Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Com o avanço acelerado da tecnologia e o aumento exponencial da demanda por conectividade, a infraestrutura digital enfrenta novos desafios. Redes e data centers, que formam a espinha dorsal da era digital, consomem grandes quantidades de energia. Diante de uma crescente preocupação ambiental, o foco em soluções sustentáveis para esses setores se tornou essencial para equilibrar progresso tecnológico e responsabilidade ecológica.
Essa preocupação é um dos temas abordados na programação do ‘Amazon On‘, evento que discute temas críticos para a conexão entre tecnologia e preservação ambiental, que iniciou nesta quarta-feira (18) em Manaus (AM).
Os data centers, ou centros de processamento de dados, são instalações físicas que abrigam servidores, equipamento de hardware e redes, para processar e compartilhar dados. Eles são essenciais para o funcionamento de diversas áreas da economia, como por exemplo, e-commerces, bancos, servidores de telecomunicações, indústrias, hospitais, entre outros.
Os centros de processamento de dados são considerados os cérebros da internet e são capazes de armazenar grandes quantidades de dados, processando-os e transmitindo-os com alta velocidade.
Porém, a transformação digital intensificou a utilização de redes e centros de dados. Serviços como computação em nuvem, transmissão de vídeo em tempo real, redes sociais e o advento do 5G estão sobrecarregando a infraestrutura existente.
De acordo com Andrey Oliveira, diretor de produtos da Huawei Digital Power Brasil, os data centers são os maiores consumidores de energia do mundo. Ele destacou que é necessário ter atenção em dois pontos: “O primeiro deles é qual o tipo de energia que essa data center vai consumir. Então, provavelmente, se possível, construir usinas renováveis de solar para fornecimento de energia para esses processadores. O segundo ponto é que esses data centers possuam um equipamento que seja muito mais eficiente”.
Oliveira explicou que a Huawei Digital Power Brasil tem trabalhado para encontrar uma solução adequada para otimizar a utilização dos data centers. Até o momento, a empresa já reduziu dez vezes, ao longo do desenvolvimento de tecnologias, o consumo de energia por parte dos equipamentos utilizados para dados. “Ou seja, a gente gera mais com menos consumo de energia e indiretamente menos consumo de carbono”, informou.
Energia na região amazônica
Apesar dos avanços na eficiência energética, a demanda global por dados continua a crescer a uma taxa de 60% ao ano, colocando pressão sobre a necessidade de fontes de energia renováveis e novas tecnologias para mitigar o impacto ambiental.
O secretário de Estado de Energia, Mineração e Gás (SEMIG), Ronney César Campos Peixoto, disse que não se pode falar de tecnologia sem falar de energia. Ele destacou que o Amazonas tem trabalhado para promover uma transição energética justa, segura e inclusiva para a população.
“Nós temos um grande desafio no Amazonas, mas também temos muita vontade e muitos projetos para vencer todos esses desafios. O governador Wilson Lima tem trabalhado diariamente para que, por exemplo, nesse momento de estiagem que o Estado vive, a população não fique sem acesso a energia, logo, sem acesso a tecnologia. Então são grandes obstáculos que precisarão ser estudados e otimizados através da tecnologia”, contou Peixoto.
O ‘Painel 1 – Energia e conectividade: soluções sustentáveis para redes e data centers’ contou com a mediação de Marcio Lino e a participação dos convidados:
- Thiago Barral – Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento
- Tomas Fuchs – Datora Instituto Escola Conectada
- Andrey Oliveira – Diretor de Soluções da Huawei Digital Power Brasil
- Ronney César Campos Peixoto – Secretário de Estado de Energia, Mineração e Gás – SEMIG
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