Modelo de Inteligência Artificial para gestão e validação de patentes é desenvolvido no Inpa

O modelo foi proposto a partir da observação de que o Inpa produz pesquisas que resultam em tecnologias inovadoras aptas a serem protegidas pelas leis e normas. 

Foto: Divulgação/Inpa

Um modelo de Inteligência Artificial (IA) para automatização de triagem e classificação de patentes desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) ganhou reconhecimento de Melhor Trabalho apresentado na VI Semana Acadêmica de Propriedade Intelectual da Universidade Federal de Sergipe (Sempi/UFS). O trabalho premiado foi desenvolvido pela estudante de Engenharia da Computação Isabela Aguiar e pelo pesquisador do Inpa Laurindo Campos. 

O modelo foi desenvolvido a partir de estudos para automatização e gerenciamento de processos internos da Divisão de Cooperação e Intercâmbio (Dicin) do Inpa, da qual Campos é o chefe e Aguiar estagiária. Segundo Aguiar, o modelo foi proposto a partir da observação de que o Inpa produz pesquisas que resultam em tecnologias inovadoras aptas a serem protegidas pelas leis e normas de Propriedade Intelectual. 

O trabalho promete contribuir com o processo de análise de pedidos de patente, examinando documentos de bancos de dados de patente. Com isso, o sistema identifica solicitações semelhantes e indica, com maior precisão, se o pedido poderá ser aprovado ou rejeitado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). 

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Foto: Divulgação/Inpa

Por meio do aprendizado de máquina e da utilização de redes neurais artificiais, a IA avalia a possibilidade de aprovação ou rejeição do pedido de patente, permitindo aos pesquisadores e empresas que desejam obter uma patente para proteger suas criações adequando o pedido. 

De acordo com a titular da Coordenação de Gestão da Inovação e Empreendedorismo do Inpa, Deuzanira Santos, por meio de parceria internas e externas, vai viabilizar a realização de testes da plataforma junto aos associados do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec). Santos acaba de ser eleita para a Coordenação Regional Norte da entidade.

Conforme os autores do trabalho, a aplicação desse modelo pode contribuir para uma gestão de processos na área de Propriedade Intelectual mais ágil e precisa. Apesar de ter sido pensado para a gestão de patentes, o  modelo de IA também pode ser aplicado nos mais diversos processos do Inpa para validação e triagem de documentos, dando mais agilidade aos processos administrativos ao ser integrado no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), por exemplo.   

Reconhecimento

O trabalho realizado por Aguiar e Campos foi apresentado na categoria ‘Aplicação da Inteligência Artificial na Propriedade Intelectual’ e obteve o 1° lugar da VI Semana Acadêmica de Propriedade Intelectual da Universidade Federal de Sergipe, realizada pelo curso de Pós-Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual (PPGPI/UFS). 

Para Aguiar, a honraria é um passo importante para o desenvolvimento de sua carreira na engenharia da computação.

Durante o evento, Laurindo Campos também proferiu a palestra “Estudos para aplicabilidade da IA na análise de inovação tecnológica de projetos científicos” juntamente com  Eduardo Amadeu Dutra Moresi, professor da Universidade Católica de Brasília (UCB), e a palestra “Gestão do contencioso administrativo e judicial de propriedade intelectual: ferramenta essencial na proteção dos intangíveis” com Igor Manzan, sócio do escritório Mansur Murad. Paralelo ao evento, o reitor da UFS Valter Joviniano de Santana Filho, recebeu o pesquisador do Inpa para tratar de parcerias e colaborações. 

*Com informações do INPA

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