Governo Federal institui comitê de crise para Covid-19 em distrito indígena de Manaus

Em todo o Amazonas, o número de indígenas que contraíram a doença chega passa de 19 mil.

O Governo Federal instituiu um comitê de crise para monitoramento dos impactos da Covid-19 no Distrito Sanitário Especial Indígena de Manaus. A criação consta no Diário Oficial da União desta nesta quarta-feira (6)
Foto: Tatiana de Nevó / AFP

De acordo com a publicação, o comitê terá como objetivo de planejar, coordenar, além de executar, supervisionar a Covid-19 nas aldeias atendidas pelo Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI Manaus, que abrange as seguintes localidades:

  • Anamã – etnia Ticuna
  • Autazes – etnia Mura
  • Beruri – etnias Apurinã/Mura/Tikuna
  • Borba – etnias Munduruku/Mura
  • Careiro – etnias Mura/Apurinã
  • Castanho – etinas Apurinã
  • Hacoatiara – etnias Mura/Satere-Maué
  • Manacapuru – etnia Apurinã
  • Manicoré – Mura/Tora/Tenharin/Mura-Pirahã
  • Nova Olinda do Norte – etnia Munduruku/Satere-Maué
  • Novo Airão – etninas Kambeba/Baré/Tukano/ Baniwa

A criação do comitê ocorre no momento em que o Amazonas voltou a enfrentar uma situação crítica por causa da pandemia de Covid-19. O estado entrou na fase roxa na pandemia, com mais de mil pessoas internadas e registros recordes de novas internações nas últimas semanas. 

Na segunda-feira (4), o estado registrou o maior número de novas internações desde o início da pandemia: foram 183 pessoas hospitalizadas. Em Manaus, onde o número de internações já havia superado os registros de abril e maio – quando houve colapso na saúde -, também houve um novo pico nesta segunda: 177 novos hospitalizados com Covid-19.

Até esta terça-feira (5), do total de 476 leitos de UTI para Covid, apenas 54 estavam disponíveis (taxa de ocupação de 88,66%). Em relação aos leitos clínicos para Covid, dos 1.286 ofertados, apenas 172 estavam desocupados (taxa de 86,63%).

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