavalcanti de Albuquerque;
Raimundo Neves de Almeida;
Almino Álvares Afonso;
Arlene Pinheiro Gorayeb;
Paulo Cordeiro Saldanha;
Sandra Maria Castiel Fernandes;
Samuel Moisés Castiel Júnior;
Adaídes Batista dos Santos;
José Dettoni;

– Gerino Alves da Silva Filho.

A reportagem entrou em contato com as demais Academias, mas ainda não recebeu retorno sobre as listas atualizadas. Mais informações em breve. 

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