Descubra quantos ecossistemas existem no Amapá, o Estado mais preservado do País

Os ecossistemas são conjuntos que abrangem os seres vivos, o meio ambiente onde vivem e as relações que esses seres mantêm entre si e com o meio.

Os biomas são um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação que são próximos e que podem ser identificados em nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em uma diversidade de flora e fauna própria. No Brasil, é possível encontrar seis tipos de biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. 

Enquanto os Ecossistemas são um conjunto que abrange os seres vivos, o meio ambiente onde vivem e as relações que esses seres mantêm entre si e com o meio. Esses ecossistemas podem ser em pequena ou larga escala e são eles que vão fazer parte dos biomas.

O Estado do Amapá possui uma área territorial de 142.470,762 km² e fica localizado na Região Norte do Brasil. É considerado bem conservado, já que mais de 72% do Amapá é coberto por unidades de conservação federais e estaduais ou terras indígenas: são 19 unidades de conservação, sendo 12 federais, cinco estaduais e duas municipais. Dentre as florestas públicas do Estado, destaca-se a Floresta Estadual do Amapá (FLOTA/AP). 

Com tudo isso, o Amapá revela que possui quase todos os mais importantes ecossistemas brasileiros: manguezais, cerrado, florestas de terra firme, florestas de várzea e florestas de igapó.

Manguezais. Foto: ACMMartins/Governo do Amapá

O Estado tem 73% da sua área coberta apenas pela Floresta Amazônica, que é dividida entre a floresta tropical, floresta de terra firme e floresta de várzea, além dos igapós. O litoral possui uma cobertura bastante característica, como os manguezais. 

Os manguezais são ecossistemas ligados à condição litorânea. No litoral amapaense é representado por franjas contínuas, variáveis em largura que em alguns locais chegam a adentrar ao continente na condição de manguezais ribeirinhos. Junto com Pará e Maranhão, o Amapá faz parte do maior cinturão de manguezais do mundo, com 11,2 mil quilômetros quadrados. 

Os mangues correspondem a 1,94% da área do Estado, possuindo distribuição contínua entre o Cabo Orange, no Oiapoque, e a foz do rio Araguari, adentrando por estuários e baixos cursos de rios sempre na condição de bosques com alturas que chegam de 20 a 25 metros.

Já as florestas de várzea, no Amapá, ocupa 4,85% do território, onde as áreas mais representativas ocorrem ao longo da orla estuarina amazônica. De modo geral, as florestas de várzea amapaense são formações com estrutura complexa, ricas em palmeiras.

Os campos de várzea são ecossistemas de natureza aluvial, altamente representativos no Amapá. Segundo o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), os campos alcançam 11,20% do território amapaense, distribuído por toda a planície fluviomarinha em condições de depressões topográficas ligadas a um complexo sistema de drenagem que sofre influência de inundações periódicas, resultantes dos elevados índices pluviométricos locais e também do represamento ocasionado pela maré.

Um zoneamento socioambiental do cerrado realizado no Amapá, em 2016 pelo IEPA, baseado em análises mais precisas, mostrou que a área ocupada pelo ecossistema é de 889.715 hectares, que em termos percentuais correspondem a 6,2% do território do Estado. 

Referência

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