Seu símbolo é o “coração”, que fica localizado na testa do boi. Suas cores são o vermelho e o branco. É também conhecido como o “Boi do Povão”, “Boi da Paixão” e “Boi da Promessa”.
Criado pelo pescador Lindolfo Monteverde, ainda no início do século passado, o Boi Garantido era uma brincadeira de criança que evoluiu com o tempo. Seu criador era descendente de escravos, humilde pescador nascido na ‘Baixa de São José’, bairro pobre, vila de pescadores negros e mestiços da remota Parintins dos anos 1900. Lindolfo era um gênio popular, desses que nascem na adversidade, como Luiz Gonzaga no empobrecido sertão nordestino.
Por volta dos seis ou sete anos, Lindolfo colocava um curuatá (invólucro da folha de uma palmeira), nas costas e dizia ser um boizinho, imaginando as histórias que seus avós contavam da terra de onde tinham vindo.
Seu símbolo é o “coração”, que fica localizado na testa do boi. Suas cores são o vermelho e o branco. É também conhecido como o “Boi do Povão”, “Boi da Paixão” e “Boi da Promessa”.
O nome Garantido, com o qual Lindolfo batizou seu boi, deriva das batalhas de rua que tiveram seu auge nos anos 1950 e 1960. As batalhas eram encontros entre os bois, que surgiram na ilha de Parintins, por volta dos anos 1920 e 1930. Por ser “duro na queda”, Lindolfo dizia que na hora em que o Garantido dava uma “cabeçada” no outro boi, sua madeira (chifre) era firme e se “garantia” no confronto. O Mestre Lindolfo Monterverde possuía uma voz potente e uma extrema facilidade para o jogo de rimas. Assim, era sempre vencedor nos duelos de repentes, lutas poéticas que em Parintins são denominadas de “desafio”.