Visando a segurança das participantes, a organização do protesto pede o uso obrigatório de máscara, álcool em gel e respeitar o distanciamento
O caso do estupro da digital influencer Mariana Ferrer revoltou os brasileiros, ainda mais com à absolvição do réu, André de Camargo Aranha. Em Manaus, um grupo de mulheres vai promover uma manifestação chamada “Não Existe Estupro Culposo” na tarde deste domingo (8), a partir das 13h. A concentração será em frente ao Teatro Amazonas, localizado no Centro da cidade.
De acordo com a técnica em logística, Alice Cavalcante, uma das organizadoras da manifestação em Manaus, a ideia surgiu pela repugnância dos fatos gerados pelo julgamento do caso da Mariana Ferrer. “A movimentação começou em grupos de mulheres nas redes sociais. Atualmente, a manifestação de Manaus conta com mais de 500 participantes confirmados”, explicou.
Ainda segundo Alice, a mulher não pode se calar para nenhum tipo de abuso. “A mulher se sente violada todos os dias, até pelo simples fato de sair na rua. E, por conta de todas as formas de opressão que a mulher vive, surgiu como livre exercício de democracia a vontade de fazer um ato para buscar equidades entre gêneros”, contou.
Além do caso Mariana, a manifestação servirá como forma de tributo para as milhares de mulheres estupradas/assediadas/violentadas/mortas diariamente. “Queremos ajudar quem não tem voz. Vale ressaltar que em nenhum momento entidades políticas ou partidos estão a frente do manifesto. É um movimento do povo”, ressaltou Alice.
A concentração começara a partir das 13h. Os manifestantes ficarão distribuídos pelo Largo de São Sebastião, como medida de prevenção ao Covid-19. “Mulheres e homens, todos que apoiarem a causa serão bem-vindos. Vamos realizar um grito de guerra e expor nossos cartazes”, afirmou Alice.
Atenção
Visando a segurança das participantes, a organização do protesto pede o uso obrigatório de máscara, álcool em gel e respeitar o distanciamento. Eles sugerem também que os manifestantes utilizem roupa preta e pulseira vermelha para identificação. Nas redes sociais, os manauaras podem usar #justicapormariferrer.