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Sábado, 27 Abril 2024

Saiba o que é necessário para se tornar um imortal na Amazônia

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No dicionário, 'imortal' está associado aquilo que "não está sujeito à morte; não mortal". Na prática, é um feito - até agora - impossível. Contudo, há outras formas de imortalidade. Personalidades históricas que fizeram grandes descobertas e realizações para a humanidade tem suas ações marcadas na histórias e lembradas geração após geração.

No Brasil, existe uma associação literária que elege membros seletos para se tornarem "imortais" perante a sociedade, a Academia Brasileira de Letras. Além dela, cada Estado possui sua própria Academia.

Mas afinal, como se tornar um imortal? O Portal Amazônia explica o processo e mostra as principais academias da região. Confira:

Ad immortalitatem

Traduzindo: "Rumo à imortalidade". Esse é o lema das academias de letras. O primeiro passo para pertencer aos quadros da Academia é interagir com a comunidade. O vice-presidente da Academia Amazonense de Letras (AAL), Abrahim Baze, explica que inicialmente é necessária aproximação dos interessados com a academia. Participar de reuniões, eventos e conhecer os acadêmicos. Baze julga como "os 40 votos mais difíceis de se alcançar".

O presidente da Academia e ocupante da cadeira nº 37, Aristóteles Comte de Alencar Filho, explica o processo de eleição:

"Quando uma vaga é aberta em função do falecimento de um Acadêmico ou Acadêmica, um edital é aberto para que os interessados se inscrevam. O interessado submete seu nome e seu currículo que será analisado por uma comissão eleitoral. Se o nome for aprovado, haverá eleição para escolha de quem irá ocupar a vaga",

elencou Aristóteles.

Na prática, o requisito básico, além de ter nascido no Brasil, é necessário a publicação de um livro com selo ISBN, que é uma espécie de 'RG literário', um padrão internacional de numeração do livro.

No entanto, membros que avaliam a candidatura, analisam a importância da obra, a contribuição cultural e social do artista para o Estado como um todo e o legado para as futuras gerações.

Quando morrem os imortais 

Com a morte de algum membro da academia, a  cadeira que a pessoa ocupava fica vaga. Porém, ela não é substituída imediatamente. É realizada uma cerimônia solene,  a 'Sessão da saudade', homenageando a vida e obra do imortal.

Abrahim Baze conta que normalmente ficam de duas a três cadeiras vagas e que no Amazonas demora no mínimo seis meses para que haja a abertura de edital para seleção para ser um novo imortal. Esse tempo pode variar em cada Estado.

"A votação é secreta e individual. Depois que é revelado o novo membro, os votos são incinerados, para que não haja um desentendimento entre o novo membro e os acadêmicos",

destaca o vice-presidente da AAL.

Conheça os imortais da Amazônia:

 Academia Acreana de Letras

Foto: Divulgação/Academia Acreana de Letras
- Alexandre Melo de Sousa;
- Reginâmio Bonifácio de Lima;
- Rosana Cavalcante dos Santos;
- Cecília Ugalde;
- Isac de Melo;
- Jefferson Cidreira;
- Mazé Oliveira;
- Edir Figueira M. de Oliveira;
- Deise Torres;
- Mauro Modesto;
- Enilson Amorim de Lima;
- Telmo Camilo Vieira;
- José Dourado de Souza;
- Dalmir Rodrigues Ferreira;
- Olinda Batista Assmar;
- Moisés Diniz Lima;
- José Cláudio Mota Porfiro;
- José do Carmo Carile;
- Claudemir Mesquita;
- Álvaro Sobralino de A. Neto;
- Margarete Edul Prado S. Lopes;
- Renã Leite Pontes;
- Luisa Karlberg;
- Eduardo de Araújo Carneiro;
- Maria José Bezerra.

Academia Amazonense de Letras 

Foto: Divulgação/Academia Amazonense de Letras

- Abrahim Sena Baze;
- Aldísio Gomes Filgueiras;
- Almino Monteiro Álvares Afonso;
- Antônio José Souto Loureiro;
- Arlindo Augusto dos Santos Porto;
- Aristóteles Comte de Alencar Filho;
- Artemis de Araújo Soares;
- Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto;
- Carmen Novoa Silva;
- Cláudio do Carmo Chaves;
- Dom Luiz Soares Vieira;
- Elson José Bentes Farias;
- Ernesto Renan Melo de Freitas Pinto;
- Euler Esteves Ribeiro;
- Francisco Gomes da Silva;
- José Bernardo Cabral;
- José dos Santos Pereira Braga;
- José Geraldo Xavier dos Anjos;
- José Maria Pinto Figueiredo;
- José Roberto Tadros;
- Júlio Antônio de Jorge Lopes
- Lafayette Carneiro Vieira;
- Márcia Perales Mendes Silva;
- Márcio Frederico Kruger;
- Marcos Frederico Kruger;
- Marcus Luiz Barroso Barros;
- Maria José Mazé Santiago Mourão;
- Marilene Corrêa da Silva Freitas;
- Mário Ypiranga Monteiro Neto;
- Max Carphentier Luiz da Costa;
- Newton Sabbá Guimarães;
- Robério dos Santos Pereira Braga;
- Rosa Mendonça de Brito;
- Sérgio Vieira Cardoso;
- Tenório Nunes Telles de Menezes;
- William Antônio Rodrigues.

 Academia Rondoniense de Letras

Foto: Divulgação/Academia rondoniense de Letras
- Dimas Ribeiro da Fonseca;
- Gesson Álvares de Magalhães;
- Edson Jorge Badra;
- Emanuel Pontes Pinto;
- George Gonçalves Braga;
- Abnael Machado de Lima;
- Hélio Fonseca;
- José Valdir Pereira;
- João Correia;
- Hugo Evangelista da Silva;
- José Monteiro Silva de Souza;
- Matias Alves Mendes;
- Heinz Roland Jakobi;
- Eunice Bueno da Silva e Souza;
- Antonio Candido da Silva;
- Yêeda Maria Pinheiro Borzacov;
- Pedro albino de Aguiar;
- Viriato José da Silva Moura;
- João Teixeira de Souza;
- Aparício Carvalho de Moraes;
- Joaquim Cercino da Silva;
- Átila Ybañez França;
- Dante Ribeiro da Fonseca;
- Marco Antonio Domingues Teixeira;
- Cláudio Batista Feitosa;
- Zelite Andrade Carneiro;
- Antonio Serafim da Silva;
- João Gomes Moreira;
- José Lúcio Cavalcanti de Albuquerque;
- Raimundo Neves de Almeida;
- Almino Álvares Afonso;
- Arlene Pinheiro Gorayeb;
- Paulo Cordeiro Saldanha;
- Sandra Maria Castiel Fernandes;
- Samuel Moisés Castiel Júnior;
- Adaídes Batista dos Santos;
- José Dettoni;

- Gerino Alves da Silva Filho.

A reportagem entrou em contato com as demais Academias, mas ainda não recebeu retorno sobre as listas atualizadas. Mais informações em breve. 

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