Em agosto de 2021, foram detectados 1.606 km² de desmatamento na Amazônia Legal
Os índices de desmatamento continuam quebrando recordes de perdas de áreas. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), detectou 1.606 km² de floresta destruída no mês de agosto de 2021. A maioria (62%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (26%), Unidades de Conservação (9%) e Terras Indígenas (3%).
Em 2020, no mesmo período analisado, somaram 1.499 km² de áreas degradadas, em comparativo a esse ano, houve um aumento de 7% em relação ao mês de agosto. O desmatamento detectado em 2021 ocorreu no Pará (40%), Amazonas (26%), Acre (15%), Rondônia (10%) e Mato Grosso (9%).
Entre os municípios em estado crítico, Lábrea (AM), Boca do Acre (AM) e Porto Velho (RO) lideram o ranking da tabela de áreas atingidas. Já entre as Unidades de Conservação, a Área de preservação ambiental Triunfo do Xingu (PA), Flona do Jamanxim (PA) e a Área de preservação ambiental do Tapajós (PA) são as mais afetadas entre as analisadas.
Desde maio, o Pará segue consecutivamente no topo do ranking dos estados que mais desmataram na Amazônia, e teve 638 km² destruídos apenas em agosto. Essa área representa 40% de toda a devastação na Amazônia Legal e é maior do que São Luís.
De acordo com o Imazon, a área desmatada é o maior índice para o mês em 10 anos. Com isso, o acumulado desde janeiro de 2021 também ficou como o pior da década. Agosto foi o quinto mês deste ano em que o desmatamento atingiu o pior cenário desde 2012.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) afirmou que tem atuado de forma integrada com o Ministério da Justiça e Segurança Publica, Ministério da Defesa e demais órgãos do governo federal para realizar operações de combate ao crime organizado e ambiental.