Amazônia brasileira está segura, diz general Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, se manifestou na noite desta quinta-feira (22) sobre os incêndios florestais na Amazônia e disse que a região está segura. Em uma postagem no Twitter, ele atribuiu as queimadas ao período de seca.

Foto:Reprodução/Twitter

“A #Amazonia brasileira está segura! Lá morei e sei que incêndios são episódicos em período de seca”, escreveu. Na postagem, Mourão criticou o que chamou de uma tentativa de transformar o problema em uma crise internacional. “Transformá-los em crise, esquecendo as tragédias que o fogo causou nos EUA e Europa, é má-fé de quem não sabe que os pulmões do mundo são os oceanos, não a Amazônia”, acrescentou.

Mais cedo, também pelo Twitter, o presidente da França, Emmanuel Macron, se posicionou sobre as queimadas na Amazônia, classificando o problema como uma “crise internacional” e pedindo que os líderes do G7 tratem urgentemente do tema. Em resposta, o presidente Jair Bolsonaro rebateu o líder francês, também pela rede social dizendo que Macron busca “instrumentalizar uma questão interna” dos países amazônicos “para ganhos políticos pessoais”.   

O próximo encontro do G7, que reúne os presidentes de EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão, ocorrerá neste fim de semana, em Biarritz. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também afirmou nesta quinta-feira que está “profundamente preocupado” com os incêndios na Floresta Amazônica.

Comissão geral vai debater ações para a Amazônia, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Rodrigo Maia, disse nesta quinta-feira (22), em São Paulo, que o Brasil precisa mostrar que vai enfrentar o desafio do desmatamento e das queimadas na Amazônia. “O problema das queimadas mina a imagem do nosso país. Precisamos mostrar que nós vamos enfrentar esse desafio”, disse.

“O mais importante é preservar nossa floresta, nosso meio ambiente e punir aqueles que insistem em degradar a nossa floresta. Temos que dar uma solução para que o Brasil não sofra sanções, inclusive na própria comercialização dos nossos produtos do agronegócio.”

Maia participou hoje do evento Congresso Brasil Competitivo – Pilares da Competitividade, promovido pelo Movimento Brasil Competitivo e que aconteceu no Hotel Unique, na capital paulista.

Mais tarde, aos jornalistas, ele disse que tem se reunido com representantes do setor de agronegócio e com a bancada ruralista para tentar achar uma solução para o problema na Amazônia.

“Não é interesse dos nossos produtores desmatar e de gerar esse tipo de desconfiança com relação ao nosso país. Vamos fazer uma comissão geral para debater soluções que cabem ao Parlamento porque nós queremos ajudar”, disse. “O Parlamento brasileiro, em nenhum momento, pretende aprovar leis que flexibilizem a preservação de um patrimônio que talvez seja o mais importante que o Brasil tem, que é o meio ambiente.”

Foto: Maurílio Rodrigues/Secom AM

Também presente ao evento, o governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que a questão do desmatamento tem preocupado o governo do estado. Para os jornalistas, após palestrar no evento, o governador disse que o desmatamento cresceu na Amazônia em relação ao ano passado.

Entre as medidas para combater o desmatamento, disse ele, estão a ampliação do trabalho de fiscalização e a criação de uma força-tarefa que inclui órgãos como o Ibama, a polícia ambiental e outros órgãos para “identificar essas pessoas que estão fazendo essas queimadas, de forma ilegal”. Segundo ele, essas pessoas já estão sendo notificadas. “E elas vão ser punidas. E inclusive, em algumas dessas notificações, com prisão prevista”, falou.

Lima disse que o governo do Amazonas tem feito sua parte. “Mantemos, permanentemente, um grupo de prevenção e de combate às queimadas e aos incêndios.”. Para isso, ele montou dois centros multifuncionais. O segundo deles será inaugurado neste final de semana.

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