Força-tarefa reduz em 80% área de garimpo ilegal no Território Yanomami

A redução na área atingida mostra que a presença de garimpeiros é, atualmente, residual, apresentando, nos últimos cinco meses, variação média de quatro hectares

A área atingida pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) reduziu 78,51% este ano. Os dados são do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa. Nos primeiros nove meses de 2023, a área atingida pelo garimpo ilegal é de 214 hectares, enquanto que, no mesmo período de 2022, o garimpo ocupou 999 hectares.

Uma força-tarefa para proteção dos indígenas ao norte do país iniciou em janeiro deste ano e conta com a participação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Defesa, por meio das Forças Armadas, e de outros órgãos e agências federais.

A redução de quase 80% na área atingida mostra que a presença de garimpeiros é, atualmente, residual (se mantém em pequenas áreas na região), apresentando, nos últimos cinco meses, variação média de quatro hectares. As maiores concentrações observadas no início do ano foram desmobilizadas.

Foto: Reprodução/Google Maps

Com base no Decreto n° 11.575, de 21 de junho de 2023, o Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte atua sob coordenação do Ministério da Defesa para prevenir e reprimir delitos transfronteiriços e ambientais na Terra Indígena Yanomami. A operação ocorre por meio de ações de patrulhamento; revista de pessoas, veículos terrestres, embarcações e aeronaves; e de prisões em flagrante delito.

Até o momento, já foram detidos 146 garimpeiros (todos submetidos a exame de higidez física e entregues à Superintendência da Polícia Federal) e apreendidos 40 toneladas de cassiterita, 1.675 gramas de ouro e 808 equipamentos, além da neutralização de acampamentos ilícitos na região da TIY. As ações são realizadas em coordenação com os órgãos de segurança pública.  

Meio ambiente 

Como resultado dos esforços conjuntos, é possível identificar que os principais rios da região – Uraricoera e Mucajaí – voltaram às suas cores naturais. O elemento químico mais comum usado por garimpeiros é o mercúrio. Além de ser responsável pela coloração amarelada nos rios, o metal líquido contamina a água e o solo, e afeta a alimentação dos Yanomami, baseada em atividades como caça, pesca, coleta de frutos e de raíze

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

‘Amapá Cacau’: cadeia produtiva beneficia 480 famílias de agricultores

Iniciativa visa impulsionar produção de cacau no Amapá, com foco em tecnologia e agroindústria.

Leia também

Publicidade