Amazônia perdeu área equivalente ao território do Chile em 36 anos

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo MapBiomas, 74,6 milhões de hectares de cobertura vegetal natural foram perdidas

Uma pesquisa divulgada pelo MapBiomas divulgada nesta quinta-feira (30) aponta que 74,6 milhões de hectares de cobertura vegetal natural foram perdidas em um período de 36 anos.

A pesquisa leva em consideração mudanças ocorridas entre 1985 e 2020. Segundo o MapBiomas, se a quantidade de perda de vegetação continuar entre 20% e 25%, a perda pode significar o ‘ponto de inflexão’ (ponto de ruptura) para os serviços ecossistêmicos da Amazônia.

Durante um webinar para apresentar os resultados da pesquisa, o coordenador geral do observatório do clima do MapBiomas, Tasso Azevedo, informou que os dados da pesquisa são analisados por técnicos e especialistas a partir de um monitoramento feito via satélite. A conferência contou também com representantes de organizações como o Instituto Socioambiental (ISA) e a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG).

Foto: Reprodução / MapBiomas

Fazendo uma comparação da vegetação do bioma nos 36 anos, foi possível constatar que, em 1985, 6% da Amazônia havia sido convertida em pastagens, área de mineração ou de agricultura. Já em 2020, esse percentual triplicou, chegando a 15% em toda a região.

No período entre 1985 e 2020 ocorreu um crescimento de 656% na mineração e 130% na infraestrutura urbana. Também constatou um aumento de 151% na área da agricultura e pecurária. Nesse processo, foi possível constatar também que, entre os países que abrangem a Amazônia, o Brasil é o que tem a maior área perdida. De acordo com o MapBiomas, o processo de perda de vegetação varia consideravelmente entre os países que abrangem a Amazônia : a Guiana Suriname e a Guiana Francesa, por exemplo, correspondem a 1% das perdas, já no Brasil a área corresponde a 19%.

Foto: Ibama

O mapeamento engloba todo o bioma amazônico, desde os Andes, até a planície amazônica e algumas transições do bioma com o Cerrado e Pantanal. Diante disso, foi possível monitorar também que a Amazônia perdeu 52% de suas geleiras, localizadas nos Andes.

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