Declaração foi feita pelo ministro da saúde, Eduardo Pazuello
O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta sexta-feira (29), em Manaus, que a “prioridade zero” para equilibrar o atendimento na rede hospitalar da capital amazonense é transferir, o mais breve possível, 1,5 mil pacientes de Covid-19 para outros estados. Até a última quinta-feira (28), 329 pacientes já haviam sido transportados para tratamento fora de Manaus.
“Temos que caminhar com as estratégias de aumentar os leitos, manter estabilizado o abastecimento de oxigênio, focar na Atenção Básica, que é onde vamos conseguir barrar o agravamento do quadro, e vacinar o maior número de pessoas. E é muito importante, neste momento, a transferência de pacientes”, afirmou o ministro Eduardo Pazuello.
Ele ressaltou que a maioria dos que aguardam hoje vaga na rede hospitalar manifestam quadro agravado da Covid-19 e, por isso, não podem ser transferidos – apenas pacientes leves ou moderados e com quadro de saúde estável atendem aos requisitos de transporte. “Portanto, é vital que sejam internados, para receber o tratamento adequado”, completou Pazuello.
Na avaliação do ministro, é necessário que as Unidades Básicas de Saúde estejam abertas e preparadas para receber as pessoas com os primeiros sintomas da doença. “Que elas tenham médico, um diagnóstico clínico, a medicação necessária e o acompanhamento. Só assim poderemos conter a chegada desses pacientes à atenção especializada, à rede hospitalar”, afirmou o ministro, que está reforçando a rede de atenção básica de Manaus com mais 108 médicos.
Ele também pediu uma campanha massiva para convencer a população que a primeira porta a ser procurada por quem tem sintomas de síndrome respiratória, entre elas a Covid-19, é a Unidade Básica de Saúde.
MEDIDAS
A transferência de pacientes com quadro leve e moderado de Covid-19 é uma ação coordenada pelo Ministério da Saúde, com reforço dos ministérios da Defesa – que faz a remoção em suas aeronaves -, e da Educação, por meio da EBSERH – que disponibiliza leitos em hospitais universitários. A estratégia é controlada pelo comitê de crise instalado em Manaus.