PL que permite operação de companhias aéreas estrangeiras em trechos domésticos na Amazônia é aprovado em comissão do Senado

Texto prevê o transporte desde que as empresas possuam viagens com origem ou destino nos estados da Amazônia Legal. Proposta será analisada pelo plenário após passar por comissão.

Um projeto de lei (PL) que permite operação de companhias aéreas estrangeiras em trechos domésticos na Amazônia Legal foi aprovado com emendas pela Comissão de Infraestrutura do Senado no dia 15 de agosto.

O texto do Projeto de Lei Nº 4392/2023 foi apresentado pelo senador do Acre, Alan Rick (União), e prevê o transporte aéreo doméstico por empresas estrangeiras, desde que possuam viagens com origem ou destino nos nove estados da Amazônia Legal, o que contemplaria o Acre.

O objetivo do projeto, segundo o parlamentar, é abrir espaço para que novas empresas operem nesses trechos, o que poderá diminuir o custo dos bilhetes aéreos na região.

“Com mais empresas podendo operar nos estados amazônicos, haverá maior concorrência e, consequentemente, os preços das passagens devem cair. E, claro, teremos mais voos, o que é uma necessidade urgente em todos os aeroportos da região”, enfatizou Alan Rick.

A legislação brasileira não permite, atualmente, que as companhias estrangeiras façam voos de uma cidade brasileira para outra antes de voltar a seu país de origem, questão que a proposta pretende alterar.

Após aprovado, com emendas, na comissão, o projeto seguirá para análise do plenário do Senado, ainda sem data prevista.

Crise aérea

Foto: Senador Alan Rick/Asscom

Em 2023, ao lado de representantes do governo estadual e de empresários do setor de turismo, parlamentares do Acre se reuniram com o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França em Brasília. O encontro buscou discutir possíveis soluções para a crise dos voos no estado, causada pela escassez na oferta de viagens e o alto custo.

O coordenador da bancada federal acreana, senador Alan Rick (União Brasil), disse que alternativas foram debatidas, e espera contar com o apoio do Governo Federal para solucionar a questão.

Na reunião, foram apresentadas as seguintes propostas:

  • Utilização do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) para subsídio do querosene de aviação;
  • Instalação do Instrument Landing System (ILS) no aeroporto de Cruzeiro do Sul;
  • Construção de aeródromo em Sena Madureira;
  • Alfandegamento do aeroporto de Rio Branco.

A instalação do ILS é pauta de uma recomendação do Ministério Publico Federal do Acre (MPF-AC) ao Ministério Público do Acre (MP-AC). O órgão federal pede que o MP solicite a utilização do sistema para permitir o fluxo de aeronaves em condições meteorológicas adversas, e assim amenizar o problema da escassez de voos no estado.

O ministro Márcio França afirmou que o objetivo é garantir que mais pessoas consigam viajar no Acre, e que deve fazer uma visita ao estado para acompanhar de perto o problema.

Alan Rick destacou que o alto custo do querosene é uma alegação constante das companhias aéreas, e agir para diminuir o preço é uma das saídas para aumentar a oferta de voos.

Após o encontro, o parlamentar apresentou um projeto de lei para oficializar essas propostas. O texto segue em tramitação no Senado Federal.

*Com informações da Rede Amazônica AC

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