Galerias Subterrâneas de Manaus: veja antes e depois da principal via após aterramento de igarapé

Como destacou o diretor-presidente do Ibape/AM, Frank Albert Soares Araújo, ainda existe a possibilidade de ocorrer rompimento na mesma ou em outras áreas onde existem galerias subterrâneas na cidade.

A ‘cidade de Manaós’ passou por muitas mudanças, iniciando-se na região onde hoje é conhecida como Centro de Manaus. Desde a sua fundação, em 1669, a cidade surgiu em torno do Forte São José do Rio Negro, localizado à margem esquerda do Rio Negro.

Com o seu desenvolvimento e o período áureo da borracha, entre 1879 e 1912, a capital amazonense passou por um grande desenvolvimento no comércio e na riqueza.

Como explicado anteriormente, a cidade passou por um processo de “embelezamento” com o objetivo de atrair mais investidores, quando foram aterrados alguns igarapés. Os exemplos de destaque são o Igarapé do Espírito Santo e o Igarapé dos Remédios.

Esse processo se iniciou no fim do século XIX e início do século XX durante os governos Fileto Pires e Eduardo Ribeiro.

Planta da Rede de Esgotos e Águas Pluviais de Manáos, em 1915. Foto: Reprodução/Instituto Durango Duarte/Biblioteca Samuel Benchimol

Assim, as galerias subterrâneas foram construídas para resolver os problemas de saneamento que Manaus estava sofrendo, devido às consequências destes aterramentos e com o surgimento dos pântanos na cidade.

As galerias possuem uma entrada selada pelo medalhão com símbolo do Império do Brasil e se estendem pelas ruas próximas a Avenida Eduardo Ribeiro e Avenida Floriano Peixoto. 

Para encerrar a série de reportagens sobre ‘Galerias Subterrâneas de Manaus’, o Portal Amazônia mostra um “antes e depois” de uma das principais áreas onde estas galerias passam. Confira:

Avenida Eduardo Ribeiro  


Direita

Esquerda


Igarapé Espírito Santo


Direita

Esquerda


 Avenida Floriano Peixoto


Direita

Esquerda


Como destacou o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Amazonas (Ibape/AM), Frank Albert Soares Araújo, ainda existe a possibilidade de ocorrer rompimento na mesma ou em outras áreas onde existem galerias subterrâneas na cidade.


O engenheiro afirmou ao Portal Amazônia que é necessário “ser elaborado um plano de manutenção específico para esse tipo de galeria”. “Tem que haver também um trabalho de conscientização dos usuários, para pararem de jogar lixo no bueiro. Com a chuva, ela acaba levando esse lixo todo para dentro da rede e isso vai assoreando, vai diminuindo a capacidade de vazão dessa rede. Os tijolos das galerias são apoiados uns nos outros, então isso facilita a percolação da água [passagem de água pelo solo e rochas permeáveis fluindo para reservatórios subterrâneos] e pode gerar um problema mais a frente, o que já está acontecendo, na realidade. Então, tem que ser feita uma vistoria minuciosa e definida uma metodologia de manutenção”, recomendou.

**Esta é a última parte da série ‘Galerias Subterrâneas de Manaus’, dividida em três reportagens. Confira as anteriores:


Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Forças que precisam ser libertadas

Não foi necessário muito tempo. Durante três meses, Daniel passou por um processo que poderia ser comparado ao de um atleta de alta performance ou a de uma superalimentação em um pós-cirúrgico.

Leia também

Publicidade