Camadas de vapor formadas por conta do processo de devolução das águas da chuva à atmosfera, ocasionada pela própria floresta amazônica.
O fenômeno chamado de ‘aru’ é uma intensa friagem que ocorre geralmente em alguns dias de maio e junho, quando a temperatura no rio Negro, por exemplo, costuma cair durante a alta enchente.
Nele, são formadas camadas de vapor por conta do processo de devolução das águas da chuva à atmosfera, ocasionada pela própria floresta amazônica – processo conhecido como evapotranspiração.
Chuvas finíssimas ou ‘serenos’ caem na forma de uma névoa que cobre toda a paisagem, impedindo, inclusive, de não se poder ver a outra margem dos rios mesmo durante o dia. O nevoeiro que se desenvolve costuma se dissipar durante o dia.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), estima-se que uma árvores de 10 metros de diâmetro pode produzir mais de 300 litros de água por dia, e uma árvore com o dobro do tamanho, por sua vez, pode bombear para a atmosfera mais de 1.000 litros de água por dia.
O termo “aru” é usado em nheengatu, mas pode ter sido uma incorporação de alguma língua arawak do passado.
*Com informações do Inpa e da Revista Aru (revista de pesquisa intercultural da bacia do Rio Negro, editada no Programa Rio Negro do Instituto Socioambiental)