Com cabeça maior que de outras espécies, ele tem um pescoço comprido e recolhe a cabeça para dentro do casco.
Com um nome que faz jus à fama, o cágado cabeçudo (Mesoclemmys vanderhaegei) é uma espécie nativa brasileira, muito conhecido por ter a cabeça maior que a de outras espécies – o que lhe permite ter uma mordida potente e esmagadora quando abocanha suas presas. A espécie Mesoclemmys vanderhaegei é da ordem Testudines, da família Chelidae e do gênero Mesoclemmys.
A mordida forte é essencial para que ele consiga capturar pequenos animais, como moluscos, insetos, anfíbios e peixes, já que sua alimentação é exclusivamente carnívora.
Diferente dos seus primos jabutis, o cágado tem hábitos semiaquáticos, e divide seu tempo entre a terra firme e ambientes de água doce. Habita ambientes próximos da água na floresta amazônica e no Cerrado.
Para desempenhar bem sua vida dupla, possui patas com unhas afiadas que proporcionam firmeza em solo, e membranas entre os dedos, o que facilita o nado.
Outra diferença é na carapaça, mais achatada, alongada e lisa, com pescoço mais longo que dobra para dentro do casco quando recolhe a cabeça, característica exclusiva dos cagados.
As fêmeas são maiores que os machos e pesam em média 1,5 kg, com tamanho que varia entre 20 e 30 cm. O acasalamento ocorre entre setembro e janeiro, durante a primavera e o verão, sempre dentro d’água.
s desovas ocorrem posteriormente, de janeiro a junho, os ovos são enterrados em um ninho cavado no solo, geralmente nas praias ou margens de rios. Eles colocam em média sete ovos por vez, e sua vida dura cerca de 20 anos na natureza.
É um quelônio de água doce cuja ocorrência é descrita nas bacias dos rios Amazonas, Tocantins, Paraguai, Paraná e Uruguai e também ocorre no Paraguai, na Argentina e, possivelmente, no Uruguai e na Bolívia.
*Este texto foi produzido com o apoio da coordenadora do Reptiliário e do Biotério Semiextensivo de Quelônios e Lagartos do Laboratório de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan, Myriam Elizabeth Velloso Calleffo.