Confira os detalhes do último fórum da temporada 2022 da plataforma ‘Amazônia Que Eu Quero’

Durante o fórum, especialistas de toda a região norte destacaram os principais assuntos voltados a florestas como: desmatamento, concessão e gestão de florestas, entre outros.

A plataforma ‘Amazônia Que Eu Quero‘ realizou na última quinta-feira (30) o quinto e último fórum com tema “Florestas”. O evento faz parte da edição 2022 da plataforma – ‘Caminhos da democracia’. Transmitido simultaneamente no Youtube e no canal de TV Amazon Sat, o fórum contou com a presença do Secretário de Estado do Meio Ambiente – SEMA, Sr. Eduardo Taveira, biólogo e cientista do Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia – INPA, Dr. Philip Martin Fearnside, o secretário geral do Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS, além da participação em vídeo do Ministério do Meio Ambiente, Instituto do Homem e Meio Ambiente, entre outros.

A abertura do evento contou com a participação do Secretário de Estado do Meio Ambiente – SEMA, Eduardo Taveira, que falou sobre a gestão de florestas. “A gente tem 50% da nossa população na linha da pobreza, em contraponto a gente tem 98% da nossa cobertura natural conservada. Ainda que a gente tenha uma pressão do aumento do desmatamento, a gente tem um grande ativo que é a floresta e que tem que contabilizar para o crescimento econômico, proteção ambiental, mas acima de tudo, o impacto positivo na vida das pessoas”, disse ele.

No mesmo bloco direto de Porto Velho, Rondônia, o secretário geral do Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS, Dione do Nascimento Torquato falou sobre a importância das reservas extrativistas. ” Essas áreas têm importância cultural, social, mas também econômica, e é sim possível pensar em um desenvolvimento a partir das iniciativas da economia da sociobiodiversidade e é isso que queremos, preservar a Amazônia sem perder de vista as oportunidades geradas a partir do desenvolvimento local. Para isso é interessante que a gente faça essa discussão com toda a sociedade primeiro entendo a importância desse bioma tão imenso e que tanto contribui para a questão das crises climáticas mas também como nós os povos da floresta podemos ter dignidade, oportunidade, emprego e renda a partir da economia da sociodiversidade”, afirmou.

Em vídeo da pesquisadora e diretora executiva do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon, falou sobre as causas e consequências do desmatamento nas florestas. “Hoje as principais causas do desmatamento estão ligadas aos crimes ambientais impunes. A gente sabe que o Brasil fez seu dever de casa a partir de 2004 até 2012 e o desmatamento foi reduzido em mais de 80% e nesse período começaram a embargar áreas, houve o movimento da moratória da soja, então foram várias ações de fiscalização e punição que fizeram que o desmatamento caísse. Então nesse período a produtividade aumentou. Essas ações mostraram que é possível sim ter uma ação para reduzir o desmatamento na Amazônia enquanto a produtividade aumenta. A gente sabe que 90% do desmatamento hoje na Amazônia se transformou em pastos. E sabemos que hoje a gente tem pasto suficiente na Amazônia para produção pecuária dobrar sem necessidade do desmatamento sequer de uma árvore”, disse ela.

Em seguida, o biólogo e cientista do Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia – INPA, Dr. Philip Martin Fearnside explicou qual é a realidade da floresta amazônica em virtude do desmatamento. “Desde 2012 o desmatamento vem aumentando e nos últimos três anos teve um surto e a tendência é continuar com esse aumento que se deve às obras como por exemplo de rodovias como a Br – 319. O desmatamento até agora está sendo concentrado na parte sul e norte da floresta ou seja, o que desmata lá vem migrando para o norte e para tudo que tem acesso a partir de Manaus, Roraima, por exemplo, e até o outro lado do Rio Negro. E várias outras estradas que estão sendo abertas a partir da 319 como a 366. Sobre as terras não destinadas, elas têm grande espaço, por exemplo para a região do estado de Rondônia e aqui dentro do Amazonas onde existem campos abertos para invasão de madeireiros”, afirmou o cientista.

Em vídeo, a diretora no Ministério do Meio Ambiente, Julie Messias, falou sobre as ações de combate às problemáticas registradas nos últimos dias. “Foi lançado o Guardiões do Bioma que tem dois eixos: combate ao desmatamento, com um investimento de R$170 milhões focado na instalação de bases operacionais na Amazônia que vão funcionar como multi-agências. Focado nas ações de queimadas e incêndios florestais, temos um investimento de R$77 milhões com atuação junto aos estados do Amazonas”, disse.

Para acompanhar o fórum na íntegra, acesse o link abaixo: 

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