“Meu primeiro contato com a música da Amazônia foi curiosamente em Londres, onde trabalhei durante 6 anos com um músico paraense, Diego Carneiro, criamos juntos um projeto onde fazíamos concertos para arrecadar fundos para desenvolver projetos de educação musical nas ilhas ao redor de Belém organizados pela ONG Amazonart. Em 2012 ganhamos o Prêmio Funarte de concertos didáticos e viajamos pelo interior do Pará, foi onde percebi que não havia esse instrumento em lugar algum e começou a minha vontade de voltar e apresentar o piano para aquelas comunidades”, disse.
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O projeto teve início em 2017, em Belém, no Pará, onde foi comprado o piano, e a partir daí o primeiro destino foi o município de Santarém, interior do Estado. Carla levava não só a sonoridade do instrumento, mas também oficinas no período da manhã, e pela noite, concertos, todos com o piano dentro do barco.
“As oficinas começavam com uma breve história do piano, sua origem, construção e afinação; depois começava a demonstração dos sons: graves, médios e agudos, dinâmicas e técnicas das mãos. As pessoas se sentavam à beira da praia para assistirem o piano, que, forçosamente, permaneceria dentro do barco”, lembra.
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Um filme documentário e um CD foram lançados no final de 2018 e trazem os frutos do espetáculo, e para quem quiser saber mais sobre o projeto e ter acesso ao material produzido, basta enviar um e-mail para carlaruaro@gmail.com.
Confira o trailer do documentário: