Há muitos anos, moravam na selva amazônica dois noivos apaixonados que sonhavam ser um casal. Ela vestia-se de prata e seu nome era Lua. Ele vestia-se de ouro e o seu nome era Sol. Lua era a dona da noite e Sol era dono do dia.
Há muitos anos, moravam na selva amazônica dois noivos apaixonados que sonhavam ser um casal. Ela vestia-se de prata e seu nome era Lua. Ele vestia-se de ouro e o seu nome era Sol. Lua era a dona da noite e Sol era dono do dia.
Havia um obstáculo para a namoro de ambos: se eles se casassem o mundo se acabaria. O ardente amor de sol queimaria a terra toda. O choro triste da Lua toda a terra afogaria.
Apesar de apaixonados, como poderiam se casar? A Lua apagaria o fogo? O Sol faria toda a água evaporar? Apaixonados, se separaram e nunca puderam se casar.
Os noivos ficaram tristíssimos.
No desespero da saudade, a Lua chorou durante todo um dia e uma noite. Suas lágrimas escorreram por morros sem fim até chegar ao mar. Mas o oceano, bravio, não queria aceitar tanta água. A sofrida lua não conseguiu misturar suas lágrimas às águas salgadas do mar e foi assim que algo estranho aconteceu.
As águas formadas com as lágrimas da lua escavaram um imenso vale, onde também muitas serras se levantaram.
Um imenso rio apareceu inundando vales, florestas e lugares sem fim. Eram as lágrimas da lua, que de tanta tristeza, formaram o rio Amazonas, o rio-mar da Amazônia.