As “capitais” do Mato Grosso: conheça 7 municípios famosos por suas produções do estado

O estado mato-grossense é rico em áreas de produção diversas, saiba quais cidades estão nessa lista.

Vista aérea da capital de Mato Grosso, Cuiabá. Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O Mato Grosso é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado na região Centro-Oeste, mas que tem a porção norte do seu território ocupada pelo bioma amazônico, tornando-o parte da Amazônia Legal.

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No total, 142 municípios fazem parte do estado, que possui uma área territorial de 903.207,050 km² e uma população estimada de 3.567.234 habitantes segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

E, entre tantos municípios, alguns deles se tornaram verdadeiras “capitais” por suas produções: 

Sapezal, a capital do algodão 

Segundo dados do IBGE de 2018, Sapezal é o maior produtor nacional de algodão, com 756,89 mil toneladas avaliadas em R$ 1,84 bilhão, sendo o sexto maior de soja, com 1,23 milhão de toneladas avaliadas em R$ 1,15 bilhão e décimo maior de milho, com 903 mil toneladas avaliadas em R$ 315 milhões.

O PIB por habitante (per capita), de R$ 103.551,68, é o terceiro maior de Mato Grosso e ocupa a 53ª colocação entre os mais de 5.500 municípios brasileiros.

Sapezal é uma cidade que há muito sapé, uma espécie de capim utilizado para cobertura. Em Tupi, Sapezal quer dizer capim brilhante, que “alumia”.

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Sinop, no Mato Grosso
Sapezal, a capital do algodão. Foto: Divulgação / Ministério Público do Estado de Mato Grosso

Campo Novo dos Parecis, capital do milho-pipoca 

O município de Campo Novo do Parecis, no noroeste de Mato Grosso, a 390 quilômetros de Cuiabá, não possui nenhum cinema, mas é de lá que vem grande parte da pipoca consumida nas salas de exibição de todo o país.

Além de maior produtor de milho-pipoca, com 50 mil hectares cultivados, e líder na produção nacional de girassol, com 18 mil hectares nesta safra, Parecis também se destaca pela diversidade de culturas semeadas no período da seca, logo após a colheita da soja. Tem lavouras de milho-canjica, grão-de-bico, painço, gergelim, chia, niger e feijões azuki e caupi.

Área de girassol e milho-pipoca na Fazenda Stefanelo, em Campo Novo do Parecis. Foto: José Medeiros/Globo Rural

Sorriso, capital da soja 

Sorriso é considerado como a Capital Nacional do Agronegócio e o maior produtor individual de soja do mundo. Um levantamento feito pelo IBGE, ocupa atualmente a terceira posição no ranking das maiores economias agrícolas do País. Sua população é estimada em 92.769 habitantes, conforme o IBGE (2020).

O Município de Sorriso está situado na região norte do Estado de Mato Grosso, no km 742 da rodovia federal BR-163, Cuiabá (MT) – Santarém (PA), a 398 km da capital, Cuiabá.

A sua origem surgiu a partir de um projeto de colonização privada, com a maioria absoluta da sua população constituída por migrantes provenientes da região Sul do País.

Sorriso, a capital do soja
Sorriso, a capital do soja. Foto: Divulgação / Prefeitura de Sorriso

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Sinop, capital do etanol de milho

Sinop é um município que se destaca entre os 142 municípios mato-grossenses, ocupando a quarta posição no ranking da economia, desenvolvimento e prestação de serviços, de acordo com a União Nacional do Etanol de Milho. Segundo a organização, com a autorização, a indústria instalada em Sinop (MT) se torna a maior usina de etanol de milho no Brasil.

De acordo com a Prefeitura de Sinop, “no último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2023), sua população é de, praticamente 200 mil habitantes (196.067) e, levando em consideração a polarização de cerca de 32 municípios (em seu entorno), sua população flutuante ultrapassa 600 mil pessoas”.

Sinop, a capital do etanol de milho. Foto: Reprodução/Prefeitura de Sinop

Cárceres, a capital do gado 

A cidade de Cáceres, localizada no centro-sul de Mato Grosso, consolidou-se como o 4º município com o maior rebanho bovino do Brasil em 2024, de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro de 2025.

Com um rebanho de 1,4 milhão de cabeças, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (SEDEC MT), Cáceres ficou atrás apenas de São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Porto Velho (RO). O top 5 do ranking é completado por Marabá (PA).

Gado registrado em Cárceres. Foto: Divulgação / Secom MT

Lucas do Rio Verde, capital da agroindústria

A Prefeitura de Lucas do Rio Verde informa que o município é reconhecido como a “Capital da Agroindústria” por sua economia ser baseada principalmente na produção de commodities como soja e milho. A partir da década de 2000, houve a introdução de complexos agroindustriais com grande fator de relevância econômica na cidade.

Assim, Lucas do Rio Verde tem se destacado pelo seu desenvolvimento rápido, baseado na economia da soja e do milho, e mais tarde, pela ampliação desse cenário com a chegada de grandes empresas integradoras de aves e suínos.

Lucas do Rio Verde, capital da agroindústria. Foto: Anderson Lippi/Prefeitura de Lucas do Rio Verde

Rondonópolis, capital da exportação 

Segundo a Prefeitura de Rondonópolis, o município atingiu U$ 342,06 milhões em exportações no primeiro bimestre do ano e liderou o ranking como maior exportador de Mato Grosso no período. O município também foi o 23º que mais exportou no Brasil, de acordo com os dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior

Entre as informações sobre a exportação do município, o principal produto exportado por Rondonópolis, no início de 2025, foi a torta e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja, equivalente a 54% do total das exportações.

Também com participação nas exportações locais estão a soja, o algodão, que representaram 18% cada do total exportado; além da carne bovina (4,8%) e o milho (3,3).

Leia também: Conheça os 10 principais produtos exportados pela Amazônia Legal e os países compradores

Rondonópolis, a capital da exportação. Foto: Divulgação / Prefeitura de Rondonópolis
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