Os benefícios da restauração florestal vão além da biodiversidade, do clima e dos serviços ambientais. Essa restauração também está associada ao bem-estar social.
O conceito de Saúde Única é uma abordagem que reconhece a interdependência entre a saúde humana, a saúde animal e a saúde dos ecossistemas. O artigo divulgado pelo Museu Goeldi – ‘Saúde Única: O papel da restauração florestal para garantir a saúde humana, animal e ambiental na Amazônia’ – ressaltou que os benefícios da restauração florestal vão além da biodiversidade, do clima e dos serviços ambientais. Essa restauração também está associada ao bem-estar, ao bem-viver, à saúde humana e dos demais organismos vivos da Amazônia.
De acordo com o artigo, apesar do tema ter ganhado evidência com os impactos causados pela pandemia do coronavírus, esse já era um assunto na pauta de cientistas e representantes públicos por serem inúmeras as doenças causadas ou agravadas pelo desequilíbrio ambiental.
Entre os seis objetivos do ‘Plano de Ação Conjunta Quadripartite para a Saúde Única (2022-2026) – FAO, PNUMA, WOAH e OMS – está “proteger e restaurar a biodiversidade, prevenir contra a degradação do ecossistema e ambientes mais amplos para conjuntamente dar suporte à saúde das pessoas, animais, plantas e ecossistemas dando base ao desenvolvimento sustentável”.
Assim, o plano se integra a outras iniciativas globais, como a Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas (2021-2030), e os diversos acordos internacionais para a proteção do meio ambiente com os quais o Brasil se comprometeu.
“A adoção da abordagem da Saúde Única, como um elemento de planejamento e da implementação de políticas públicas, pode representar um grande avanço para o desenvolvimento local e regional, assim como viabilizar o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Amazônia”,
ressaltou Milton Kanashiro, pesquisador da Embrapa e autor principal do artigo.
Leia o artigo na íntegra.
Sobre a Aliança pela Restauração na Amazônia
A Aliança pela Restauração na Amazônia é uma iniciativa multi-institucional e multissetorial, estabelecida em 2017 que tem como missão articular múltiplos atores para a restauração na Amazônia como estratégia integrada à conservação e com benefícios socioeconômicos compartilhados.
Atualmente é formada por mais de 100 membros, dentre organizações da sociedade civil, academia, cooperativas, associações, empresas, governo, consultores e demais atores da cadeia da restauração e tem como secretaria executiva a The Nature Conservancy (TNC Brasil).