Cientistas encontram vértebras de baleia que teria vivido no Peru há 40 milhões de anos

O esqueleto do animal ficará em exposição no Museu de História Natural da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, capital peruana.

A Amazônia é um lugar vasto e cheia de mistérios. A cada dia, pesquisadores descobrem novos detalhes dos seres que viveram na região amazônica antes de nós. No Peru, país que compõe a Amazônia Internacional, por exemplo, especialistas encontraram fósseis de uma baleia, Perucetus colosso, que viveu há quase 40 milhões de anos.

O esqueleto do animal ficará em exposição no Museu de História Natural da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, capital do Peru. Os fósseis foram encontrados em Ica e foram apresentados à imprensa mundial nesta semana.

Reconstrução de Perucetus colosso em seu habitat costeiro. Imagem: A. Gennari/Artigo ‘Uma baleia primitiva de peso pesado ultrapassa os limites da morfologia dos vertebrados’

A descoberta inclui inúmeras vértebras de cetáceos descobertas pelo pesquisador Mario Urbina, do Museu de História Natural, e que têm pelo menos 39 milhões de anos.

O peso estimado do animal, maior que a baleia azul, é de aproximadamente 199 toneladas, que se distribuíam por 20 metros de comprimento, tornando-o o animal mais pesado que já existiu na Terra.

Vértebras gigantescas 

Mario Urbina havia descoberto as primeiras vértebras do gigantesco animal em 2013, enquanto trabalhava na área de Samaca em busca de restos de cetáceos primitivos.

Posteriormente, reuniu vários cientistas para identificar o fóssil, que atualmente é composto por 13 vértebras, quatro costelas e uma parte da pelve.

Foto: Reprodução/Agência Andina

É necessário mencionar que os ossos são altamente modificados em relação a outros animais porque adquiriram densidade e volume enormes. De acordo com informações da Agência Andina, a descoberta do paleontólogo “é uma das mais valiosas e importantes do mundo” e foi publicada pela revista Nature: ‘Uma baleia primitiva de peso pesado ultrapassa os limites da morfologia dos vertebrados’A conservação dos ossos de Perucetus colosso ficou a cargo do especialista Walter Aguirre.

O artigo é assinado por Giovanni Bianucci, Oliver Lambert, Mário Urbina, Marco Merela, Alberto Collareta, Rebeca Bennion, Rodolfo Salas-Gismondi, Aldo Benites-Palomino, Posto Klaas, Christian de Muizon, Giulia Bosio, Cláudio Di Celma, Elisa Maliverno, Pietro Paolo Pierantoni, Igor Maria Vila e Eli Amson. 

Estimativa de todo o volume esquelético de Perucetus colossus. Imagem: Reprodução/Artigo ‘Uma baleia primitiva de peso pesado ultrapassa os limites da morfologia dos vertebrados’

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