Portal Amazônia responde: ariramba-de-bico-amarelo é parente do beija-flor?

Da família Galbulidae, a ariramba-de-bico-amarelo é uma espécie amazônica, que ocorre ao norte do rio Amazonas.

Foto: Reprodução/Passaros.org

Você já deve ter visto uma ave pequena e colorida, mas percebeu que não se tratava de um beija-flor? Bem, essa é a ariramba-de-bico-amarelo, que apesar de parecerem beija-flores, não são de uma família tão próxima.

Da família Galbulidae, a ariramba-de-bico-amarelo é uma espécie amazônica, que ocorre ao norte do rio Amazonas, além de estar distribuída por Roraima, Amapá e Pará. Esses pássaros vivem em florestas alagadas, como várzeas e igapós, mas também em florestas de terra firme, e fazem seus ninhos em cupinzeiros nas árvores.

É considerada a menor ave de sua espécie, com 19 centímetros de comprimento. Além do bico, os pés e a região dos olhos também são amarelos. Um fato curioso? A ponta do bico e das unhas são escuros, como se alguém tivesse pintado.

O veterinário especialista em animais silvestres e exóticos com ênfase em resgate de fauna livre, Gabriel Guimarães, contou ao Portal Amazônia que é justamente a cor da ariramba-de-bico-amarelo que causa essa semelhança toda com o beija-flor.

Quando questionado se a espécie é fácil de ser observada em ambiente urbano, o especialista em animais silvestres respondeu que não, mas que não é improvável de acontecer.

“Não é comum. É uma ave com características únicas. Ave de dentro de mata, área alagada. Mas pode acontecer sim, são animais insetívoros, o que difere bastante do beija-flor. Por isso costumam serem encontrados em áreas inundadas, pela maior presença de insetos”, respondeu.

Curiosidades

Gabriel relatou outro um fato curioso sobre a ariramba-de-bico-amarelo: ela é uma das poucas aves do mundo que pode viver em grupos mistos.

O biólogo Pedro Meloni Nassar completa o quadro de curiosidades sobre o pássaro com outro fato interessante sobre as arirambas: observá-las caçando.

“Ficam pousadas em um poleiro, voam para capturar a presa em voo e retornam ao mesmo poleiro. São espécies coloridas e muito bonitas. Apesar de serem, em grande parte, espécies florestais, são de fácil observação após detectadas, pois permanecem imóvel onde estão, permitindo certa aproximação”, completou o biólogo. 

*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

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