Reconhecido como patrimônio cultural imaterial e principal manifestação cultural do Amapá, a expressão faz referência a experiências culturais vivenciadas pelos amapaenses, sendo fundamental para a identidade cultural negra brasileira.
Reconhecido como patrimônio cultural imaterial e principal manifestação cultural do Amapá, o Marabaixo faz referência a experiências culturais vivenciadas pelos amapaenses, sendo fundamental para a identidade cultural negra brasileira.
O nome da manifestação cultural é uma forma de reparo às mortes dos negros vindos da África em navios que traziam centenas escravos. Existem também hinos de lamento aos escravos, um deles era cantado ‘mar abaixo, mar acima’. Alguns anos depois, passou a ser considerado um ritual religioso nas comunidades negras do Amapá.
A tradição cultural geralmente se inicia na semana santa, a partir do domingo de Páscoa e se encerra no Domingo do Senhor, primeiro domingo após o Corpus Christi. A celebração conta com promessas, missas, novenas e ladainhas. Além de bailes, com a dança do marabaixo.
Todas essas festividades são conhecidas como o Ciclo do Marabaixo. Mistura elementos religiosos afro-brasileiros com o catolicismo. A música ficou conhecida como ‘ladrão’, sendo executada através do som de percussão artesanal com as caixas de marabaixo. É dançada por mulheres com saias rodadas floridas, colares, toalha no ombro e flores nos cabelos, e por homens que usam camisas coloridas, sempre em formação de círculo, no sentido anti-horário.
Por ter surgido em um contexto de negros escravizados, a manifestação possui força principalmente em comunidades negras do Amapá, sendo evidente nos bairros do Laguinho, Santa Rita, Mazagão Velho, Campina Grande, Lagoa dos Índios, Coração, Curiaú e Maruanum.