Ou Velho Airão, é uma cidade no Amazonas que foi abandonada após a queda do apogeu do ciclo da borracha.
Airão Velho ou Velho Airão é uma cidade amazonense conhecida como cidade fantasma e desperta o imaginário turístico porque foi abandonada. Entre os anos de 1879 e 1912, a Amazônia viveu o incomparável apogeu da borracha. Nessa época, no ano de 1694, foi fundada a cidade de Airão, sendo considerado o primeiro povoado às margens do Rio Negro.
Por muito tempo, Airão foi uma vila essencial para a fabricação de borracha. Principalmente, durante a Segunda Guerra Mundial, quando os aliados do Brasil compravam pneus e materiais cirúrgicos da Amazônia.
Após o fim da guerra, a busca por látex caiu drasticamente. Os comerciantes não estavam preparados para tal quebra na economia, uma vez que Airão era ponto de coleta e envio de látex. Aos poucos, a cidade faliu e seus moradores buscaram oportunidades em outros lugares da região.
Para completar a debandada dos habitantes de Airão, um político afirmou que os moradores estavam sendo devorados por formigas de fogo e solicitou a mudança da sede do município. Então, na década de 50, os remanescentes foram deslocados para a área onde está a cidade de Novo Airão, localizado à margem direita do Rio Negro, a 115 quilômetros de distância de Manaus.
De acordo com o historiador Victor Leonardi (1998), “na confluência do Rio Jaú com o Negro existem ruínas de uma pequena cidade chamada Airão, antiga Santo Elias do Jaú, fundada por missionários em 1694. Depois veio o processo de arruinamento definitivo do Airão, após rápido e não sustentável crescimento econômico gerado nos seringais entre 1880 e 1914. A velha cidade de Airão é hoje uma cidade morta às margens do rio Negro, 250 quilômetros a noroeste de Manaus.”