Óscar Ramos possui uma longa trajetória, composta por mais de 60 anos de produção, marcada pelo experimentalismo de apelo universal
O Centro Cultural Óscar Ramos, instalado nas casas 69 e 77, da rua Bernardo Ramos, no Centro Histórico de Manaus, foi reaberto para visitação na quinta-feira (6).
De acordo com a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), o local reabre seguindo os protocolos de segurança sanitária, contra a Covid-19, com agendamento de visitação a partir da segunda-feira (9), pelo site vivamanaus.com.
Ambas as casas são consideradas como as mais antigas da cidade, e abrigam o museu que contém o acervo de um dos principais artistas amazonenses, Óscar Ramos, que morreu em junho de 2019. Obras como pinturas, escritos, produções, croquis, objetos pessoais, cartazes de cinema, capas de discos, mobílias utilizadas por Óscar, e capas de LPs, estão entre os artigos e objetos expostos no local.
Construídas em 1819, as casinhas, feitas à base de taipa – barro e madeira – e pedra, figuram entre as primeiras moradias de Manaus e carregam em sua arquitetura uma parte da história da cidade, do período colonial.
A casa 77 reabre ao público com parte do “Acervo de Arte Municipal da Coleção Pedra Fundamental”, que conta com obras de artistas renomados como Jair Jacqmont, Jandr Reis, Hellen Rossy, Buy Chaves, Marcos Romano, Nelson Falcão e Sebastião Alves.
Óscar Ramos
Óscar Ramos nasceu em Itacoatiara – a 269 quilômetros de Manaus – e é considerado um dos principais nomes das artes visuais no Brasil, tendo, inclusive, realizado trabalhos com grandes nomes da música brasileira, assinando capas de discos de Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Gal Costa, por exemplo, além de trabalhos premiados no exterior. Ramos possui uma longa trajetória, composta por mais de 60 anos de produção, marcada pelo experimentalismo de apelo universal.